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BREVE HISTÓRIA DOS AUTORES

São dois os autores do livro: o Dr. Arthur Freeman (1930-2020) e Rose DeWolf (1934-1982).

O Dr. Arthur Freeman foi aluno de Aaron Beck (o criador da Terapia


Cognitivo-Comportamental, a TCC). Professor universitário, ele foi considerado um dos
maiores professores de Terapia Cognitiva do mundo.

Suas pesquisas e interesses clínicos focaram em terapia conjugal / familiar e tratamentos


para depressão, ansiedade e transtornos de personalidade.

Rose DeWolf, por sua vez, foi jornalista e escritora ao longo de 48 anos. Ainda que ela não
seja psicóloga de formação, sua participação na escrita deste livro foi fundamental para
facilitar a exposição de conceitos técnicos em uma linguagem mais acessível e de fácil
compreensão para o público.

Juntos foram capazes de trazer à tona, de modo brilhante, os padrões de pensamento que
induzem a maioria das pessoas a cometer bobagens quando estão sob pressão. Veremos,
ao longo da leitura, a descrição de pensamentos equivocados muito comuns, a análise de
crenças que originam esses pensamentos, além de seus efeitos e técnicas eficazes para
modificá-los.

SOBRE O LIVRO

Em uma linguagem bastante acessível, os autores querem mostrar ao público em geral a


quantidade de bobagens que pessoas bem-sucedidas cometem ao longo da vida.
Normalmente, pode-se ter a ideia de que existem 2 tipos de pessoas: aquelas que não
cometem erros ao longo da vida e, portanto, são bem-sucedidas; e aquelas que cometem
muitos erros sendo, desse modo, mal-sucedidas. Mas esta noção é falsa e esconde
diversos erros desnecessários que são cometidos frequentemente por pessoas de sucesso.

Trazer para o público essa série de bobagens cometidas por pessoas de sucesso é muito
importante para que cada vez menos pessoas deixem de resolver coisas simples enquanto
criam problemas desnecessários.

Logo no início do livro, o leitor é convidado a fazer um teste de 50 perguntas. Nele, você
descobrirá quais as bobagens mais frequentes cometidas por você (acredite, elas são
responsáveis por muitos dos problemas desnecessários que você precisa resolver todos os
dias).

Ao longo do livro, cada uma das 10 bobagens propostas será destrinchada, além de 25
técnicas terapêuticas que você poderá usar para minimizar as consequências negativas
dessas bobagens.
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ANÁLISE DO LIVRO: AS 10 BOBAGENS MAIS COMUNS QUE AS PESSOAS


INTELIGENTES COMETEM

Um primeiro questionamento que poderia surgir ao deparar-se com o título do livro seria:
como é possível elencar apenas 10 bobagens cometidas por pessoas inteligentes?
Considerando que todos cometemos inúmeros erros ao longo de toda a vida, como
poderíamos escolher apenas 10?

É simples, ainda que cometamos 1000 erros por dia, poderemos separá-los em categorias,
o que reduziria muito sua quantidade. Foi exatamente isso que os autores fizeram! Eles
analisaram uma infinidade de erros cometidos cotidianamente por diversas pessoas,
levantaram alguns padrões e separaram os erros em 10 categorias (que serão
apresentadas para vocês neste livro).

Em TCC, é muito comum falarmos que o comportamento é fruto de uma emoção que, por
sua vez, é fruto de pensamentos. Seguindo essa lógica, podemos dizer que muitas dessas
bobagens não passam de maus hábitos mentais específicos que criam novos e pioram os
atuais problemas do cotidiano.

Esses maus hábitos mentais são capazes de nos induzir a erros de interpretação ou
julgamentos errados, gerando emoções dolorosas e levando-nos a comportamentos dos
quais nos arrependeremos depois. Quem nunca tomou alguma atitude e depois disse:
"Nossa! Não sei porquê fui agir daquela maneira! Não deveria ter feito assim!"? Ou ainda:
"Estava me sentindo tão mal que nem pensei direito na hora.”?

A tese dos autores é que cometemos inúmeras bobagens justamente por não pensarmos
direito e não termos conhecimento acerca de como lidar com emoções tão comuns e
desagradáveis, como a ansiedade, a tristeza, a raiva e o estresse.

• O modelo Cognitivo

Saber como funciona o modelo cognitivo será fundamental ao longo deste livro. Por isso,
tenha sempre em mente que, para a TCC, as situações da vida são "gatilhos" (vamos usar
a palavra "estímulo" ao longo da aula) para pensamentos que, por sua vez, induzem certas
emoções que, por fim, levam-nos a determinados comportamentos.

