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NATAL/RN
JUNHO/2019
WENDELL DE OLIVEIRA MIRANDA
NATAL/RN
JUNHO/2019
WENDELL DE OLIVEIRA MIRANDA
NATAL/RN
JUNHO/2019
FICHA CATALOGRÁFICA
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________
Profª MSc. Vanessa Câmara de Medeiros
____________________________________________________________
Prof. MSc. Arlindo Nonato Morais de Souza
____________________________________________________________
Prof. MSc. Égon José Mateus Celestino
AGRADECIMENTOS
Na vida, deve-se gratidão a todas as pessoas e circunstâncias. Quando não se leva algo
de concreto de uma experiência, no mínimo ganha-se o aprendizado. Entretanto, quando se
expressa gratidão, creio que não só reflete aquilo que sentimos, mas nós propormos a sermos
melhores como seres humanos e insistimos a nos concentrar no que a vida tem de melhor.
Expresso minha gratidão a Deus. Não somente creio Nele, mas convivo, sinto, penso,
falo como Ele. É presente em minha vida em todos os momentos. Toda a minha vida subsiste
por Ele sem Ele, nada existiria.
Gratidão à família e amigos. Considero todos como família. Uns mais próximos e
outros não. Gratos aos meus irmãos e amigos, minha segunda família. Aqueles que dividem a
mesma fé que a minha e nós ajudam na caminhada.
Grato à família PROGRAD, aos colegas, pela paciência e contribuição que vocês dão
de diversas formas, cada uma na sua peculiaridade. Ao colega Fábio Barreto, pelas conversas
e refeições antes das aulas.
Gratidão ao Curso de Ciências Contábeis. Aos docentes do curso, colegas de turma.
Gratidão a minha querida orientadora Vanessa Medeiros. Obrigado pelo otimismo no
desenvolver trabalho e paciência com minha pessoa. Meus conceitos de orientação e zelo ao
ensino foram acrescidos.
RESUMO
A Oferta Pública Inicial (IPO) tem se revelado como alternativa para o financiamento das
empresas, sem que essas recorram a empréstimos financiamentos. Assim, muitas empresas
optam pela abertura de capital como meio de financiar suas operações de expansão. Este
trabalho teve como objetivo avaliar a relação dos indicadores econômico-financeiros com as
variações das cotações das ações após o IPO das empresas listadas no índice Small Cap
(SMLL) da bolsa de valores (B3 – Brasil, Bolsa, Balcão). Foi realizada uma análise através de
regressão linear múltipla com um banco de dados com 21 empresas em 7 setores, com
abertura de capital entre 2009 e 2017. A análise compreendeu indicadores de rentabilidade,
desempenho, estrutura de capitais, solvência e mercado de capitais, como: margem líquida ou
retorno sobre as vendas (RSV), retorno sobre o ativo (ROA), retorno sobre o investimento
(ROI), retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), participação sobre capital de terceiros
(PCT), composição de endividamento (CE), preço sobre o lucro (P/L), preço sobre o NOPAT
(P/NOPAT), valor econômico agregado (EVA) e variação da cotação. O estudo mostrou
indicadores como EVA teve relação com as variações de preços somente no setor de serviços
de utilidade pública. Já outros indicadores como P/NOPAT, CE, PCT e ROI tiveram
correlação negativa entre muitos setores. Nos setores de atendimento à saúde, industrial e
serviços de utilidade pública, os indicadores ROA e RSV apresentaram-se estatisticamente
significantes mas com relações diferentes. Assim, foi encontrado relações de significância
positivas e negativas para a maioria dos setores analisados com as variações das cotações após
o IPO das empresas, sugerindo que há relação com indicadores e impacto nas variações de
preços das ações com abertura de capital. Indicadores de rentabilidade e desempenho
mostraram-se estatisticamente significantes com as variações das cotações de forma positiva
e negativa variando de acordo com o setor. Já os indicadores de estrutura de capitais e
solvência foram significantes negativamente, mostrando variação negativa com as cotações
para empresas mais endividadas.
The Initial Public Offering (IPO) has proved to be an alternative for the financing of
companies, without which they resort to financing loans. Thus, many companies opt for the
opening of capital as a means of financing their expansion operations. The objective of this
study was to evaluate the relationship between economic and financial indicators and stock
price changes after the IPO of the companies listed in the Small Cap Index (SMLL) of the
stock exchange (B3 - Brasil, Bolsa, Balcão). A multiple linear regression analysis was
performed with a database of 21 companies in 7 sectors, with capital outlay between 2009 and
2017. The analysis included indicators of profitability, performance, capital structure,
solvency and capital markets, as : net margin or return on sales (RSV), return on assets
(ROA), return on investment (ROI), return on equity (ROE), equity interest (PCT), debt
composition EC), price on profit (P / L), price on NOPAT (P / NOPAT), aggregate economic
value (EVA) and price variation. The study showed indicators such as EVA was related to
price variations only in the utility sector. Other indicators such as P / NOPAT, CE, PCT and
ROI had negative correlation among many sectors. In the healthcare, industrial and public
utility sectors, the ROA and RSV indicators were statistically significant but with different
relationships. Thus, positive and negative significance relations were found for most of the
sectors analyzed with the changes in the prices after the IPO of the companies, suggesting that
there is a relation with indicators and impact on the price variations of shares with IPO.
Indicators of profitability and performance were statistically significant with the variations of
the prices in a positive and negative way varying according to the sector. On the other hand,
the indicators of capital structure and solvency were negatively significant, showing a
negative variation with the prices for more indebted companies.
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 13
1.1 CONTEXTO E PROBLEMÁTICA.............................................................. 13
1.2 OBJETIVOS................................................................................................. 14
1.2.1 Geral.................................................................................................. 14
1.2.2 Específicos........................................................................................ 14
1.3 JUSTIFICATIVA........................................................................................ 14
2. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 16
2.1 MERCADO FINANCEIRO.......................................................................... 16
2.2 MERCADO DE CAPITAIS E BRASIL, BOLSA, BALCÃO (B3)............. 16
OFERTA PÚBLICA INICIAL DE AÇÕES (IPO) E ÍNDICE SMALL
2.3 18
CAP...............................................................................................................
