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Rosa Luxemburgo – Partido, massas, revolução

“(...) Mário Pedrosa expôs a polêmica entre Rosa e Lênin a respeito da organização,
criticando vivamente a concepção leninista de partido-vanguarda que, em seu entender,
implicava uma separação anti-democrática entre vanguarda e massa e, como mostrou a
trajetória dos Partidos Comunistas no século XX, o afastamento entre direção e base.
Admirador da ideia, defendida por Rosa Luxemburgo, do partido de massas
democrático. Mário Pedrosa a considerava uma alternativa às organizações políticas
hierarquizadas e centralizadas, dominadas por um grupo encastelado no poder. Além
disso, contra a concepção blanquista de uma revolução fabricada por grupos armados
que agem no lugar das bases, ele preconizava o socialismo como criação autônoma das
massas populares, mais uma vez se apropriando da crítica de Rosa Luxemburgo aos
bolcheviques. Essas duas ideias – organização democrática de massa e transição ao
socialismo levada a cabo pela ação livre dos de baixo – formam a espinha dorsal da
recepção de Rosa Luxemburgo no Brasil e no mundo. (...)” (p. VII-VIII)

(LOUREIRO, Isabel. Apresentação geral. Em LUXEMBURGO, Rosa. Textos


escolhidos. Volume 1 (1899-1914). São Paulo: Editora Unesp, 2011.)

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