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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO


CULTURA, ARTE E EDUCAÇÃO

ELISANDRA PAZINI

REFLEXÕES SOBRE O GESTO E A IMAGEM NO PROCESSO DE ENSINO E


APRENDIZAGEM

Goiânia
2024

ELISANDRA PAZINI

Reflexões sobre o gesto e a imagem no processo de ensino e aprendizagem

Texto elaborado como requisito parcial


para aprovação na disciplina de
Pedagogia Estética: O gesto, a imagem e
a Palavra sob orientação da Profa. Dra.
Rita Márcia do curso em pós-graduação
(Mestrado/Doutorado) em Educação da
Universidade Federal de Goiás.

Goiânia
2024
Introdução
O propósito central deste estudo reside na minuciosa análise da influência do uso da
imagem e do gesto no ensino aprendizagem favorecendo a construção do saber. Nossa
intenção é aprofundar nossa compreensão sobre a intrincada interação entre o gesto e a
imagem na construção do saber e na formação humano. À luz das ideias de alguns
pensadores como Gallo, Blanchot, Cusicanqui, Flusser, Ramos do Ó, procuramos
demonstrar como a pedagogia da imagem e a pedagogia do gesto podem ajudar a
promovem uma formação humana mais significativa, ao mesmo tempo, questionar quais
valores desejamos transmitir às gerações vindouras.