Em resumo: situação -> pensamento -> emoção -> comportamento.

Entender esse modelo significa assumir que seus comportamentos não dependem das suas
dores e circunstâncias passadas. Ou seja, independentemente do que os outros lhe tiverem
feito no passado, você não vai precisar puni-los nem perdoá-los para poder seguir em
frente. Por mais que outras pessoas ou situações desafortunadas tenham lhe causado dor,
a TCC considera que é você o único responsável por determinar se a dor vai ou não
continuar a influenciar seus comportamentos.

Sendo assim, por mais que as situações da vida sejam diversas, o que você pensa acerca
dos fatos determinará, em grande parte, aquilo que você sentirá e o que você,
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consequentemente, fará.

Aqui vai uma frase do livro que ilustra bem essa ideia: “Quem acredita que uma certa
situação não tem mais saída se comporta de uma maneira muito diversa de quando ainda
tem esperança. Quem está convencido de que foi ferido de propósito pelo outro reage de
forma diferente de quem acha que o que houve não passou de um acidente. Se você é
daqueles que acreditam que os outros são integralmente responsáveis pela sua vida – e,
portanto, não há nada que se possa fazer para remediar sua própria situação –, que
motivação poderá ter para se esforçar? Mas se, pelo contrário, é dos que acreditam na
possibilidade de seguir adiante a despeito dos demais e de tudo o que já aconteceu, você
será capaz de avançar e começar a refletir acerca de que tipo de tentativa fazer.”

Com todos esses conceitos em mente, poderemos entender melhor cada uma das 10
bobagens apresentadas!

1. Catastrofismo

Essa primeira bobagem do livro marca os momentos em que a pessoa é levada a acreditar
no pior, mesmo que não tenha evidências suficientes que esse cenário catastrófico
acontecerá. Aqui, o desastre parece iminente, as consequências são terríveis, a ponto de
serem intoleráveis.

Vejam um exemplo comum: uma mãe deixa suas crianças no parque próximo à sua casa e
combina de aguardar o retorno delas às 15:00. No entanto, as crianças não chegam em
casa na hora correta, Então, a mãe pensa “estão mortos!”, “foram seqeestrados”, "alguém
os atropelou". Em consequência, seu coração começa a bater desenfreadamente; o pavor
começa a aumentar, aumentar e ela não consegue nem mesmo fazer um telefonema.

Alguns minutos depois, os meninos chegam em casa rindo e tomando sorvete, pedindo
desculpas pelo atraso e dizendo que encontraram com outro coleguinha no caminho, por
isso demoraram um pouco mais.

Todo o sofrimento que essa mãe passou, ainda que desnecessário e desgastante, é ainda o
menor dos problemas que o catastrofismo pode causar. Perceba que ele pode resultar não
só na perda de oportunidades, mas também na impossibilidade de procurar uma
saída efetiva, caso o problema seja real.

Desistir de achar uma solução é uma tendência recorrente de quem faz catastrofismo. Isso
acontece, porque, ao acreditar que algum desastre é inevitável, perdemos toda e qualquer
motivação para nos esforçamos em solucionar o problema. Se estamos convencidos
de que não há nada que possa ser feito, provavelmente faremos nada.

Ao contrário do que algumas pessoas possam pensar, o oposto de catastrofismo não é o


"pensamento positivo", mas o PENSAMENTO REALISTA. Não se trata se sempre pensar
positivo e nunca considerar alternativas negativas, mas de questionar os próprios
pensamentos constantemente, antes de dar a eles toda a sua confiança.
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No exemplo anterior, da mãe que aguarda por seus filhos, ela poderia ter questionado seus
pensamentos preliminares: "será mesmo que estão mortos? Quais as evidências que eu
possuo disso?". O momento certo de nos questionarmos é aquele em que começamos a
ficar nervosos – e todo mundo sabe quando isso está acontecendo.

O objetivo é sempre colocar em dúvida aquela terrível conclusão inicial, repensar aquela
premissa derrotista, reconsiderar a aterrorização. Trata-se de resistir à tentação de tomar
direto o atalho mental que nos leva de uma única idéia negativa à conclusão de que o
desastre é iminente e inescapável.

2. Telepatia

Quem nunca ouviu a fatídica frase: “Eu não preciso nem dizer, ele já sabe.” ? Muitos de nós
temos essa ilusão de saber o que se passa na cabeça do outro. Essa postura causa
inúmeras decepções e sofrimentos desnecessários.

