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NR 37 Visão Ocupacional

para prestadores de
serviço em Unidades
Offshore
Este e-book foi disponibilizado pelo autor, com objetivo de difundir as
melhores práticas (Benchmarking) de segurança marítima e offshore,
oferecendo conteúdos preconizado na Portaria MTb n.º 1.186, de 20/12/2018
.

O conteúdo deste e-book é baseado na formação acadêmica e


extracurricular, no conhecimento empírico adquirido nas experiências
profissionais do autor, nas melhores práticas de SMS e na cultura de
segurança exigidas e esperadas no ambiente de trabalho marítimo e offshore.
É expressamente proibida e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou
quaisquer usos comerciais do conteúdo deste e-book.
As imagens ilustrativas são oriundas da internet, de acervo pessoal.
MARCOS ROBERTO MODESTO
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
OFICIAL DE NÁUTICA DA MARINHA MERCANTE
BALLAST CONTROL OPERATOR (BCO)/CARGO TECH
LICENCIADO EM FÍSICA E MATEMÁTICA
PROFESSOR DE SMS

NR 37 VISÃO OCUPACIONAL PARA PRESTADORES DE SERVIÇO EM


UNIDADES OFFSHORE

Editores: Marcos Roberto Modesto


Coordenação Editorial: Marcos Roberto Modesto
Revisão: Marcos Roberto Modesto
Diagramação e Arte: Marcos Roberto Modesto
Prefácio: Marcos Roberto Modesto
Autor: Marcos Roberto Modesto
PREFÁCIO
Infelizmente a literatura técnica específica para determinados segmentos, como
por exemplo o terciário da indústria marítima e offshore, sofre com um apagão
de autores engajados em difundir conhecimento, neste aspecto, da NR37,
idealizado por Marcos Roberto Modesto, felizmente preencheu uma lacuna, cuja
demanda será mensurada após a publicação desta primeira edição. Pioneira no
segmento alvo, esta obra é sem dúvida alguma, um marco para os profissionais
do ambiente marítimo e offshore, e neste sentido traz luz ao que está
determinado na norma NR 37, ao difundir as melhores práticas no que tange a
segurança no trabalho, com o objetivo de estimular medidas e ações que
colaborem com a prevenção de acidentes, afinal acidente é a maneira mais triste
de lembrar que a segurança existe. Cada unidade de conteúdo desta obra
contém uma abordagem curta e rápida de determinados assuntos que envolvem
riscos à segurança do trabalhador e que podem resultar em acidentes caso
sejam desprezados, afinal não é necessário ser vidente para evitar um acidente,
para isso basta ser prudente. A prudência em um ambiente de trabalho, seja ele
qual for, geralmente envolve ações como dialogar frequentemente com todos os
trabalhadores para tornar conhecidos os riscos existentes, assim como para
divulgar novos riscos que podem surgir eventualmente, de forma a nivelar o
conhecimento e fazer com que todos os profissionais expostos a eles, tenham
ciência da existência da possibilidade de ocorrer um determinado acidente, para
mitigá-la através de conscientização e de medidas preventivas, quando não for
possível eliminá-la definitivamente.
Bacia de Campos , 02 de março de 2021.
Marcos Roberto Modesto
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Considerações Iniciais
NR 37 Visão Ocupacional para colaboradores a serviço em Unidades Offshore
, contidos neste e-book devem ser utilizados como medidas preventivas para o
ambiente de trabalho restrito ao segmento de unidades offshore. O uso deste
material é livre e recomendado a todos, ou seja, ele pode ser utilizado pelo
trabalhador, conforme instruções da gestão de QSMS ou como leitura adicional
de prevenção de acidentes, sem quaisquer restrições. Reitera-se que o principal
objetivo do conteúdo é prover discussões de forma criativa, inovadora e
personalizada, e fornecer instruções básicas sobre assuntos ligados à
segurança do trabalho, com o objetivo de promover a conscientização dos
trabalhadores para a prática de atos seguros e colaborar diretamente com a
prevenção de acidentes.
Índice
O que é PPRA? 8
O que é PCMSO? 12
SESMT: significado, responsabilidades e dimensionamento 16
O que é LTCAT? 20
O que significa PPP? 22
APR : Análise Preliminar de Riscos 26
NR 37: Norma Regulamentadora 30
O que é CIPLAT? 33
Primeiro embarque 35
Meios e procedimentos de acesso à plataforma 36
Condições e meio ambiente de trabalho 41
Substâncias combustíveis e inflamáveis presentes a bordo: 49
características, propriedades, perigos e riscos
Áreas classificadas, fontes de ignição e seu controle 62
Riscos ambientais existentes na área da plataforma 66
Medidas de segurança disponíveis para o controle dos riscos 68
operacionais a bordo
Outros riscos inerentes às atividades específicas dos 69
trabalhadores e as suas medidas de controle e eliminação
Riscos psicossociais decorrentes de vários estressores como 71
jornada prolongada, trabalho em turnos e noturno, abordando
seus efeitos nas atividades laborais e na saúde
Riscos radiológicos de origem industrial ou de ocorrência natural, 73
quando existentes
Produtos químicos perigosos e explosivos armazenados e 74
manuseados a bordo
Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos - 76
FISPQ
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC 78
Equipamentos de Proteção Individual - EPI 79
Procedimentos a serem adotados em situações de emergência 80
Treinamento eventual 81
Mudanças nos procedimentos, nas condições operacionais ou 83
nas instalações da plataforma
Operações simultâneas de risco 84
Incidente de grande relevância ou acidente grave ou fatal, na 85
própria instalação ou em outras plataformas
Doença ocupacional que acarrete lesão grave à integridade física 86
do(s) trabalhador(es)
Parada para a realização de campanhas de manutenção, 87
reparação ou ampliação realizadas pela própria operadora ou por
prestadores de serviços
Parada programada 89
Comissionamento, descomissionamento ou desmonte da 90
plataforma
Treinamento básico 91
Análise preliminar de riscos: conceitos e exercícios 92
Permissão para trabalho, a frio ou a quente, na presença de 93
combustíveis e inflamáveis
Aditivos químicos e composição dos fluidos empregados nas 96
operações de perfuração, completação, restauração e
estimulação, quando aplicável
Noções dos sistemas de prevenção e combate a incêndio da 97
plataforma
Treinamento Avançado 105
Acidentes com inflamáveis: suas causas e as medidas 106
preventivas existentes na área operacional
Respostas as emergências com combustíveis e inflamáveis, 113
segundo o PRE descrito no item 37.30 desta NR
Noções de segurança de processo para plataformas 114
Segurança na operação das instalações elétricas em atmosferas 116
explosivas
Atividade prática a bordo, de no mínimo uma hora, com a 134
indicação in loco dos sistemas e equipamentos disponíveis para o
combate a incêndio.
Diálogo Diário de Segurança (DDS) 144
Bibliografia 146
O que é PPRA?
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é um programa de
investigação, diagnóstico, análise, controle e monitoramento dos riscos do
ambiente de trabalho, com intuito de prevenir acidentes e danos à saúde do
trabalhador, através da adoção de medidas de controle que irão eliminar, reduzir
e controlar os riscos ambientais.

Deve ser realizado em todos os setores de atuação da empresa, e englobar


todos os profissionais que atuam no ambiente de trabalho.
O PPRA deve, também, conter um cronograma de ações de saúde e segurança,
que deve ser realizado durante a sua periodicidade.

8
Programa PPRA Para que serve o PPRA
O PPRA tem por objetivo a preservação da saúde e a integridade dos
trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle dos riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho.

Através da implementação do PPRA que são realizadas as análises de risco do


ambiente de trabalho, as avaliações quantitativas e qualitativas, o
desenvolvimento de medidas de controle, a avaliação da eficácia das medidas
adotadas, e o cronograma de ações de saúde e segurança que devem ser
realizados.
O PPRA também serve como base técnica para o desenvolvimento e aplicação
de outros programas e laudos técnicos, como o PCMSO, LTCAT, PPP, PCA,
PPR e etc.

Estrutura necessária para o PPRA


De acordo com o artigo 9.2.1 da NR9, a estrutura do PPRA deve conter, no
mínimo:
Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
Estratégia e metodologia de ação; Forma do registro, manutenção e divulgação
dos dados; Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Etapas do PPRA
No artigo 9.3.1 da NR9, é determinado que o PPRA deve seguir as seguintes
etapas em sua elaboração:

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Antecipação e reconhecimento dos riscos; Estabelecimento de prioridades e
metas de avaliação e controle; Avaliação dos riscos e da exposição dos
trabalhadores; Implantação das medidas de controle e de sua eficácia;
Monitoramento de exposição aos riscos; Registro e divulgação dos dados;
Periodicidade de renovação do PPRA.
O PPRA deve ser atualizado anualmente, ou sempre que ocorrer uma alteração
no ambiente de trabalho, a fim de renovar suas metas e prioridades, criar novo
cronograma de ação e realizar os ajustes necessários.
Os seus dados devem ser armazenados pela empresa pelo período de 20 anos,
com intuito de construir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento
do PPRA, e deverá sempre estar disponível para trabalhadores interessados,
seus representantes legais e para as autoridades competentes.

PPRA e NR 9
A Norma Regulamentadora 9, da Portaria 3.214 de 1978, define os parâmetros
mínimos e diretrizes que a serem seguidos na elaboração e implementação do
PPRA. Através dela, obtemos os parâmetros legais que precisam ser
observados, além de orientações sobre as características do PPRA.

Diferença entre PPRA e PCMSO


O PCMSO é um programa de promoção da saúde, que através de exames
clínicos, consegue realizar um diagnóstico da saúde ocupacional dos
trabalhadores e atestar a eficiência das medidas de controle implementadas no
ambiente de trabalho.
Em comparação, o PPRA é o programa no qual serão detalhados todos os riscos
do ambiente de trabalho, e quais são as medidas adotadas para eliminar,
controlar ou prevenir danos e acidentes, além de desenvolver uma agenda de
medidas que devem ser adotadas durante o período de vigência do PPRA.
Ambos são programas que tem o objetivo de promover a saúde e a segurança
dos trabalhadores, e ambos complementam um ao outro. O PCMSO é uma das
bases utilizadas para o desenvolvimento do PPRA.

10
PPRA: o que é, para que serve e legislação
O PPRA é um dos principais programas de prevenção de acidentes e promoção
da saúde ocupacional desenvolvido pelo SESMT.

Atuando em conjunto com outros programas de saúde e prevenção, como o


PCMSO por exemplo, o PPRA é um programa que, quando bem implementado,
reduz as ocorrências de acidentes ou surgimento de doenças ocupacionais
relacionadas ao trabalho (DORT), evitando danos ou prejuízos à empresa e aos
trabalhadores.
Seu desenvolvimento engloba todos os ambientes onde serão desenvolvidas
atividades de trabalho, analisando e implementando medidas de controle, com
intuito de prevenir acidentes de trabalho, ou danos ocasionados pelos riscos
ambientais.
De acordo com a NR 9, todas as empresas e estabelecimentos que admitam
trabalhadores devem elaborar e implementar o PPRA, sendo este realizado por
um profissional qualificado do SESMT.

11
PCMSO: O que significa, para que serve e quem pode fazer
O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) possui uma
importância vital, sendo parte integrante do conjunto de medidas adotadas pelo
empregador para promover e preservar a saúde e segurança do conjunto de
trabalhadores durante a realização das suas atividades profissionais.
A partir da implementação do PCMSO é possível desenvolver outros programas
de prevenção e controle dos riscos das atividades e do ambiente do trabalho,
dentre eles o PPRA, o PCA, o PGR e o LTCAT, por exemplo.

Além disso, a partir do PCMSO é possível ao médico do trabalho fornecer a ASO


(Atestado de Saúde Ocupacional), documento que atesta as plenas condições
de saúde ocupacional requerida para que o trabalhador possa iniciar suas
atividades profissionais.

12
O que é PCMSO?
O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) é um
programa de controle da saúde dos trabalhadores, que visa promover e
preservar a integridade dos colaboradores, gerando diretrizes e parâmetros
mínimos para a execução das tarefas realizadas no dia a dia do trabalhador.

O programa deve conter um caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico


precoce aos agravos a saúde do trabalhador, incluindo as de natureza
subclínica, além de constatar a existência de danos irreversíveis à saúde ou de
doenças ocupacionais que aflijam a saúde do colaborador.

O que e PCMSO Para que serve o PCMSO?


O PCMSO é utilizado para verificar a saúde ocupacional do trabalhador, bem
como garantir que o mesmo não tenha sofrido de danos ou lesões, e atestar a
eficiência dos planos de segurança implementados para reduzir ou eliminar os
riscos do ambiente de trabalho.
Sua implementação tem objetivo de diagnosticar e monitorar a saúde
ocupacional dos colaboradores a partir da realização de exames como:
Exame admissional: realizado pelo colaborador ao ser contratado pela empresa,
garantindo o mesmo possuir plenas condições de saúde ocupacional, a fim de
exercer suas atividades profissionais;

13
Exame periódico: realizado a partir de períodos pré-definidos, com intuito de
diagnosticar previamente qualquer possível dano a saúde do trabalhador, bem
como atestar a eficiência das medidas de segurança adotadas pela empresa;
Exame de retorno ao trabalho: realizado sempre que o colaborador permanecer
afastado de suas funções por mais de 30 dias, sendo o afastamento por motivo
de doença, afastamento, férias, licença maternidade ou qualquer outra situação
que possa ocorrer;
Exame de mudança de função: deverá ser realizado sempre que o colaborador
tiver uma mudança de função, visto atestar que o mesmo está apto a exercer as
novas atividades;
Exame demissional: realizado pelo colaborar dentro do prazo de até 10 dias após
o término do contrato de trabalho, com intuito de garantir que o colaborador não
sofreu de danos à sua saúde ocupacional durante as suas atividades na
empresa.

Quem pode fazer o PCMSO?


O médico com especialização na medicina do trabalho, em conjunto com o
SESMT, pode desenvolver o PCMSO, analisando os riscos envolvidos
diretamente na atividade de cada função, e definindo exames e parâmetros para
a execução da atividade.
Através do PCMSO, o médico do trabalho pode atestar que o colaborador está
apto a realizar as atividades propostas, e controlar a eficiência das medidas de
segurança adotadas, para que o trabalhador não venha a adquirir lesões ou
danos a sua saúde.

14
PCMSO e a NR 7
A portaria n° 3.214 de 1978, através da NR 7, define a obrigatoriedade de
elaboração e implementação do PCMSO para todas os empregadores e
instituições que admitiam trabalhadores como empregados.

Ela fornece todas as diretrizes que devem ser seguidas para a implementação
do PCMSO, bem como os parâmetros que devem ser analisados para atestar a
eficiência das medidas de segurança e diagnosticar previamente qualquer
possível dano a saúde dos trabalhadores.

Prazo de validade e renovação do PCMSO


O PCMSO possui validade anual, sendo que as ações de saúde promovidas no
período devem atender uma programação prévia a fim de gerir um relatório que
especifica cada atividade realizada durante o período.
Os registros médicos devem ser mantidos pela empresa por um período de 20
anos após o desligamento do colaborador.
Sempre que ocorrer uma alteração nos processos de trabalho, que ocasionem
uma mudança dos riscos ocupacionais em que o colaborador esteja exposto,
deve ser feito uma revalidação do PCMSO.

15
SESMT: significado, responsabilidades e dimensionamento
Devido ao crescente aumento dos acidentes do trabalho, o SESMT foi
estabelecido no artigo 162 da CLT, com o intuito de promover a saúde
ocupacional e atuar na prevenção de acidentes.
No ano de 1972, devido ao grande número de acidentes e doenças relacionadas
ao trabalho, o governo percebeu a necessidade de adotar medidas que
pudessem reverter o quadro.

Os primeiros profissionais do SESMT podem ser considerados como


autodidatas, já que foi uma ação pioneira, sem precedentes em outros países.
Desta forma, a criação SESMT surgiu como uma alternativa para a redução dos
acidentes de trabalho e a prevenção da saúde dos trabalhadores.

O que é SESMT?
O SESMT (Serviços Especializados em Engenharia e Medicina do Trabalho) é
um setor criado com a finalidade de promover a saúde e a segurança, bem como
a integridade dos trabalhadores no local de trabalho.
Os profissionais que compõem o SESMT são responsáveis pela elaboração e
implementação dos planos de controle de riscos, prevenção de acidentes e
promoção da saúde ocupacional no ambiente de trabalho.

O que é SESMT Para que serve o SESMT dentro da empresa?


O SESMT é o responsável pela implementação de programas de saúde e
prevenção de acidentes ou doenças ocupacionais no ambiente de trabalho.
Os profissionais do SESMT atuam diretamente nos riscos das atividades,
elaborando medidas de controle que visam eliminar, controlar, prevenir e
melhorar o ambiente de trabalho.
Programas como o PPRA, PCMAT, PCMSO, LTCAT, PPP são exemplos da
atuação do SESMT na empresa, visando a promoção da saúde ocupacional e a
prevenção de acidentes.
16
Tipos de SESMT
De acordo com o dimensionamento do SESMT, ele pode ser dividido em:
Centralizado: constituído para atender a demanda de um ou vários
estabelecimentos pertencentes a mesma empresa, desde que não ultrapasse o
limite de 5000 metros do local aonde situa-se o serviço, dimensionando assim o
total de empregados e o grau de risco de acordo com o Quadro II e o subitem
4.2.2, da NR 4.Comum: quando a empresa contratante não possui o total de
funcionários que a enquadre no Quadro II da NR 4, porém, atinge o limite
disposto ao somar os funcionários de empresas terceirizadas que prestam
serviços em seu estabelecimento, constitui-se um SESMT Comum, como
disposto no item 4.14 da NR.

17
Dimensionamento do SESMT
O dimensionamento do SESMT deve seguir as tabelas dos quadros I e II em
anexo na NR 4, nos quais vincula-se o número de funcionários e o grau de risco
da empresa.

Para identificar o dimensionamento do SESMT, é preciso adequar o grau de risco


da empresa ao número total de trabalhadores no ambiente de trabalho.
No Quadro I da NR 4, é possível identificar o grau de risco da empresa através
do CNAE da empresa. O Quadro II da NR 4 dita o número de profissionais de
cada função que devem compor o SESMT, a partir do número total de
funcionários.