Educação, criação e variedade de diferentes mundos: as várias maneiras de


aprender.
A forma como pensamos na educação no Ocidente, seguimos uma ideia que vem
do Platão. Ele diz que aprender é reconhecer algo que a alma já conhece. Em outras
palavras, Platão diz que o conhecimento vem da alma racional. Ele acredita que essa
alma é eterna e faz parte do mundo das ideias. Esse mundo é diferente do mundo
material que vemos, que é apenas uma cópia imperfeita das ideias. Acontece que
quando nossa alma entra num corpo ao nascer, por causa das limitações da matéria,
esquecemos todas as ideias que tínhamos. Ao longo da vida, aos poucos, vamos nos
lembrando do que já sabíamos. Aprender, então, é como se fosse lembrar novamente,
reconhecer algo que já sabíamos. Esse processo pode ser mais rápido e melhorado com
treino - é o que chamamos de educação.
De acordo com Gallo ao longo da história, as ideias sobre educação foram
mudando e se tornando mais firmes, mas, de certa forma, a ideia de Platão sobre
aprender como reconhecimento é como uma base do jeito que pensamos sobre educação
e ensino. Mesmo que hoje em dia usemos outras ideias, elas ainda têm um pouco desse
pensamento de Platão. Agora, na Psicologia Educacional, nós pensamos muito na
relação entre ensinar e aprender. As teorias sobre educação do século vinte, em geral, se
concentraram nessa ideia: você só aprende o que é ensinado, não dá pra aprender sem
que alguém ensine. Isso é importante pra Pedagogia, porque se só aprendemos o que é
ensinado, dá pra controlar o que, como e quanto uma pessoa aprende. Assim, o processo
de ensino pode ser mais científico, dando ao professor uma ideia clara de como ensinar
e avaliar cada aluno. Mas isso também pode levar a uma situação em que todos
aprendem as mesmas coisas da mesma forma, o que é chamado de homogeneização.
A palavra "ensinar" vem de uma raiz que significa guiar alguém para que ela
possa aprender. O romance "Uma Aprendizagem ou O livro dos prazeres" de Clarice
Lispector, escrito no final dos anos 60, conta a história de amor entre Lori, uma
professora, e Ulisses, um professor de Filosofia. No final do livro, Lori diz algo
intrigante sobre Ulisses, sugerindo que aprendeu algo com ele que ele não tentou
ensinar. Isso nos faz pensar como alguém pode aprender algo do outro sem ser ensinado
diretamente.
Deleuze não escreveu muito sobre educação. Mas em dois de seus livros,
encontramos ideias que podem nos ajudar a entender como aprendemos, de uma
maneira diferente do que normalmente pensamos, que é focada em ideias antigas de
reconhecimento de Platão. Deleuze diz que aprender é como encontrar sinais, ou seja, é
descobrir e entender coisas novas.
Segundo Deleuze, aprender tem tudo a ver com sinais. Quando aprendemos,
estamos basicamente decifrando sinais ao longo do tempo, não apenas memorizando
informações abstratas. No começo, quando começamos a aprender algo, olhamos para o
assunto como se estivesse nos enviando sinais que precisamos entender e interpretar.
Por exemplo, se alguém quer ser carpinteiro, precisa aprender a reconhecer os sinais da
madeira, e se quer ser médico, precisa entender os sinais de uma doença. Na verdade,
toda vez que aprendemos algo, estamos interpretando sinais ou símbolos.
Ainda de acordo com Deleuze, toda vez que interagimos com pessoas ou coisas,
podemos aprender algo, mesmo que não percebamos na hora. Só mais tarde é que
entendemos o que aprendemos, como se uma luz se acendesse no fim do túnel. É como
se todo o tempo que passamos aprendendo, mesmo que pareça perdido, finalmente se
encaixasse e fizesse sentido. Deleuze argumenta a favor de um tipo de aprendizado que
não se baseia apenas em reconhecer coisas antigas, mas sim em criar algo
completamente novo, algo único que acontece em nossos pensamentos.
A imprevisibilidade do aprender mostra que a pedagogia moderna não pode ser
uma ciência exata. Não dá para planejar, controlar ou medir exatamente como as
pessoas aprendem. A pedagogia pode controlar o que o professor pensa que está
ensinando - o currículo, os conteúdos, as técnicas - mas há um tipo de aprendizado que
vai além disso, algo como um "aprender quântico", como Deleuze descreve, que é meio
misterioso e que nem sempre o aprendiz percebe que está acontecendo. Não existem
métodos fixos para aprender, não dá para planejar como vai ser o processo. Mas o
aprendizado acontece de forma única para cada pessoa. A gente aprende quando
estamos juntos, quando estamos perto, quando mexemos o corpo todo. Deleuze diz que
quando aprendemos, não é só pensar, é sentir e mexer o corpo também. Ou seja,
aprender não é só pensar em algo, é também sentir e fazer movimentos com o corpo.
O que dificulta a aprendizagem de algumas crianças é quando as tratam como se
já tivessem falhado antes, o que as faz sentir envergonhadas e pensar que sempre vão
falhar no futuro. Quando essa pressão é tirada de cima delas, as crianças conseguem
aprender porque se sentem livres para viver as suas próprias experiências.
Segundo Deleuze o ato de aprender envolve a interação com símbolos, os quais,
como desafios, demandam uma resposta que é sempre única e inovadora. Cada
indivíduo reage aos símbolos de maneira distinta; cada um gera algo original em sua
conexão com os símbolos, indicando que cada um aprende à sua própria maneira, de
forma singular. Em outras palavras, em uma mesma aula, com o mesmo professor,
várias formas de aprendizado ocorrem, já que os alunos são diversos e cada um aprende
de modo singular. A diversidade mencionada por Deleuze refere-se a essa
multiplicidade. É por causa dessa relação que o símbolo implica em diversidade, em
diferença, e não em uniformidade, indo contra os esforços da pedagogia tradicional com
sua estrutura de padronização, de produção em massa de subjetividades.
No aprender, não é apenas repetir o que já sabemos, mas também criar coisas
novas. Cada pessoa tem a chance de encontrar novas maneiras de aprender. Este
caminho é sobre decidir o que pensamos das mudanças que estão acontecendo na
educação do Brasil. Alguns dizem que querem que todos aprendam da mesma forma,
para que todos sejam iguais. Mas aprender vai além do que acontece em sala de aula. É
sobre ser diferente e criar novas ideias. A questão é se podemos reconhecer e apreciar
essas diferenças ou se continuamos tentando fazer com que todos sejam iguais.
"Educação para todos" não significa que todos devem aprender da mesma maneira. É
importante que todos tenham acesso à educação, mas é igualmente importante que cada
um aprenda de acordo com suas próprias necessidades e diferenças.
Após destacar a importância do processo de aprendizagem neste texto, Galo
finaliza reforçando a significância do ato de ensinar, que é a principal responsabilidade
como educadores:
Como vimos, ensinar consiste em emitir signos, sem que tenhamos
controle em relação ao que será feito com eles, por aqueles que os
encontrarem. Isso não significa que não devamos emitir signos, mas sim que
precisamos nos desapegar deles, precisamos abdicar de nossa vontade de
controlar o aprendizado de cada um de nossos alunos, apesar de todas as boas
intenções que possamos ter com isso. Precisamos ter a coragem de ensinar
como quem lança sementes ao vento, com a esperança dos encontros que
possam produzir, das diferenças que possam fazer vingar, nos encantando com
as múltiplas criações que podem ser produzidas a partir delas, não desejando
que todos façam da mesma maneira, sejam da mesma maneira (GALLO, p.
194).