2.4 ÍNDICES ECONÔMICOS-FINANCEIROS DE ANÁLISE....................... 20
3. METODOLOGIA................................................................................................. 27
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA E DO MÉTODO........................... 27
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA....................................................................... 27
3.3 ESCOLHAS DAS VARIÁVEIS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO.......... 29
4. ANÁLISE DE DADOS......................................................................................... 32
4.1 ANÁLISE DESCRITIVA............................................................................. 32
4.2 ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................. 34
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 41
REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 43
APÊNDICE A – Empresas listadas no Índice Small Cap (SMLL) na B3.................. 46
APÊNDICE B – Empresas não contempladas na análise............................................ 48
APÊNDICE C – Indicadores econômicos e financeiros das empresas....................... 50
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1. INTRODUÇÃO
Alguns dos problemas dos países emergentes, incluindo o Brasil, são as altas taxas de
juros adotadas no mercado tornando o crédito caro e escasso (OREIRO, 2012). Tal fato
dificulta que empresas e empreendedores possam movimentar o mercado através de
investimentos em novos negócios e melhoria dos já existentes. As altas taxas de juros
cobradas encarecem o crédito e trazem insegurança de retorno numa economia instável.
Para o empresário ou empreendedor, há a opção de investir com recursos próprios,
como recursos de caixa da empresa com a intenção de reter resultados ou mesmo optar por
recursos com capital de terceiros com objetivo de distribuir resultados. A decisão de usar
capital próprio ou de terceiros depende de vários fatores adotados pela empresa
(SCHNORRENBERGER, 2013). Uma outra opção é a abertura de capital da sociedade
através da Oferta Pública Inicial de Ações no mercado.
As empresas partem para a abertura de capital com objetivo de realizar projetos de
investimentos, e em troca aos seus acionistas, oferecem participação no capital social da
empresa (OLIVEIRA, 2014). Vemos que uma das opções para obter recursos é a abertura de
capital da sociedade através da Oferta Pública Inicial de Ações (IPO) na Bolsa de Valores.
A partir daí, a sociedade anônima abre seu capital para venda de suas ações na bolsa.
Anteriormente, a empresa deve se adequar a vários pré-requisitos necessários e avaliar o
quanto sua sociedade pode estar preparada ou não a exposição ao mercado acionário.
Abrindo o capital, a companhia deve se adequar as normas da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e à Brasil, Bolsa, Balcão (B3), prezando por um nível satisfatório de
transparência com seus investidores. Todo o êxito no processo de IPO e levantamento de
recursos no mercado estarão atrelados à avaliação dos seus acionistas e nível de expectativa
de retorno que seus investidores poderão ter.
Empresas com menores valores de mercado podem representar maior potencial
de crescimento e, ao mesmo tempo, risco para investidores, uma vez que estão em expansão
no mercado e maturação nos negócios. As Small Caps ações de empresas de pequena
capitalização, maior volatilidade e um teor mais arriscado que as empresas maiores e mais
conhecidas (MACHADO, 2011).
14
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Geral
1.2.2 Específicos
1.3 JUSTIFICATIVA
apresentem menos atrativos, a população pode investir assumindo mais riscos na compra de
ações.
Neste sentido, alguns trabalhos já publicados procuraram fazer uma análise do impacto
do IPO nas empresas de capital aberto no Brasil, dentre eles o de Kalil e Benedicto (2018),
Biral (2010), Bossolani (2009), Wardil (2009) e Zilio (2012). No geral, estes trabalhos tem
procurado medir o impacto dos IPOs no desempenho, rentabilidade e endividamento nas
empresas. Cada um deles adota uma amostra específica de empresas e em períodos diferentes.
Nas análises das pesquisas realizadas, constataram-se diversos resultados de impacto
dos IPOs nas empresas, produto de diversificação de setores, tamanhos das empresas,
períodos analisados, capitalização obtida, além de outros fatores. Na maioria deles, a abertura
de capital resultou na piora do desempenho organizacional.
Coletar indicadores econômicos e financeiros e procurar uma relação com o momento
da abertura de capital pode ajudar a identificar fatores e futuros potenciais de melhoria no
desempenho das companhias, como também o estudo de empresas com alto potencial de
valorização e crescimento no mercado. Buscam-se relações com indicadores contábeis e
futuros potenciais de crescimento, podendo mostrar quais as relações existentes entre a
Contabilidade e momentos como o IPO.
Compreendendo também a escassez de estudos na literatura nacional e a importância
do assunto, este trabalho, buscou avaliar o impacto econômico e financeiro nas empresas
listadas no Índice Small Cap (SMLL) da Brasil, Bolsa, Balcão (B3), no período de 2009 a
2018.
16
2. REFERENCIAL TEÓRICO
A Oferta Pública Inicial de Ações, também conhecida pela sigla IPO, do inglês
“Initial Public Offer”, é quando a empresa anônima faz o primeiro lançamento de ações no
mercado abrindo seu capital em Bolsa. Outras ofertas de ações poderão ser feitas
posteriormente, conhecidas por “Follow on”. As ofertas públicas podem ser primárias ou
secundárias.
Nas ofertas primárias, a empresa capta recursos para seu financiamento de projetos,
investimentos etc. Já na oferta secundária, não há captação de recursos pela entidade, nem
aumento de seu capital, mas apenas altera a liquidez do capital da empresa, beneficiando os
investidores, em processos onde o capital da empresa permanece o mesmo, seja o
desdobramento de ações, agrupamento etc.
Em países emergentes com altas taxas de juros e crédito mais escasso, a abertura de
capital de empresa, tem sido uma boa opção para as empresas se autofinanciarem. Além de
conseguir recursos financeiros, exigem menos do caixa da empresa e não possuem um tempo
determinado para resgate dos recursos levantados, uma vez que o capital da empresa está
aberto e líquido em negociações em bolsa de valores e disponível para qualquer investidor.
Através da participação dos acionistas e proprietários, as empresas passam a ter
melhores condições financeiras para viabilizar seus projetos de investimentos, tanto pela
forma permanente de captação como pelo baixo comprometimento de caixa (NETO, 2014).
