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A FILOSOFIA “PRESENTE” NA LINGUAGEM.

Quando se relaciona a filosofia a algum outro termo, significa que se deseja


conhecer a essência desse termo. Neste caso pergunta-se então pela essência da
linguagem, traduzida posteriormente pela pergunta: o que é a linguagem? A linguagem
é sem dúvida uma atividade unicamente humana, por isso define o ente humano, sendo
assim uma de suas características mais substanciais. A linguagem também manifesta o
aspecto mais importante da pessoa humana: a racionalidade. Sendo assim, torna-se
necessário fazer uma análise mais aprofundada desses dois aspectos da linguagem:
uma característica que destaca o ente humano dos demais e outra que manifesta a
essência desse ente humano.
Primeiramente, tomemos o aspecto linguístico que destaca o ser humano de
todos os outros animais. De fato, a linguagem é propriamente humana e não pode ser
desenvolvida por nenhuma outra espécie, e assim por mais que os animais tenham o
poder de se comunicar através de sons, eles jamais poderão aperfeiçoar seus grunhidos
a ponto de se assemelhar à fala humana. Além disso, a linguagem não ocorre somente
na fala, mas também nos escritos e em outras formas simbólicas, formas estas que
jamais poderão ser ao menos traduzidas por qualquer outra espécie. Desta forma o ente
humano é o único capaz da linguagem.
Outra característica da linguagem é a de revelar o aspecto mais próprio da
pessoa humana: a racionalidade. Como já se disse a linguagem só pode ser humana,
ou seja, apenas o homem pode ter linguagem. Mas isso não ocorre por acaso, pois se
somente o homem é capaz da linguagem, é por que somente ele possui racionalidade e
sem ela ninguém jamais poderia conceber ao menos a ideia de linguagem. A linguagem
é apenas um sistema simbólico, que traduz uma realidade maior que ela, ou seja, um
nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa razão o objeto que está
distante e é exatamente por isso que é impossível pensar em uma linguagem que não
utilize a razão, pois a transcendência linguística só pode ser feita de maneira racional.
Sendo assim o homem é um ser linguístico por que é um ser racional e sua
racionalidade se traduz na linguagem.
Em suma, a ontologia presente na linguagem faz com que ela se torne uma
característica fundamentalmente humana, e assim, jamais haveria linguagem se não
houvesse um ser humano que dela fosse capaz. Da mesma forma, o homem jamais
seria assim se não o fosse pela linguagem e por isso surge a filosofia da linguagem:
uma tentativa do homem explicar seu aspecto mais fundamental e que o torna assim.
SEMINÁRIO MAIOR DOM JOSÉ ANDRE COIMBRA
CURSO DE FILOSOFIA

ROBSON CAIXETA SILVA

REDAÇÃO: A FILOSOFIA “PRESENTE” NA


LINGUAGEM.

PATOS DE MINAS
2012

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