Conforme GALLO, o desapego que devemos praticar como professores é estar


prontos para não ser mais necessários. Se conseguirmos despertar nos alunos o desejo
de aprender quando ensinamos, então nosso papel termina ali. Nós abrimos o caminho
para eles, e cada aluno decide qual caminho seguir. Não importa quanto tempo leve para
aprender, desde que possamos reconhecer e valorizar as diferenças de cada um. É
importante focar no processo de aprendizagem, não apenas no resultado final, e estar
atentos para valorizar cada momento único.
u um clássico e o mais publicado.
Se ficou mais difícil gostar de poemas, é porque os poemas só têm relação com o
que as pessoas já viveram. Isso acontece porque a forma como as pessoas vivem mudou.
Desde o final do século passado, os filósofos têm tentado entender a verdadeira forma
de viver, diferente da maneira que a maioria das pessoas vive, que é muito influenciada
pela sociedade. Chamam isso de filosofia de vida, e essas tentativas não começam pelo
jeito como as pessoas vivem em sociedade.
As obras de Bergson se destacam como um momento significativo de
investigação científica, com uma orientação fortemente influenciada pela biologia. A
estrutura da memória desempenha um papel crucial na construção da sua filosofia da
experiência. Na realidade, a experiência é um tema recorrente tanto na vida pessoal
quanto na coletiva. Ela não é formada principalmente por dados isolados rigidamente
armazenados na memória, mas sim por uma acumulação de informações muitas vezes
inconscientes que fluem na memória (Benjamin, 1989, p. 105)
Bergson rejeita qualquer tentativa de determinar historicamente a experiência,
evitando se apegar àquela experiência da qual sua própria filosofia se originou. Essa
experiência é a sensação desafiadora e desorientadora da era da industrialização em
grande escala. A filosofia de Bergson busca detalhar e capturar essa imagem gerada por
essa época. Ela nos oferece uma visão da experiência que se apresenta sem distorções,
tal como era percebida por Baudelaire, em sua qualidade de leitor atento.

Memória Involuntária em Prost


"Em "Matéria e Memória," Bergson define a natureza da experiência de tal
forma que o leitor se vê compelido a concluir que apenas o autor seria o sujeito
adequado para tal experiência. Prost submeteu a teoria da experiência de Bergson a um
rigoroso teste. Em "Em Busca do Tempo Perdido," ele tenta reproduzir artificialmente,
nas condições sociais atuais, a experiência tal como Bergson a concebe, dado que a
esperança de realizá-la de maneira mais natural diminui progressivamente. Prost
introduz um elemento inovador que implica uma crítica imanente a Bergson. Essa
crítica não deixa de enfatizar o antagonismo entre a vida ativa e a vida contemplativa,
que se manifesta na memória. Desde o início, Prost identifica sua divergência de
opinião. A memória pura da teoria de Bergson se transforma, nas palavras de Prost, em
memória involuntária. Em seguida, ele confronta essa memória involuntária com a
memória voluntária, que está sujeita ao intelecto." (Benjamin, 1989, p. 106)
Nas considerações que precedem a introdução do termo, Prost explora a natureza frágil
com a qual, ao longo de muitos anos, a cidade de Cambray, onde passou parte de sua
infância, permaneceu em sua memória. Até aquela tarde singular, quando o sabor da
Madeleine o transportou de volta aos tempos antigos, uma sensação à qual ele
frequentemente aludiria, Prost estava confinado ao que sua memória voluntária poderia
oferecer. Essa forma de memória estava sujeita aos caprichos de sua atenção consciente.
Denominamos isso de memória voluntária, e as informações sobre o passado que ela
nos proporciona frequentemente carecem de nitidez.
Essa é a experiência comum que temos com nosso próprio passado. Nossos
esforços conscientes para evocá-lo são frequentemente infrutíferos; nossa capacidade
intelectual não é suficiente para trazer o passado de volta com riqueza de detalhes.
Portanto, Prost não hesita em concluir de forma enfática que o passado reside em algum
objeto material, fora do alcance da inteligência e de sua esfera de influência. Quanto a
qual objeto exato abriga essas memórias, isso permanece desconhecido. É uma questão
de sorte se nos deparamos com esse objeto antes de morrermos ou se nunca o
encontramos.
Prost argumenta que a aquisição de uma imagem própria e a capacidade de
apropriar-se de nossa própria experiência não são determinadas pelo acaso, ao contrário
do que ele inicialmente sugere. Nossas preocupações e pensamentos pessoais não são,
por natureza, algo só nosso e privado. Eles só se tornam assim quando há menos
oportunidades para que coisas de fora influenciem o que sentimos. Os jornais são um
exemplo disso. Se os jornais quisessem que você sentisse as notícias como se fossem
suas, eles não teriam sucesso. Na verdade, o que eles tentam fazer é o oposto, e eles
conseguem. Eles querem manter os eventos separados de você para que não afetem
muito sua maneira de pensar. Prost empreendeu a missão de narrar a própria infância,
mencionou toda a dificuldade de realizar a tarefa, como questão do acaso de poder ou
não realizar-se.
Neste contexto, a memória involuntária guarda lembranças das situações em que
foi formada e faz parte das coisas que uma pessoa guarda. Isso acontece de várias
maneiras diferentes. Quando vivenciamos experiências que são realmente importantes,
essas lembranças se juntam na nossa memória com outras lembranças que são
compartilhadas por muitas pessoas. Por exemplo, em festas, muitas vezes lembramos
coisas que aconteceram no passado e isso faz com que essas lembranças se misturem.
Essas lembranças podem surgir sem a gente querer, em momentos específicos, e nos
dão razões para pensar nelas ao longo da vida. As lembranças que a gente escolhe ter e
as que surgem sem a gente querer não são mais tão diferentes uma da outra.
A função da memória, como diz Reik, é proteger o que lembramos. Mas lembrar
as coisas pode fazer com que elas se desfaçam. A memória guarda as coisas, enquanto
lembrar as destrói. O que Freud está dizendo é que, de acordo com sua ideia, o que está
na nossa mente consciente toma o lugar das coisas que lembramos. A mente consciente
tem uma característica única: as coisas que passam por ela não deixam nenhuma marca
duradoura, ao contrário do que acontece em outras partes da nossa mente. Elas
desaparecem quando se tornam conscientes. A ideia básica aqui é que a consciência e a
memória não podem coexistir no mesmo sistema. Coisas que lembramos por um tempo
mais longo geralmente não chegam à consciência.