A B3 (2019) elenca algumas vantagens que as empresas podem ter na abertura de seu
capital: 1) uma empresa de capital aberto tende a ter um diferencial competitivo, tendo em
19
O indicador Retorno Sobre o Ativo (RSA) ou ROA, do inglês, Return on Assets, tem a
função de medir o retorno produzido pelo total de aplicações em seus ativos. Desta forma,
pode ser representado pelo lucro líquido e o ativo médio total. Esse ativo médio total deve ser
o ativo total, excluídos os ativos não operacionais.
O ROA representa o quanto a empresa está sendo rentável em relação aos seus ativos
operacionais, ou seja, mede um grau de eficiência na gestão dos ativos usados na produção.
Algebricamente, calcula-se o ROA percentualmente da forma a seguir:
22
Conforme Silva (2013), para uma empresa será conveniente o uso de capital de
terceiros à medida que o lucro gerado pelos seus ativos for superior ao custo da dívida.
Pode-se calcular a Participação de Capital de Terceiros da forma a seguir:
As cotações das ações são os preços atribuídos às ações das empresas negociadas em
bolsa de valores. Como preço, as cotações mudam diariamente e são reflexo da liquidez e
valor atribuído à empresa, pelos seus acionistas. Desta forma, a cotação passa a ter um
significado de valor que seus acionistas têm da empresa em relação às perspectivas futuras da
empresa no mercado. Uma evolução crescente da cotação das ações pode significar criação de
valor pela companhia, reflexo do seu crescimento e informações expectativas dos
investidores.
Segundo a hipótese do mercado eficiente, o preço de um ativo é formado a partir das
diversas informações que são publicadas e disponíveis aos investidores. Desta forma, os
preços são sensíveis às novas informações no mercado, refletindo ajustes rápidos aos seus
valores.
Portanto, a hipótese do mercado eficiente diz o quanto as cotações representam o valor
da empresa pelas informações nos fatos relevantes e seus indicadores econômico e
financeiros. Pode-se dizer que o preço da ação refletirá os indicadores de rentabilidade,
endividamento, eficiência e desempenho da companhia (NETO, 2014).
Quando se fala em geração de valor para a empresa ou acionista, o EVA®, do inglês,
Economic Value Added, é um dos principais indicadores. O Valor Econômico Agregado é
uma ferramenta que mede se está havendo ou não geração de valor a um negócio.
Para isto, é fundamental conhecer se o negócio está agregando valor. É necessário
saber se está havendo ou não criação de valor para a empresa para ser substancial a
continuidade do investimento. A geração de valor determina e atratividade do investimento
para os investidores e se torna fator determinante para a sobrevivência da companhia
(PADOVEZE, 2012).
Nesse sentido, o EVA® é um forte indicador de avaliação do desempenho
organizacional, mostrando aos investidores a atratividade do investimento. Para ser atrativo, o
investimento deve superar o custo de oportunidade do acionista. Segundo Haddad (2012), o
EVA® pode ser representado como lucro econômico que é adicionado pelos proprietários
pela administração e, quando positivo, gera valor ao acionista.
O EVA® servirá de indicador para mostrar se o custo de oportunidade está sendo
superado e se está havendo a manutenção do capital financeiro da empresa. Com valores de
EVA® positivo, há criação de valor e superação ao custo de oportunidade. Já com EVA®
25
Os estudos apontaram que não houve muitas mudanças significativas em relação aos
indicadores de rentabilidade e desempenho. As mudanças mais notadas deram-se em relação
as diminuições das alavancagens das empresas pós IPO e pouco impacto no desempenho
operacional das companhias. Nos resultados mais recentes de Kalil e Benedicto (2018) foi
possível identificar impacto negativo na rentabilidade dos ativos e patrimônio líquido.
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3. METODOLOGIA
PERÍODO DE
ANO
EMPRESA SETOR DADOS
IPO
ANALISADOS
Serviço de utilidade
ALUPAR INVESTIMENTO S/A 2013 2013 - 2018
pública
Bens de consumo
ANIMA HOLDING S.A. 2013 2013 - 2018
discricionário
AREZZO INDÚSTRIA E Bens de consumo
2011 2011 - 2018
COMÉRCIO S.A. discricionário
AZUL S.A. Industriais 2017 2017 - 2018
BK BRASIL OPERAÇÃO E
Bens de consumo
ASSESSORIA A 2017 2017 - 2018
discricionário
RESTAURANTES SA
Produtos básicos de
CAMIL ALIMENTOS S.A. 2017 2017 - 2018
consumo
CIA SANEAMENTO DO Serviço de utilidade
2016 2016 - 2018
PARANA - SANEPAR pública
CVC BRASIL OPERADORA E Bens de consumo
2013 2013 - 2018
AGÊNCIA DE VIAGENS S.A. discricionário
ECORODOVIAS
INFRAESTRUTURA E Industriais 2010 2010 - 2018
LOGÍSTICA S.A.
FLEURY S.A. Atendimento à saúde 2009 2010 - 2018
INSTITUTO HERMES PARDINI
Atendimento à saúde 2017 2017 - 2018
S.A.
INTERNATIONAL MEAL Bens de consumo
2011 2011 - 2018
COMPANY ALIMENTACAO S.A discricionário
Tecnologia da
LINX S.A. 2013 2013 - 2018
informação
Bens de consumo
MAHLE-METAL LEVE S.A. 2011 2011 - 2018
discricionário
MOVIDA PARTICIPACOES SA Industriais 2017 2017 - 2018
Serviço de utilidade
OMEGA GERAÇÃO S.A 2017 2017 - 2018
pública
PETRO RIO S.A. Energia 2010 2010 - 2018
QUALICORP CONSULTORIA E
Atendimento à saúde 2011 2011 - 2018
CORRETORA DE SEGUROS S.A.
Bens de consumo
SER EDUCACIONAL S.A. 2013 2013 - 2018
discricionário
TRANSMISSORA ALIANÇA DE Serviço de utilidade
2012 2012 - 2018
ENERGIA ELÉTRICA S.A. pública
Bens de consumo
VIA VAREJO S.A. 2013 2013 - 2018
discricionário
Fonte: elaborado pelo autor
29
Retirados os dados necessários das empresas, foi realizado o teste de Breusch Pagan e
constatado que o método a ser utilizado seria da regressão linear múltipla. Teste de
colinearidade mostrou que no modelo não há multicolinearidade. Os indicadores foram
trabalhados no software estatístico Stata e a amostra de 21 empresas foi dividida em 7 setores,
dentre eles: setores de atendimento à saúde, bens de consumo discricionário, energias,
industriais, produtos básicos de consumo, serviços de utilidade pública e tecnologia da
informação.