18
Quem são os profissionais do SESMT?
O SESMT é composto pelos profissionais que atuam diretamente no controle e
prevenção a saúde e a segurança dos trabalhadores. Dentre eles temos o
técnico e tecnólogo de segurança do trabalho, o engenheiro do trabalho, o
médico do trabalho, os auxiliares de enfermagem do trabalho e o enfermeiro do
trabalho.

Responsabilidades dos profissionais que compõem o SESMT


Cabe aos profissionais que compõem o SESMT atuar diretamente na promoção
da saúde e integridade física dos trabalhadores, na prevenção de acidentes e na
melhoria do ambiente de trabalho.

Dentre suas responsabilidades, podemos citar:


Implementação de programas de higiene ocupacional, segurança no trabalho e
medicina ocupacional; Promover treinamentos, palestras e atividades de
conscientização, educação e orientação sobre os riscos do trabalho, doenças
ocupacionais e modos de prevenção; Elaborar planos de emergência e de
combate de incêndio; Analisar, qualificar e quantificar, desenvolver medidas de
controle aos riscos presentes no ambiente de trabalho e manter uma análise da
eficácia das ações aplicadas; Determinar e orientar os trabalhadores quanto ao
uso correto dos EPIs, bem como atuar na instalação e aplicação de EPCs
sempre que possível;
Cada profissional possui uma função especifica, e sua atuação em conjunto é o
fator principal para o bom desenvolvimento dos programas de promoção da
saúde e prevenção de acidentes implementados pelo SESMT.

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O que é LTCAT?
O LTCAT (Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho), é um
documento instituído pela Previdência Social, elaborado pelo médico ou
engenheiro de segurança do trabalho, com intuito de registrar a exposição do
trabalhador aos fatores de risco no ambiente de trabalho.

O LTCAT é parte integrante das documentações que atestam a presença de


condições de risco no ambiente de trabalho, possuindo uma finalidade
previdenciária.
Porém, o LTCAT é um laudo que segue as normativas previdenciárias, utilizando
por base as leis trabalhistas e previdenciárias.
Desta forma, diferente do PPRA, o LTCAT não segue as Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, e sim as Portarias da Previdência
Social.
Apesar de atestar os fatores de risco presentes no ambiente de trabalho, o
LTCAT não deve ser utilizado para substituir os Laudos de Periculosidade e
Insalubridade, visto que existem atividades que expõem o trabalhador a
situações insalubres, porém, não garantem o direito a aposentadoria especial.

Fator de Risco
O ambiente de trabalho está sujeito a presença de fatores de risco que possuem
o potencial de causar danos à saúde e à segurança dos trabalhadores.
Os fatores de risco podem ser classificados como:
Risco Físico: são riscos originados através da exposição às diversas formas de
energia, tais como: radiação ionizante e não ionizante, ruídos, calor e frio
extremos, vibrações, umidade, pressão atmosférica, etc;
Risco Químico: são riscos originados através da exposição aos agentes
químicos, tais como poeiras, fumos, nevoas, vapores, gases, líquidos, e podem
ser absorvidos pelo colaborador através da inalação, ingestão ou absorção
cutânea;

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Risco Biológico: são os riscos originados através da exposição do trabalhador a
agentes biológicos, tais como vírus, protozoários, bactérias, parasitas, animais
peçonhentos, fungos, dentre outros organismos que possuem a capacidade de
causar doenças ou danos à saúde do trabalhador;
Risco Ergonômico: são considerados fatores de risco ergonômico os riscos que
podem afetar a integridade física e / ou mental do trabalhador, tais como a
postura inadequada, levantamento de peso excessivo, stress, jornadas de
trabalho prolongadas, repetitividade, entre outros;
Risco de Acidente: são os fatores que expõem o trabalhador a situações de
vulnerabilidade e que podem afetar a sua integridade física ou mental, tais como:
a presença de equipamentos e máquinas sem proteção, o armazenamento
incorreto de materiais, falta de sinalização dos riscos do ambiente, circulação de
pedestres em vias de passagem de veículos, dentre outros.
Estes fatores devem ser identificados, qualificados e quantificados, para que
sejam desenvolvidas as medidas de controle, a fim de eliminar ou reduzir a
exposição do trabalhador aos mesmos.

Para que serve o LTCAT


O LTCAT possui uma finalidade previdenciária, no qual ele atestará a presença
e exposição do trabalhador a agentes nocivos à saúde. A partir do LTCAT, o
INSS poderá definir a necessidade de uma aposentadoria especial ou não ao
trabalhador.

Desta forma, o LTCAT é um laudo com valor previdenciário, no qual deve ser
elaborado pela empresa a fim de cumprir as exigências da lei 8.213/1991, no
artigo 58 do Plano de Benefícios da Previdência Social.

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Diferença entre LTCAT e PPRA
O LTCAT é desenvolvido utilizando os dados disponíveis em programas como o
PPRA, o PCMSO e o PCMAT como base técnica, porém, possuindo uma
finalidade diferente.
Enquanto o PPRA atua na identificação dos riscos existentes no ambiente de
trabalho, com o intuito de eliminar, prevenir e reduzir a exposição do trabalhador
a agentes nocivos, o LTCAT é um documento que atesta a presença e exposição
do trabalhador a esses agentes, e a partir dele é definido a necessidade de uma
aposentadoria especial ao trabalhador.

Periodicidade do LTCAT
Diferente do PPRA que deve ser renovado anualmente, não existe uma
regulamentação que define um prazo de validade ao LTCAT. Porém,
recomenda-se a atualização sempre que ocorra uma alteração no ambiente de
trabalho, e revisões anuais do mesmo.

Modelo de LTCAT
Por ser um laudo técnico, não é possível encontrar um padrão normativo
diretamente na página do INSS, porém, há uma grande variedade de modelos
disponibilizados, possuindo fácil acesso a diversos modelos.

O que significa PPP?


O PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário é parte integrante das
documentações que a empresa deve fornecer ao trabalhador e aos órgãos
previdenciários, com o intuito de registrar o período de atividades em que o
trabalhador foi exposto a riscos do ambiente de trabalho.

22
Ele serve como um extrato do LTCAT. A partir do PPP, é possível para a
previdência social realizar o cálculo que garantirá ao trabalhador o direito à
aposentadoria especial.
Todas as empresas e instituições que admitem trabalhadores são obrigadas a
fornecer o PPP ao trabalhador, sempre que este o requisitar e no momento de
sua rescisão contratual, a fim de garantir o direito à contribuição especial.

O que é PPP?
O PPP significa Perfil Profissiográfico Previdenciário, e nada mais é do que um
formulário que deve conter todos os dados relativos ao profissional, descrevendo
a atividade por este realizada, a sua exposição a riscos no ambiente de trabalho,
sua concentração e exposição, exames médicos e dados da empresa.

O PPP tem por função:


Comprovar condições que habilitem o direito a serviços previdenciários como a
aposentadoria especial; prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo
empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos
sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho,
seja ele individual, difuso ou coletivo ;prover a empresa de meios de prova
produzidos em tempo real, de modo a organizar e a individualizar as informações
contidas em seus diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a
empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores;
possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a bases de
informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para
desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição
de políticas em saúde coletiva. Quando ele é exigido?
23
O PPP deve ser preenchido, atualizado e entregue ao trabalhador no momento
de sua rescisão do contrato de trabalho, detalhando a exposição do mesmo
durante o seu período de atuação na empresa.

Qual profissional assina o PPP?


O representante legal ou preposto pela empresa, porém, apesar de não ser
obrigado conter a assinatura, obrigatoriamente deve constar no PPP a indicação
do médico do trabalho responsável pelo PCMSO e do responsável legal pelo
LTCAT, sendo ele o médico do trabalho ou engenheiro de segurança.

Qual o prazo que a empresa tem para entregar o PPP?


Não existe uma normativa que determine às empresas um prazo específico para
a entrega do PPP, porém, é obrigatório a emissão sempre que:
O contrato de trabalho seja rescindido ou ocorrer a desfiliação da cooperativa,
sindicato ou órgão gestor da mão de obra, sendo o período de emissão de até
30 dias após a rescisão; Ao ser solicitado pelo órgão previdenciário – INSS; Ao
ser solicitado pelo trabalhador para o reconhecimento de períodos trabalhados
em condições especiais. Aposentadoria especial
A aposentadoria especial é um direito do trabalhador que exerceu atividades em
condições especiais de exposição a riscos do ambiente de trabalho, sejam eles
físicos, químicos ou biológicos, de modo permanente.
O tempo de contribuição para a aposentadoria especial é calculada de forma
diferente a aposentadoria normal, devido ao fato do trabalho exposto a riscos ser
mais desgastante a saúde do trabalhador.
Desta forma, o trabalhador que possua direito a aposentadoria especial, deverá
contribuir por menos tempo para adquirir o direito a se aposentar.
Atualmente, o direito a aposentadoria especial é regido pelos artigos 57 e 58 da
Lei n° 8.213/91.

24
Como calcular PPP para aposentadoria?
O cálculo do PPP para a aposentadoria especial deverá ser categorizado de
acordo com a exposição aos agentes nocivos à saúde. De acordo com a
exposição do trabalhador, o mesmo poderá adquirir o direito de aposentadoria
em quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição.
Porém, mesmo que o trabalhador não possua uma atividade que o enquadre no
direito à aposentadoria especial pelo tempo de contribuição, apenas
parcialmente, este período poderá ser convertido, a fim de diminuir o tempo de
contribuição para a aposentadoria normal.
De acordo com a natureza da atividade exercida, o tempo a ser convertido deve
seguir a respectiva tabela:

Cálculo do PPP
Para exemplificar, supomos que um trabalhador tenha a intenção de se
aposentar por tempo comum de contribuição, no caso, 35 anos. Porém, durante
o período de 10 anos ele exerceu uma atividade que o daria o direito a
aposentadoria especial após 25 anos de contribuição. Desta forma, poderia
calcular-se da respectiva forma:
Tempo de contribuição especial (10 anos) x índice correspondente ao benefício
(1,40) = 14 anos de contribuição para a aposentadoria comum.

Posso pegar PPP pela internet?


Não é possível pegar o PPP pela internet, pelo fato de ser um documento emitido
pela empresa, com base no LTCAT. Porém, algumas empresas podem dispor
de um serviço de atendimento online que fornecerá para o trabalhador, apesar
de improvável.
Uma alternativa para o caso é a retirada através do eSocial, um sistema novo de
prestação de serviços do governo. Nele, o empregador poderá registrar os dados
do PPP, que poderão ser acessados pelo INSS através do cruzamento de dados.

25
APR : Análise Preliminar de Riscos
A APR (Análise Preliminar de Risco) é um estudo preliminar, desenvolvido
originalmente no âmbito militar, com o intuito de identificar os riscos envolvidos
no ambiente e na natureza das tarefas que serão realizadas.

Atualmente empregada como uma importante ferramenta na gestão de


segurança e meio ambiente para a prevenção dos acidentes de trabalho, a APR
é obrigatória em todas as atividades a serem executadas, principalmente
aquelas que contenham trabalho em altura ou em espaços confinados.
Sua implementação tem por base a prévia identificação dos riscos, definindo
então as medidas de controle, desta forma, prevenindo acidentes e danos aos
trabalhadores, meio ambiente e patrimônio da empresa.

26
O que é APR?
A Análise Preliminar de Risco é um estudo elaborado previamente no ambiente
de trabalho, verificando o passo a passo das atividades a serem exercidas, com
o intuito de identificar os possíveis riscos presentes no ambiente de trabalho.

Leia também: SESMT – Serviços Especializados em Engenharia e Medicina do


Trabalho
A APR faz parte do conjunto de medidas de segurança que devem ser adotadas
em todas as atividades realizadas no ambiente de trabalho.
Os trabalhadores devem ser orientados sobre como utilizá-la e, diariamente,
deve-se manter um registro dos trabalhadores que executarão as tarefas
descritas na APR.

Analise Preliminar de Risco Benefícios do uso da APR na empresa


Um dos maiores benefícios de uma boa implementação da APR nas atividades
da empresa é a antecipação de possíveis problemas futuros. Desta forma, ao
aplicar corretamente o uso da APR, é possível identificar possíveis riscos e
causas da perda de produção.
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Para que serve uma APR?
A APR tem por objetivo a prévia identificação dos riscos presentes, tanto no
ambiente de trabalho, quanto na origem da tarefa a ser executada.
Com base na identificação dos riscos presentes nas tarefas a serem executadas,
pode-se desenvolver medidas de controle com o intuito de evitar possíveis
acidentes.
Deve ser utilizada também para orientar os trabalhadores sobre os riscos
presentes na realização da atividade e no local de trabalho, quais serão os
passos a serem seguidos na execução da tarefa, quais as medidas de proteção
(individual e coletiva) que devem ser utilizadas ao realizar as suas atividades.
A partir da elaboração da APR, é possível então padronizar as atividades a
serem executadas na empresa, desenvolvendo e estabelecendo as normas e
processos com o intuito de melhorar a segurança do trabalhador e do local de
trabalho.

Quando deve ser feita uma APR


A APR deve ser elaborada antes da execução de todas as atividades.
Sempre que houver uma nova atividade, uma alteração do ambiente de trabalho,
a adição ou modificação de equipamento ou nova etapa do processo, deve ser
revisada e atualizada, orientando os trabalhadores sobre as alterações.

28
Etapas de uma APR
Para implementar uma APR, devem ser realizadas as seguintes etapas:
Identificação do local e atividade a ser realizada; listar os riscos presentes na
atividade e local de trabalho; analisar qualitativamente os riscos; identificar as
causas de vulnerabilidade; identificar os bens ou grupos expostos aos riscos do
ambiente de trabalho; estimar os possíveis danos e consequências; elaborar e
implementar medidas de controle coletivo e individual. O que deve estar presente
em uma APR?
Ao elaborar uma APR, deve-se constar os seguintes itens:
Nome e função dos responsáveis pela aplicação da APR; nome da empresa;
data da aplicação da análise; tarefa a ser executada; procedimentos realizados
para a execução da tarefa; equipamentos utilizados para a execução da tarefa;
riscos detalhados do trabalho que será executado; descrição as medidas de
controle individual e coletivas que serão necessárias para a realização da
atividade; normas de segurança que devem ser adotadas; número de
identificação da APR, que deve ser alterado a cada revisão realizada na mesma.
Responsável pela elaboração da APR
Não há uma norma que defina um responsável direto pela implementação da
APR, sendo que qualquer funcionário que possua conhecimento na área de
segurança do trabalho pode elaborá-la e implementá-la.
Porém, recomenda-se que o técnico ou engenheiro de segurança seja o
responsável pela APR.
É necessário manter um registro das Analises Prévia de Risco e de suas revisões
para fins de fiscalização.

29
NR 37: Norma Regulamentadora
A NR 37 é a norma mais recente a ser adicionado a Portaria 3.214, focada
diretamente nas atividades a bordo de plataformas de petróleo.
As atividades nas plataformas frequentemente determinam que os trabalhadores
façam rodízios, passando 15 dias ou mais a bordo da plataforma, o que pode
ocasionar riscos à saúde dos trabalhadores, caso não sejam adequadas as
condições ao local.

Além disso, por ser uma atividade realizada em alto mar, qualquer acidente pode
trazer danos graves aos trabalhadores e ao meio ambiente.
Desta forma, a NR 37 tem o objetivo de estabelecer os requisitos de segurança
para atuar de forma prevencionista, promovendo a saúde ocupacional e a
segurança dos trabalhadores nas plataformas.

30
O que é NR 37?
A NR 37 faz parte do conjunto de Normas Regulamentadoras, sendo o conjunto
de medidas técnicas de segurança, saúde e conforto para atividades em
plataformas de petróleo, devendo ser adotada em todas as plataformas em
Águas Jurisdicionais Brasileiras.

Quando foi criada a Norma Regulamentadora 37?


A NR 37 foi criada em dezembro de 2018, através da Portaria MTB n° 1.186,
compondo o conjunto de Normas Regulamentadoras da Portaria 3.214 de 8 de
junho de 1.978.

Para que serve a NR 37?


A NR 37 estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e conforto com
o intuito de prevenir e controlar os riscos presentes nas atividades a bordo de
plataformas de petróleo, melhorando a segurança e prevenindo acidentes e
doenças ocupacionais aos trabalhadores do setor.

31
Curso de NR 37
A NR 37 determina o treinamento dos trabalhadores, tendo como requisitos:
Tipos de alarmes de emergência disponíveis;
Procedimentos para fuga, pontos de encontro e evacuação; Localização dos
itens de emergência, tais como botes salva vidas, coletes, etc; Identificação das
lideranças e equipes de apoio a emergências; Cuidados sobre higiene pessoal;
Boas condutas de convivência a bordo da plataforma; Descrição da plataforma.
Além disso, algumas funções necessitam de treinamentos específicos, tais como
manipulação de alimentos para funcionários da cozinha.
Todos os treinamentos relativos a NR 37 devem ser realizados com engenheiro
de segurança do trabalho como responsável técnico, e o instrutor deverá realizar
curso que o habilita a ministrar os devidos treinamentos relativos a NR 37.

Prazo de Validade
De acordo com a NR 37, o treinamento deverá ser reciclado a cada 5 anos, ou
em casos como:
Mudanças das condições operacionais, características da plataforma,
procedimentos e etc; Operações de risco; Em situação de ocorrência de acidente
grave ou fatal; Diagnósticos de doenças ocupacionais no local de trabalho;
Parada de manutenção periódica; Desmonte, comissionamento ou
descomissionamento da plataforma.
A NR 37 estabelece os requisitos de segurança, saúde e condições de vivência
que devem ser adotados em plataformas de petróleo.
Cabe a empresa que opera a plataforma: Cumprir e fazer cumprir a NR 37, bem
como as demais Normas Regulamentadoras; Interromper as atividades em
casos de risco grave e iminente; Garantir que os trabalhadores possuam
informações relativas aos riscos do local de trabalho e as medidas de controle;
Garantir os meios de transporte sem ônus aos trabalhadores;
Em atividades que envolvam a ampliação, modificação, reparo, manutenção,
desmontes ou descomissionamento das plataformas é necessário:
Realizar as Análises de Risco do local; Implementar as medidas de controle dos
riscos; Emitir PT, PEEC e outras documentações quando necessário; Ter
acompanhamento de profissional da área de segurança do trabalho, na razão de
2 operações por profissional.