Traduzindo isso de uma forma mais simples, só conseguimos lembrar de coisas


que não pensamos conscientemente, coisas que não experimentamos como se
estivessem acontecendo no momento. Segundo Freud, a consciência não guarda
nenhuma lembrança. Em vez disso, ela tem outra função importante: proteger contra
estímulos.
Para um ser vivo, é essencial se defender contra coisas que podem prejudicar.
Isso é quase tão importante quanto receber coisas boas. Nosso corpo tem sua própria
energia e precisa proteger suas maneiras especiais de usar essa energia contra forças do
ambiente que podem bagunçar tudo. Sentimos essas coisas ruins como choques. Quanto
mais acostumados ficarmos com esses choques, menos nos afetarão de maneira ruim. A
teoria psicanalítica tenta entender o que acontece quando somos chocados e como isso
afeta nossos sentimentos. Ela diz que o susto é importante porque nos ajuda a nos
preparar para coisas que podem nos deixar angustiados.
Freud começou sua pesquisa porque ele estudou sonhos que são comuns em
pessoas que sofreram traumas. Esses sonhos repetem o evento traumático. Ele
acreditava que esses sonhos ajudavam a lidar com a angústia que estava causando a
neurose. Valéry, por outro lado, estava interessado em como nossos pensamentos
funcionam em nosso dia a dia. Ele pensava que as emoções e sensações humanas eram
surpresas e mostravam que algo estava faltando em nós. Lembrar coisas nos dá tempo
para entender o que aconteceu. Freud achava que quando lembramos do choque, ele se
torna menos assustador, e isso faz com que ele pareça uma experiência comum. Mas
isso também pode tirar a força poética desse evento, porque ele se torna apenas uma
lembrança comum em vez de algo especial.
Uma pergunta surge: como a poesia lírica pode ser baseada em uma experiência
onde o choque é comum? Essa poesia pode sugerir um plano ativo em sua criação.
Baudelaire é um exemplo perfeito disso. Sua poesia está ligada a um propósito, como se
ele visse lugares vazios onde sua poesia se encaixaria de forma perfeita.
Às vezes, quando algo nos surpreende muito, nosso cérebro precisa proteger
nossa mente. Quanto mais essa surpresa acontece, mais precisamos estar conscientes
para nos proteger. Se conseguirmos nos proteger bem, essas surpresas não terão tanto
impacto em nossa vida. O poeta Baudelaire comparou isso a um duelo, onde o artista
luta para não ser derrotado pela surpresa. Ele disse que o processo criativo é como esse
duelo, onde o artista enfrenta o inesperado. Quando o artista fica assustado, pode usar
essa emoção na sua arte.
A psiquiatria estuda pessoas que são sensíveis a traumas. Baudelaire decidiu que
ia enfrentar essas surpresas com todo o seu ser, tanto sua mente quanto seu corpo. Ele
usou a imagem da esgrima para mostrar como ele resistia ao impacto das surpresas.
O trecho nos diz duas coisas importantes. Primeiro, mostra que Baudelaire tinha
uma forte conexão entre a ideia de choque e sua interação com as pessoas nas cidades.
Ele se referia a um grande grupo de pessoas nas ruas. Esse grupo pode ser comparado a
um esgrimista, alguém que luta com sua espada para abrir caminho através dessa
multidão. É como se o poeta estivesse lutando para encontrar inspiração poética nas
palavras e fragmentos que encontra nas ruas desertas.