Somente foram trabalhados os setores com mais de uma empresa por grupo, ficando
de fora os setores de energia, produtos básicos de consumo e tecnologia da informação.
Diante isso, a análise dos grupos com mais de uma companhia por setor compreendeu as
variáveis ROA, ROE, ROI, P/L, RSV, PCT, CE, P/NOPAT e EVA com intuito de identificar
se elas interferem nas variações das cotações das ações das empresas em cada setor, como
também o quanto interferem e se essas relações diretas ou inversamente proporcionais.
Já a análise descritiva foi vista com os principais indicadores de todos os setores e
dividido por ano com intuito de identificar as empresas e anos que apresentaram disparidade
nas médias, medianas e desvios padrão.
Foi realizado todos os testes para validação dos pressupostos da regressão MQO
(Mínimo Quadrado Ordinário). A partir de então, foi visto um VIF no valor de 2.8 (VIF =
2.8), identificando heterocedasticidade e sendo corrigida pelos modelo robusto.
A análise de regressão tem como objetivo achar a relação entre duas ou mais variáveis
explicativas que se apresentam de forma linear e uma variável dependente (GUJARATI E
PORTER. 2011) Um modelo de regressão linear, de forma global, pode ser apresentado da
forma a seguir. Onde Y é a variável dependente; β₀ representa a constante; β são os
coeficientes de cada variável ou coeficientes angulares e Ꜫ é o resíduo ou termo de erro.
Identificamos que nos anos de 2013 e 2014 o indicador ROA da Petro Rio S.A.
apresentou um indicador de -73,83 e -69,7184, respectivamente, destoando do ROA das
outras companhias. Isso explica a baixa da média nestes dois anos desse indicador. Já em
2016, a companhia Ecorodovias Infraestrutura e Logística S.A obteve um ROE negativo de
92,6435 e baixou a média desse indicador no ano de 2016.
As médias do ROI e RSV em 2013 foram afetadas. O RSV da Petro Rio S.A.
apresentou valor de -582,744 e o ROI da Petro Rio S.A. e CVC Brasil Operadora e Agência
de Viagens S.A. foram de-78,0772 e 178,9656. Assim as médias do RSV e ROI em 2013
destoaram das demais. Indicadores como ROI, ROE, ROA e RSV negativos e acentuados da
Petro Rio S.A. também contribuíram para elevar o desvio padrão no anos de 2013 e 2014.
Os indicadores de estrutura de capitais e solvência revelam alterações na média nos
anos de 2016 e 2017 provocadas pelo indicador elevado de PCT das companhias CVC Brasil
Operadora e Agência de Viagens S.A (3,6407 e 5,2438), Ecorodovias Infraestrutura e
Logística S.A (10,5333 e 9,3305) e Via Varejo S.A. (5,2418 e 6,1204).
O desvio padrão sofre alteração brusca no ano de 2011 devido ao PCT da Ecorodovias
Infraestrutura e Logística S.A ser elevado (1,2048). No ano de 2018, há novas anomalias
34
neste mesmo indicador devido ao PCT das companhias Azul S.A (-27,9037), Ecorodovias
Infraestrutura e Logística S.A (14,6738) e Via Varejo S.A (11,4867).
MÉDIA
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PCT 0,6421 0,6696 0,7918 1,3229 1,2771 1,3492 1,9266 1,837 0,8706
CE 0,57 0,4515 0,3642 0,4318 0,4288 0,4284 0,4482 0,4523 0,4509
MEDIANA
PCT 0,6127 0,6251 0,616 0,8593 0,9933 0,9355 0,9572 0,9645 0,8857
CE 0,4443 0,3794 0,3205 0,3207 0,3434 0,3248 0,3548 0,43 0,3737
DESVIO PADRÃO
PCT 0,5917 3094 0,5657 1,3692 1,0065 1,0808 2,7371 2,297 7,575
CE 0,2883 0,2022 0,1888 0,2504 0,2612 0,2247 0,2276 0,2063 0,2307
Fonte: elaborado pelo autor
EVA ↑10%
CE ↓1%
PCT ↓5%
ROE ↑1%
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desse trabalho foi achar uma relação entre os indicadores econômicos e
financeiros com as variações das cotações das ações após o IPO. Tal estudo pode nos dizer o
quanto a abertura de capital influenciaria nos indicadores de rentabilidade, desempenho,
estrutura de capitais, solvência e mercado de capitais considerando a variação das cotações
das ações das empresas. Assim, estudaram-se as empresas listadas no índice Small Cap da
bolsa de valores com abertura de capital entre 2009 e 2017.
Diferentemente de outros estudos, esse buscou focar em empresas com menor
capitalização e de menor tamanho, como companhias com maior risco de mercado para seus
investidores. Outros estudos analisaram empresas de diversos tamanhos, e com abertura de
capital em períodos de tempos diferentes.
Dentre as análises feitas, foi possível constatar que, na análise descritiva, algumas
empresas se destacaram com seu alto endividamento e retornos baixos sobre seus ativos e
patrimônio líquido, caso da Petro Rio S.A, Ecorodovias Infraestrutura e Logística S.A, CVC
Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A e Via Varejo S.A. Essas contribuíram para alterar
as médias, medianas e desvios padrão de alguns anos.
Nas análises de regressão múltipla foram estudados os quatro setores que possuíam
mais de uma empresa nelas: serviços de utilidade pública (4), bens de consumo discricionário
(8), industriais (3) e atendimento à saúde (3). Os setores de energia, produtos básicos de
consumo e tecnologia da informação continham somente uma empresa.
Em análise anterior, foi constatado que, quando todas as empresas são analisadas em
um único grupo, não se conseguia um coeficiente de correlação significativo para o modelo.
Desta forma, optou-se por trabalhar os setores separadamente. Não foi encontrado problema
com multicolinearidade no modelo.
Na regressão múltipla, os resultados apontaram que o indicador EVA foi significante
somente no setor de serviço de utilidade pública. Já o P/NOPAT e P/L foram significantes no
setor industrial e no setor de atendimento à saúde, apresentando correlação positiva e negativa
para estes dois indicadores, respectivamente. O CE teve significância negativa no setor de
atendimento a saúde e o ROI teve relação negativa e significante com os setores de bens de
consumo discricionário e industrial.