32
Deve ser realizado o DDS antes do início das atividades operacionais, contendo:
Tarefas que serão desenvolvidas; Processos, riscos e medidas de proteção
relativas a atividade; Paradas não programadas em casos de incidentes
operacionais; Causas de alarmes de evacuação.
O dimensionamento do SESMT das empresas que prestam serviços a bordo de
plataformas deve seguir o estabelecido na NR 4.
O SESMT deverá dar assistência aos trabalhadores, tanto aos alocados para
atividades em terra quanto os trabalhadores embarcados.
A empresa deverá garantir um técnico de segurança do trabalho em situações
aonde tenham mais de 25 trabalhadores a bordo, sejam próprios ou de terceiros.
A proporção mínima de técnicos de segurança deverá seguir a regra de 1 técnico
a cada 50 trabalhadores.

O que é CIPLAT?
A empresa deverá constituir a CIPLAT (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes em Plataformas), seguindo as regras estabelecidas pela NR 5.
Os representantes da CIPLAT deverão ser compostos por representantes do
empregador e dos empregados, escolhidos através de eleição aberta.

O mandato da CIPLAT é de dois anos, sendo permitida uma reeleição.


33
Ao realizar a elaboração do PPRA, deve ser considerado:
Metodologia de avaliação de riscos que atendam as normas brasileiras, e em
caso de inexistência, sigam padrões internacionais reconhecidos; Riscos
ocasionados devido as atividades de terceiros, principalmente em atividades de
montagem, reparação, ampliação, paradas programadas, desmonte e
descomissionamento; Uma relação dos limites de tolerância a riscos ambientais
e a exposição ocupacional aos riscos devido aos turnos prolongados a bordo da
plataforma.
O PCMSO elaborado deverá seguir os parâmetros descritos na NR 7. O PCMSO
deverá contemplar os riscos presentes nas atividades a bordo e em terra, com
objetivo de promover a saúde, a recuperação e a proteção contra agravamentos
a saúde dos trabalhadores.
Os sinaleiros e auxiliares deverão estar visivelmente identificados, e são as
únicas pessoas que podem permanecer nas áreas de chegada ou saída das
cestas.
A operadora deverá assegurar que a plataforma possua área de vivência que
possua alojamentos, instalações sanitárias, lavanderia, cozinha, sala de leitura,
sala de recreação, ponto de acesso à internet e outros serviços de comunicação,
todos em boas condições de segurança, saúde e conforto higiênicas e sanitárias.
Os riscos presentes nas atividades desenvolvidas a bordo das plataformas são
diversos, e expõem os trabalhadores constantemente.
Desta forma, é necessário possuir uma equipe de SESMT qualificada, atuando
diretamente na melhoria das condições de trabalho e aplicando todas as
medidas descritas na NR 37.

34
Primeiro
embarque

35
Meios e procedimentos de acesso à plataforma
Meios de Acesso à Plataforma
Os deslocamentos dos trabalhadores entre o continente e a plataforma ou
entre plataformas não interligadas, e vice-versa, devem ser realizados por meio
de helicópteros.

As aeronaves, os heliportos e os procedimentos de transporte aéreo devem


obedecer aos requisitos de segurança exigidos pelas autoridades competentes.
É permitido o transporte dos trabalhadores por meio de embarcações, desde
que:
a) sejam certificadas pela Autoridade Marítima;
b) a distância a ser percorrida entre o continente e a plataforma seja inferior ou
igual a 35 milhas náuticas;
c) sejam atendidas as condições adequadas de conforto para o trabalhador
durante a navegação;
d) as condições de mar e vento sejam inferiores ou iguais aos valores
abrangidos até o grau 5 da escala Beaufort.
A operadora da concessão deve assegurar que os terminais próprios ou
exclusivos, compartilhados ou não, terrestres de embarque e desembarque
aéreo ou marítimo sejam climatizados, além de garantir
condições sanitárias, de higiene e de conforto para os trabalhadores em
trânsito, aplicando os critérios previstos na NR-24 (Condições Sanitárias e de
Conforto nos Locais de Trabalho).

36
Os terminais devem dispor, ainda, de assentos em número suficiente para
acomodar todos os trabalhadores em trânsito, previstos no horário de maior
fluxo de passageiros, atendendo a programação normal e excetuando as
superposições por atrasos.
No caso de transporte marítimo, a transferência de trabalhadores entre as
embarcações e a plataforma, e vice-versa, deve ser realizada mediante cesta
de transferência de pessoal ou atracadouro especial para a lancha do tipo
surfer, nos termos descritos neste item.

As operações de transferência de trabalhadores devem obedecer aos


seguintes requisitos:
a) ser realizadas durante o período diurno e com boa visibilidade;
b) todos os trabalhadores devem receber treinamentos de segurança e
instruções preliminares de segurança (briefing), antes de cada transporte e
transferência;
c) os trabalhadores transportados e transferidos devem usar colete salva-vidas
(Classe I – NORMAM 01/DPC);
d) os trabalhadores a serem transferidos não devem carregar materiais,
inclusive mochilas, durante a transferência, de modo a terem as mãos livres;
e) um tripulante capacitado da embarcação deve dar orientação prática acerca
do processo de transferência, devendo o trabalhador seguir estritamente as
suas determinações;
f) o trabalhador não pode ser submetido à operação de transferência sem o seu
consentimento, podendo se recusar a qualquer momento mediante justificativa;

37
g) existindo pessoa sem condições físicas ou psicológicas para a transferência
ou que se recuse a cumprir as determinações do tripulante, o comandante da
embarcação deve interromper imediatamente a operação, solicitando a retirada
deste trabalhador da área de embarque, informando a ocorrência à operadora
da instalação.
É proibida a realização de operações simultâneas ou outras atividades na área
de transferência de pessoal no decorrer da mesma.
É vedado o uso de cordas, correntes ou qualquer outro tipo de cabos para a
transferência de trabalhadores entre as embarcações e a plataforma, e vice-
versa.
Para plataforma flutuante, posicionada em águas interiores, o acesso e o
desembarque dos trabalhadores também pode ser realizado por meio de
escadas fixas da própria plataforma.
A transferência de trabalhadores, por meio de cesta, deve ser realizada apenas
sob as seguintes condições meteorológicas e oceanográficas:
a) condições máximas de mar e de vento correspondentes até o grau 5 da
Escala Beaufort, constante do Anexo II desta NR;
b) visibilidade superior a 3 km;
c) balanço (roll) máximo de 3° (três graus), para plataformas flutuantes.
A operadora da instalação deve assegurar que a cesta obedeça aos seguintes
requisitos mínimos:
a) ser homologada e certificada pela Autoridade Marítima;
b) atender às especificações definidas pela NORMAM-05/DPC e alterações
posteriores;
c) ser armazenada em local que não a exponha a qualquer tipo de dano à sua
integridade;
d) estar íntegra e sempre disponível para utilização.
As áreas de saída e de chegada da cesta devem:
a) ter a presença de tripulante capacitado para a execução das manobras de
transferência;
b) estar desimpedidas;
c) manter trabalhador de prontidão para lançamento da boia circular, em caso
de homem ao mar.
Os sinaleiros e seus auxiliares devem estar visivelmente identificados e,
juntamente com os passageiros, são as únicas pessoas que podem
permanecer nas áreas de chegada ou saída da cesta.
Antes de iniciar cada operação contínua com a cesta de transbordo, a
operadora da instalação deve assegurar a adoção dos seguintes
procedimentos:
a) inspecionar e testar o guindaste nos moldes do subitem 37.20.3.4 desta NR,
desde que seja a primeira operação na jornada de trabalho do operador de
guindaste;
b) inspecionar a cesta, os acessórios e o conjunto estabilizador, quando
aplicável;
38
c) registrar e arquivar, nas plataformas habitadas, os resultados da inspeção
dos cinturões de segurança e acessórios a serem utilizados, descartando os
que apresentem falhas ou deformações ou que tenham sofrido impacto de
queda;
d) registrar as condições ambientais na ocasião da transferência (velocidade do
vento, altura da onda, condições de visibilidade e o ângulo de balanço);
e) verificar a eficácia da comunicação visual e por rádio.
Para as plataformas desabitadas, os registros mencionados nas alíneas “c” e
“d”, do subitem 37.13.4.4, devem ser arquivados na plataforma habitada onde
estão lotados os trabalhadores da operadora da instalação que executam
atividades eventuais na unidade desabitada ou na sede da empresa, em terra.
É proibida a utilização da cesta de transbordo:
a) para o transporte de materiais ou equipamentos, com exceção da bagagem
dos trabalhadores transportados, que deve ser conduzida no centro da cesta;
b) com carga acima de sua capacidade máxima de transporte;
c) como a primeira carga do dia de operação do guindaste, devendo ser usado
outro elemento de carga semelhante no lugar da cesta, com no mínimo duas
vezes a sua capacidade máxima de transporte para fazer as devidas
verificações;
d) quando não houver permanente comunicação visual e via rádio entre o
operador do guindaste e os sinaleiros da plataforma e da embarcação.
O operador do guindaste deve obedecer unicamente às instruções dadas pelos
sinaleiros, exceto quando for constatado risco de acidente e sinalizada a
parada de emergência por qualquer pessoa situada na área de embarque ou
desembarque.
É permitido o transbordo de pessoas, no período noturno, por meio de cesta de
transferência somente em situações de:
a) emergência;
b) execução de serviços emergenciais que visem à proteção dos trabalhadores
ou a segurança operacional;
c) socorro médico de urgência;
d) resgate de náufrago;
e) transferência de pessoas acidentadas em embarcações.
Acesso à plataforma por lancha do tipo surfer só é permitido em plataformas
fixas, dotadas de atracadouro com estrutura projetada e fabricada para
aproximação e contato da proa deste tipo de embarcação.
O atracadouro deve ter projeto elaborado por profissional legalmente habilitado,
com a emissão da respectiva ART, e ser aprovado pela Autoridade Marítima.
O acesso à plataforma, por meio de lancha do tipo surfer, deve obedecer aos
seguintes requisitos:
a) as operações de transferência somente devem ser realizadas em condições
máximas de mar e ventos correspondentes ao grau 4 da Escala Beaufort,
constante do Anexo II desta NR, e corrente marítima de, no máximo, 1,5 nós;

39
b) as condições de mar, vento e visibilidade no momento da manobra devem
ser avaliadas e consignadas em documento próprio pelo comandante da
embarcação, ficando arquivados na lancha do tipo surfer ou na plataforma
habitada por um período não inferior a um ano, e de fácil acesso à auditoria
fiscal do trabalho;
I. em se tratando de plataforma desabitada, o documento pode ser arquivado
na lancha do tipo surfer, na plataforma habitada onde estão lotados os
trabalhadores transportados ou na sede da operadora da instalação, em terra.
A movimentação de trabalhadores entre a unidade marítima de apoio adjacente
e a plataforma, fixa ou flutuante, deve ser feita por meio de passarela
(gangway), obedecendo aos seguintes requisitos mínimos:
a) manter a via desobstruída, dotada de corrimãos e piso antiderrapante;
b) garantir ângulo de inclinação seguro para o deslocamento dos
trabalhadores;
c) utilizar passarela dotada de fechamento lateral;
d) instalar redes de proteção contra quedas no entorno da base da passarela
nas plataformas, quando requerida nas análises de riscos;
e) guarnecer cada extremidade da passarela com sistema de sinalização
automática ou vigia treinado, indicado formalmente, identificado e portando
faixa fluorescente;
f) equipar os vigias de sistema de comunicação, interligados com o comando
da plataforma e da unidade de apoio, para orientar o fluxo de trabalhadores;
g) designar área segura, sinalizada, desimpedida e abrigada como ponto de
espera para travessia, baseada nas análises de riscos específicas;
h) elaborar procedimento de movimentação, interrupção de passagem e
evacuação de trabalhadores da passarela, em caso de condições climáticas e
marítimas adversas ou emergências operacionais;
i) instalar sistema de alarme sonoro e luminoso diferenciado para avisar aos
trabalhadores em caso de necessidade de interrupção de passagem pela
passarela;
j) possuir as suas partes móveis protegidas e sinalizadas;
k) ser dotada de meio de acesso mediante escadas e rampa posicionadas no
máximo a 30 graus de um plano horizontal e dotado de dispositivo rotativo que
permita a mesma acompanhar o movimento involuntário da embarcação.
A operadora da instalação deve manter a bordo os documentos com os
parâmetros e cálculos utilizados como critérios para acionamento do alarme e
interrupção imediata da passagem de trabalhadores pela passarela (gangway),
em caso de situações de emergência.
As utilizações de soluções alternativas para outros tipos de acessos as
plataformas devem ser precedidas de aprovação tripartite.”

40
Condições e meio ambiente de trabalho
Das condições de vivência à bordo
As instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, camarotes,
alojamentos temporários e as instalações de lazer devem ser projetados,
considerando:
I. o atendimento a requisitos de segurança e saúde do trabalhador; e
II. as condições de vivência adequadas ao conforto dos trabalhadores
embarcados.
Toda plataforma, à exceção daquelas destinadas exclusivamente à operação
na zona tropical, deve estar provida de um sistema de calefação adequado para
o alojamento dos trabalhadores.

Os radiadores e demais equipamentos de calefação devem estar instalados de


modo a evitar perigo ou desconforto para os ocupantes dos alojamentos.
Instalações sanitárias.
As instalações sanitárias de uso coletivo devem possuir uma área de 1,00m² (um
metro quadrado), para cada aparelho sanitário, para cada quinze trabalhadores
em atividade, ou fração, não sendo permitido que a área do espaço frontal ao
sanitário seja menor do que 800mm x 600mm.
As instalações sanitárias dos camarotes devem possuir uma área de 1,00m² (um
metro quadrado), para cada aparelho sanitário, para até quatro trabalhadores
alojados, não sendo permitido que a área do espaço frontal ao vaso sanitário
seja menor do que 800mm x 600mm.
As instalações sanitárias de uso coletivo devem ser separadas por sexo.
As instalações sanitárias devem ser mantidas em condições higiênico-sanitárias
satisfatórias.
Os vasos sanitários devem ser sifonados ou dotados de outro mecanismo que
impeça o retorno de odores, além de possuir dispositivo de descarga e dispor de
assento com tampa.
41
Os chuveiros devem ser dotados de crivo e confeccionados em material
resistente.
Os mictórios devem ser de material liso e impermeável, provido de descarga
provocada ou automática, de fácil escoamento e limpeza, podendo apresentar a
conformação do tipo calha ou cuba.
No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento, no mínimo de 0,60m,
corresponderá a um mictório do tipo cuba.
Os lavatórios podem ser formados por calhas metálicas, possuindo torneiras
confeccionadas em material resistente, de acionamento manual ou automático,
espaçadas de 0,60m (sessenta centímetros).
O lavatório deve ser provido de material para a higienização e secagem das
mãos, proibindo-se toalhas de uso coletivo.
As instalações sanitárias, exceto vasos e mictórios, devem ser abastecidas de
água tratada para fins de higiene pessoal 10.2.12 Os boxes de chuveiros devem:
I. dispor de água quente e fria;
II. ter portas de acesso que impeçam o devassamento, ou serem construídos de
modo a manter o resguardo conveniente;
III. ter piso antiderrapante e paredes revestidas de material resistente, liso,
impermeável e lavável;
IV. ter quinas arredondadas para evitar acidentes; e
V. possuir alças de apoio.
Não serão permitidos aparelhos sanitários que apresentem defeitos ou que
representem risco ao usuário ou que possam acarretar infiltrações.
Os sistemas que movimentam dejetos orgânicos e água servidas devem ser
dispostos e mantidos de forma a garantir a qualidade das águas tratada ou
potável, evitando-se a contaminação por ligação cruzada entre os esses
sistemas.
Os dejetos orgânicos e águas servidas oriundas dos aparelhos sanitários devem
ser descartados de acordo com as normas das autoridades competentes.
Os pisos das instalações sanitárias não devem apresentar ressaltos e
depressões e devem ser impermeáveis, laváveis, de acabamento
antiderrapante, inclinado para ralos de escoamento providos de sifões
hidráulicos.
As instalações sanitárias devem ser providas de uma rede de iluminação, cuja
fiação deve ser protegida por eletrodutos e dotadas de luminárias com o objetivo
de manter um iluminamento geral e difuso de no mínimo 150 lux.
42
Devem ser previstos sessenta litros diários de água por trabalhador para o
consumo nas instalações sanitárias.
As instalações sanitárias devem dispor de água canalizada e esgotos ligados
ao sistema de descarte de dejetos ou efluentes sanitários da plataforma, com
interposição de sifões hidráulicos e:
I. não podem se comunicar diretamente com os locais de trabalho, nem com os
locais destinados às refeições; e
II. devem ser mantidas em bom estado de limpeza e higiene.
A comunicação dos alojamentos com instalações sanitárias situadas fora do
casario deve ser feita por meio de passagens cobertas.
Instalações sanitárias temporárias situadas nas áreas operacionais estão
isentas desta obrigatoriedade.
Os gabinetes sanitários devem:
II. ser instalados em compartimentos individuais, separados, exceto quando
localizados nas instalações sanitárias dos camarotes;
III. ser atendidos por um sistema de exaustão, cuja saída esteja localizada de
modo a não permitir o retorno dos gases para o interior do casario;
IV. quando localizados em instalações sanitárias de uso coletivo:
a) ter paredes divisórias com altura mínima de 2,10m (dois metros e dez
centímetros), e com bordo inferior a, no máximo, 0,15m (quinze centímetros)
acima do piso; e
b) ter portas independentes e providas de fecho que impeçam o devassamento.
V. ser mantidos em bom estado de limpeza e higiene; e
VI. possuir lixeira com tampa e pedal.
Instalações sanitárias coletivas devem garantir a privacidade de seus usuários
em relação ao ambiente externo.
Refeitórios.
Nas plataformas habitadas é obrigatória a existência de refeitório sendo proibido
aos trabalhadores tomarem suas principais refeições em outro local da
plataforma.
O refeitório deve obedecer aos seguintes requisitos:
I. possuir área de 1,50m² (um e meio metro quadrado) por usuário, abrigando,
de cada vez, 1/3 (um terço) do total de empregados por turno de trabalho, sendo
este turno o que tem maior número de empregados.

