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Gabriel García Marquez - Viver para contar

Eu acabava de abandonar a faculdade de direito depois de seis semestres, dedicados


sobretudo a ler o que caísse em minhas mãos e a recitar de memória a poesia irrepetível
do Século de Ouro espanhol.

Já havia lido, traduzidos e em edições emprestadas, todos os livros que teriam me


bastado para aprender a técnica de romancear, e tinha publicado seis contos em
suplementos de jornais, que mereceram o entusiasmo de meus amigos e a atenção de
alguns críticos.

Ia fazer vinte e três anos no mês seguinte, havia fugido do serviço militar e era veterano
de duas blenorragias, e fumava cada dia, sem premonições, sessenta cigarros de um
tabaco feroz. Alternava meus ócios entre Barranquilla e Cartagena das Índias, na costa
caribenha da Colômbia, sobrevivendo feito um nababo com o que me pagavam pelos
textos diários no El Heraldo, ou seja, quase menos que nada, e dormia o mais bem
acompanhado possível onde quer que a noite me surpreendesse.

Como se a incerteza sobre minhas pretensões e o caos da minha vida não fossem
suficientes, um grupo de amigos inseparáveis estava disposto a publicar uma revista
temerária e sem recursos que Alfonso Fuenmayor planejava fazia três anos. O que mais
eu podia querer da vida?

Gabriel García Márquez (Viver para contar, p. 8)

Havia desertado da universidade no ano anterior, com a ilusão temerária de viver do


jornalismo e da literatura sem necessidade de aprendê-los, animado por uma frase que
creio ter lido em Bernard Shaw: “Desde pequeno tive que interromper minha educação
para ir à escola.” Não fui capaz de discutir o assunto com ninguém, porque sentia, sem
conseguir explicar, que possivelmente meus argumentos só seriam válidos para mim
mesmo.

Tentar convencer meus pais de semelhante loucura quando haviam depositado em mim
tantas esperanças e gasto tantos dinheiros que não tinham, era tempo perdido. Sobretudo
meu pai, que teria me perdoado o que fosse, menos não pendurar na parede um diploma
acadêmico qualquer que ele não conseguiu ter.

A comunicação se interrompeu. Quase um ano depois continuava pensando em ir visitá-


lo para expor meus motivos, quando minha mãe apareceu para pedir que eu a
acompanhasse para vender a casa. No entanto, ela não fez nenhuma menção ao assunto
até depois da meia-noite na barcaça, quando sentiu, como uma revelação sobrenatural,
que havia encontrado enfim a ocasião propícia para dizer o que sem dúvida era o motivo
real daquela sua viagem, e começou com a maneira e o tom e as palavras milimétricas
que devem ter amadurecido na solidão de suas insônias muito antes de começar a viajar.

_Seu pai está muito triste – disse ela.


Ali estava, pois, o inferno tão temido. Começava como sempre, quando menos se
esperava, e com uma voz sedante que não haveria de se alterar diante de coisa alguma.
Só para respeitar o ritual, pois conhecia de sobra a resposta, perguntei:

_E por quê?

_Porque você abandonou os estudos.

_Não abandonei – respondi. Só mudei de carreira.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 11-2)

Acho que, na verdade, eu devo a essência da minha maneira de ser e de pensar às


mulheres da família e às muitas das empregadas que pastorearam a minha infância.
Eram de gênio forte e coração terno, e me tratavam com a naturalidade do paraíso
terrenal. (...)

Não consigo imaginar um meio familiar mais propício para a minha vocação que aquela
casa lunática, em especial pelo caráter das numerosas mulheres que me criaram. Os
únicos homens eram o avô e eu, e ele me iniciou na triste realidade dos adultos com
relatos de batalhas sangrentas e explicações escolares para o voo dos pássaros e os
trovões do entardecer, e estimulou minha afeição pelo desenho. (...)

Quem me conheceu aos quatro anos diz que eu era pálido e ensimesmado, e que só
falava para contar disparates, mas meus relatos era em grande parte episódios simples
da vida diária, que eu tornava mais atrativos com detalhes fantásticos para que os
adultos me levassem a sério. Minha melhor fonte de inspiração eram as conversas que
os adultos tinham na minha frente, achando que eu não entendia, ou que eram cifradas
para me confundir. E acontecia exatamente o contrário: eu absorvia tudo como esponja,
depois desmontava peça por peça, e mudava para ocultar a origem, e quando contava as
histórias aos mesmos que as tinham me contado todos ficavam perplexos pelas
coincidências entre o que eu dizia e o que eles pensavam.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 68, 82-3)

Muitas vezes me refugiei no Café Roma para escrever até o amanhecer num canto
afastado, pois os dois empregos juntos tinham a virtude paradoxal de serem importantes
e mal pagos. Ali o amanhecer me surpreendia, lendo sem piedade, e quando a fome me
acossava eu tomava um chocolate grosso com um sanduíche de bom presunto espanhol
e passeava com as primeiras luzes do alvorecer debaixo dos flamboyants floridos do
Passeio Bolívar. Nas primeiras semanas eu tinha escrito até muito tarde na redação do
jornal, e dormido algumas horas na sala deserta da redação ou sobre os rolos de papel da
impressora, mas com o tempo me vi forçado a procurar um lugar menos original.