Já a ROA e a RSA mostraram comportamentos diferentes nos setores, apresentando
tanto significâncias diferentes quanto relações positivas e negativas. Isto mostra que setores
42
da economia podem mostrar relações diferentes nos seus indicadores com as variações das
cotações das ações, e até mesmo, com a valorização destas ações no mercado.
Os setores de energia, produtos básicos de consumo e tecnologia da informação não
foram analisados por possuírem uma empresa somente, por amostra.
Apesar da amostra ter se limitado a quatro setores, o estudo mostrou que os
indicadores de rentabilidade e desempenho podem ser estatisticamente significantes com as
variações das cotações e apresentar relações tanto positivas quanto negativas.
Já os indicadores de estrutura de capitais e solvência PCT e CE, mostraram-se
estatisticamente significantes negativamente nos setores industrial e atendimento à saúde,
respectivamente. Isso mostra que tanto o endividamento quanto o uso de capital de terceiros
podem interferir negativamente nas variações das cotações, revelando que o mercado não
interpreta bem esses indicadores de forma elevada para estes setores.
Recomenda-se, em estudos posteriores, que seja feito estudos sobre outros setores da
bolsa de valores, com um quantitativo maior de empresas e até mesmo, fazendo estudo sobre
empresas listadas em outros índices da B3. Empresas já consolidadas no mercado e de
crescimento, podem indicar uma boa relação dos seus indicadores com as variações de valor
de suas ações no mercado.
43
REFERÊNCIAS
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46
APÊNDICE A
Empresas listadas no Índice Small Cap (SMLL) na B3.
APÊNDICE B
Empresas não contempladas na análise.
MOTIVO DA
EMPRESA EXCLUSÃO ANO IPO
ALIANSCE SHOPPING CENTERS S.A. Sem dados no Bloomberg. 2010
Dados do IPO não
AES TIETE ENERGIA SA 2016
encontrados.
Empresa de natureza
BCO ABC BRASIL S.A. 2007
financeira.
ALPARGATAS IPO anterior a 2008. 2000
BCO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Empresa de natureza
2012
S.A. financeira.
BR PROPERTIES S.A. Sem dados no Bloomberg. 2010
BRADESPAR S.A. IPO anterior a 2008. 2004
CESP - CIA ENERGETICA DE SAO
IPO anterior a 2008. 2007
PAULO
CIA FERRO LIGAS DA BAHIA -
IPO anterior a 2008. 2002
FERBASA
CIA HERING IPO anterior a 2008. 2004
CIA PARANAENSE DE ENERGIA -
IPO anterior a 2008. 2000
COPEL
CIA SANEAMENTO DE MINAS GERAIS-
IPO anterior a 2008. 2006
COPASA MG
CONSTRUTORA TENDA S.A. IPO anterior a 2008. 2007
COSAN S.A. IPO anterior a 2008. 2005
CTEEP - CIA TRANSMISSÃO ENERGIA
IPO anterior a 2008. 2006
ELÉTRICA PAULISTA
CYRELA BRAZIL REALTY
IPO anterior a 2008. 2005
S.A.EMPREEND E PART
DIRECIONAL ENGENHARIA S.A. Sem dados no Bloomberg. 2009
Dados do IPO não
DOMMO ENERGIA S.A. 2015
encontrados.
DURATEX S.A. IPO anterior a 2008. 2000
EDP - ENERGIAS DO BRASIL S.A. IPO anterior a 2008. 2005
ELETROPAULO METROP. ELET. SAO
IPO anterior a 2008. 2006
PAULO S.A.
ENEVA S.A IPO anterior a 2008. 2007
ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES S.A IPO anterior a 2008. 2007
EVEN CONSTRUTORA E
IPO anterior a 2008. 2007
INCORPORADORA S.A.
EZ TEC EMPREEND. E PARTICIPACOES
IPO anterior a 2008. 2007
S.A.
GAFISA S.A. IPO anterior a 2008. 2006
GERDAU S.A. IPO anterior a 2008. 2000
GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES
IPO anterior a 2008. 2004
S.A.
GRENDENE S.A. IPO anterior a 2008. 2004
49
APÊNDICE C
Indicadores econômicos e financeiros das empresas.
EMPRESA Ano ROA ROE ROI P/L RSV PCT CE P/NOPAT EVA COTAÇÃO Var. Cot.
