Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
𝔸𝕥𝕖𝕟𝕥𝕒𝕕𝕠
𝕕𝕖
𝕊𝕒𝕣𝕒𝕧𝕖𝕛𝕠
A Primeira Guerra Mundial se iniciou em 1914 por conta de um
acontecimento significativo: O assassinato do herdeiro do trono do
Império Austro Húngaro, Franz Ferdinand. O evento ficou conhecido como
Atentado de Sarajevo.
Em 1914, a Europa estava às portas de uma guerra. As rivalidades entre as
potências europeias, as questões nacionalistas no continente,
principalmente na região do Bálcãs, e o crescente extremismo nacionalista
tomavam proporções preocupantes.
Após convulsões sociais de cunho nacionalista nas províncias da Bósnia e
da Sérvia, partes do Império Austro Húngaro, o arquiduque Franz
Ferdinand foi destacado para ir até Sarajevo (capital atual da Bósnia
Herzegovina) tentar conter a onda nacionalista e apaziguar os ânimos de
sérvios e bósnios, assegurando a manutenção do controle da região pelo
Império.
No comando dos conspiradores militares estava Dragutin Dimitrijević,
chefe da espionagem sérvia, seu braço direito, o major Vojislav Tankosić e
o espião Rade Malobabić. Tankosić armou e treinou os executores do
atentado e Malobabić deu-lhes acesso aos túneis secretos utilizados pelos
agentes sérvios para infiltrar espiões e armamento na Áustria-Hungria.
Todos os envolvidos no atentado que ainda estavam vivos foram presos,
julgados, condenados e punidos. Aqueles que foram presos na Bósnia
foram julgados em Sarajevo, em outubro de 1914. Os demais
conspiradores foram submetidos a uma corte sérvia no front de Salônica –
à época sob controle francês – entre 1916 e 1917, culminando com a
execução dos três principais oficiais envolvidos. Muito do que se conhece
sobre os assassinatos do arquiduque e de sua esposa teve origem nas
informações obtidas nesses dois julgamentos.
A verdadeira responsabilidade sobre o atentado tornou-se fruto de grande
controvérsia, porque o ataque levou à deflagração da Primeira Guerra
Mundial, um mês depois.
Na manhã de 28 de junho de 1914, Francisco Fernando e sua comitiva
partiram de trem de Ilidža para Sarajevo, onde foi recebido com grande
pompa pelo governador Oskar Potiorek. Seis carros foram colocados à
disposição da comitiva. Entretanto, por engano, três agentes da polícia
local embarcaram no primeiro carro juntamente com o chefe de
segurança especial, enquanto os oficiais a seu serviço foram deixados para
trás. O segundo carro levava o prefeito e o chefe de polícia de Sarajevo. O
terceiro carro era um Gräf & Stift, veículo esportivo conversível, onde
Francisco Fernando, Sofia, o governador Potiorek e o tenente-coronel
conde Franz von Harrach embarcaram. Segundo o programa oficial da
visita, a primeira parada da comitiva seria num quartel, para uma rápida
inspeção. Às 10 horas da manhã, o grupo seguiu para a câmara municipal.
Francisco Fernando e Sofia deixando a Câmara Municipal de Sarajevo
minutos antes do atentado que os matou.
O veículo usado por Francisco Fernando no dia do assassinato. O buraco
deixado pela bala que matou Sofia pode ser visto acima do pneu à
esquerda da foto.
A comitiva passou pelo primeiro terrorista, Mehmedbašić, que havia sido
posicionado por Ilić em frente ao jardim do Café Mostar. Entretanto, ele
não conseguiu atirar sua bomba sobre o carro do arquiduque. Vaso
Čubrilović, que estava ao seu lado com uma pistola e uma bomba,
também não conseguiu agir. O próximo terrorista por quem a comitiva
passaria era Nedeljko Čabrinović, armado com uma bomba no lado oposto
da rua paralela ao rio Miljacka.
Nome Sentença