A solução, como tantas outras do futuro, me foi dada pelos alegres taxistas do Passeio
Bolívar: um hotel de putas a um quarteirão da catedral, onde se dormia sozinho ou
acompanhado por um peso e meio. O edifício era muito antigo mas bem-conservado,
graças às putinhas cheias de cerimônia que perambulavam pelo Passeio Bolívar a partir
das seis da tarde, na caçada de amores extraviados. O porteiro se chamava Lácides.
Tinha um olho de vidro como o eixo torto e gaguejava de timidez, e me lembro dele até
hoje com uma imensa gratidão desde a primeira noite em que cheguei. Jogou o peso
com cinquenta centavos na gaveta do balcão, já cheia de notas soltas e amassadas do
começo da noite, e me deu a chave do quarto número seis.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 108-9)

Jamais consegui lidar com a minha timidez. Quando precisei enfrentar em carne viva a
responsabilidade que nos foi deixada pelo pai errante, aprendi que a timidez é um
fantasma invencível. Toda vez que precisava pedir fiado, mesmo para as compras que
tinham sido combinadas com antecedência nas lojas dos amigos, eu ficava horas dando
voltas na casa, reprimindo a vontade de chorar e os apertos do ventre, até finalmente me
atrever, e com as mandíbulas tão apertadas que a voz não me saía. Claro que não faltava
o comerciante sem coração para acabar de me destruir: “Garoto tonto, ninguém
consegue falar com a boca fechada!” Mais de uma vez voltei para casa com as mãos
vazias e uma desculpa esfarrapada que eu mesmo inventava.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 132)

Mas em vez de me orientar ela mandou que eu entrasse e passasse a tranca na porta, e
me fez com o dedo um sinal que disse tudo.

_Vem.

E eu fui, e conforme ia me aproximando, sua respiração cansada ia enchendo o quarto


como um rio crescente, até que conseguiu agarrar meu braço com a mão direita e
deslizou a esquerda para dentro de minha braguilha. Senti um terror delicioso.

_Quer dizer, então, que você é o filho do doutor das bolinhas – disse ela, enquanto me
apalpava por dentro das calças com cinco dedos ágeis que eu sentia que eram dez. tirou
minhas calças sem deixar de me sussurrar palavras mornas no ouvido, tirou a
combinação pela cabeça e estendeu-se na cama de barriga para cima vestindo apenas
uma calcinha de flores vermelhas. – Esta quem tira é você – disse. É o seu dever de
homem.

Puxei pela bainha da calcinha, mas na pressa não consegui ir até o fim, e ela precisou
me ajudar com as pernas bem esticadas e um movimento rápido de nadadora. Depois
me levantou no ar pelos sovacos e pôs em cima dela à maneira acadêmica dos
missionários. O resto ela fez por conta própria, até que morri sozinho em cima dela,
chapinhado na sopa de cebolas de suas coxas de potranca.

Repousou em silêncio, meio de lado, olhando fixo em meus olhos e eu segurava o olhar
com a ilusão de tornar a começar, agora sem susto e com mais tempo. De repente ela me
disse que não ia me cobrar os dois pesos do serviço porque eu não estava preparado.
Depois se estendeu de cara para o teto e esquadrinhou meu rosto.
_Além do mais – ela disse – você é o irmão ajuizado de Luis Enrique, não é? Os dois
têm a mesma voz.

Tive a ingenuidade de perguntar a ela como o conhecia.

_Não seja bobo – e ela riu. – Eu tenho aqui uma cueca dele, que precisei lavar da última
vez...

Achei que estava exagerando, por causa da idade do meu irmão, mas quando ela me
mostrou a tal cueca percebi que era verdade. Depois, ela saltou nua da cama, com uma
graça de balé, e enquanto se vestia me explicou que na porta vizinha à da casa, à
esquerda, ficava seu Eligio Molina. E no fim me perguntou:

_Foi a sua primeira vez, não foi?

Meu coração deu um salto.

_Que nada – menti -, já fiz umas sete vezes.

_Mesmo assim – disse ela com um gesto de ironia – é bom pedir ao seu irmão umas
aulas...