Todos sabemos que a telepatia é impossível, mas, mesmo assim, agimos como se a
telepatia fosse parte integrante do repertório usual de habilidades humanas. Normalmente,
quanto mais íntima a relação, maior a ilusão. Quando conhecemos alguém muito bem,
podemos imaginar coisas com base naquilo que sabemos e acertar grande parte das vezes,
gerando a ilusão de sempre "saber o que passa na cabeça" do outro.

A verdade é que as pessoas são imprevisíveis. Sempre é possível que alguém que você
acredita conhecer muito bem resolva mudar de idéia – ainda que apenas numa determinada
ocasião, por um motivo específico –, como também é possível que você não conheça a
pessoa tão bem quanto acredita. Sempre podemos manter pequenas partes nossas em
segredo – mesmo daqueles que mais amamos e nos são mais próximos.

Por esse motivo, é muito importante considerarmos a possibilidade de não sabermos o que
o outro está pensando exatamente, ou de estarmos imaginando erroneamente a
interpretação do outro sobre os fatos. Ao admitir essas possibilidades você se abrirá para o
diálogo e duas possibilidades muito mais interessantes surgirão:

1. você poderá receber uma resposta muito mais interessante;


2. você, ao menos, compreenderá corretamente a situação, de modo a, se necessário, ter
condição de tomar alguma providência para remediá-la.

3. Mania de perseguição

Marcada pela tendência em levar tudo para o lado pessoal. Ou seja, para algumas pessoas,
eventuais comentários, perguntas e comportamentos alheios são vistos como afrontas
diretas. Tudo é uma tentativa de ataque à sua aparência, competência ou perícia.

Como acontece com outros erros mentais, pode-se dizer que a mania de perseguição,
quando utilizada de forma equilibrada e realista, não é só normal, como também preciosa;
quando excessiva, porém, será fonte de dificuldades e sofrimento emocional.
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Conseguir reconhecer os momentos em que as críticas/apontamentos são, de fato,


pessoais, também é muito importante. Você não gostaria de conhecer alguém totalmente
destituído de capacidade de reconhecer ou ser afetado por críticas, alguém desprovido de
culpa, de sentimentos e de senso de responsabilidade. O mundo realmente seria um lugar
terrível se absolutamente nada nos dissesse respeito.

No entanto, existe um perigo quando qualquer fala/gesto alheio se torna um problema que
você encara como pessoal. A mania de perseguição causa mágoas desnecessárias e
prolonga a raiva. Por isso, é preciso muita cautela para não cair nesta terceira bobagem.

4. Acreditar em tudo que o seu assessor de imprensa diz.

O trabalho do assessor de imprensa é disseminar a ideia de que seus clientes são


invencíveis. Mas sabemos que seria um grande erro acreditar veementemente que eles
estão contando toda a história de sucesso (sabemos que muitos sofrimentos e dificuldades
são omitidos).

Esta bobagem envolve, portanto, acreditar que o êxito em determinada área implicará,
automaticamente, no sucesso em todas as demais áreas (sem necessidade do mesmo
esforço que levou ao primeiro).

Em um exemplo extremo, poderíamos ilustrar essa bobagem assim: "Se eu sei andar de
carro e sou ótimo nisso, com certeza saberei pilotar um caminhão como um profisisonal".
Pensar e agir a partir deste pensamento pode significar uma grande irresponsabilidade, pois
sabemos que dirigir um caminhão não é tão simples como dirigir um carro.

Além disso, um excesso de pensamento positivo pode acabar nos levando a uma esquiva
de responsabilidade pelos nossos próprios atos. A crença da nossa própria superioridade
pode nos induzir a colocar a culpa nos outros pelos problemas. Podemos assumir uma
postura arrogante, presunçosa e antipática.

A melhor forma de lidar com essa bobagem é mantendo a cabeça aberta e voltando-se para
o realismo. Toda vez que perceber que uma atitude super positiva não está trazendo
resultados satisfatórios pare um pouco para pensar melhor, experimente ser um pouco
menos agressivo, questionar-se se pode se esforçar mais um pouco ou se está ouvindo
muito o que os outros andam dizendo.

5. Levar as críticas muito a sério (ou inventá-las).

Esse erro é o oposto de acreditar no assessor de imprensa. Esta bobagem pode ser
igualmente problemática, pois aceitar toda e qualquer crítica, vinda de quem quer que seja,
a respeito do que for, sem se dar ao trabalho de averiguar se o crítico em questão é
qualificado para colocar-se nessa posição, pode trazer grandes prejuízos e preocupações
desnecessárias.