43
II. possuir circulação principal com largura mínima de 0,75m (setenta e cinco
centímetros), e a circulação entre assentos e entre o assento e a parede deverá
ter a largura mínima de 0,55m (cinquenta e cinco centímetros);
III. ser provido de uma rede de iluminação, cuja fiação deve ser protegida por
eletrodutos de modo a manter um iluminamento geral e difuso de, no mínimo,
150 lux;
IV. ter piso impermeável e revestido de material que permita a limpeza e
desinfecção;
V. ter anteparas revestidas com material liso, resistente, impermeável e que
permita a limpeza e desinfecção;
VI. ser provido de ventilação, exaustão ou ar condicionado, de modo a garantir
conforto térmico, mantidos em condições higiênico- sanitárias satisfatórias;
VII. disponibilizar água potável, em condições higiênico-sanitárias satisfatórias,
dentro do padrão de potabilidade;
VIII. possuir bebedouros situados em locais que não permitam a sua
contaminação; e
IX. possuir mesas fixáveis providas de tampo liso e de material impermeável de
fácil higienização e mantidas permanentemente limpas.
Devem existir lavatórios localizados nas proximidades da entrada do refeitório
provido de material para higienização e secagem das mãos, sendo proibido
toalhas de uso coletivo;
Em plataformas flutuantes as mesas devem dispor de tampo provido de ressalto
nas bordas, bem como bancos ou cadeiras com dispositivo de fixação.
O refeitório deve ser instalado em local apropriado, não se comunicando
diretamente com os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais insalubres
ou perigosos.
É proibida, ainda que em caráter provisório, a utilização do refeitório para
depósito.
Nas plataformas desabitadas devem ser asseguradas aos trabalhadores
condições suficientes de conforto para a ocasião das refeições, devendo ainda
preencher os seguintes requisitos mínimos:
I. local adequado, isolado da área de trabalho;
II. piso e anteparas apropriados para limpeza e desinfecção;
III. ventilação e boa iluminação;
IV. mesas e assentos em número adequado;

44
V. lavatórios nas proximidades;
VI. fornecimento de água potável de acordo com os padrões de potabilidade
vigentes; e
VII. equipamento próprio para aquecer as refeições.
Cozinha
A cozinha deve ficar adjacente aos refeitórios e com ligação para o mesmo,
através de duas passagens independentes, sendo uma para a instalação da
rampa para serviço de refeições e outra para a devolução de utensílios.
As áreas previstas para cozinha, depósito de gêneros alimentícios secos e
dispositivos de refrigeração de alimentos, devem ser compatíveis com o número
diário de refeições servidas e a quantidade de provisões que devem ser
armazenadas, considerando-se ainda uma reserva de emergência.
As anteparas da cozinha devem ser de material apropriado para limpeza e
desinfecção.
O piso da cozinha deve ser de material apropriado para limpeza e desinfecção,
com caimento e ralos para escoamento de águas.
As portas da cozinha devem ser revestidas de materiais lisos e de fácil limpeza
e desinfecção.
A rede de iluminação deve ter sua fiação protegida por eletrodutos, com
iluminação geral e difusa de, no mínimo, 200 lux.
A cozinha deve dispor de:
I. lavatório, para uso dos trabalhadores do serviço de alimentação, dotado de
água corrente com acionamento automático, dispositivos de sabão líquido,
dispositivo para secagem das mãos e, quando for o caso, local adequado para
descarte do material utilizado na secagem;
II. bancadas de trabalho, pias para lavagem de utensílios e rampa para o serviço
de refeições, em aço inoxidável;
III. sistema de exaustão para a captação de fumaças, vapores e odores, dotada
de coifa em aço inoxidável;
IV. local para instalação de equipamentos auxiliares para lavagem de utensílios
e preparo de alimentos;
V. local para instalação de dispositivos para refrigeração de alimentos;
VI. local para guarda de utensílios;
VII. áreas independentes para preparação de carnes, peixes, aves e saladas;
VIII. área de cocção;
45
IX. área de manuseio de massas; e
X. área de higienização dos alimentos.
Deve existir sistema para trituração de resíduos orgânicos e disposição de lixo
de acordo com as normas das autoridades sanitária e marítima competentes.
Camarotes, Camarotes Provisórios e Módulos de Acomodação Temporária
Condições Gerais
Os camarotes, camarotes provisórios e módulos de acomodação temporária
devem:
I. ter ocupação separada por sexo;
II. ter dimensões adequadas e ser devidamente equipados, de modo a propiciar
conforto e a facilitar sua limpeza e ordem;
III. possuir um leito para cada trabalhador a bordo, em todas as circunstâncias,
tendo As mesmos dimensões interiores no mínimo de 1,98m por 0,80m;
IV. possuir mobiliário constituído de material liso, sem cantos vivos, resistente e
mantido em boas condições de uso.
V. possuir sistema de iluminação artificial de modo a manter um nível mínimo de
iluminamento geral e difuso de 100 lux; e
VI. ser providos de ventilação, exaustão ou ar condicionado, de modo a garantir
conforto térmico e mantidos em condições higiênico- sanitárias satisfatórias.
O camarote não pode acomodar mais do que quatro pessoas e a área disponível
não pode ser inferior a 3,6m² por pessoa.
Nos camarotes individuais ou duplos, deve ser observada uma área disponível
para os trabalhadores ocupantes de, pelo menos, 7,5m².
Os Camarotes Provisórios e os Módulos de Acomodação Temporária não podem
acomodar mais do que quatro pessoas; neste caso, a área disponível não pode
ser inferior a 3,00m² por pessoa.
Devem ser adotadas medidas técnicas para obtenção de níveis de ruídos não
superiores a 60 dB (A) sendo que a partir de 55 dB (A) devem ser adotadas
medidas preventivas.
Os materiais utilizados na construção de anteparas internas, revestimento e
forro, pisos e juntas deverão ser apropriados ao seu propósito e propícios a um
ambiente saudável.
Cada cama deve ser provida de uma luminária individual.
Nos casos da utilização de qualquer acomodação por trabalhador portador de
doença infectocontagiosa, o local deve ser submetido à desinfecção.
46
As camas devem estar colocadas a uma distância horizontal uma da outra, de
modo a que se permita o acesso a uma delas sem passar por cima da outra.
A cama superior deve ser provida de proteção lateral e escada fixa. Nas
plataformas flutuantes, a cama inferior deve ser provida de proteção lateral.
É vedada a sobreposição de mais de duas camas.
As camas não devem estar dispostas a menos de 0,30m (trinta centímetros) do
piso.
Os colchões utilizados devem ter, no mínimo, densidade trinta e três ou
correspondente, mantidos em condições higiênico- sanitária satisfatórias.
O fornecimento, conservação e higienização da roupa de cama é de
responsabilidade do empregador.
As tubulações de vapor, de descarga de gases e outras semelhantes não devem
passar pelo interior das acomodações, nem pelos corredores que levem a elas.
Quando, por motivos técnicos, essas tubulações passarem por tais corredores,
devem estar isoladas e protegidas.
Condições Específicas dos Camarotes 10.5.2.1 Com respeito aos requisitos
específicos relativos aos camarotes em plataformas e instalações de apoio
devem ser observados os seguintes requisitos mínimos:
I. para cada ocupante, o mobiliário deverá incluir um guarda roupa provido de
gaveta, prateleira e cabides, com volume mínimo de 0,5m³, sendo passível de
ser trancado pelo ocupante.
II. cada camarote deverá contar com uma mesa ou escrivaninha, que poderá ser
do tipo de tampo fixo, dobrável ou corrediço, e provida de assento.
III. instalação sanitária para uso exclusivo de seus ocupantes, contendo armário,
espelho, secador de toalhas e alça de apoio;
IV. um espelho, podendo este ser instalado na parte interna do armário;
V. um pequeno armário para artigos usados no asseio pessoal, podendo este
ser localizado na instalação sanitária;
VI. uma prateleira para livros; e
VII. um recipiente para lixo.
A área de circulação para acesso aos camarotes deve ter a largura mínima de
1,20m (um metro e vinte centímetros).

47
A altura livre dos camarotes não pode ser inferior a 2,40m (dois metros e
quarenta centímetros) quando forem usadas camas sobrepostas (beliches). Para
casos onde não forem usadas camas sobrepostas (beliches) a altura livre dos
camarotes não pode ser inferior a 2,20m (dois metros e vinte centímetros).
O camarote deve ser adequadamente isolado, não podendo haver quaisquer
aberturas diretas para a praça de máquinas, o compartimento de carga, a
cozinha, o paiol, as lavanderias ou as instalações sanitárias de uso coletivo.
Deve haver antepara separando os camarotes das áreas externas de
processamento de óleo e gás. Estas anteparas externas devem ser
impermeáveis à água e gás e construídas de aço ou outro material aprovado.
Camarotes Provisórios
Os camarotes provisórios devem atender os requisitos constantes do item 10.5.1
(Condições Gerais) e ter seu projeto aprovado pelo órgão regional do Ministério
do Trabalho e Emprego, após ouvidas as partes em procedimento de negociação
tripartite, quando necessária.
Módulos de Acomodação Temporária
O Operador da Instalação deve observar a especificação técnica, constante do
Quadro II deste Anexo, quando for necessária a instalação de módulos de
acomodação temporária a bordo.
Devem ser negociadas com o órgão regional do Ministério do Trabalho e
Emprego, de forma tripartite, quando necessária, eventuais alterações que
forneçam condições equivalentes ao disposto nesta especificação.
Lavanderia
Todas as plataformas e instalações de apoio devem possuir facilidades para a
lavagem e a secagem das roupas de trabalho.
As instalações de lavagem de roupas devem ser abastecidas com água doce.
As roupas de trabalho, de uso pessoal e de cama devem ser lavadas
separadamente.
Serviços de bem-estar a bordo
Nas plataformas devem existir meios e instalações para proporcionar condições
de bem-estar aos trabalhadores a bordo, podendo, sempre que compatível com
as características técnicas e operacionais, incluírem-se:
I. academia de ginástica dotada de aparelhos para exercícios físicos;
II. sala de projeção de filmes e vídeos com sortimento adequado, variado e
renovado a intervalos regulares;

48
III. sala de música e televisão para recepção de programas de TV e rádio,
incluindo aparatos para jogos de mesa;
IV. sala de leitura contendo uma biblioteca com obras de caráter profissional e
de outra índole, em quantidade suficiente e cujo conteúdo deve ser renovado a
intervalos razoáveis;
V. quadra polivalente para a prática de desportos;
VI. piscina para natação e relaxamento ;
VII. sauna para relaxamento; e
VIII. sala de internet recreativa com acesso privado a correio eletrônico.
Nas plataformas deve existir cabine telefônica para comunica

Substâncias combustíveis e inflamáveis presentes a bordo: características,


propriedades, perigos e riscos
Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos; 2 e 3. Controles
coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis e Fontes de Ignição 4.
Procedimentos em situações de emergência com inflamáveis; Conteúdo
Publicação D.O.U. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Portaria SIT n.º 308, de 29 de fevereiro de 2012 06/03/12 Referencias
Normativas
Identificação do Responsável Técnico: Marco Aurélio Troleiz CRQ 0540-1122
Ex-funcionário da PETROBRÁS, especialista em inflamáveis e líquidos
combustíveis, com mais de 25 anos de experiência na área. Atuação na
produção, armazenamento, transferência, manuseio, segurança, controle de
qualidade, certificação, sistemas de garantia da qualidade, implantação das
normas série ISO-9000 para produtos derivados de petróleo e biocombustíveis.
Identificação do Responsável Técnico
A área de inflamáveis e combustíveis é muito ampla, complexa e está presente
como matéria prima, insumo, produto intermediário ou produto acabado nos mais
diversos setores da indústria e do comércio. Desta forma, o objetivo principal
deste curso é passar conhecimentos sobre os procedimentos de segurança,
visando a prevenção de acidentes, conforme prevê a Norma Regulamentadora
nº 20 do Ministério do Trabalho e Emprego. Antes de entrarmos nos conteúdos
específicos do curso, abordaremos alguns CONCEITOS, de maneira a nivelar
os conhecimentos, no intuito de buscar o melhor aproveitamento possível dos
tópicos a serem desenvolvidos durante o mesmo.

49
Ponto Fulgor (Flash Point) Temperatura mínima em que um sólido ou líquido
desprende vapores suficientes para que se inflamem na presença de uma fonte
de ignição; Por exemplo, considerando-se que, em um determinado local, a
temperatura ambiente seja de 25 °C e que esteja ocorrendo o vazamento de uma
substância cujo ponto de fulgor seja de 15 °C, isto significa que, nessas
condições, essa substância estará liberando vapores inflamáveis, bastando,
apenas, uma fonte de ignição para que haja a ocorrência de um incêndio ou de
uma explosão. Conceitos
PONTO DE FULGOR (ºC) Gasolina comum menor que 0 (zero) Etanol 13 Diesel
38 Querosene 40 Álcool hidratado 15 Álcool etílico anidro combustível 15 Óleo
combustível 66 Biodiesel 100 (NBR 7974).
Entretanto, se o ponto de fulgor de uma outra substância que também esteja
vazando for de 30°C, isto significa que essa substância não estará liberando
vapores inflamáveis. Então, o conceito de ponto de fulgor está diretamente
associado à temperatura ambiente.
50
Ponto de Fulgor No Ponto de Fulgor o combustível está produzindo vapores
inflamáveis, mas a quantidade é ainda insuficiente para sustentar a combustão.
Ao aproximarmos uma chama junto ao combustível ele queima-se
momentaneamente, porém a seguir, a chama do combustível se apaga, por falta
do vapor inflamável.
Ponto de Combustão No Ponto de Combustão o combustível produz vapores
inflamáveis em quantidade suficiente para sustentar a combustão. Ao
aproximarmos uma chama junto ao combustível ele queima-se continuamente,
mesmo que retiremos a chama inicial.
Ponto de ignição Também chamado de firepoint, é atingido quando os vapores
liberados pelo material combustível entram em ignição em contato com uma
fonte externa de calor, mantendo a chama mesmo que retiremos a fonte.
Autoignição Ocorre apenas com a presença do comburente e do combustível,
não sendo necessário uma fonte de calor externa. Sua temperatura pode
coincidir ou não com a temperatura do ponto de ignição do mesmo material.
Fontes de Ignição Fonte de ignição é o agente responsável pela inflamabilidade
de uma substância combustível provocando sua queima. As fontes de ignição
mais comuns, de acordo com a norma EN 1127- 1:2007, são: Reações
químicas; Chamas; Superfícies quentes; Faíscas geradas mecanicamente;
Instalações elétricas; Eletricidade estática; Correntes elétricas de fuga; Raios.
Agora que já vimos alguns conceitos de suma importância para o melhor
entendimento e interpretação dos conteúdos a serem desenvolvidos,
passaremos para o primeiro item exigido pela Norma Regulamentadora Nº 20,
que trata das características, propriedades, perigos e riscos envolvidos com os
produtos inflamáveis.
INFLAMÁVEIS: características, propriedades, perigos e riscos No capítulo a
seguir utilizaremos o termo “inflamável” para todos os estados da matéria. 1.
Inflamáveis: Características, Propriedades, Perigos e Riscos IMPORTANTE:
LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60º C. *
De acordo com a NR 20 – Item 20.3.1
Inflamável Extremamente Inflamável 1.1 Característica e Propriedades
Inflamabilidade: É uma reação química entre uma substância e um gás,
geralmente o oxigênio, que libera calor.
Basicamente, as substâncias pertencentes a esta classe são de origem
orgânica, como por exemplo: álcoois, aldeídos, cetonas e hidrocarbonetos, entre
outros. O estudo das propriedades físico-químicas de inflamáveis faz-se
necessário para que possamos adotar quaisquer ações referente as instalações,
procedimentos operacionais e de prevenção e combate a incêndio, vazamentos
e explosões.

51
Tabela 32 — Critérios de classificação de líquidos inflamáveis - ABNT NBR
14725 Categoria Critério 1 Ponto de Fulgor <23 ºC e ponto de ebulição 35 ºC
2 Ponto de Fulgor <23 ºC e ponto de ebulição > 35 ºC 3 Ponto de Fulgor >23 ºC
e 60 ºC 4 Ponto de fulgor >60 ºC e 93 ºC 1.1.2 Critérios para classificação de
líquidos inflamáveis Um líquido inflamável pode ser classificado em uma das
categorias descritas na Tabela 32 (ABNT NBR 14725). Observem, que o critério
utilizado como parâmetro para classificação dos líquidos inflamáveis é o Ponto
de Fulgor, propriedade que acabamos de conceituar na abertura deste
treinamento.
Combustível Sólido São aqueles que entram em combustão quando presente
uma fonte de ignição dentro de seu ponto de fulgor e que não produzem gases
dentro da CNTP. Sólido Inflamável São os sólidos que se inflamam facilmente
por fontes de ignição, como faíscas, fagulhas e chamas. Ex: naftalina, celulose
e parafina.
Critério para classificação de sólidos inflamáveis Um sólido inflamável deve ser
classificado em uma das duas categorias descritas na Tabela 33 (ABNT NBR
14725). Tabela 33 — Critérios de classificação de sólidos inflamáveis (ABNT
NBR 14725). Categoria Critérios – Ensaio de velocidade de combustão 1 -
substâncias ou misturas que não sejam pós metálicos: a) a zona umedecida não
impede a propagação da chama; b) o tempo de combustão é <45 s ou a
velocidade de combustão é > 2,2 mm/s; - Pós-metálicos: o tempo de combustão
é 5 min. 2 - substâncias ou misturas que não sejam pós-metálicos: a) a zona
umedecida impede a propagação da chama durante pelo menos 4 min; b) o
tempo de combustão é < 45 s ou a velocidade de combustão é > 2,2 mm/s; - pós
metálicos: o tempo de combustão é > 5 min e ≤ 10 min. A Figura 33 pode ser
utilizada como orientação adicional para classificação dos perigos. O
responsável pela classificação deve estudar os critérios antes e durante a
aplicação dos diagramas de decisão, estabelecido no Manual de Ensaios e
Critérios da ONU.
Gás Inflamável É qualquer fluido combustível cujo ponto de ebulição à pressão
atmosférica (760 mmHG - coluna de mercúrio) é inferior a 15°C. Dentre outros
temos: butano e propano (Gás de cozinha ou G.L.P), gás natural (GNV),
acetileno, hidrogênio e argônio.
Gases Gás é um dos estados da matéria. No estado gasoso, a matéria tem forma
e volume variáveis. A força de repulsão entre as moléculas é maior que a força
de coesão. Os gases são caracterizados por apresentarem baixa densidade e
capacidade de se moverem livremente. Diferente dos líquidos e dos sólidos, os
gases são expansíveis e comprimíeis, alterando a pressão e/ou a temperatura.