Meu irmão Luis Enrique, naquela altura um veterano do corpo, se arrebentava de rir por
alguém da nossa idade ter de pagar por uma coisa que era feita por dois ao mesmo
tempo e que deixava os dois felizes.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 158-60)

Desde meus começos no colégio ganhei fama de poeta, primeiro pela facilidade com
que aprendia de memória e recitava em voz brilhante os poemas espanhóis clássicos e
românticos dos livros didáticos, e depois pelas sátiras em versos rimados que dedicava a
meus companheiros de classe na revista do colégio.

Não os teria escrito, ou pelo menos teria prestado um pouco mais de atenção neles, se
tivesse imaginado que iam merecer a glória da letra impressa. Pois na realidade eram
sátiras amáveis que circulavam em papeizinhos furtivos nas aulas soporíferas das duas
da tarde. O padre Luis Posada – diretor do colegial – capturou um, leu com cenho
adusto e me largou a bronca de rigor, mas guardou-o no bolso.

O padre Arturo Mejía convocou-me então à sua sala para me propor que as sátiras
apreendidas fossem publicadas na revista Juventud, órgão oficial dos alunos do colégio.
Minha reação imediata foi um espasmo de surpresa, vergonha e felicidade, que resolvi
com uma recusa convincente:

_São umas bobagens que eu faço.

O padre Mejía registrou a resposta, e publicou os versos com esse título – ‘Bobagens
que eu faço’ – e com a assinatura ‘Gabito’ no número seguinte da revista e com a
autorização das vítimas. Em dois números sucessivos precisei publicar outra série a
pedido de meus colegas de classe. Portanto, esses versos infantis – quer eu queira, quer
não – são, a rigor, a minha estreia.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 154)

Recordo seu nome e sobrenome, mas prefiro chamá-la agora como a chamava naquele
então: Nigromanta. Ia fazer vinte anos no Natal, e tinha um perfil abissínio e uma pele
de cacau. Era de cama alegre e orgasmos difíceis e atribulados, e um instinto para o
amor que não parecia ser humano e sim de rio revolto.

Já no primeiro round ficamos loucos na cama. Seu marido tinha corpo de gigante e voz
de menina. Tinha sido oficial da ordem pública no sul do país, e arrastava a má fama de
matar liberais só para não perder a pontaria. Moravam num quarto dividido por um
biombo de papelão, com uma porta que dava para a rua e outra para o cemitério. Os
vizinhos se queixavam de que ela perturbava a paz dos mortos com seus uivos de cadela
feliz, mas quanto mais forte ela uivava mais felizes deviam ficar os mortos de serem
perturbados por ela.

Na primeira semana precisei escapar pela janela do quarto às quatro da manhã, pois
tínhamos nos enganado de dia e o marido poderia chegar a qualquer momento. Saí pelo
portão do cemitério através dos fogos-fátuos e dos latidos dos cães necrófilos. Na
segunda ponte sobre o arroio vi vindo na minha direção um vulto descomunal que não
reconheci até cruzarmos nossos passos. Era o sargento em pessoa, que teria me
encontrado na sua casa se eu tivesse demorado cinco minutos a mais.

_Bom dia, branco – me disse num tom cordial.

Respondi sem a menor convicção:

_Deus te cuide, sargento.

Então ele se deteve para me pedir fogo. Acendi o seu cigarro, muito próximo a ele, para
proteger o fósforo do vento do amanhecer. Quando se afastou com o cigarro aceso, me
disse com um humor especial:

_Você está com um cheiro de puta que não tem quem aguente.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 211)

É difícil imaginar até que ponto vivia-se naquela época à sombra da poesia. Era uma
paixão frenética, outro modo de ser, uma bola de fogo que andava por conta própria por
todos os lados. Abríamos os jornais, mesmo na seção de economia ou na página
policial, ou líamos a borra do café no fundo da xícara, e lá estava a poesia esperando por
nós, para tomar conta de nossos sonhos. Assim, para nós, aborígenes de todas as
províncias, Bogotá era a capital do país e a sede do governo, mas sobretudo era a cidade
onde os poetas viviam. Não só acreditávamos na poesia, e morríamos por ela, mas
também sabíamos com certeza – como escreveu Luis Cardoza y Aragón – que “a poesia
é a única prova concreta da existência do homem”. O mundo era dos poetas. Suas
novidades eram mais importantes para a minha geração do que as notícias políticas cada
vez mais deprimentes.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 246)

Porque mesmo naquelas situações extremas eu continuava sendo um leitor insaciável,


sem nenhuma formação sistemática. Sobretudo de poesia, mesmo da ruim, pois nos
meus piores estados de espírito eu continuava convencido de que a má poesia acaba
conduzindo, cedo ou tarde, à poesia boa.

Eu era, enfim, tímido e triste, como todo bom caribenho, e tão zeloso da minha
intimidade que qualquer pergunta mais direta era respondida com um desvio retórico.