Toda crítica deve passar por um filtro e por um processo de classificação, assim podemos
separar aquelas que merecem atenção das que não merecem, e determinar quanta atenção
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as críticas selecionadas devem receber. Isso demanda uma reflexão consciente ou


ficaremos sempre com a sensação de abatimento pós crítica.

Portanto, ao receber alguma crítica, pergunte-se: “Quem está me questionando? Quem é


essa pessoa? Quanta satisfação ela merece que eu lhe dê?”. Se o seu interlocutor for o seu
médico, por exemplo, que está lhe fazendo perguntas para chegar a um diagnóstico correto,
será você o único prejudicado caso não seja honesto e minucioso nas suas respostas. Se
não passar de um curioso, você tem todo o direito de determinar que suas críticas não
serão bem-vindas e ele não terá o acesso às informações que solicita.

Escute as críticas e dê abertura apenas para as pessoas em quem você realmente confia e
que possuem alguma autoridade sobre aquilo que estão falando.

6. Perfeccionismo

Trata-se do desejo de ser perfeito em tudo. Parece muito admirável, e ninguém poderia
negar a propriedade de estabelecermos padrões elevados para nós mesmos. Entretanto, o
perfeccionismo vira uma idiotice quando os padrões assim definidos são tão altos que se
tornam inalcançáveis para qualquer um, ou quando o desejo de ser 100% perfeito leva a 0%
de realizações.

É fundamental recordarmos que a perfeição não existe e o perfeccionismo é


contraproducente, ou seja, atrapalha a realização de tarefas que precisam ser feitas.

Por isso, quando a bobagem do perfeccionismo surgir, opte por ser menos perfeito, ainda
que isso traga algum desconforto. O mais importante é fazer alguma coisa, começar por
algum lugar, em vez de deixar que a possibilidade assustadora de que o resultado final não
fique perfeito te paralise antes mesmo de começar.

7. Mania de comparação

Comparar-se com os demais é um comportamento natural e que pode ser de grande valia,
quando utilizado corretamente. As comparações servem como ponto de referência, elas nos
permitem tanto efetuar melhores escolhas, como solucionar problemas.

No entanto, assim como as críticas e o perfeccionismo, é preciso ser comedido nas


comparações. Elas podem ser ferramentas úteis para incitar, motivar, mover, inspirar - mas
também podem ter um imenso potencial de destruição.

Comparar-se incessantemente e de modo injusto fará com que você se sinta inadequado,
inseguro, até mesmo sem saídas.Um dos resultados mais recorrentes desta mania de
comparação é a desistência.

8. Pensamento condicional “E se…?”

Trata-se de preocupar-se com aquilo que não existe ou é altamente improvável (como se já
não bastassem as nossas preocupações concretas).
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Diferente do catastrofismo, no caso do pensamento hipotético, a pessoa não acredita que


algo terrível de fato aconteceu, mas concentra toda a sua atenção nos fatos de que
poderiam ter acontecido.

Este pensamento é completamente paralisante, pois bloqueia a nossa capacidade de tentar


qualquer atividade nova, tendo em vista que a nossa imaginação começa a conjurar as
piores coisas que poderiam acontecer caso ousássemos tentar algo novo.

Para lidar melhor com esse pensamento, questione-o! Qual a probabilidade de isso
acontecer? Será mesmo verdade? Não há nenhuma outra explicação para isso? Existe
algum outro resultado possível? O mero ato de questionar uma situação hipotética já é
suficiente para retardar o processo automático que alimenta e aprofunda a tensão, o medo
e as preocupações que acabam por imobilizar a gente.

Além disso, marque hora para suas preocupações! Quando os seus pensamentos
estiverem perturbando, agende um momento específico do dia para dar vazão a todas as
preocupações e depois recuse-se a deixá-las se intrometerem em qualquer outro momento.
Acredite: é muito mais fácil do que parece!

9. Deve-ser-assim

O verbo "dever", no imperativo, é uma ordem! E quando usado de forma rígida, pode ser um
erro. Cotidianamente, acabamos usando o verbo “devo” para nos guiar socialmente e
designar as diferenças entre aquilo que é certo e o que é errado.

Mas dependendo, da forma que é usado, o "deve-ser-assim'' pode se referir a atitudes que
são tomadas sem reflexão, de modo que podemos nos tornar pessoas radicais e
perfeccionistas, que raramente avaliam o contexto dos fatos.

10. O vício “sim, mas…”

O "sim, mas…" é um tipo de discurso que reconhece os aspectos positivos, mas, em


seguida, acrescenta uma negativa que anula toda e qualquer possibilidade de
satisfação pelo que foi dito antes.