52
Gases Permanentes São aqueles que não podem ser liquefeitos à temperatura
ambiente, ou seja, são produtos com temperatura de ebulição bastante baixa.
Exemplo: ar, argônio e dióxido de carbono e GNV (gás natural veicular) 1.1.8
Gases Comprimidos Liquefeitos Gás que, sob pressão, é parcialmente líquido a
uma temperatura de (21° C).
Gases Dissolvidos sob Pressão São aqueles que encontram-se dissolvidos, sob
pressão, em uma substância líquida (Lei de Henry). Exemplo: acetileno.
A presença de um gás inflamável no ambiente é preocupante, dada a sua
característica de expansão, onde ocupa todo recipiente que o contém. No caso
de ambientes sem ventilação seu comportamento tende a expulsar o ar,
tornando a atmosfera explosiva. Grandes vazamentos, mesmo de gases inertes,
reduzem o teor de oxigênio nos ambientes fechados, causando danos que
podem culminar na morte das pessoas expostas. Assim, em ambientes
confinados, deve-se monitorar a concentração de oxigênio, constantemente.
“Todos os gases, exceto o oxigênio, são asfixiantes.”
Nas situações onde a concentração de oxigênio estiver abaixo de 19,5 % em
volume, deverão ser adotadas medidas, no sentido de restabelecer o nível
normal de oxigênio, ou seja, em torno de 21 % em volume. Essas medidas
consistem, basicamente, na ventilação/exaustão natural ou forçada do ambiente
em questão.
Critério para classificação de gases inflamáveis Um gás inflamável deve ser
classificado em uma das duas categorias descritas na Tabela 30 (ABNT NBR
14725-2). Critério para classificação de gases inflamáveis - Tabela 30 (ABNT
NBR 14725-2) Categoria Critérios 1 Gases que a 20 °C e a uma pressão normal
(101,3 kPa): a) são inflamáveis em mistura com o ar a 13 % (volume/volume) ou
menos; ou b) têm um poder de inflamabilidade em mistura com o ar em pelo
menos 12 %, independentemente do limite inferior da inflamabilidade. 2 Outros
gases, além daqueles da categoria 1, a 20 °C e a uma pressão normal (101,3
kPa), têm um poder de inflamabilidade ao serem misturados com o ar.
Limites de Inflamabilidade Para que um gás ou um vapor inflamável entre em
combustão, é necessário que, além da fonte de ignição, exista uma mistura,
chamada ideal, formada pelo oxigênio do ar atmosférico e pelo gás combustível.
A quantidade de oxigênio no ar é praticamente constante, em torno de 21% em
volume.
A quantidade de gás combustível, necessária para a queima, varia para cada
produto e está dimensionada através das seguintes constantes: LII - Limite
inferior de inflamabilidade: este limite é a mínima concentração de gás que,
misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão do produto, a
partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações de gás, abaixo do
LII, não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e
pequena quantidade do produto para a queima. Esta condição é denominada
mistura pobre.
53
LSI – Limite superior de inflamabilidade: este limite é a máxima concentração
de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão do
produto, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações de gás, acima do LSI,
não são combustíveis, pois, nesta condição, tem-se excesso de produto e
pequena quantidade de oxigênio não suficiente para desencadear a combustão.
Esta condição é chamada de mistura rica.
Os valores do LII e do LSI, geralmente, são apresentados em porcentagens em
volume, tomadas a aproximadamente 20 °C e a 1 atmosfera de pressão (CNTP)1
Para qualquer gás, 1% em volume representa 10.000 ppm (partes por milhão).
1 CNTP: Condições Normais de Temperatura e Pressão.
Comburente Comburente é o elemento que, associando-se ao combustível, é
capaz de entrar em combustão na presença de uma fonte de ignição (o oxigênio
é o comburente mais comum). Substância que alimenta a combustão. Por
exemplo: a madeira é um combustível e na presença de oxigênio (comburente)
não reage por si só, necessita de uma fonte de calor para iniciar a combustão.
Composição química do ar seco Componentes Concentração por volume %
ppm* Nitrogênio 78,084 oxigênio 20,946 Dióxido de carbono 0,033 Argônio 0,934
Neônio 18,18 Hélio 5,24 Criptônio 1,14 Xenônio 0,087 Hidrogênio 0,5 Metano 2
Óxido nitroso 0,5 Fonte: Adaptado de FAURE (1998) - *ppm = % x 10.000.
Na presença de gases tóxicos e/ou inflamáveis em ambientes não ventilados e
cuja concentração de oxigênio seja inferior a 19,5 %, é necessário a utilização
de equipamento de segurança para respiração autônoma e monitoramento deste
percentual até que seja normalizado em 21% a presença de oxigênio no
ambiente.
INTRODUÇÃO Pelo fato dos incidentes e acidentes com inflamáveis criarem
situações imprevisíveis, é de fundamental importância o conhecimento para
aplicação de técnicas eficazes em conjunto com aparelhamento para este fim. A
capacitação e especialização de profissionais para combater estes problemas
definirão o sucesso das operações.
a) PERIGOS Os perigos fundamentais que representam os produtos inflamáveis
são os seguintes: Queimam com muita facilidade; Produzem atmosferas
explosivas em locais com deficiência de ventilação; Um líquido inflamável se
espalha com rapidez ocupando desníveis.

54
Incêndios em líquidos apresentam características mais complexas do que
materiais sólidos, por serem mais voláteis e de fácil expansão, sendo, porém,
sua extinção resumida a superfície de contato. As técnicas para extinção de
incêndios devem ser treinadas constantemente para que se evite respingos e
transbordamentos de líquido inflamado devido a erros de aplicação de agente
extintor; Em vazamento de gases, quando a fonte geradora não é passível de
bloqueio, a tendência de formação de atmosfera explosiva, não sendo
providenciada ventilação, será inevitável e o risco de explosão iminente se
ocorrer a presença de uma fonte ignição.
Um produto inflamável poderá oferecer maior ou menor risco dependendo de:
Seu ponto de fulgor, por exemplo: a gasolina é mais perigosa que o etanol por
ter um ponto de fulgor mais baixo; A quantidade e o tipo de armazenamento
(tanques ou recipientes); Superfície de contato com a atmosfera, no caso de
líquidos e volume na mistura com o ar, no caso dos gases; A propriedade físico-
química do produto (poder calorífico, volatilidade e toxicidade dos produtos de
combustão); Possibilidade de vazamento ou transbordamento; Manuseio
(transferência, pulverização, condições de ventilação do local, etc.); Materiais e
instalações existentes nas proximidades.
b) RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO A presença de um produto inflamável
na atmosfera sempre apresentará a condição de incêndio ou explosão,
dependendo apenas do que já foi citado anteriormente. Nem todas as misturas
de vapor ou gás com o ar podem ser consideradas inflamáveis. As misturas
muito ricas, ou muito pobres em combustível não podem ser inflamadas, uma
vez que existe uma faixa (limites: inferior e superior de inflamabilidade) que é
característico para cada produto, a qual determina as margens de
periculosidade.
Uma mistura dentro dos limites de inflamabilidade necessita apenas de um
elemento para que se produza um incêndio ou explosão: A Fonte de Ignição
(faíscas, centelhas, chamas abertas, pontos quentes, eletricidade estática, etc.).
Assim sendo, na presença de produtos inflamáveis, é de fundamental
importância o controle das referidas Fontes de Ignição.
Classes de risco O conhecimento dos riscos e das características específicas
das substâncias químicas envolvidas é outro fator de suma importância, razão
pela qual a ONU - Organização das Nações Unidas classificou e agrupou os
produtos químicos, em nove classes de risco distintas: CLASSES DE RISCO
Classe 1 Explosivos Classe 2 Gases Classe 3 Líquidos Inflamáveis Classe 4
Sólidos Inflamáveis; Substâncias Sujeitas à Combustão Espontânea;
Substâncias que, em Contato com Água, emitem Gases Inflamáveis Classe 5
Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos; Classe 6 Substâncias Tóxicas e
Substâncias Infectantes Classe 7 Materiais Radioativos; Classe 8 Substâncias
Corrosivas Classe 9 Substâncias e Artigos Perigosos Diversos.

55
A seguir serão apresentados os principais aspectos a serem observados nos
acidentes, de acordo com as classes de risco dos produtos químicos das Classes
1, 2, 3 e 4 .
Classe 1 – Explosivos Os explosivos são substâncias que são submetidas a uma
reação química extremamente rápida, produzindo, de forma conjunta, grandes
quantidades de gases e calor. Devido ao calor, os gases liberados, tais como
nitrogênio, oxigênio, monóxido de carbono, dióxido de carbono e vapor d'água,
expandem- se a altíssimas velocidades, provocando o deslocamento do ar e
gerando sobre pressão, ou seja, um aumento de pressão, superior à pressão
atmosférica normal.
Muitas das substâncias pertencentes a esta classe são sensíveis ao calor,
choque e fricção, como por exemplo :jazida de chumbo e fulminado de mercúrio.
Já outros produtos desta mesma classe, necessitam de um intensificador para
explodirem. De acordo com a rapidez e a sensibilidade dos explosivos, podem
ocorrer dois tipos de explosões:
Detonação: é o tipo de explosão onde a transformação química ocorre muito
rapidamente, sendo que a velocidade de expansão dos gases é muito superior
à velocidade do som, naquele ambiente; Deflagração: é o tipo de explosão onde
a transformação química é bem mais lenta, sendo que a velocidade de expansão
dos gases é, no máximo, a velocidade do som, naquele ambiente. Nestes casos,
pode ocorrer a combustão.
O dano mais comum, provocado por uma explosão ao homem, é a ruptura do
tímpano, a qual ocorre a valores acima de 0,4 bar de sobre- pressão. Porém, os
danos causados as estruturas, como queda de telhado, rachaduras, portas
arrancadas, enfim a projeção de partes das instalações, independente da sobre
pressão não ser letal ao homem, o choque destas partes da estrutura que são
projetadas pode causar diversos tipos de lesão e até mesmo a morte.
Substâncias e Artefatos com Risco de Explosão em Massa Estas substâncias
geram explosões, do tipo detonação. Exemplo: TNT e fulminato de mercúrio.
1.2.1.1.2 Substâncias e Artefatos com Risco de Projeção Estas substâncias
geram explosões, do tipo deflagração. Exemplo: recipientes condicionadores de
inflamável. 1.2.1.1.3 Substâncias e Artefatos com Risco Predominante de Fogo
Estas substâncias apresentam pequeno risco de explosão. Exemplo: artigos
pirotécnicos. 1.2.1.1.4 Substâncias e Artefatos que não Apresentam Riscos
Significativos Estas substâncias apresentam pouquíssimo risco de explosão.
Exemplo: dispositivos iniciadores. 1.2.1.1.5 Substâncias Pouco Sensíveis Estas
substâncias são praticamente insensíveis; mas, apresentam risco de explosão
de massa. Exemplo: explosivos de demolição.

56
Gases Intensificação dos Riscos do Estado Gasoso Além dos riscos inerentes
ao próprio estado gasoso, já abordados anteriormente, o vazamento de um
líquido criogênico poderá aumentar os riscos de incêndio ou explosões. Por
exemplo, o vazamento de oxigênio liquefeito provocará o aumento da
concentração deste produto no ambiente, o que poderá causar a ignição
espontânea de certos materiais orgânicos. É recomendado que o vestuário do
pessoal dessas áreas seja confeccionado em algodão, evitando as fibras
sintéticas.
Atualmente, existem equipamentos capazes de medir a porcentagem em volume
de um gás ou de um vapor combustível no ar. Estes equipamentos são
conhecidos como explosímetros. Estes equipamentos são blindados e, portanto,
à prova de explosões; isto vale dizer que, tanto a combustão que ocorre em seu
interior, como um eventual curto-circuito que ocorra em suas partes eletrônicas,
não provocam explosões, mesmo que o LII do gás tenha sido ultrapassado.
Nas operações de emergência envolvendo gases e/ou vapores combustíveis,
que exijam a utilização de um explosímetro, é importante que o operador do
equipamento tome algumas precauções básicas quanto ao seu uso adequado,
tais como: aferir o aparelho, sempre, em uma área que não esteja contaminada
pelo gás vazado; realizar medições frequentes, em diversos pontos da região
atingida, levando-se em conta as propriedades do gás e fatores tais como a
localização e a direção do vento, entre outros; em locais onde existam grandes
quantidades de gás combustível, é sempre conveniente que o equipamento seja
aferido após cada medição, evitando-se, assim, a sua saturação, o que nem
sempre é percebido pelo operador do equipamento.
Além do ponto de fulgor e do limite de inflamabilidade, um outro fator relevante
a ser considerado, é a presença de possíveis fontes de ignição. Nas situações
emergenciais, na maioria das vezes, estão presentes diversos tipos de fontes
que podem ocasionar a ignição de substâncias inflamáveis. Dentre elas,
merecem destaque: Chamas-vivas; Superfícies quentes; Cigarros acesos;
Interruptores de força e luz; Lâmpadas e reatores; Motores elétricos; Faíscas,
produzidas por atrito; Eletricidade estática. Automóveis, os caminhões e outros
veículos automotores;
Deve ser dada atenção especial à eletricidade estática, uma vez que a mesma
é uma fonte de ignição de difícil percepção, tratando-se, na realidade, do
acúmulo de cargas eletrostáticas que, por exemplo, um caminhão-tanque
adquire durante o seu deslocamento.
Se, por algum motivo, a substância inflamável que esteja sendo transportada –
seja ela um líquido ou um gás –, tiver que ser transferida para outro veículo,
tanque ou recipiente de armazenamento, será necessário que os dois veículos
sejam aterrados (aterramento temporário) e conectados entre si, de modo a
evitar que ocorra uma diferença de potencial capaz de gerar uma faísca elétrica,
situação de alto potencial de risco de incêndio ou explosão.
57
Os equipamentos utilizados nas áreas com presença de inflamáveis devem ser
intrinsecamente seguros; A contenção de líquidos inflamáveis próximo a
situações de vazamento devem ser evitadas, devido ao aumento da presença
de gases combustíveis, bem como nos locais com circulação de pessoas.
Líquidos Inflamáveis NR 20 MTE (Definição) - 20.3.1 Líquidos inflamáveis: são
líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60º C. Líquidos inflamáveis são líquidos,
mistura de líquidos, ou líquidos contendo sólidos dissolvidos ou em suspensão,
que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5 º C (333,5 K), em
teste de vaso fechado, ou até 65,6 oC (338,6 K), em teste de vaso aberto. (Edson
Haddad).
Sólidos Em função da variedade das características das substâncias desta
classe, as mesmas estão agrupadas em três subclasses distintas, a saber:
Sólidos Inflamáveis Substâncias Sujeitas à Combustão Espontânea;
Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis. Esta classe
abrange todas as substâncias sólidas, que podem se inflamar na presença de
uma fonte de ignição ou em contato com o ar e/ou com a água, e que não são
classificadas como explosivos.
Subclasse 4.1 – Sólidos Inflamáveis Os produtos perigosos desta subclasse
podem se inflamar, quando expostos ao calor, ao choque ou ao atrito e chamas
diretas. A combustão se dará conforme a densidade apresentada pelo sólido. Os
conceitos de ponto de fulgor e de limites de inflamabilidade, que foram
apresentados no capítulo anterior, também são aplicáveis para os produtos
desta classe de risco. Como exemplos destas substâncias, podemos citar o
enxofre, madeira e papel.
Subclasse 4.2 – Substâncias Sujeitas à Combustão Espontânea Nesta
subclasse, estão agrupadas as substâncias que podem se inflamar em contato
com o ar, mesmo sem a presença de uma fonte de ignição. Devido a esta
característica, essas substâncias são transportadas, em sua maioria, em
recipientes com atmosferas inertes ou totalmente submersos em querosene ou
em água.
Quando da ocorrência de um acidente envolvendo essas substâncias, a perda
da fase líquida poderá propiciar o contato das mesmas com o ar, motivo pelo
qual a estanqueidade do vazamento deve ser absoluta. Em caso de acidente ou
vazamento estas substâncias devem ser misturadas a água diminuindo sua
densidade e consequente risco de incêndios ou explosões. O fósforo branco, o
fósforo amarelo e o sulfeto de sódio, são exemplos de substâncias químicas que
entram em ignição espontânea quando em contato com o ar.