ALUPAR INVESTIMENTO SA-UNIT 2018 2,967 9,4191 7,7175 13,8885 0,49191 1,33268 0,18321 13,88847 -97,80115 18,27 -0,23
ALUPAR INVESTIMENTO SA-UNIT 2017 3,0506 9,7561 9,2937 15,7193 0,51341 1,04455 0,29117 15,71952 -70,78591 18,04 -0,46
ALUPAR INVESTIMENTO SA-UNIT 2016 3,0867 11,4919 10,9118 12,4733 0,52207 1,24450 0,31336 12,47356 -53,13594 16,65 -1,85
ALUPAR INVESTIMENTO SA-UNIT 2015 2,2208 8,4285 10,6472 13,0954 0,43488 1,43634 0,31995 13,09509 -187,75441 12,91 -5,59
ALUPAR INVESTIMENTO SA-UNIT 2014 4,1969 14,4549 12,1264 10,1284 0,54963 1,30208 0,21656 10,12875 -168,53195 16,63 -1,87
ALUPAR INVESTIMENTO SA-UNIT 2013 3,7006 13,8012 11,4759 10,8105 0,60692 1,03800 0,27587 10,81008 -391,99990 18,5 0
ANIMA HOLDING SA 2018 0,1617 0,3306 2,2606 595,2798 0,00360 1,17433 0,29644 594,40559 0,00000 16,99 -1,51
ANIMA HOLDING SA 2017 6,2474 12,7843 10,9512 26,5485 0,04621 0,92141 0,34512 26,54784 -0,28038 27,97 9,47
ANIMA HOLDING SA 2016 1,6262 3,2626 4,433 52,5715 0,02011 1,18321 0,35669 52,56460 -900,77281 13,41 -5,09
ANIMA HOLDING SA 2015 6,0573 10,3685 8,2647 17,8087 0,07003 0,83109 0,44610 17,80875 -1104,72398 13,33 -5,17
ANIMA HOLDING SA 2014 18,2095 30,5488 21,9223 17,7645 0,19908 0,58323 0,49945 17,76471 21,94697 33,11 14,61
ANIMA HOLDING SA 2013 6,7974 15,2945 17,89675 32,2952 0,06919 0,81760 0,29882 32,29738 0,00000 18,5 0
AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO 2018 13,618 20,7286 18,9448 34,736 0,11135 0,46910 0,76685 34,73598 156,31399 54,22 35,22
AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO 2017 15,786 23,1475 17,7779 31,6441 0,13446 0,57889 0,92697 31,64411 75,97714 52,43 33,43
AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO 2016 13,1905 18,0411 14,5083 19,1561 0,12670 0,35456 0,84999 19,15609 15,41503 23,11 4,11
AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO 2015 14,5006 20,0407 14,3493 15,5671 0,14685 0,38201 0,80821 15,56709 -22,61167 18,73 -0,27
AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO 2014 15,0298 20,6726 15,9656 21,2283 0,15337 0,38213 0,81194 21,22835 0,02137 23,15 4,15
AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO 2013 16,4951 22,8315 18,0015 23,8 0,16212 0,36795 0,75986 23,80000 0,09817 24,89 5,89
AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO 2012 16,8885 23,1218 18,9919 36,2844 0,15518 0,40249 0,69745 36,28440 0,14484 32,96 13,96
AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO 2011 23,5272 34,5537 26,7417 22,0952 0,18479 0,32960 0,80832 22,09524 0,94953 19 0
- -
AZUL SA 2018 3,1961 28,324589 4,171 107,4386 0,06578 27,90371 0,31642 107,43062 15948,21210 36 15
AZUL SA 2017 5,653 27,5857 12,7144 62,6518 0,07675 2,64080 0,44559 62,64555 -77,15883 21 0
BK BRASIL OPERACAO E ASSESSO 2018 5,1824 7,6803 5,6479 35,9152 0,05864 0,47099 0,74156 35,91525 -71,48119 20,42 2,42
BK BRASIL OPERACAO E ASSESSO 2017 0,1987 0,354 1,6464 726,2013 0,00507 0,49367 0,59246 726,14108 -62,08878 18 0
51
CIA SANEAMENTO DO PARANA-PRF 2018 8,5389 16,4213 13,4119 6,0393 0,27990 0,88577 0,26832 6,03940 43,06975 10,36 0,86
CIA SANEAMENTO DO PARANA-PRF 2017 7,0101 13,7767 11,8512 8,5892 0,23623 0,96455 0,25284 8,58905 5,25206 11,22 1,72
CIA SANEAMENTO DO PARANA-PRF 2016 7,0835 13,947 11,536 8,1839 0,22705 0,96606 0,20823 8,18362 -32,10302 9,67 0,17
CVC BRASIL OPERADORA E AGENC 2018 4,8562 28,7194 20,1458 32,7338 0,22124 4,53241 0,72413 32,79022 600,03849 61,15 45,15
CVC BRASIL OPERADORA E AGENC 2017 5,4013 31,5131 25,0916 29,248 0,28774 5,24390 0,71968 29,38147 731,89293 45,29 29,29
CVC BRASIL OPERADORA E AGENC 2016 5,7547 29,7181 29,364 17,5009 0,28160 3,64072 0,89918 17,71565 441,88250 22,57 6,57
CVC BRASIL OPERADORA E AGENC 2015 6,6556 33,3007 38,0655 10,4882 0,30339 3,30623 0,85462 10,48788 861,26584 11,69 -4,31
CVC BRASIL OPERADORA E AGENC 2014 6,6767 37,6049 82,7681 13,905 0,31521 4,00458 0,98969 13,90509 848,03686 13,43 -2,57
CVC BRASIL OPERADORA E AGENC 2013 5,8944 42,3911 178,9656 17,7724 0,27239 5,54285 0,93517 17,77210 0,00000 16 0
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2018 4,1957 57,6639 9,142 13,281 0,22831 14,67386 0,21481 13,93759 0,00000 9,38 -0,12
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2017 5,4439 67,7525 11,553 17,1054 0,24663 9,33052 0,24926 17,43939 0,00000 11,41 1,91
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2016 -13,3379 -92,6435 -15,0112 23,4867 0,07781 10,53339 0,27470 -4,75339 0,00000 7,33 -2,17