A pessoa que é viciada em “sim, mas…” sempre consegue encontrar algo de negativo que
se sobrepõe a todo e qualquer aspecto positivo. Para elas, é como se um filtro selecionasse
apenas as partes negativas das situações.

Para combater essa bobagem, tente trocar o “sim-mas” por “sim, e…”. Exemplo: sim, eu vou
fazer essa atividade, mas mais tarde -> sim, eu vou fazer logo essa atividade e me
recompensar saindo pra jantar.

Além disso, inverta a ordem do “sim-mas”. Exemplo: 20 pessoas elogiaram minha roupa,
mas fulano não gostou. -> Fulano não gostou da minha roupa, mas 20 pessoas elogiaram.
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Ferramentas de AÇÃO

De nada valeria para nós conhecermos todas essas bobagens se não fosse possível
combater cada uma delas. Por isso, o livro nos apresentará algumas ferramentas muito
úteis para implantarmos no nosso dia-dia e deixarmos de cometer tantas bobagens
desnecessárias.

1. Determinação do significado (O que exatamente está passando pela minha


cabeça? Qual o significado dessas ideias?)

2. Questionamento de evidências (Coloque o óbvio em dúvida! Será mesmo que isso


que você está pensando faz sentido? Quais as evidências que você possui?)

3. Atribuição de responsabilidades (Raramente a culpa de algum evento é de uma


única pessoa, ou de um único fato antecessor. Antes de jogar toda a culpa sobre o
outro ou sobre si, redistribua corretamente as responsabilidades.)

4. Descatastrofismo (Pergunte-se: Qual a pior coisa que pode acontecer agora? Ao


responder essa pergunta com honestidade, você se dará conta que nada muito
grave vai acontecer e que estava apenas catastrofizando.)

5, 6 e 7 - Criando alternativas de pensamentos, sentimentos e ação ( Aceite que


existem diversas alternativas para os seus problemas. Procure levantá-las e parta
para a ação!)

8. Comparações de prós e contras (Quais as vantagens e desvantagens da escolha


que pretendo fazer?)

9. Classificação dos erros (Reconheça os erros que você costuma cometer.)

10. E daí? (E se a possibilidade temida acontecer? E daí? O que você fará?)

11. Super Exagero (Exagere ainda mais as consequências ruins que você teme.)

12. Atribuição de notas de 1 a 10 (Dê nota para o problema atual, comparando-o


com outras adversidades já vividas por você.)

13. Uso das adversidades (Use da sua dificuldade para ajudar outras pessoas.)

14. Criação de imagem substitutas (Imagine-se comportando-se bem, ainda que em


meio ao temido ambiente caótico.)

15. Ensaios de imagens positivas (Troque imaginações ruins, por outras positivas.)

16. Auto instrução (Aconselhe-se como se estivesse aconselhando um amigo.)


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17. Auto Distração

18. Advogado de defesa (Ao invés de ser extremamente rígido consigo, defenda-se
como um advogado de defesa!)

Além dessas técnicas, podemos também aplicar:

1. Administração do tempo (planeje-se para cumprir com suas obrigações.)

2. Planejamento para aprimoramento ou prazer (planeje-se para também conseguir


momentos de prazer e lazer.)

3. Resolução de problemas (pergunte-se sempre: como posso resolver esse


problema? Ao invés de apenas reclamar sobre ele.)

4. Divisão de objetos em etapas menores (diante de uma grande meta, divida-a em


etapas menores)

5. Representação de cenas (pense com antecedência em como você deseja


desempenhar-se nas situações. Antecipe-se!)

6. Experimento de novos comportamentos (pratique, como se fosse em um ensaio!)

7. Relaxamento

CONCLUSÃO

O mais importante é que, até aqui, você tenha conseguido identificar que pode estar
cometendo pelo menos um desses erros de pensamento. Pare e crie o hábito de analisar o
que estiver lhe passando pela cabeça. Ao conseguir detectar um erro mental, você já estará
no começo.

Descubra as bobagens que você mais comete e pense nas técnicas terapêuticas que você
aprendeu neste livro como ferramentas para a vida inteira, que devem ser usadas sempre.

Não se esqueça de que de nada vão adiantar todas as ferramentas do mundo se você não
fizer uso delas. Ninguém constrói uma casa com um martelo e um serrote que não saem da
gaveta ou prateleira. Primeiro é preciso tirá-los de lá e usá-los.

Não se esqueça: o que importa é o modo como cada um de nós encara a vida. O que vale é
aquilo que pensamos. O que vale é o que fazemos.
Identifique. Defina. Examine. Aja.

“Cuide dos seus pensamentos”, disse Platão. “Com eles, você pode fazer qualquer coisa."

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