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Texto adaptado do Documento Preâmbulo ao Planos de Ensino 2016/2017.
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Professor Titular da CINAT – Química, Campus Pelotas – IFSul.
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Professora Adjunta da COCIHTEC, Campus Pelotas - IFSul
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
SUL-RIO-GRANDENSE
Câmpus Pelotas
Coordenadoria UAB/CPEaD –IFSUL
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação: Espaços e
Possibilidades para a Educação Continuada –Modalidade a Distância –
CPEaD
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Refirimo-nos a ideia de Maturana (1999) em que é possível a transformação na
convivência, em que as relações humanas são sustentadas no amor.
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MATURANA, Humberto. Transformación em laconvivencia. DolmenEdiciones S.A.
Santiago, Chile, p. 29-31, 1999.
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Podemos aqui, como professores de química que somos, traçar um paralelo comparativo
desta mutabilidade do processo educacional com o conhecido Princípio da Incerteza de
Heisenberg. Neste se postula, resumidamente, que quanto mais precisamente se medir
uma grandeza, forçosamente mais será imprecisa a medida desta grandeza
correspondente, o que é chamado de grandeza canonicamente conjugada. Em forçado
paralelo, pode-se dizer que em educação quanto mais minuciosa a discussão, o
questionamento e a resposta a estes, mais dúvidas e incertezas serão geradas, o que em
nossa opinião, é o moto-perpétuo da evolução humana. Como nos afirma brilhantemente
Albert Eisnten ‘não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas’, por óbvio
um repaginamento da máxima socrática do ‘Conhece-te a ti mesmo?’.
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Originário do latim discens, discentis. Teria vindo do particípio presente de dísco, is,
didìci/discìtum, èr, cuja acepção era ‘aprender, saber, estudar, tomar conhecimento’.
Aquele que recebe/toma o ensinamento de um mestre ou professor.
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do lat. alumnus, alumni, proveniente de alere, que significa “alimentar, sustentar, nutrir,
fazer crescer. Significa literalmente “criança de peito”, “lactante” ou “filho adotivo”, Em
sentido figurado ou metafórico, porém, aluno significa simplesmente “discípulo” ou
“pupilo”, alguém que aprende de forma coletiva em estabelecimento de ensino pela
mediação de um ou vários professores.
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É interessante que a etimologia e a linguagem nos demonstram que há diferença entre
os termos discente/ aluno e o termo estudante (uma pessoa que se ocupa do estudo,
relativa a um aprendizado de qualquer nível). Pois o estudo pode ser uma atividade
individual, sem recurso a professores, enquanto os primeiros necessitam da mediação de
mestres ou professores.
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É este homem complexo, um ser que expressa todos os conflitos da alma humana
ao mesmo tempo que reflete a velocidade da ‘trans’formação do tecido cultural pós-
moderno, que encontramos, multiplicados por cada um dos indivíduos múltiplos
(multíviduos), ao ingressar em qualquer sala de aula. Portanto se não considerarmos a
complexidade deste sujeito que se interpõe como nosso objeto de trabalho, nosso
‘cliente’, não teremos como proporcionar-lhe nem instrução nem formação, muito menos
educação.
Ante a complexidade e velocidade de transformação no multiverso da sociedade
pós-moderna o professor precisa compreender e aprofundar suas percepções de forma a
conseguir atender a todas as facetas destas múltiplas personalidades dicotômicas. Senão
corremos o risco de, como nos alerta Morin (2014), acabar com a unitas multiplex10, com
a unidade e diversidade simultâneas da espécie humana.
O docente deve refletir sobre sua metodologia, sua didática, seus
conhecimentos, sua relação com o aluno, corrigindo permanentemente seus eventuais
erros. A liberdade em ensinar não comporta desestímulo, e nem que o docente seja
condescendente com o desinteresse do aluno e desista de incentivá-lo. O docente é o
ponto referencial no aprendizado do aluno.
Podemos perceber nestas breves reflexões iniciais que o assunto é amplo,
complexo e controverso, como o é toda a temática que envolve o pensamento humano.
Como seres humanos somos suscetíveis as influências e vivências que constituem nossa
experienciação e nossa visão de mundo. Também são elas que moldam os profissionais
que somos ou seremos, pois são elas que regem nosso emocionar.
E é este emocionar que nos constitui e como pessoas e como profissionais.
Portanto discutir a sociedade e sua fugacidade, na visão pós-modernista é fundamental
para que possamos compreender quem somos, o que nos constitui e quais destas vivências
traduzirão nossa prática, nosso fazer.
Neste contexto desenvolveremos a Temática proposta nesta disciplina,
procurando aclarar um pouco estes conceitos as vezes nebulosos. Trabalharemos e
discutiremos quatro teóricos importantes para as concepções do conceito de pós-
modernidade e hipermodernidade. Estudaremos e discutiremos o pensamento de
Baumann, Morin, Lipovetsky e Maffesoli.
Esperamos que nossa convivência seja profícua. Que possamos ao final da
disciplina compreender um pouco do imbricado comportamento do tecido social pós-
moderno. E, é claro que esta discussão e compreensão possa ajudar-nos a resignificar
nossas práticas cotidianas quer na vida quer na profissão da docência.
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Conceito sobre o qual Morin discorre no livro ‘Os sete saberes necessários a Educação
do Futuro’ de 2014, e que destaca como um dos riscos da educação moderna o fato de
que esta poderá acabar com a unitas multiplex, com a unida de e diversidade simultâneas
da espécie humana.
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Referências bibliográficas