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2015 1,4966 6,5789 6,6078 22,6929 0,10630 3,79781 0,27764 25,99591 0,00000 4,4 -5,1
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2014 7,1486 24,8216 13,1766 12,5843 0,24410 2,75626 0,25925 12,58411 -196,78745 8,66 -0,84
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2013 6,267 19,038 11,2249 20,8026 0,24030 2,09851 0,26480 20,80112 -204,98284 10,8 1,3
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2012 8,1541 21,1584 12,3529 22,9066 0,31881 1,91508 0,35240 22,90784 0,02520 11,7 2,2
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2011 9,2047 20,9112 14,2508 20,2174 0,33118 1,20489 0,37948 20,21739 54,71494 9,24 -0,26
ECORODOVIAS INFRA E LOG SA 2010 16,6217 48,9446 25,3416 11,4107 0,53935 1,33003 0,46805 11,41071 544,04576 9,5 0
FLEURY SA 2018 8,9162 19,1862 11,1397 18,7965 0,16932 1,23459 0,28915 18,79692 -23,80110 18,98 2,98
FLEURY SA 2017 9,8151 19,7775 12,0965 29,0634 0,17951 1,06696 0,35102 29,06360 2,78108 27,34 11,34
FLEURY SA 2016 7,3671 14,3364 9,24 24,379 0,14044 0,95726 0,27834 24,37774 -31,83235 16 0
FLEURY SA 2015 3,3471 6,6499 5,0246 23,2963 0,09102 0,93558 0,26982 23,29645 -79,17527 6,25 -9,75
FLEURY SA 2014 2,6726 5,2607 4,003 29,6 0,08553 1,04059 0,16195 29,60000 -74,87173 6,28 -9,72
FLEURY SA 2013 2,0555 3,602 3,471 47,0339 0,06710 0,90119 0,17091 47,03476 -65,59928 5,99 -10,01
FLEURY SA 2012 3,8203 6,3867 6,15 33,8971 0,10380 0,60510 0,23601 33,89706 -1,10009 7,09 -8,91
FLEURY SA 2011 4,8271 7,6141 6,1806 28,9189 0,11844 0,74151 0,31406 28,91892 -1,89628 6,5 -9,5
FLEURY SA 2010 10,0608 14,0483 10,8186 26,9192 0,22410 0,31267 0,42066 26,91919 -9,83092 16 0
INSTITUTO HERMES PARDINI SA 2018 10,2678 21,5638 16,5691 19,7869 0,12551 1,05274 0,36856 19,78627 1,10755 18,4 -0,6
52
INSTITUTO HERMES PARDINI SA 2017 11,9431 27,4931 20,2657 33,4988 0,15596 1,14404 0,38923 33,49714 3,55083 19 0
CAMIL ALIMENTOS SA 2018 6,5862 15,7561 9,5997 13,1686 0,06974 1,07632 0,33661 13,16866 -135,46673 7 -2
CAMIL ALIMENTOS SA 2017 5,3227 14,4614 10,0547 16,6897 0,06111 1,81515 0,57102 6,75649 -138,25906 9 0
INTERNATIONAL MEAL COMPANY A 2018 0,5011 0,7849 1,1202 145,6959 0,00488 0,61392 0,60384 145,58522 -339,64305 6,99 -6,51
INTERNATIONAL MEAL COMPANY A 2017 0,2431 0,3617 0,3536 386,3081 0,01319 0,50645 0,48112 386,22222 -341,61515 8,67 -4,83
INTERNATIONAL MEAL COMPANY A 2016 -4,0999 -6,877 -3,8882 49,8907 -0,04182 0,44448 0,53737 -10,68128 -519,58063 4,96 -8,54
INTERNATIONAL MEAL COMPANY A 2015 -4,812 -9,4048 -2,8655 46,789 -0,07964 0,84778 0,56149 -4,91406 -962,32842 4,05 -9,45
INTERNATIONAL MEAL COMPANY A 2014 -0,7208 -1,5377 1,345 44,876 -0,02630 1,06973 0,34342 -111,73184 -528,00743 11,97 -1,53
INTERNATIONAL MEAL COMPANY A 2013 2,8768 5,0633 4,4519 47,6568 0,13504 1,50130 0,23026 47,66258 -15,48734 18,2 4,7
INTERNATIONAL MEAL COMPANY A 2012 1,2914 2,1 2,5191 118,8083 0,03402 0,62702 0,36629 118,83513 -49,14886 25,23 11,73
INTERNATIONAL MEAL COMPANY A 2011 0,153 0,2807 0,3485 551,2646 0,02102 0,62519 0,29174 550,42373 -35,94454 13,5 0
LINX SA 2018 4,4248 6,3791 5,0645 74,8214 0,13441 0,55851 0,37377 74,82213 -31,07603 32,45 5,45
LINX SA 2017 5,5684 7,3023 4,3123 41,3759 0,19028 0,33618 0,43008 41,37531 -176,57225 21,09 -5,91
LINX SA 2016 5,5255 7,5337 4,5852 41,9458 0,18737 0,28622 0,35481 41,94874 -168,82529 16,74 -10,26
LINX SA 2015 6,7954 9,8226 6,8346 32,4824 0,18114 0,49734 0,29883 32,48350 -25,58705 14,01 -12,99
LINX SA 2014 8,1858 11,074 7,4233 34,8613 0,22653 0,39106 0,40857 34,85815 -8,91559 15,47 -11,53
LINX SA 2013 10,9065 15,2254 9,1543 34,908 0,25976 0,31148 0,43662 34,90710 0,00000 27 0
MAHLE-METAL LEVE SA 2018 12,8427 21,5147 18,9921 11,0503 0,13711 0,71192 0,58292 11,05050 3,31674 23,56 -17,44
MAHLE-METAL LEVE SA 2017 10,3603 18,3539 15,1641 12,5226 0,12326 0,64873 0,48607 12,90619 2,27663 20,83 -20,17
MAHLE-METAL LEVE SA 2016 1,0203 1,9559 3,0652 57,3958 -0,00876 0,93706 0,42922 108,01249 -9,46384 17,59 -23,41
MAHLE-METAL LEVE SA 2015 8,003 15,365 9,2932 15,7972 0,10447 0,91975 0,49311 15,79754 -20,81875 20,43 -20,57
MAHLE-METAL LEVE SA 2014 8,3684 15,4035 11,0208 12,9231 0,11239 0,89242 0,49937 12,92311 0,00000 16,38 -24,62
MAHLE-METAL LEVE SA 2013 8,3977 14,789 11,6857 17,449 0,11637 0,76658 0,38248 17,44890 0,00000 20,14 -20,86
MAHLE-METAL LEVE SA 2012 7,2965 13,3835 9,8945 17,9028 0,10513 0,75301 0,58140 17,90318 -0,24286 18,19 -22,81
MAHLE-METAL LEVE SA 2011 7,3714 14,1775 9,1806 28,9052 0,11207 0,89291 0,66412 28,90635 -1,51855 10 -31