Baudelaire e a Multidão
A multidão em Baudelaire é um tema recorrente na poesia e na prosa do poeta
francês Charles Baudelaire, que viveu no século XIX. Baudelaire é conhecido por sua
exploração da vida urbana e da experiência moderna, e a multidão desempenha um
papel importante em sua obra, especialmente em seu livro de poesia "As Flores do Mal"
(Les Fleurs du Mal).
Baudelaire retrata a multidão como um elemento fundamental da vida nas
cidades modernas, especialmente em Paris, que estava passando por uma transformação
significativa durante o século XIX devido à industrialização e ao crescimento
populacional. Ele observa a multidão como um organismo vivo e dinâmico, cheio de
contradições e complexidades. Para Baudelaire, a multidão representa tanto a sedução
quanto a alienação da vida urbana.
Em suas obras, Baudelaire descreve a multidão como uma massa anônima de
pessoas que se movem pelas ruas da cidade, muitas vezes perdidas em seus próprios
pensamentos ou preocupações. Ele retrata a solidão do indivíduo dentro da multidão,
uma solidão que pode ser intensificada pela agitação e pela falta de conexão real entre
as pessoas. Ao mesmo tempo, Baudelaire também vê a multidão como um local de
encontros inesperados, onde as almas solitárias podem se cruzar e experimentar breves
momentos de conexão humana.
A multidão em Baudelaire é muitas vezes relacionada ao tema do spleen, um
sentimento de melancolia e descontentamento que permeia sua poesia. Ele retrata a
multidão como um reflexo da condição humana, com todas as suas contradições,
desejos, vícios e virtudes. Baudelaire estava interessado em explorar o lado sombrio da
vida urbana, incluindo o crime, a decadência moral e a alienação social, e a multidão
muitas vezes serve como um cenário para essas explorações.
A grande multidão nas cidades costumava assustar e causar nojo e medo nas
pessoas que a viam pela primeira vez. Em histórias de Edgar Allan Poe, essa multidão
às vezes parecia selvagem e difícil de controlar, mesmo pelas autoridades. Mais tarde, o
artista James Ensor gostava de misturar grupos militares com suas festas carnavalescas,
mostrando como a ordem e o caos podiam coexistir. Isso pode ser visto quando estados
autoritários trabalham junto com saqueadores.
Paul Valéry observou que as pessoas que vivem nas grandes cidades podem se
sentir isoladas e agir de maneira primitiva. Isso ocorre porque o conforto da vida urbana
pode fazer as pessoas se isolarem umas das outras. Ao mesmo tempo, essa vida urbana
pode tornar as pessoas mais parecidas com máquinas, agindo de maneira mecânica.
No século passado surge uma série de inovações que tem uma coisa em comum
elas começaram a fazer coisas complexas acontecerem com um gesto simples. Isso
aconteceu em muitas áreas diferentes. Entre todos os gestos de ligar, inserir, ou apertar
botões, o clique da câmera fotográfica teve um grande impacto. Era como se a máquina
desse um choque instantâneo. Andar no meio do trânsito significava levar muitos
choques e batidas para cada pessoa. Baudelaire fala sobre uma pessoa que se mistura na
multidão como se fosse uma bateria elétrica. Depois, descreve a experiência do choque
chamando essa pessoa de um caleidoscópio consciente. A multidão desempenha um
papel crucial na poesia de Charles Baudelaire, representando tanto a complexidade da
vida urbana moderna quanto os conflitos internos e as experiências humanas. Suas obras
são um reflexo da transformação da sociedade e da condição humana no século XIX, e a
multidão é um dos elementos centrais que ele utiliza para expressar suas preocupações e
observações sobre o mundo ao seu redor.
A sensação de surpresa que uma pessoa sente ao se misturar na multidão é
semelhante à sensação que um trabalhador tem ao lidar com uma máquina. Isso não
significa que Baudelaire entendia como funcionava o trabalho industrial. Ele não tinha
esse entendimento. Ele estava fascinado por um processo em que a máquina despertava
uma reação automática no trabalhador, algo que ele podia observar mais de perto em
alguém que não estava ocupado, como em um jogo de azar.
No poema "O Jogo," Baudelaire aborda o tema do jogo de azar de acordo com
sua visão moderna. Ele compara o jogador com o gladiador, considerando ambos como
figuras históricas. Se olharmos para o jogo de azar não apenas do ponto de vista técnico,
mas também psicológico, a ideia de Baudelaire se torna ainda mais importante.
O jogador está motivado principalmente pelo desejo de ganhar dinheiro, o que é
evidente. No entanto, esse desejo não é exatamente um desejo genuíno. Pode estar
impregnado de ganância e uma determinação obscura. Em qualquer caso, o jogador não
consegue dar à sua experiência o devido valor. O desejo, por outro lado, faz parte da
nossa experiência. O que desejamos quando somos jovens, geralmente conseguimos
quando ficamos mais velhos. No entanto, o que realmente nos enriquece ao longo do
tempo é a experiência que vivemos e que nos molda. Portanto, o desejo realizado é o
ponto alto da nossa experiência de vida. Nas histórias das pessoas, quando algo está
