Você está na página 1de 1

O Jornalismo frente à realidade liberal brasileira

Discente: Gustavo Victor da Silva Sousa

Reconstruir e analisar o contexto em que a profissão de jornalista se desenvolveu no


país e por suas influências, é fundamental para a compreensão dos conflitos de interesse
político e econômico, que determinaram a configuração histórica do jornalismo. E
corroborando, o jornalismo, por sua vez, caminha para suprir as necessidades
histórico-sociais. O documentário “The Real Adam Smith: Ideas That Changed The World”,
de 2016, gerenciada pelo financiamento das empresas milionárias, fundada pelo Sir John
Templeton, em 1984, nos Estados Unidos - Templeton Religion Trust (TRT) e John
Templeton Foundation, apresenta os feitos e a construção do pensamento liberal de Smith. A
visão expansiva e futurista do escocês, Adam Smith, e que até hoje tem-se como referência
de liberalismo econômico, possibilitou a chegada de inúmeros movimentos e ações, por
conseguinte, a Globalização.

Para Smith, a abertura de um mercado mais acessível para todos, a produção iria
incentivar a melhorar, assim, aumentando as suas riquezas. O sistema econômico global se
tornou tão grande e complexo que moralidade, ética e empatia exercem papéis únicos. Mas
será se ainda isso é relevante? O “mercado livre” ainda é livre?

A midiatização garantiu ao jornalismo inserção em vários segmentos, surgindo o


jornalismo econômico. De acordo com Quintão, em “Jornalismo Econômico no Brasil depois
de 1964”, pode-se marcar o surgimento do jornalismo econômico a partir dos jornais de
comércio e indústria e das primeiras seções e colunas de economia. Depois surgiu o
jornalismo de negócios, voltado para operações econômicas e financeiras de mercado, para
depois dar início ao jornalismo econômico como é conhecido atualmente. Para um recorte
importante, o Jornal Gazeta Mercantil (1977), passava a ser fundamental na consolidação da
notícia econômica, advinda dos noticiários econômicos e voltada para o desenvolvimento
capitalista de livre mercado.

Recorrente hoje em dia, as publicidades, a marketização da notícia e as empresas


jornalísticas (principalmente a televisão), possuem essa afinidade com o liberal monetário,
podendo servir ao público algo verídico, realista e acessível ou a lógica do capital
empresarial, que recaem sobre o jornalismo.

Na situação pandêmica, agravam-se os sistemas públicos e privados de saúde.


Respingando no Estado, na motivação de abrir o capital público para garantir o sustento das
pessoas e microempresas, de modo que desviasse da teoria liberal. Os agentes responsáveis
pelos movimentos de qualquer mercado, e, no caso, do mercado financeiro, se viu na função
de intervir na estrutura econômica atual, gerando modificações pertinentes e, por meio do
atenuante, não seria diferente no jornalismo. Como figura de 4º Poder dentro do sistema
social, é notório a não imparcialidade jornalística e democrática, pendendo entre o campo
político e econômico, foge a legitimidade das notícias repassadas.

Você também pode gostar