58
Subclasse 4.3 – Substâncias que, em Contato com Água, emitem Gases
Inflamáveis As substâncias pertencentes a esta classe, por sua interação com a
água, podem tornar-se inflamáveis espontaneamente ou produzir e emitir gases
inflamáveis, em quantidades perigosas. O contato de água com sódio metálico
provoca uma reação química liberando hidrogênio (altamente inflamável). Assim
como água e carbeto de cálcio liberam juntos acetileno.
De uma maneira geral, as substâncias desta Classe, principalmente as das
Subclasses 4.1 e 4.2, liberam gases tóxicos e/ou irritantes, quando entram em
combustão. Sempre é recomendado o uso de Ficha de Informação de Segurança
de Produto Químico – FISPQ, afim de obter informações sobre o produto
manuseado. Esta atitude poderá evitar danos incontroláveis em caso de
acidentes.
Prevenção dos Riscos (Coletivas e Individuais) Os riscos de incêndio e explosão
diminuem quando algumas medidas são tomadas, entre elas: a. Ventilação
adequada dos ambientes expostos a inflamáveis. A ventilação deve ser
providenciada ao nível do piso ou teto, locais de maior concentração de gases
ou vapores; b. Isolamento adequado dos processos ou operações auxiliares
consideradas perigosas. Por exemplo: a recarga de baterias normalmente
produz gás inflamável (hidrogênio), por este motivo recomenda-se que seja feita
no exterior dos prédios;
Evitando FONTES DE IGNIÇÃO nas proximidades das instalações contendo
combustíveis , como por exemplo: Centelhas produzidas por aparelhos ou
instalações elétricas; Utilização de cigarros, charutos ou similares; Descargas
eletrostáticas; Faíscas provocadas por escapamentos de veículos com motor a
combustão interna; Faíscas provocadas por trabalhos com discos de corte e
similares;
Faíscas provocadas por atrito (falta de lubrificação em máquinas ou pelo solado
inadequado de um calçado em contato com o piso); Faíscas por choque de
ferramentas ou outros elementos metálicos; Faíscas ou aquecimento provocado
por solda; Calor gerado por decomposição de matéria orgânica; Superfícies
quentes (aquecedores, fornos, estufas e similares); Fenômenos naturais (raios).
Na manipulação e armazenamento em grande escala, cumprindo rigorosamente
as Normas Técnicas e a Legislação em vigor. e. Em pequena escala,
observando-se as seguintes recomendações: Identificar o produto e seus riscos
em cada recipiente, procurando manter cada produto em seu respectivo
recipiente; Utilizar recipientes de segurança (antitombamento com fechamento
automático e dotados de corta-chamas);

59
Utilizar recipientes de segurança que forneça o produto em "doses", quando for
utilizado para limpeza de peças, engraxamento ou lubrificação; Evitar o
armazenamento de produtos inflamáveis nos postos de trabalho, mantendo
quantidade suficiente apenas para o uso rotineiro; e. Utilizar produtos adequados
para a absorção de derrames, ou seja: produtos incombustíveis (areia, silicato
de magnésio, etc.) além de tecidos, almofadas e mantas absorventes que são
comercializados para esta finalidade. Em muitos casos é necessário providenciar
barreiras para evitar que o produto derramado atinja galerias de água, esgoto e
similares;
Evitar acúmulo ou armazenamento de graxas, óleos e líquidos inflamáveis
próximos de recipiente que contenha oxigênio (líquido ou gasoso); g. Utilizar
bombas manuais para a transferência de produtos entre recipientes; h. Manter
os cilindros de gases na posição vertical, com os protetores das válvulas e
imobilizados;
Dispor de meios adequados para a movimentação ou transporte seguros de
recipientes de maior peso (carros ou plataformas); j. Manter o pessoal informado
sobre os riscos existentes na manipulação de inflamáveis sejam eles: sólidos;
líquidos ou gasosos; k. Não forçar e nunca lubrificar as válvulas dos cilindros de
gases. Efetuar inspeções regulares de dispositivos de segurança; i. Sempre que
for utilizar um gás, instalar um regulador de pressão na saída do cilindro (nunca
diretamente). As válvulas dos cilindros devem ser abertas lentamente;
Não existe uma fórmula comum a ser seguida. O que podemos indicar são
procedimentos que, quando seguidos irão auxiliar muito as Equipes de
Emergências. Sempre é imprevisível as situações que envolvem produtos
perigosos. A diversidade de ocorrências nos procedimentos operacionais
necessitam sempre de ações emergenciais previstas afim de restabelecer as
condições normais de operação.
Basicamente podemos dividir a atuação em Emergências com Produtos
Perigosos e Inflamáveis em alguns passos distintos: Identificação do produto e
seus riscos; Proteção Pessoal; Isolamento da área; Salvamento de vítimas;
Contenção e Controle do produto; Descontaminação.
Antes que se possam iniciar operações efetivas de reação em um acidente com
materiais perigosos e inflamáveis, deve-se obter a maior quantidade de
informações possíveis a respeito da identidade do produto como também do
acidente. Utilizar a FISPQ do produto. Primeiro identifica-se o produto envolvido
e depois se faz uma avaliação do que aconteceu, está acontecendo ou pode
acontecer. Uma ferramenta importante é a Análise Preliminar de Riscos sobre a
atividade e produto. Com ela em mãos momento de uma situação de
emergência, a equipe tem acesso a informações importantes para auxiliar na
tomada de decisões.
60
A análise e verificação dos riscos envolvidos durante as emergências com
produtos químicos perigosos são iniciadas assim que seja informada a
BRIGADA de EMERGÊNCIA da existência de um acidente, e só termina após a
cessação da situação de emergência. As emergências são sempre dinâmicas,
elas mudam em questão de segundos, uma vez que dependem de inúmeros
fatores, portanto a análise e verificação do risco são constantes durante toda a
ocorrência. Procedimentos Básicos em Situações de Emergência com
Inflamáveis O risco potencial deve ser imediatamente analisado para que as
atividades do Grupo de Emergência possam ser dirigidas de maneira eficiente e
eficaz.
Na análise de risco, o fator predominante é o BOM SENSO e o EQUILÍBRIO
EMOCIONAL, que deverão prevalecer, a fim de que, atitudes corretas sejam
tomadas, não colocando em risco desnecessário as pessoas, os bens materiais
e o meio-ambiente. Infelizmente a única maneira de se ter BOM SENSO é
raciocinar com clareza sem entrar em desespero, se possível lembrando-se
sempre de experiências anteriores (sucessos ou fracassos).
Além do BOM SENSO e do EQUILÍBRIO EMOCIONAL devemos levantar dados
importantes de uma emergência. Dados como: Perigo potencial apresentado
pelo produto químico; Quantidade do produto envolvido; Treinamento e
conhecimento dos funcionários envolvidos; Relação de perigo imediato para as
pessoas, bens materiais e meio ambiente.
Em caso de Vazamento: Pequenos Vazamentos: Lavar a área com grande
quantidade de água. Grandes Vazamentos: Isolar a área; Sinalizar o local;
Afastar curiosos; Eliminar todas as fontes de ignição da área; Impedir a
contaminação de fontes, lagos e rios, através do uso de barreiras e dispositivos
que possam confinar o produto; Absorver com areia, terra ou outro material
absorvente e recolher em embalagens apropriadas para posterior destruição;
Avisar imediatamente as Autoridades locais.
Em caso de Incêndio (Fogo) Pequenas Proporções: Extinção por pó químico
seco, gás carbônico, espuma mecânica ou água em forma de neblina. Acionar a
equipe de Brigada de Emergência para dar início ao combate e extinguir o
incêndio; Grandes Proporções: Resfriar os tanques e recipientes de
armazenamento e instalações próximas com água em forma de neblina ou outro
sistema de combate a incêndio disponível.
Em caso de ingestão: não provocar vômitos; Se o acidentado estiver
inconsciente e não estiver respirando, praticar respiração artificial ou
oxigenação; Chamar um médico; Passar todas as informações disponíveis
sobre o ocorrido no acidente e também com a vítima ao médico ou equipe de
atendimento.

61
Áreas classificadas, fontes de ignição e seu controle
Com o aumento de acidentes relacionados a explosões em indústrias e a
constante cobrança dos órgãos regulamentadores, o termo “Áreas Classificadas”
vem sendo cada vez mais utilizado.

Áreas classificadas são assim chamadas por apresentarem riscos de explosões


em condições normais e/ou anormais de uso. O risco pode ser representado por
gases ou poeiras combustíveis.
As partículas de poeira ou o gás sempre presente no ambiente de produção
forma a chamada “atmosfera explosiva”, sendo necessário separar o local em
zonas de periculosidade, variando de 0 a 2 para gases e 20 a 22 para poeiras,
assunto que iremos abordar em breve.
Para uma explosão ocorrer, são necessários 3 componentes:
A substância inflamável (gás, poeira, vapor, etc.)
Oxigênio
Fonte de ignição (uma faísca, por exemplo)
(Triângulo do Fogo classificadas)

62
Com o risco presente na atmosfera, é possível imaginar o estrago que um
pequeno curto elétrico de uma lâmpada causaria no local, não é mesmo?
Os materiais elétricos à serem utilizados nessa área precisam possuir
propriedades Ex, sendo à prova de explosão, segurança aumentada ou outra
proteção dentre as descritas na norma, dependendo da zona em que será
alocado o equipamento.
Quais são as normas nacionais para áreas classificadas
Zonas de periculosidade em atmosferas explosivas
Classificação da Área
Classes de temperatura
Índice de proteção
Tipos de Proteção
Indústrias mais relevantes
Marcação em equipamentos Ex
Quais são as normas nacionais para áreas classificadas
A NBR (sigla usada para representar a expressão Norma Técnica) define as
diretrizes não apenas de áreas classificadas, mas também de todas as
especificações dos equipamentos que serão usados nesta área. A norma ABNT
NBR IEC 60079-0 define os requisitos gerais de instalações em atmosferas
explosivas. A partir dela, diversas normas com o prefixo ABNT NRB IEC 60079
definem mais especificamente as características dos equipamentos que serão
usados.
Estas normas estão em constante evolução para garantir a segurança no
processo fabril, então é bom sempre ficar atento às suas atualizações pelo portal
da ABNT.
As normas técnicas têm força obrigatória, mesmo não sendo especificamente
uma lei. Isso ocorre porque o não cumprimento desta implica que a empresa está
assumindo um risco que certamente irá gerar um resultado lesivo. O
descumprimento traz consequências que vão de indenização até processo de
homicídio culposo ou doloso, além de impedir o processo de exportação e ter
grandes problemas com a fiscalização que não descansará enquanto não ver
que seus colaboradores trabalham com devida segurança.

63
Temos também a Norma Regulamentadora 10 (NR10, que possui força de lei,
obrigando todas as empresas à segui-la). Desde 2004, a norma possui
obrigações referentes a equipamentos elétricos em áreas classificadas, como:
Identificar as áreas;
Instalar equipamentos adequados e certificados;
Inspecionar continuamente os sistemas eletroeletrônicos;
Treinar os profissionais que operam esses sistemas eletroeletrônicos.
Zonas de periculosidade em atmosferas explosivas
Os locais com atmosferas explosivas são agrupados em zonas de
periculosidade, que definem qual tipo de equipamento poderá ser utilizado. Isso
significa que o tanto de proteção necessária para uma luminária que estará na
área comum de um posto de gasolina será muito menor do que a presente ao
lado de uma bomba de combustível, por exemplo.
Segundo a ABNT, podemos elencar da seguinte maneira:
(Tabela de classificação de zonas em áreas classificadas)
A separação destas zonas é feita por um profissional em classificação de área.
Não existe um número exato, mas os valores mais comuns a serem
considerados são:
Zona 0/20: Atmosfera explosiva por mais de 1000h/ano;
Zona 1/21: Atmosfera explosiva por mais de 10h/ano, porém menos que
1000h/ano;
Zona 2/22: Atmosfera explosiva por menos de 10h/ano, porém necessita de
atenção às fontes de ignição.
(Exemplo de zonas de periculosidade em áreas classificadas.)
Classificação da Área
A classificação da área determina o tamanho do risco presente no ambiente.
Este risco apresentado pode ser proveniente de gases, vapores, poeiras ou
fibras explosivas.
As normas API (American Petroleum Institute) e NEC (National Electrical Code)
separam em tabelas as classes e substâncias inflamáveis, codificando de acordo
com suas características.

64
Aqui no Brasil, utilizamos a norma ABNT que segue a mesma lógica, porém
com códigos diferentes, veja:
(classes das substâncias inflamáveis)
Classes de Temperatura
Quando um equipamento é exposto a temperaturas em áreas classificadas com
gases e vapores inflamáveis, os equipamentos elétricos recebem marcação de
acordo com sua temperatura máxima de superfície. Esta marcação serve para
garantir que o equipamento fique abaixo da temperatura de autoignição, que é a
temperatura mínima necessária para uma substância inflamável em forma de
gás ou poeira inflamar.
Índice de Proteção
O índice de proteção, conhecido como IP, indica a proteção do invólucro* de um
equipamento elétrico contra líquidos ou micropartículas. Os dois dígitos que
acompanham a sigla “IP” demonstram com exatidão seu nível de proteção.
Tipos de Proteção
A instalação de equipamentos elétricos em atmosferas explosivas é feita levando
em consideração o tipo de proteção do item em si. Como vimos anteriormente,
existem muitas possibilidades de atmosferas explosivas e nem sempre
precisamos de uma proteção à prova de explosão para um ambiente que possua
um risco iminente.
A adequação da área com estes equipamentos elétricos visa eliminar o risco de
explosões e incêndios ocasionado em áreas com atmosferas explosivas.
Todo equipamento para áreas classificadas possui classificação Ex (atmosfera
explosiva), para indicar com área classificada está apto para ser instalado.
Marcação de Equipamentos Ex
A NBR IEC 60079 impõe que todos os equipamentos Ex para atmosferas
explosivas necessitam de uma marcação contendo todas as características
aplicáveis. Esta marcação é feita por uma sequência lógica passando por todos
os itens que foram abordados neste artigo.
Quando um material “Ex” é fabricado, ele precisa passar por uma série de testes
para ser certificado aqui no Brasil. Os testes são certificados pelo Inmetro para
funcionamento em áreas classificadas.
A parte de comprar o material elétrico é mais simples do que a etapa de
classificar a área corretamente. Um bom profissional de classificação de área irá
evitar que sua empresa desperdice dinheiro comprando luminárias à prova de
explosão para áreas comuns que não precisam de tal proteção, por exemplo.

65
Riscos ambientais existentes na área da plataforma
O Operador de Instalação deve elaborar e documentar as análises de riscos das
operações ou das atividades nas plataformas.

66
As análises de riscos da plataforma devem ser estruturadas com base em
metodologias apropriadas, escolhidas em função dos propósitos da análise, das
características e da complexidade da instalação.

As análises de riscos devem ser elaboradas por equipe multidisciplinar com a


participação de, no mínimo, um trabalhador com conhecimento dos riscos e com
experiência na instalação que é objeto da análise.
O Operador da Instalação é responsável pela avaliação das recomendações
resultantes das análises de risco e deve definir prazos bem como os
responsáveis para a execução das recomendações a serem implementadas.

67
Medidas de segurança disponíveis para o controle dos riscos operacionais a
bordo
O relatório do Maritime Safety Committee (MSC) que é o corpo técnico mais
importante da IMO para as questões da segurança, apontou uma série de
"enganos" tendo produzido um vasto conjunto de recomendações como, por
exemplo, a inclusão de compartimentos estanques nos futuros projetos de
navios, a obrigação de instalar embarcações salva-vidas fechadas nos navios de
passageiros, a realização de exercícios regulares para operação dos
equipamentos e sistemas de emergência, a instalação de sistemas de alarme,
entre outras.

Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar – SOLAS,


foi aprovada em 20 de janeiro de 1914, tendo sido alvo de diversas revisões
posteriores.
Desde então, as normas de segurança estabelecidas pelas Sociedades
Classificadoras e pela IMO aplicadas à indústria naval têm mudado
paulatinamente, assentando essas mudanças em procedimentos baseados na
análise de riscos. Tal perspectiva oferece vantagens para operadores e
armadores traduzindo-se numa maior confiança quanto à segurança e um
melhor entendimento sobre os perigos a bordo.
Para alcançar o objetivo de aumentar a segurança marítima, torna-se
fundamental uma visão mais clara das condições de segurança a bordo dos
navios e uma procura constante para encontrar a flexibilidade que permita
responder melhor à articulação entre a segurança marítima no sentido restrito e
as questões civis normalmente inscritas naquilo a que poderíamos chamar de
segurança da vida humana.
De acordo com diversos estudos amplamente divulgados, na origem de mais de
80% dos acidentes está o erro humano, sendo a componente organizativa um
fator decisivo para a redução do número de acidentes e para a limitação dos
seus impactos sobre homem e sobre o meio ambiente. A organização da
segurança a bordo contribui também para a promoção da saúde e para a
satisfação da força de trabalho, melhorando os resultados operacionais e criando
novas oportunidades de crescimento das empresas.
68
As empresas de navegação foram diretamente atingidas por esta visão a partir
do ano de 1998, quando, no primeiro dia de junho, entrou em vigor o Código ISM
– International Safety Management Code, exigido pela IMO para implementação
em todas as frotas mercantes dos países signatários da Convenção SOLAS.
Com a implementação do Código ISM, a IMO procurou que as empresas
adotassem um padrão internacional para a gestão e operação segura de navios
e para a prevenção da poluição.

Outros riscos inerentes às atividades específicas dos trabalhadores e as suas


medidas de controle e eliminação
As atividades inerentes ao ser humano, desde os primórdios, estão
intrinsecamente ligadas com um potencial de riscos. E, com relativa frequência,
elas resultaram em lesões físicas, perdas temporárias ou permanentes de
capacidade para executar as tarefas e morte.

Conhecer os perigos, encontrar maneiras de controlar as situações de risco,


desenvolver técnicas de proteção, procurar produtos e materiais mais seguros,
aplicar os conhecimentos adquiridos a uma filosofia de preservação, foram
passos importantes que caracterizaram a evolução humana ao longo da sua
existência. A princípio, a necessidade de proteção dominava as preocupações
individuais. Só muito lentamente, em termos históricos, a noção de proteção
individual foi sendo substituída pela da proteção da tribo, da nação, do país, do
grupo étnico ou civilizacional e só muito mais tarde pela proteção da espécie.

69
A segurança do trabalho, para ser entendida como prevenção de acidentes na
indústria, deve preocupar-se com a preservação da integridade física do
trabalhador, mas também precisa ser considerada como fator de produção. Os
acidentes, provocando ou não lesão no trabalhador, influenciam negativamente
na produção através da perda de tempo e outras consequências tais como:
perdas materiais, diminuição da eficiência do trabalhador acidentado ao retornar
ao trabalho, aumento da renovação de mão de obra, elevação dos prêmios de
seguro de acidente e moral dos trabalhadores afetada.

70
Riscos psicossociais decorrentes de vários estressores como jornada
prolongada, trabalho em turnos e noturno, abordando seus efeitos nas atividades
laborais e na saúde
O estudo da relação do homem com o trabalho e os riscos derivados dessa
relação teve início, de forma mais ampla, com o médico italiano Bernardino
Ramazzini, considerado o Pai da medicina do trabalho. Outros estudiosos
apresentaram suas contribuições sobre o tema, com o passar dos anos, levando
a uma evolução e mudança de conceitos, ampliando sua abordagem.

Nesse contexto, os acidentes de trabalho passam de eventos incontroláveis e


aleatórios para tornarem-se eventos indesejáveis e de causas conhecidas e
evitáveis. Modificando, assim, o processo tradicional de segurança, baseado em
trabalhos estatísticos.

71
A gerência de riscos convive com o ser humano desde os primórdios da
civilização, pois o homem sempre esteve envolvido com riscos e com decisões
sobre estes riscos. Antes mesmo da existência dos gerentes de risco, indivíduos
tem se dedicado a tarefas e funções relacionadas à segurança do trabalho e
patrimonial, proteção contra incêndios, controle de qualidade, inspeções e
análises de riscos para fins de seguro, análises técnicas de seguro e outras
atividades semelhantes.