longe no espaço, às vezes parece que também está longe no tempo. É por isso que a
estrela cadente, aquela luz que passa rapidamente pelo céu, se tornou um símbolo de
desejos que se realizam. A bolinha de marfim movendo-se para a próxima casa
numerada, a próxima carta sendo colocada sobre as outras, é o oposto completo da
estrela cadente.
Jouvert fala sobre o tempo, mas não é o tempo comum que conhecemos. Ele está
mais ligado à eternidade e não destrói as coisas, apenas as melhora. Ao contrário do
tempo comum que passa rápido e não nos deixa terminar o que começamos.
Proust escreve que alguns dias são especiais e cheios de significado. Esses dias
especiais são como momentos em que o tempo torna as coisas melhores, como Joubert
descreve. São dias que se destacam e têm um valor especial. Baudelaire os chamou de
"correspondências", relacionados à ideia de beleza moderna (Benjamin, 1989, p. 131)
Baudelaire expressa algo muito forte, mas de forma muito sutil, o que o torna
claramente único. Ele fala sobre como as experiências que ele já compartilhou
desapareceram lentamente. O cheiro é como um refúgio secreto para memórias que
surgem sem controle, e raramente está ligado a uma imagem visual. Entre todos os
sentidos, apenas o cheiro pode evocar a mesma lembrança. Mais do que qualquer outra
coisa, o poder de confortar reside em reconhecer um perfume, porque isso ajuda a
esquecer o passar do tempo. Um cheiro pode nos fazer voltar anos atrás em um instante.
Não há consolo para aqueles que não podem mais viver novas experiências. (Benjamin,
1989, p. 135)
Se olharmos para os pensamentos de Baudelaire e Bergson, podemos ver
algumas diferenças importantes. Baudelaire ainda mantém algum contato com a
verdadeira experiência histórica em suas palavras e ideias, especialmente em relação à
vida e à morte.
Por outro lado, Bergson se afasta bastante da história em sua concepção da
"duração". Ele meio que "apaga" a morte de sua visão do tempo. Isso faz com que sua
ideia de "duração" fique isolada da história, tanto da história que já aconteceu quanto da
que poderia acontecer.
O conceito de "ação" de Bergson, que é basicamente como as pessoas agem de
acordo com o senso comum, também desempenha um papel importante em sua visão.
Ele faz com que a "duração", na qual a morte foi excluída, pareça mais como um
desenho bonito e eterno, mas que não pode guardar as tradições ou a história.
(Benjamin, 1989, p. 137)
A experiência da aura é baseada na ideia de que coisas inanimadas ou partes da
natureza têm uma espécie de reação semelhante à maneira como as pessoas se
relacionam na sociedade. Quando alguém é visto, ou pensa que está sendo visto, ele
reage olhando de volta. Então, perceber a aura de algo significa imaginar que essa coisa
tem o poder de "olhar de volta". Isso também é confirmado por descobertas relacionadas
à memória involuntária, que não podem ser repetidas, pois escapam da nossa lembrança.
Isso tudo nos ajuda a entender que a aura é como um "fenômeno único de
distância" que não pode ser replicado. Essa ideia nos ajuda a perceber que a aura tem
um caráter cultural significativo. Quanto mais Baudelaire percebia isso, mais ele estava
confiante em mostrar em sua poesia que a aura estava desaparecendo. Ele fez isso de
uma forma meio secreta, e você pode encontrar isso em quase todas as partes de seu
livro "As Flores do Mal", onde ele fala sobre o olhar saindo do olho humano.
(Benjamin, 1989, p. 141)
Simmel menciona algo que pode ser cansativo, embora menos óbvio. Ele diz que
as pessoas que veem sem ouvir são muitas vezes mais inquietas do que aquelas que
ouvem sem ver. Isso é típico das grandes cidades. Nas cidades grandes, as relações entre
as pessoas são caracterizadas pelo fato de que a visão é mais importante do que a
audição. Isso acontece principalmente devido aos meios de transporte públicos. Antes
do século XIX, quando os ônibus, trens e bondes foram inventados, as pessoas não eram
forçadas a olhar umas para as outras por longos períodos de tempo sem falar umas com
as outras. (Benjamin, 1989, p. 142)
Baudelaire descreve uma experiência importante em sua vida: ser empurrado
pela multidão nas ruas. Para ele, isso se tornou um critério fundamental que moldou sua
vida. Ele percebeu que a ideia de uma multidão com vontades próprias, uma alma
coletiva que o fascinava, era uma ilusão. Ele viu um futuro em que até mesmo as
pessoas marginalizadas e rejeitadas imporiam regras rígidas e condenariam o
comportamento libertino, priorizando o dinheiro.
Traído por essas ideias que ele considerava aliados, Baudelaire virou-se contra a
multidão com uma raiva impotente, como alguém que luta contra o mau tempo. Isso faz
parte da experiência que ele queria destacar como a verdadeira experiência moderna.
Ele estava disposto a pagar um preço alto por essa sensação moderna: a perda da aura
nas experiências chocantes. Mesmo que tenha sido difícil para ele, essa ideia se tornou a
essência de sua poesia durante o Segundo Império, uma época em que ele se sentia
isolado, como uma estrela solitária no céu sem atmosfera.

