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Esses dias, dando uma última lida preparatória para o concurso, passei de novo os olhos pelas

páginas de um livro do Carl Jung que usei pra fazer meu trabalho final na faculdade. O livro
chama-se “O desenvolvimento da personalidade” e fala, entre outras coisas, sobre educação.
Daí que me deparei com essa pérola, sobre educação e formação da personalidade:

“Mas quem educa para a formação da personalidade? (...) Ninguém pode educar para a
personalidade se não tiver personalidade. (...) Personalidade é a realização máxima da índole
de um ser vivo em particular. Personalidade é a obra a que se chega pela máxima coragem de
viver, pela afirmação absoluta do ser individual, e pela adaptação, a mais perfeita possível a
tudo que existe de universal, e tudo isto aliado à máxima liberdade de decisão própria. Educar
alguém para que seja assim não me parece coisa simples. Trata-se sem dúvida da maior tarefa
que nosso tempo propôs a si mesmo no campo do espírito. O desenvolvimento da
personalidade indica fidelidade à sua própria lei. A personalidade jamais poderá desenvolver-
se se a pessoa não puder escolher seu próprio caminho.”

Ele diz que os educadores das crianças (e os pais também) só podem suscitarem nelas algo
desse tipo se forem eles mesmos personalidades desenvolvidas. Se não, as crianças acabam
absorvendo as suas neuroses. Enfim, acabei pensando que sou um educador melhor por fazer
terapia.

Em dado momento, o Jung fala de que, ao invés de tentarem achar o melhor método didático
de ensino, é melhor que os educadores procurem estar relativamente livres das suas neuroses,
e que isso poderia proporcionar bons efeitos pedagógicos na formação da criança.

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