72
Riscos radiológicos de origem industrial ou de ocorrência natural, quando
existentes
Segundo dados do IRD, 80% dos trabalhadores que lidam diretamente com
fontes emissoras de radiação ionizante pertencem ao setor saúde. Esse dado,
em última análise, ressalta o compromisso e a responsabilidade que as
Vigilâncias Sanitárias, das três esferas de governo, devem assumir perante a
sociedade brasileira. Um dos papéis importantes que deve ser vinculado ao dia
a dia dos inspetores das vigilâncias sanitárias, é a de orientar o usuário de
materiais e fontes radioativas a desenvolver uma cultura baseada nos princípios
da radioproteção e na prevenção de acidentes iminentes e/ou potenciais. O
conhecimento dos equipamentos e as suas aplicações, dos processos de
trabalho, e os insumos utilizados, são ferramentas indispensáveis na
identificação dos riscos das instalações radioativas.

Quanto à proteção radiológica, pouco podemos fazer para reduzir os efeitos das
radiações de origem natural. No entanto, no que diz respeito às fontes artificiais,
todo esforço deve ser direcionado a fim de controlar seus efeitos nocivos. É neste
aspecto, que a proteção radiológica pode ter um papel importante.
Outra fonte de origem natural, é a radiação cósmica, proveniente do espaço
sideral, como resultante de explosões solares e estelares. Grande parte dela é
freada pela atmosfera, mas mesmo assim, uma porcentagem importante atinge
os seres humanos. Recentemente, com o aumento do buraco na camada de
ozônio da atmosfera, o percentual devido a estas radiações tem aumentado
substancialmente.
A radiação natural tem as suas origens tanto nas fontes externas (as radiações
cósmicas), como nas radiações provenientes de elementos radioativos
espalhados na crosta terrestre. Na natureza podem ser encontrados
aproximadamente 340 núcleos, dos quais 70 são radioativos.

73
Uma vez dispersos no meio ambiente, os radionuclídeos podem ser
incorporados pelo homem através da inalação de partículas em suspensão, ou
então através da cadeia alimentar, pela ingestão de alimentos que concentram
esses materiais radioativos. Essas são as duas vias principais de incorporação.
A dispersão do material radioativo no meio ambiente ocorre sob influência de
fatores físicos, químicos e biológicos, sendo que, em geral, os materiais sólidos
apresentam maiores concentrações em relação às concentrações observadas
no ar e na água. Assim sendo, o sedimento e o solo são, frequentemente, os
principais reservatórios de fontes poluentes radioativas.

Produtos químicos perigosos e explosivos armazenados e manuseados a


bordo
Estabelecer critérios para regulamentação de recebimento, armazenamento,
embarque, descarga e entrega de cargas perigosas (carga IMO), bem como para
o transporte, manuseio e armazenamento de produtos químicos a bordo, de
acordo com sua classe, subclasse e grupo de embalagem.

74
São cargas explosivas, gases comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis,
oxidantes, venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes e que
podem representar riscos de danos pessoais e ao meio ambiente, abrangendo
também todo produto químico que tiver sido classificado como perigoso pelas
autoridades competentes, ou sobre o qual existam informações pertinentes
indicando que ele implica risco. Este termo inclui também quaisquer
receptáculos, tais como tanques portáteis, embalagens, contentores
intermediários para granéis (IBC) e contêineres tanques que tenham
anteriormente contido produtos químicos perigosos e que estejam sem a devida
limpeza e descontaminação que anulem os seus efeitos prejudiciais.

É de responsabilidade das Empresas Prestadoras de Serviços providenciar


todos os equipamentos de segurança necessários para a execução da atividade,
tais como: Equipamento de Proteção Individual (EPI), equipamentos de
sinalização (cones, fitas zebradas e afins), aterramento do caminhão, kit de
emergência ambiental (serragem, manta absorvente, aparadeira e afins), além
de outros identificados pela EMAP como imprescindíveis para a realização do
transbordo da carga.

75
Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ
A Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ)é um
documento fomentado pela ABNT- NBR 14725, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).

FISPQ é uma sigla para identificar a Ficha de Informação de Segurança para


Produtos Químicos, um documento criado para normalizar dados sobre a
propriedade de compostos químicos e misturas. O objetivo é evitar acidentes de
trabalho ou até mesmo doméstico.

76
Fica claro que a FISPQ é essencial no que se refere à tomada de ações com o
objetivo de preservar a segurança e saúde dos trabalhadores. Além disso, o
documento é importante na elaboração de laudos que servirão de base para
decisões judiciais.
A FISPQ é um documento que todas as empresas que comercializam produtos
químicos devem providenciar. Quando uma companhia adquire um lote de
substâncias químicas, esse relatório deve ser entregue junto com o
carregamento. Cada produto químico perigoso deve ter a sua FISPQ própria.

77
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC
O Equipamento de Proteção Coletiva, da sigla EPC, como o próprio nome
sugere, diz respeito à todo sistema ou dispositivo com finalidade de proteção
coletiva, seu principal objetivo é zelar pela saúde e integridade física, não só dos
trabalhadores, mas também de terceiros.

Como exemplos de EPC podem ser citados:


Redes de Proteção ( nylon)
Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas
zebradas)
Extintores de incêndio.
Lava-olhos.
Chuveiros de segurança.
Exaustores.
Kit de primeiros socorros.

78
Equipamentos de Proteção Individual - EPI
Todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho.

É obrigação do empregador oferecer os Equipamento de Proteção Individual


(EPI) para garantir a segurança do trabalho. Mas além disso, é extremamente
importante registrar e documentar a entrega do EPI.
É fundamental, tanto para o empregado quanto para o empregador a bordo,
documentar o fornecimento dos equipamentos de segurança, a fim de assegurar
o cumprimento da NR 6, que fala sobre os direitos e deveres de cada um, além
de estabelecer a obrigatoriedade do fornecimento dos EPIs para as atividades
com riscos ambientais que possam causar acidentes de trabalho.

79
A utilização dos EPIs torna o ambiente de trabalho mais seguro e saudável,
evitando assim situações de perigo que possam colocar os empregados e
empregadores em risco. Ou seja, o principal objetivo do uso dos equipamentos
de proteção individual é proteger o trabalhador dos possíveis riscos que
ameaçam a sua segurança e a sua saúde no trabalho, evitando ou atenuando a
gravidade das possíveis lesões durante o trabalho.
Como falamos acima, é obrigação do empregador fornecer o equipamento de
proteção individual, assim como do empregado utilizá-lo.
Sendo assim, o fornecimento, a orientação, a utilização e a fiscalização na
utilização dos equipamentos de proteção individual é de fundamental
importância para a conscientização dos funcionários e para o sucesso do
empreendimento.

Procedimentos a serem adotados em situações de emergência


O presente Plano de Ação de Emergência (PAE) apresenta os procedimentos
de resposta às situações emergenciais que tenham potencial para causar
repercussões tanto internas quanto externas.

80
Da mesma forma, o PAE tem por finalidade promover a integração das ações de
resposta às emergências entre as diversas áreas da empresa, e desta com
outras instituições, possibilitando assim o desencadeamento de medidas
integradas e coordenadas, de modo que os resultados esperados possam ser
alcançados, ou seja, minimizar os danos às pessoas e/ou ao patrimônio, bem
como em relação aos eventuais impactos ambientais.
O principal objetivo do Plano de Ação de Emergência é orientar, disciplinar e
determinar os procedimentos a serem adotados pelos funcionários e
colaboradores em geral durante a ocorrência de situações de emergência nas
instalações de bordo.
Para que este objetivo possa ser alcançado, foram estabelecidos os seguintes
pressupostos:
a) Definição das atribuições e responsabilidades;
b) Identificação dos perigos que possam resultar em maiores acidentes
(hipóteses acidentais);
c) Preservação do patrimônio da empresa, da continuidade operacional e da
integridade física de pessoas;
d) Treinamento de pessoal habilitado para operar os equipamentos necessários
ao controle das emergências;
e) Minimização das consequências e impactos associados;
f) Estabelecimento das diretrizes básicas, necessárias para atuações
emergenciais;
g) Disponibilização de recursos para o controle das emergências.

81
Treinamento
eventual

82
Mudanças nos procedimentos, nas condições operacionais ou nas instalações
da plataforma
O Operador da Instalação deverá estabelecer critérios para seleção e avaliação
de desempenho de contratadas, de acordo com o risco das atividades a serem
realizadas, que considerem aspectos de segurança operacional.

Garantir que todas as contratadas que prestam serviços à Instalação:


a) tenham empregados capacitados quanto às Práticas de Trabalho Seguro da
Instalação;
b) tenham empregados periodicamente instruídos a respeito dos perigos
existentes na Instalação relacionados com os trabalhos por eles executados,
principalmente incêndios, explosões e liberação de substâncias tóxicas;
c) tenham empregados capacitados a exercer suas responsabilidades a respeito
do Plano de Emergência da Instalação; e
d) comuniquem ao Operador da Instalação qualquer perigo identificado na
Instalação.
Estabelecer e manter procedimentos documentados para monitorar e medir,
regularmente, as características principais de suas operações e atividades que
possam causar incidentes. Tais procedimentos devem incluir o registro de
informações para acompanhar o desempenho, controles operacionais
pertinentes e a conformidade com as metas de segurança das instalações.

83
Operações simultâneas de risco
As linhas e equipamentos são elementos do sistema. Linha de processo é
qualquer ligação entre dois equipamentos principais. Equipamento principal é
qualquer equipamento que provoca modificações profundas no fluido do
processo. São exemplos de equipamentos principais: torres, reatores e vasos.
Bombas, válvulas e permutadores de calor são considerados elementos das
linhas. Visto que a definição dos equipamentos principais depende de critérios
do analista, o número de linhas pode ser muito pequeno ou muito elevado. A
divisão em muitas linhas torna o trabalho cansativo; em poucas, prejudica a
identificação dos perigos.

Estabelecer medidas de controle de riscos e de controle de emergências. As


medidas de controle de risco, como implantar sistema de monitoramento do nível
do tanque e aplicar programa de treinamento, têm por finalidade evitar o evento
perigoso. As de controle de emergência, como implantar sistema de detecção de
gases, combate a incêndio e de evacuação, tem por finalidade reduzir as
consequências do evento, caso ele venha a ocorrer.

84
Incidente de grande relevância ou acidente grave ou fatal, na própria instalação
ou em outras plataformas
Antes de considerar os operadores os principais causadores do acidente, é
preciso compreender que eles são os herdeiros dos defeitos do sistema, criados
por uma concepção ruim, uma instalação malfeita, uma manutenção deficiente,
e por decisões errôneas da direção (...) A comunidade que trabalha na área da
confiabilidade humana vem tomando consciência de que os esforços
empreendidos para descobrir e neutralizar esses erros latentes terão resultados
mais benéficos na confiabilidade dos sistemas do que as tentativas pontuais de
reduzir erros ativos” (dos operadores).

85
Doença ocupacional que acarrete lesão grave à integridade física do(s)
trabalhador(es)
Doenças relacionadas ao trabalho são eventos influenciados por aspectos
relacionados à situação imediata de trabalho como o maquinário, a tarefa, o meio
técnico ou material, e também pela organização do trabalho e pelas relações de
trabalho. No entanto, no meio técnico e industrial vigora uma visão reducionista
e tendenciosa de que estes eventos possuem uma ou poucas causas,
decorrentes em sua maioria de falhas dos operadores (erro humano, ato
inseguro, comportamento fora do padrão etc, ou falhas técnicas materiais,
normalmente associadas ao descumprimento de normas e padrões de
segurança).

Mesmo profissionais que já incorporavam uma visão crítica a respeito da


atribuição de culpa às vítimas, ainda operam com uma visão que reduz a análise
do trabalho e de seus riscos à presença ou ausência de fatores de risco
(exemplo: máquina desprotegida; trabalho em altura sem proteção etc) ou ainda
pelo cumprimento ou descumprimento de normas ou padrões de segurança.
Esta explicação “fatorial” é atrativa, mas igualmente impotente para explicar o
processo causal dos acidentes. Estas abordagens afetam negativamente a
prevenção uma vez que deixam intocados os determinantes desses eventos.

86
Parada para a realização de campanhas de manutenção, reparação ou
ampliação realizadas pela própria operadora ou por prestadores de serviços
Aplicam-se às plataformas as disposições da Norma Regulamentadora n.º 34
(NR-34), naquilo que couber, e, especificamente, em função de particularidades
de projeto, instalação e operação o que dispõem os itens deste capítulo.
Aplicam-se às plataformas as disposições da Norma Regulamentadora nº 18
(NR-18), naquilo que couber, e, especificamente, em função de particularidades
de projeto, instalação e operação o que dispõem os itens deste capítulo.
(alteração dada pela Portaria SIT 200/2011).

É obrigatória a comunicação prévia de atividades de construção, manutenção ou


reparo a bordo que impliquem aumento da população da plataforma acima do
cartão de lotação aprovado pela Autoridade Marítima ou aumento acentuado do
risco avaliado através de uma Análise Preliminar de Risco - APR ou metodologia
similar de análise de risco.

87
O Operador da Instalação deve encaminhar a comunicação a que se refere o
item 13.1.1 ao Órgão Regional do Ministério do Trabalho e Emprego.
A comunicação a que se referem os itens 13.1.1 deve conter as seguintes
informações:
I. identificação da plataforma onde ocorrerá a atividade de construção,
manutenção ou reparo;
II. endereço e qualificação das empresas contratadas, junto ao Ministério da
Previdência Social - MPS (CEI) e junto ao Ministério da Fazenda - MF (CNPJ);
III. descrição das atividades;
IV. datas previstas do início e conclusão da atividade;
V. número máximo previsto de trabalhadores na atividade; e
VI. APR ou metodologia similar de análise de risco, quando solicitado.

Junto com a comunicação prévia prevista no item 13.1.1 deve ser encaminhado
um Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT, com o seguinte conteúdo mínimo:
I. memorial descritivo das atividades;
II. identificação dos riscos e definição das medidas de controle; e
III. programa educativo contemplando a temática de acidentes e doenças do
trabalho.
As áreas de vivência destinadas aos trabalhadores das atividades de
construção, manutenção ou reparos devem atender aos requisitos estabelecidos
neste Anexo.
Atividades de construção, manutenção ou reparos realizadas com concurso de
flutuantes devem ser aprovadas pelo Gerente da Plataforma ou Comandante da
Embarcação, ou responsável por ele designado, devendo atender aos requisitos
da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário e seguir as normas da Autoridade
Marítima.
As atividades de construção, manutenção ou reparo a bordo devem:
I. ter suas instalações elétricas provisórias instaladas para suporte submetidas à
aprovação do Gerente da Plataforma ou Comandante da Embarcação ou
responsável por ele designado;
II. ser executadas mediante procedimentos de Permissão para Trabalho (PT)
com a adoção de medidas de proteção para o local e para as ações realizadas;
III. ser sinalizadas e, conforme o caso, isoladas de acordo com as orientações
técnicas e recomendações do Gerente da Plataforma ou Comandante da
Embarcação ou responsável por ele designado;
IV. ser executadas somente por trabalhadores que possuam os treinamentos
obrigatórios de segurança e salvatagem exigidos para o tipo de atividade que
irão realizar; e
V. ter seus resíduos tratados conforme os dispositivos legais pertinentes.

88
Parada programada
Parada programada em FPSO tem a pretensão em submeter o trabalhador ao
ritmo da máquina, com o mínimo de interrupções, predominando neste sistema
de produção a divisão e a subdivisão de tarefas, bem como a valorização de
procedimentos mecânicos que dispensavam o raciocínio dos trabalhadores.

89
Comissionamento, descomissionamento ou desmonte da plataforma

Para as atividades de comissionamento, ampliação, modificação, manutenção e


reparo naval, descomissionamento e desmonte de plataformas, aplicam-se
também os requisitos da NR-34 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção e Reparação Naval), independentemente do local, tipo
e extensão do serviço a ser realizado a bordo.

90
Treinamento
básico

91
Análise preliminar de riscos: conceitos e exercícios

A operadora deve elaborar, documentar, implementar e divulgar as análises de


riscos, qualitativas e quantitativas, das instalações e processos, de acordo com
o estabelecido na NR-37, devendo ser revisada ou revalidada no máximo a cada
cinco anos.

92
Permissão para trabalho, a frio ou a quente, na presença de combustíveis e
inflamáveis

Qualquer operação temporária que envolva chamas abertas ou produza calor e


ou faíscas.
Lista de verificação ‐ Corte e Solda:
Os meios de combate a incêndio estão em plena condição de funcionamento e
posicionados ao alcance dos colaboradores? (Extintores e Hidrantes).
93
Os cilindros de oxigênio e acetileno estão amarrados e protegidos.
A conexão das válvulas corta chama e mangueiras estão adequadas.
A conexão dos cabos de energia está adequado (sem fios expostos).
O conjunto de solda ou corte e qualquer outro equipamento encontra‐se em
condições adequadas de trabalho.
Precauções em áreas num raio de 11 metros da área onde será o trabalho a
Quente:
Produtos inflamáveis, pós combustíveis e depósitos oleosos foram removidos.
Materiais, produtos ou objetos inflamáveis que não podem ser retirados do
ambiente estão protegidos contra o calor por lonas resistentes a fogo ou
protetores de metal.
Atmosfera explosiva na área foi eliminada.
Pisos foram varridos.
Todas as aberturas de paredes e piso foram cobertas.
Os pisos e paredes combustíveis foram molhados, cobertos com areia úmida ou
lonas resistentes a fogo.
Abertura nos pisos e paredes estão protegidas.
Lonas resistentes a fogo foram estendidas abaixo do trabalho.
Os funcionários das adjacências estão devidamente informados sobre a
realização do trabalho.
A área de trabalho encontra-se isolado e sinalizada.
Trabalhos em equipamentos enclausurados, paredes e/ou tetos:
Equipamentos enclausurados estão livres de todos os combustíveis.
Recipientes e sistemas de tubulação estão purgados de líquidos/vapores
inflamáveis.
A construção não é combustível e não possui revestimento ou
impermeabilização combustível.
Combustível do outro lado de paredes foram removidos.
ESPAÇO CONFINADO: Foi realizado a medição de gás no ambiente.
ESPAÇO CONFINADO: O ambiente está livre de materiais combustíveis e
inflamáveis.
Lista de verificação ‐ Pessoas e Equipamentos de Proteção Individual ‐ EPIs:
O funcionário é treinado e está autorizado a realizar o serviço.
94
Os equipamentos de proteção individual (touca de soldador, luva de raspa de
couro, mangote, avental ou blusão de couro, perneira de couro, calçado de
proteção com biqueira, protetor auricular, respirador facial) estão adequados.
A ventilação existente é suficiente para remover os gases de solda e fumos
metálicos.
O observador de incêndio está presente durante a realização do trabalho a
quente.
O observador de incêndio está provido de extintores e/ou mangueiras de
incêndio.
O observador de incêndio possui treinamento de combate e incêndio e primeiros
socorros.
Todos os colaboradores estão de acordo para a execução dos serviços.
Observador de Incêndio na Área de Trabalho a Quente:
A observação deverá ser pessoal e constante durante a realização dos trabalhos.
Após o término do trabalho, esta deverá ser realizada por um período de 4 horas,
contados do término dos trabalhos, incluindo qualquer intervalo para o lanche ou
almoço.
Permissão para Trabalho (PT) - Autorização emitida por escrito, em formulário
padrão, obrigatória para execução de serviços críticos. Trabalho a Frio - Todo
trabalho que não requer o uso de chama nem operação de que resulte
temperatura elevada ou centelha.
Lista de verificação de permissão de trabalho a frio:
Trabalho a frio ou deformação plástica de metais pode causar ferimentos físicos
extremos causados por excesso de pressão e rolamento. outros fatores, como
riscos elétricos e mecânicos, como o uso de ferramentas manuais e elétricas,
aumentam o risco geral que os trabalhadores podem encontrar durante a
operação. este modelo abrange riscos potenciais que precisam ser verificados
na área de trabalho. selecione também o equipamento de proteção apropriado a
ser usado pelos trabalhadores. use o auditor para personalizar este modelo com
base nas suas necessidades e requisitos de negócios.