Experiência, Memória e Narração como Fundamentos da Construção da


Identidade Humana
É possível dizer que há uma ligação especial entre experiência, memória e
narração, porque essas três coisas estão sempre conectadas e se influenciam. A
experiência é como a base que nos permite ter memórias e contar histórias, porque o que
lembramos não é algo abstrato, mas sim coisas que aconteceram conosco e com outras
pessoas em nossas vidas. Ao mesmo tempo, quando alguém conta uma história, essa
história pode se tornar uma experiência para outra pessoa. Portanto, essas três coisas
estão todas juntas de uma maneira importante.
A experiência é como um balanço, indo para um lado e depois para o outro,
misturando-se com diferentes experiências. Para realmente ter uma experiência, é
preciso relaxar, se soltar e ter momentos de tranquilidade, como o ócio. É mais fácil ter
uma experiência quando você não está ocupado com tarefas e não está sob pressão de
tempo ou controle. É quando você pode simplesmente deixar as coisas acontecerem.
Proust escreve sobre a recuperação das suas lembranças de quando era criança.
Ele escreve sobre essas memórias. Na história que ele conta, ele se lembra dessas
experiências quando está na rua, vivendo a vida ativamente. Ele não fica sozinho
pensando nelas, e também não fica apenas olhando para o passado. Além disso, Proust
mesmo se torna parte da experiência que está narrando.
Para ter uma experiência significativa, é importante que a nossa atenção se afaste
das coisas externas. No entanto, não são todos os objetos que têm o poder de trazer
lembranças, apenas aqueles que estão ligados a nós de alguma forma. A "aura" de um
objeto é a sensação especial que ele carrega, como uma memória que fica nele.
Portanto, os objetos que nos fazem ter experiências são aqueles que têm essa "aura"
especial.
A narrativa é como uma história que é contada de forma lenta, cuidadosa e feita
à mão. Ela é uma maneira de compartilhar experiências. Em um ensaio de 1936, o
narrador Benjamim conversa com o escritor russo Nikolai Leskov, e isso nos ajuda a
entender por que as histórias são importantes para aprender e crescer.

As histórias muitas vezes têm, mesmo que de maneira escondida, uma lição
moral, um conselho ou uma orientação para a vida, mas não são chatas ou moralistas.
Elas não tentam mudar a vida das pessoas de fora, mas sim continuam uma corrente de
histórias comuns e vivas. As histórias sempre têm algo de especial, mágico e ilógico.
Na narração há a “marca do narrador, coo a mão do oleiro na argila do
vaso. [...] Seus vestígios estão presentes de muitas maneiras nas coisas
narradas, seja na qualidade de quem as viveu, seja na qualidade de
quem as relata” (Benjamin, 1994d, p. 205). Nesse processo, “o
narrador colhe o que narra na experiência própria ou relatada pelos
outros e transforma isso outra vez em experiência dos que ouvem sua
história” (Benjamin, 1994d, p. 60)
Na narração, não forçamos as emoções ou pensamentos dos personagens sobre
você. Deixamos você pensar por si mesmo, sentir as coisas do seu jeito e até contar a
história de uma maneira que faça sentido para você.

Os fatores que conduzem à restrição das experiências, à perda da memória e à


escassez da arte narrar.
A diminuição das experiências acontece gradualmente e está ligada às condições
da sociedade moderna, especialmente ao modo como as pessoas trabalham muito e à
forma como usam a tecnologia. Além disso, a cultura atual muitas vezes desvaloriza
coisas importantes da vida, esconde o esforço daqueles que não conseguem vencer e
mantém o poder nas mãos dos que já são bem-sucedidos (Chaves, 2020, p. 98).
O avanço da sociedade, com todas as suas mudanças, não apenas causa
experiências assustadoras que são difíceis de entender, como aquelas que acontecem em
situações extremas, como guerras ou crises econômicas. Também leva a uma forma de
viver mais mecânica, onde as coisas perdem seu encanto, as interações diretas se tornam
raras e as pessoas reagem às situações sem pensar muito. É como se todos vivessem em
mundos separados, cada um tentando lidar com o caos da vida moderna do seu jeito.
(Chaves, 2020, p. 99).
De acordo com Benjamin, na época moderna, a maneira como aprendemos e nos
adaptamos às coisas é influenciada por novas tecnologias e invenções. Essas novas
tecnologias substituem antigas formas de fazer coisas e nos fazem sentir de maneira
diferente. Isso pode dificultar nossa experiência com objetos e facilitar nossa capacidade
de nos ajustar às mudanças.
O vidro duro, liso, frio, sóbrio, sem aura e onde nada se fixa, de
Scheerbart, e o aço, de Bauhaus, tributários do início da modernidade
são emblemas do não deixar marcas, de não ter contato com o objeto,
ou seja do que dificulta a experiência. Na atualidade, as impressões
são ainda mais efêmeras quando observamos o estilo de vida em um
apart hotel ou em um apartamento minúsculo que servem de
passagem para os habitantes. A internet, com sua velocidade de
informações, também nos permite uma parição instantânea, que logo
será deletada (Chaves, 2020, p. 100).