MOVIDA PARTICIPACOES SA 2018 3,4734 10,854 7,9501 11,8241 0,08152 2,13008 0,46495 11,82456 -18,18429 8,6 1,1
MOVIDA PARTICIPACOES SA 2017 1,956 6,6247 7,1514 22,1171 0,03659 2,11826 0,59368 21,87403 -9,03811 7,5 0
OMEGA GERACAO SA 2018 1,0457 2,3452 4,5404 49,0763 0,10173 1,21240 0,09404 49,07199 -603,42793 17,45 1,85
53
OMEGA GERACAO SA 2017 4,2903 9,7659 8,9194 20,5372 0,24149 1,15727 0,15230 20,53750 -280,50560 15,6 0
PETRO RIO SA 2018 14,5958 21,683 12,2176 6,4577 0,28433 0,52699 0,69936 6,45791 0,00000 9,92 -1190,08
PETRO RIO SA 2017 4,3229 5,9223 4,7982 21,2209 0,09113 0,43834 0,56018 21,21920 0,00000 8,18 -1191,82
PETRO RIO SA 2016 21,3881 27,6415 26,6763 1,1852 0,63576 0,29757 0,32077 1,18518 0,00000 2,19 -1197,81
PETRO RIO SA 2015 9,8727 14,3793 11,4559 1,4631 0,41448 0,28764 0,32489 1,46304 0,00000 1,23 -1198,77
PETRO RIO SA 2014 -69,7184 -96,2045 -83,9099 1,6789 -2,16088 0,70468 0,35225 -0,13761 0,00000 2,31 -1197,69
-
PETRO RIO SA 2013 -73,8358 -87,5198 -78,0772 1,857 582,74448 0,24108 0,63820 -0,12078 0,00000 4,55 -1195,45
PETRO RIO SA 2012 -5,7547 -7,3712 -8,5805 1,5678 -41,14527 0,16317 0,27468 -103,23003 0,00000 23,65 -1176,35
-
PETRO RIO SA 2011 -7,5203 -9,3088 -13,0384 2,9809 -28,25994 0,39217 0,39220 9964,91228 0,00000 56,8 -1143,2
-
PETRO RIO SA 2010 -9,1453 -9,283 -11,3958 2,3456 -8,91329 0,01323 1,00000 7293,57798 0,00000 1200 0
QUALICORP CONS E CORR SEG SA 2018 11,2148 16,8189 18,0092 9,2606 0,32509 0,50746 0,87702 9,26072 0,96599 12,41 -0,59
QUALICORP CONS E CORR SEG SA 2017 10,4115 16,7348 18,9738 24,1266 0,28100 0,49198 0,34992 24,12639 1,76562 28,8 15,8
QUALICORP CONS E CORR SEG SA 2016 11,5238 19,97 22,5388 13,1049 0,23439 0,73606 0,47874 13,10504 2,34969 17,01 4,01
QUALICORP CONS E CORR SEG SA 2015 6,2897 10,4562 12,7266 17,0529 0,23165 0,72248 0,33101 17,05286 -0,71778 11,23 -1,77
QUALICORP CONS E CORR SEG SA 2014 3,57 5,7781 11,0537 59,419 0,18643 0,60714 0,33980 59,41440 -0,93693 19,62 6,62
QUALICORP CONS E CORR SEG SA 2013 -1,0034 -1,5833 -29,6056 212,56759 0,00301 0,62168 0,34272 -188,28452 -4,30608 16,07 3,07
QUALICORP CONS E CORR SEG SA 2012 0,7549 1,1305 3,7384 249,2831 0,07029 0,52923 0,28860 249,23619 -29,22389 15,15 2,15
QUALICORP CONS E CORR SEG SA 2011 -1,2771 -1,9066 0,404 238,9876 -0,00079 0,47323 0,31065 -121,11352 -14,67117 13 0
SER EDUCACIONAL SA 2018 8,1532 13,5135 12,5225 10,4936 0,16524 0,65215 0,42467 10,49329 -43,34091 15,36 -2,14
SER EDUCACIONAL SA 2017 8,7254 16,0628 15,8533 20,1653 0,16392 0,66262 0,29534 20,16493 30,58274 30,1 12,6
SER EDUCACIONAL SA 2016 11,9182 26,9903 23,3293 10,1137 0,20961 1,12391 0,34175 10,11384 1167,61242 16,82 -0,68
SER EDUCACIONAL SA 2015 10,3988 23,2772 21,4038 5,969 0,16912 1,44124 0,24810 5,96882 799,31524 6,78 -10,72
SER EDUCACIONAL SA 2014 20,8391 39,6773 32,9433 17,3243 0,32644 0,99339 0,31594 17,32442 72,33144 26,04 8,54
SER EDUCACIONAL SA 2013 19,671 36,0939 31,5423 22,3515 0,26599 0,77985 0,26262 22,35272 111,10475 17,5 0
TRANSMISSORA ALIANCA DE-UNIT 2018 12,8522 24,0214 12,2733 7,589 0,74525 0,88456 0,15993 7,58916 -17,73613 23,45 -41,55
TRANSMISSORA ALIANCA DE-UNIT 2017 7,8745 14,9803 8,7788 11,3401 0,65332 0,85273 0,17392 11,34021 -67,24256 18,69 -46,31
TRANSMISSORA ALIANCA DE-UNIT 2016 9,9816 19,8526 12,0886 8,2881 0,69755 0,95251 0,26185 8,28804 -24,50268 16,85 -48,15
54
TRANSMISSORA ALIANCA DE-UNIT 2015 10,3808 21,1452 13,1983 6,3451 0,69329 1,02475 0,22482 6,34518 -63,71365 11,97 -53,03
TRANSMISSORA ALIANCA DE-UNIT 2014 10,1595 21,2163 11,8095 7,1729 0,73635 1,04960 0,16954 7,17277 -5575,31412 12,04 -52,96
TRANSMISSORA ALIANCA DE-UNIT 2013 9,5294 21,2525 11,6915 7,0223 0,65732 1,12635 0,22635 7,02242 -4501,88821 10,94 -54,06
TRANSMISSORA ALIANCA DE-UNIT 2012 7,4687 18,5577 9,7383 11,0725 0,71332 1,33936 0,11716 11,07273 -56,70359 65 0
VIA VAREJO SA 2018 -1,1931 -11,1809 12,2429 65,7896 -0,01441 11,48677 0,68354 -21,25908 -353,11250 4,39 -18,61
VIA VAREJO SA 2017 0,9015 6,0204 18,1471 60,9587 0,00987 6,12045 0,84127 60,95311 2220,44640 7,91 -15,09
VIA VAREJO SA 2016 -0,5619 -2,6935 14,4452 87,9807 -0,00318 5,24181 0,81915 -48,91304 48,30240 3,58 -19,42
VIA VAREJO SA 2015 0,0867 0,3125 8,2998 133,6898 0,00415 2,83608 0,78625 134,25926 -789,21600 1,49 -21,51
VIA VAREJO SA 2014 6,3675 21,6503 21,3193 9,3573 0,06227 2,39427 0,86093 9,35737 6884,46570 6,54 -16,46
VIA VAREJO SA 2013 9,0836 33,6002 23,8379 8,1458 0,07754 2,40709 0,82141 8,35651 9019,86400 23 0