Estava convencido de que minha má sorte era congênita e sem remédio, sobretudo com
as mulheres e com o dinheiro, mas não me importava, pois acreditava que não era
preciso boa sorte para que eu escrevesse bem. Não me interessava a glória, nem o
dinheiro, nem a velhice, porque tinha certeza que morreria muito jovem e no olho da
rua.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 356-7)

A partir do momento em que tomei consciência disso tudo comecei a ler como um
autêntico romancista artesanal, não apenas por prazer, mas pela curiosidade insaciável
de descobrir como tinham sido escritos os livros dos sábios. Lia primeiro pelo direito e
depois pelo avesso e os submetia a uma espécie de destripamento cirúrgico até
desentranhar os mistérios mais recônditos de sua estrutura.

Por isso mesmo, minha biblioteca nunca foi outra coisa que um instrumento de trabalho,
onde posso consultar na mesma hora um capítulo de Dostoievski, ou conferir um dado
sobre a epilepsia de Júlio César ou sobre o mecanismo de um carburador de automóvel.
Tenho também um manual para cometer assassinatos perfeitos, para o caso de algum de
meus personagens desvalidos precisar. O resto foi feito pelos meus amigos que
orientavam em minhas leituras e me emprestavam os livros que eu devia ler no
momento certo, e que fizeram leituras impiedosas de meus originais entes de serem
publicados.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 359-60)

Hoje eu sei que minha aparência de mendigo não se devia à pobreza nem porque eu
quisesse parecer poeta, mas ao fato de todas as minhas energias estarem concentradas a
fundo na obsessão de aprender a escrever.

Gabriel García Márquez (Viver para contar – Autobiografia - p. 368)


Pequena resenha

Viver para contar é o livro em que deixamos de admirar Gabriel García Márquez
apenas como escritor para passar a admirá-lo como o grande ser humano que é.
Centrada nos anos de formação do artista, a obra mostra como uma vida, vivida de
maneira intensa e plena, pode servir de matéria-prima...

Imagine viver de tal forma que a própria vida se torne subsídio para contos, romances,
novelas que encantam milhões de leitores ao redor mundo inteiro. A vida, ela mesma,
vivida de maneira plena, intensa, rica em sentido, como matéria-prima de um universo
realista e mágico que se corporifica em narrativas que tem o poder de tocar, sensibilizar,
emocionar e provocar toda uma reviravolta.

Uma das muitas maravilhas reservadas ao leitor de Viver para contar é descobrir que
alguns dos personagens mais marcantes de seus livros, bem como elementos seminais
das tramas de seus romances mais famosos, foram inspirados em seus familiares
próximos. Seu avô como matriz para José Arcádio Buendía, o romance proibido entre
seu pai e sua mãe como a matéria prima para a história de O amor nos tempos do
Coléra, a complexa e rica em conflitos história da Colômbia como fonte de inspiração
para seus contos, novelas e romances.

Ademais, há certas curiosidades que encantam: sua participação no círculo intelectual


grupo de Barranquilla, sua amizade com o legendário padre guerrilheiro Camilo Torres
(que veio a ser quem batizou seu primeiro filho), seu testemunho ocular do Bogotaço e
dos conflitos políticos que se seguiram na Colômbia de então, são alguns dos muitos
eventos relatados que chamam a atenção do leitor.

Tudo contado com a mesma magia que emprega em seus demais livros.

O essencial do livro parece ser o processo de se tornar escritor, a obsessão em aprender


a escrever bem, em adquirir maestria na arte de narrar – a utilidade que, nesse contexto,
teve o duro aprendizado do labor de jornalista -, nem que para isso fosse preciso largar
“tudo”, até mesmo a faculdade de direito que, para uma família pobre do interior da
Colômbia, poderia ser uma tábua de salvação de recursos financeiros. Tudo, aqui, é
colocado propositalmente entre aspas, pois a infância e juventude do Gabito foram
passadas num contexto de ásperas privações.

Quem conhece sua obra literária e tem Gabo como referência de grande artista, ao ler
Viver para contar o tomará também como referência de ser humano.

Uma vida bem vivida é uma vida digna de ser contada. Ainda mais quando se viveu
para contar e, mais, para bem contar. Nesse caso, o próprio bem viver é o principal
subsídio para o bem contar. Mas o que é o bem viver?

Qual o subsídio da arte de contar? Viver, simplesmente, mas viver de tal forma

Imagine viver de tal forma que a própria vida se torne subsídio para contos, romances,
novelas que encantam milhões de leitores ao redor mundo inteiro. A vida, ela mesma,
vivida de maneira plena, intensa, rica em sentido, como matéria-prima de um universo
realista e mágico que se corporifica em narrativas que tem o poder de tocar, sensibilizar,
emocionar e provocar toda uma reviravolta

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