A perda da experiência, que some sem deixar rastros, está diretamente ligada ao
jeito como o sistema econômico capitalista funciona. Em vez de produzir apenas coisas
materiais, ele também influencia como fazemos coisas, como percebemos o tempo,
nossos sentimentos, lembranças e a maneira como contamos histórias. No início, ele
exigia que as pessoas trabalhassem muito rápido, sem tempo para pensar em outras
coisas além do presente, tornando difícil viver experiências mais ricas e significativas.
"Quando buscamos uma compreensão imediata das coisas, corremos o risco de
enfraquecer nossa memória para informações que não são imediatamente úteis. Isso nos
leva a depender da nossa capacidade de lembrar informações acumuladas enquanto
estamos constantemente alertas para as várias possibilidades de mudanças.
Hoje em dia, ainda seguimos a estratégia de tentar controlar o que acontece ao
nosso redor. O tempo que importa é aquele que pode ser medido por um relógio, sendo
uma medida objetiva e desprovida de subjetividade. O tempo é valioso, é dinheiro,
então não podemos aceitar perder tempo necessário para experiência.
A perda de experiências acontece quando as lembranças desaparecem
rapidamente, tornando difícil lembrar de coisas. Isso ocorre porque vivemos em um
mundo onde tudo acontece muito rápido e isso afeta nossa memória. Também sentimos
a pressão de nos ajustarmos ao que está acontecendo ao nosso redor, o que nos faz ficar
mais conscientes e alertas.
Isso nos leva a nos afastar das outras pessoas e a nos tornarmos mais focados em
nós mesmos, como se estivéssemos competindo o tempo todo. Esse comportamento
pode nos fazer sentir tristes e desanimados, pois não conseguimos encontrar um
propósito na vida ou uma sensação de continuidade. Por isso, muitas vezes procuramos
conforto em nossa própria bolha ou em relacionamentos virtuais nas redes sociais.
(Chaves, 2020, p. 106).
Resistência
O autor acredita que a história se torna interessante quando encontramos
contradições e desafios, não quando tudo é perfeito. Ele não acredita que devemos
tentar voltar ao jeito como as coisas eram no passado ou sonhar com um futuro
impossível de alcançar. Em vez disso, ele pensa que devemos parar o avanço constante
do progresso, porque a revolução não se baseia na ideia de que o progresso econômico
inevitável é bom. Pelo contrário, a revolução acontece quando interrompemos a
evolução histórica que pode levar a desastres.
A resistência não está em competir com as novas tecnologias, mas sim em
questionar a lógica por trás delas. É interromper o padrão normal das coisas, mostrar a
realidade de forma diferente, quebrar as regras das histórias tradicionais, separar a
técnica do conteúdo e revelar o lado negativo da produção de coisas culturais. Isso tudo
é feito para despertar uma maneira diferente de pensar, tirando as pessoas da sua zona
de conforto e do foco apenas no presente.
Benjamin enfatiza o quão importante é repensar a educação. Ele quer que questionemos
o conhecimento que não nos faz pensar sobre os valores que queremos passar para as
próximas gerações. Ele também quer resgatar a ideia de que a educação deve ser uma
força de mudança, lembrando-nos do papel importante que a classe burguesa
desempenhou na história.

Conclusão
Podemos afirmar, com convicção, que existe uma conexão profundamente significativa
entre experiência, memória e narração, uma vez que esses elementos estão
inextricavelmente entrelaçados e mutuamente influenciam-se. A experiência funciona
como a fundação que nos capacita a criar memórias e a compartilhar narrativas, pois o
que recordamos não é um conceito abstrato, mas sim eventos e vivências que moldaram
nossas vidas e interações com outras pessoas. Simultaneamente, quando alguém narra
uma história, essa narrativa pode se transformar em uma experiência significativa para
quem a ouve. Portanto, esses três elementos permanecem inextricavelmente ligados de
maneira profunda e essencial, destacando a importância dessa interação para a
compreensão da complexidade da condição humana.

Referências

BENJAMIN, W. Experiência e Pobreza. Obras Escolhidas. Magia e técnica, arte e


política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 3 ed. São Paulo: Brasiliense,
1987(Obras Escolhidas, volume 1) p. 114- 119.

___________. O Narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. Obras


Escolhidas. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura.
3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987(Obras Escolhidas, volume 1) p. 197- 221.

___________. Sobre alguns temas em Baudelaire. Charles Baudelaire um lírico no auge


do capitalismo. 1º Ed. São Paulo: Brasiliense, 1989 (Obras Escolhidas, volume III) p.
103- 149.
CHAVES, J. de C. A Experiência e a narração como fundamentos da formação humana
em Walter Benjamin. In: FARIA, G. G. de; CHAVES, J. de C. Fundamentos dos
Processos Educativos e Formação Humana. Goiânia, Editora Imprensa Universitária,
2020. P. 93-119

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