95
Aditivos químicos e composição dos fluidos empregados nas operações de
perfuração, completação, restauração e estimulação, quando aplicável
A indústria petrolífera vem crescendo significativamente nos últimos anos e tal
crescimento é devido aos altos investimentos tecnológicos proporcionados pela
nossa atual época de desenvolvimento econômico e novas descobertas. Cada
vez mais, as empresas operadoras da indústria do petróleo vêm investindo na
perfuração de poços de petróleo de maior profundidade, buscando grandes
acumulações. Entretanto, regiões com maior diversidade de camadas
sedimentar, que vão acarretar as mais variadas dificuldades para sua
exploração, vêm surgindo como novos desafios. Para que tais objetivos sejam
alcançados com êxito, novas soluções tecnológicas têm sido empregadas
nessas perfurações. Dentre esses avanços, destacam-se os diversos aditivos
empregados nos fluidos de perfuração com o intuito de melhor a eficiência da
perfuração.

Fazer uma análise dos aditivos empregados nos fluidos de perfuração, no que
diz respeito aos problemas identificados durante a perfuração e como a
aplicação dos aditivos pode minimizar os fatores causadores de perda de
eficiência e consequentemente na redução dos custos operacionais na fase de
perfuração de um poço de petróleo. Para tanto, serão inicialmente apresentados
conceitos sobre os fluidos de perfuração, classificações e propriedades, além de
discussões sobre funções dos aditivos, a natureza de alguns aditivos, além da
identificação de alguns problemas que ocorrem durante a perfuração e como os
mesmos podem ser corrigidos aplicando os aditivos específicos.
Os fluidos de perfuração são composições destinadas a auxiliar o processo de
perfuração de poços de petróleo, poços tubulares e operações de sondagem.

96
Os fluidos de perfuração são indispensáveis durante as atividades de
perfuração, pois desempenham uma série de funções essenciais, que estão
diretamente relacionados com suas propriedades físicas e químicas. Dentre as
propriedades físicas que merece mais destaque e que são medidas em
laboratório podemos destacar: a densidade, os parâmetros reológicos
(viscosidade plástica e viscosidade aparente), as forças géis, os parâmetros de
filtração e o ter de sólidos. Algumas outras de menor uso são a resistividade
elétrica, o índice de lubricidade e a estabilidade elétrica.

Noções dos sistemas de prevenção e combate a incêndio da plataforma


Aplicam-se às plataformas as disposições da Norma Regulamentadora nº 23
(NR-23), naquilo que couber, e, especificamente, em função de particularidades
de projeto, instalação e operação o que dispõem os itens deste capítulo.

97
A proteção contra incêndios nas plataformas deve ser desenvolvida por meio de
uma abordagem estruturada, considerando os riscos existentes para os
trabalhadores e com objetivo de:
I. reduzir a possibilidade de ocorrência de incêndio;
II. limitar a possibilidade de propagação de incêndio;
III. proteger a atuação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de resposta
a emergências ;
IV. proteger as operações de abandono da plataforma; e
V. controlar e, quando for seguro, extinguir focos de incêndio.
Todas as plataformas devem possuir:
I. equipamentos suficientes, conforme estabelecido neste capítulo, para
combater incêndios em seu início; e
II. trabalhadores treinados no uso correto desses equipamentos.
As Plataformas Móveis de Perfuração Marítima, a partir de sua entrada no Brasil,
durante o primeiro ano de operação, estão isentas da aplicação dos itens
específicos constantes do Capítulo 15 deste Anexo, desde que atendam os
requisitos do Capítulo 9 do Mobile Offshore Drilling Units Code (MODU Code) da
Organização Marítima Internacional - IMO.

Requisitos de Projeto para Plataformas e Instalações de Apoio 15.2.1 Os


requisitos dispostos neste capítulo devem ser considerados desde o início da
fase do projeto de plataformas.

98
O arranjo físico das plataformas deve ser elaborado de acordo com os seguintes
objetivos:
I. minimizar a possibilidade de acumulações perigosas de hidrocarbonetos
líquidos e gasosos e possibilitar a rápida remoção de qualquer acumulação que
venha a ocorrer;
II. facilitar o escape dos trabalhadores de áreas perigosas e a sua evacuação;
III. separar as áreas de menor risco de incêndio, tais como alojamentos,
escritórios, oficinas, daquelas de maior risco, tais como instalações operacionais
e de armazenamento de hidrocarbonetos líquidos;
IV. minimizar a probabilidade de ignição de hidrocarbonetos líquidos e gasosos;
e
V. limitar a propagação de incêndios.

Em plataformas semissubmersíveis, do tipo coluna estabilizada, não devem ser


instalados no interior de colunas ou submarinos (pontoons) tanques ou vasos
interligados à unidade de processamento de petróleo ou gás.

99
Nas plataformas devem existir sistemas automáticos que paralisem o processo,
isolem os sistemas e equipamentos e, quando requerido, despressurizem os
equipamentos, de modo a limitar a escalada de situações anormais, tais como
vazamento de hidrocarbonetos ou incêndio.
Onde aplicável, o sistema de parada de emergência deve prever ações para
minimizar a possibilidade de ignição de hidrocarbonetos líquidos e gasosos no
caso de ocorrer uma perda de contenção do processo, tais como:
I. a retirada de operação de fornos e caldeiras;
II. o desligamento de motores de combustão interna não essenciais; e
III. o desligamento, em caso de grandes vazamentos de gás, dos equipamentos
elétricos que não sejam adequados para instalação em áreas com atmosfera
explosiva.
Além do sistema automático de parada de emergência, devem ser previstas
botoeiras que permitam comandar, remotamente, a parada de equipamentos e
sistemas que possam contribuir para a propagação de um incêndio ou
continuidade no fornecimento do combustível que alimenta o incêndio.
Com o objetivo de evitar incêndios ou reduzir suas consequências, devem ser
previstas medidas apropriadas para a contenção ou disposição, ainda que
parcial, de vazamentos de hidrocarbonetos líquidos.
Nas plataformas com presença permanente de trabalhadores, devem ser
instalados sistemas automáticos que possibilitem um monitoramento contínuo e
automático de vazamentos de gás ou de ocorrência de incêndio, de forma a
alertar os trabalhadores acerca da presença destas situações anormais e,
quando for o caso, iniciar ações de controle com objetivo de minimizar a
possibilidade de uma escalada dessas ocorrências.
As plataformas devem ser dotadas de recursos de proteção passiva contra
incêndio por meio de anteparas e pisos resistentes ao fogo, conforme os critérios
estabelecidos na Convenção SOLAS, com objetivo de:
I. evitar a propagação de incêndios de áreas de maior risco de incêndio para
áreas de menor risco, tais como alojamentos, escritórios, oficinas;
II. proteger as áreas de reunião para abandono, bem como as rotas de fuga que
levam até elas, dos efeitos de incêndios que possam impedir a sua utilização
segura; e
III. proteger sistemas essenciais à segurança e saúde dos trabalhadores.

100
A plataforma deve ser dotada de sistemas automáticos de segurança para o
fechamento dos poços aos quais esteja interligada para atuarem:
I. em decorrência de uma parada de emergência da plataforma, quando for o
caso; e
II. nos casos de vazamento ou descontrole de um poço.

Rotas de Fuga e Saídas de Emergência


Os locais de trabalho ou de vivência de plataformas devem dispor de rotas de
fuga e saídas para áreas externas, em número suficiente e dispostas de modo
que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez
e segurança, em caso de incêndio.
As rotas de fuga devem:
I. possuir sinalização vertical por meio de placas fosforescentes ou sinais
luminosos;
II. possuir sinalização no piso, indicando a direção da saída; e
III. ser dotadas de recursos de iluminação de emergência.
IV. ser mantidas permanentemente desobstruídas;
V. possuir largura mínima de um metro e vinte centímetros, quando principais; e
VI. nas áreas internas, ser contínuas e seguras, para acesso às áreas externas.
As saídas para áreas externas devem ser claramente sinalizadas por meio de
placas fosforescentes ou sinais luminosos.
Todas as portas, tanto as de saída como as de comunicação interna, devem:
I. abrir no sentido da saída, exceto para as portas de camarotes ou salas de
ocupação de até 4 pessoas, de modo a evitar lesões pessoais nos corredores,
quando a porta for aberta; e
II. situar-se de tal modo que, ao serem abertas, não impeçam as vias de
passagem ou causem lesões pessoais.
As portas que conduzam a escadas devem ser dispostas de maneira a não
diminuírem a largura efetiva dessas escadas.

101
As portas de saída devem:
I. atender aos mesmos requisitos de resistência ao fogo previstos na Convenção
SOLAS para as anteparas onde estejam localizadas; e
II. ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando terminantemente proibido
qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso ou impeça a
sua visualização.
Nenhuma porta em rota de fuga deve ser fechada com chave, aferrolhada ou
presa, tanto interna quanto externamente, podendo apenas ser fechada com
dispositivo de segurança que permita a qualquer trabalhador abri-la facilmente
do interior do local de trabalho ou vivência.
Todas as portas com abertura para o interior devem ser dotadas de passagem
de emergência que possa ser aberta para fora em caso de pânico ou de falha no
sistema regular de abertura.
Acessos verticais nas áreas de vivência que interliguem mais de dois pavimentos
devem ser enclausurados por anteparas Classe A conforme Convenção SOLAS,
e protegidos, em todos os pavimentos, por portas da mesma Classe, com
fechamento automático.
As portas de que trata o item 15.3.9 não devem possuir dispositivos que
permitam travá-las na posição aberta.
Parada de Emergência
As máquinas e aparelhos elétricos que precisam permanecer ligados, em caso
de incêndio, devem conter placa de advertência, instalada próxima à chave de
interrupção.
Exercícios de Combate a Incêndio
Devem ser realizados exercícios de combate a incêndio na periodicidade
determinada pela Autoridade Marítima, a fim de verificar:
I. se os trabalhadores reconheçam o sinal de alarme;
II. se a evacuação do local se faz em boa ordem, evitando qualquer pânico;
III. se foram compreendidas as atribuições e responsabilidades conferidas aos
trabalhadores no plano de controle de emergências; e
IV. se o alarme é audível em todas as áreas da plataforma.
Os exercícios de que trata devem ser realizados sob a direção do Gerente da
Plataforma ou Comandante da Embarcação ou pessoa por ele designada, com
capacitação e experiência para preparar e comandar o exercício.

102
Os exercícios de combate a incêndio devem ser, tanto quanto possível,
realizados sem aviso prévio e conduzidos como se fosse um incêndio real.
Brigadas de Incêndio
Os trabalhadores que fazem parte das brigadas de incêndio devem ser treinados
em instalação de treinamento conforme critérios fixados pela Autoridade
Marítima.
Sistemas de Combate a Incêndio com Água
As plataformas devem ser dotadas de sistemas de combate a incêndio com água
sob pressão.
Os sistemas de combate a incêndio com água sob pressão devem estar
devidamente inspecionados.
Extintores de Incêndio
Todas as plataformas devem ser providas de extintores de incêndio, de modo a
permitir o combate inicial a incêndios.
O número e a distribuição de extintores de incêndio, bem como a sua instalação
e sinalização devem estar em conformidade com o estabelecido na NR-23
considerando risco de fogo grande.
Os serviços de inspeção técnica e manutenção de extintores de incêndio devem
ser realizados de acordo com os requisitos estabelecidos em norma técnica
brasileira, complementados pelos requisitos a esse respeito estabelecidos pelo
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -
INMETRO.
Sistema de Alarme de Incêndio
Deve haver um sistema de alarme capaz de emitir sinais sonoros ou visuais
perceptíveis em todos os locais da plataforma.
Os alarmes sonoros para incêndio devem emitir um som que não possa ser
confundido com qualquer outro que exista, ou seja, utilizado na plataforma.
Botoeiras manuais de acionamento do alarme de incêndio, do tipo "Quebre o
Vidro e Aperte o Botão", devem ser instaladas e sinalizadas na cor vermelha em
todas as áreas da plataforma.

103
Segurança na Operação
Com vistas à proteção dos trabalhadores, os seguintes aspectos devem ser
considerados nas plataformas durante a fase de operação, inclusive no tocante
às atividades de inspeção e manutenção:
I. existência de procedimentos operacionais que considerem a prevenção de
incêndios, atualizados e disponíveis para todos os trabalhadores envolvidos,
referentes às operações que são realizadas na plataforma, com instruções claras
e específicas para execução das atividades com segurança, em conformidade
com as especificidades operacionais;
II. capacitação dos trabalhadores nos processos de trabalho em que atuem, bem
como a sua conscientização quanto a necessidade do cumprimento dos
procedimentos;
III. formas adequadas de supervisão e gerenciamento dos trabalhadores; e
IV. existência de planos e procedimentos para inspeção, teste e manutenção de
equipamentos com vistas a manter a integridade dos sistemas de proteção
contra incêndios e dos sistemas e equipamentos que contenham
hidrocarbonetos líquidos ou gasosos.

104
Treinamento
avançado

105
Acidentes com inflamáveis: suas causas e as medidas preventivas existentes
na área operacional
A Norma Regulamentadora NR 20, aprovada pela Portaria Nº 3.214 de junho de
1978 do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece requisitos mínimos
para a gestão da segurança e saúde no trabalho, contra os fatores de risco de
acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento,
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.

A NR 20 é aplicável a todas atividades que envolvem extração, produção,


armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis, nas
etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção, inspeção e
desativação da instalação. Aplica-se também a extração, produção,
armazenamento, transferência e manuseio de líquidos combustíveis, nas etapas
de projeto, construção, montagem, operação, manutenção, inspeção e
desativação da instalação.
Classificação dos materiais inflamáveis e combustíveis
A NR 20 define que os líquidos inflamáveis são os que possuem ponto de fulgor
≤ 60º.
Por outro lado, os líquidos combustíveis encontram-se com ponto de fulgor > 60º
C e ≤ 93º C.
Já os gases inflamáveis são os que inflamam com o ar a 20º C e a uma pressão
padrão de 101,3 kPa.
Para um melhor entendimento, o ponto de fulgor (ou ponto de inflamação) é a
menor temperatura na qual um combustível libera vapor em quantidade
suficiente para formar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor, ou
seja, um agente de ignição.

106
Classificação das instalações de inflamáveis e líquidos combustíveis
A NR-20 divide as instalações em Classes I, II ou III, conforme disposto na
Tabela 1, do item 20.4.
Essa classificação influencia na gestão de saúde e segurança ocupacional, no
que tange o nível de treinamentos, inspeções e manutenções das instalações,
formas de controle e gestão dos riscos, etc.
Em cada classe há uma subdivisão por: Atividade ou Capacidade de
armazenamento, de forma permanente e/ou transitória.
Destaca-se, conforme item 20.4.1.1, que o tipo de atividade mencionada na
Tabela 1 deve ter prioridade sobre a capacidade de armazenamento da
instalação. A definição de instalação consta do Glossário como:
“unidade de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis (líquidos e gases) e líquidos combustíveis, em
caráter permanente e/ou transitório, incluindo todos os equipamentos, máquinas,
estruturas, tubulações, tanques, edificações, depósitos, terminais e outros
necessários para o seu funcionamento.”
Para fins de obtenção do valor da capacidade de armazenamento, deve efetuar-
se a adição da quantidade de todos os inflamáveis e líquidos combustíveis
existentes na extração, produção, armazenamento, manuseio e manipulação,
em equipamentos, máquinas, tanques, edificações, depósitos, terminais e outros
necessários para o funcionamento da instalação, observando-se que a soma
deve ser diferenciada entre líquidos (inflamáveis e combustíveis) e gases
(inflamáveis). Após este somatório, coteja-se com a Tabela 1, para verificar em
qual Classe a instalação se enquadra.
Quando a capacidade de armazenamento da instalação se enquadrar em duas
classes diferentes, deve-se aplicar a classe de maior gradação. A classificação
das instalações de inflamáveis e líquidos combustíveis segue:
Tabela 1
Classe I
a) Quanto à atividade:
a.1 – postos de serviço com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou
transitória:
b.1 – gases inflamáveis: acima de 2 ton até 60 ton;
b.2 – líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 10 m³ até 5.000 m³.

107
Classe II
a) Quanto à atividade:
a.1 – engarrafadoras de gases inflamáveis;
a.2 – atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou
transitória:
b.1 – gases inflamáveis: acima de 60 ton até 600 ton;
b.2 – líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 5.000 m³ até 50.000 m³.
Classe III
a) Quanto à atividade:
a.1 – refinarias;
a.2 – unidades de processamento de gás natural;
a.3 – instalações petroquímicas;
a.4 – usinas de fabricação de etanol e/ou unidades de fabricação de álcool.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente e/ou
transitória:
b.1 – gases inflamáveis: acima de 600 ton;
b.2 – líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 50.000 m³.
A NR 20 dispõe ainda de dois tipos de instalações “como exceções”. A primeira
refere-se as instalações que desenvolvem atividades de manuseio,
armazenamento, manipulação e transporte com gases inflamáveis acima de 1
ton até 2 ton e de líquidos inflamáveis e/ou combustíveis acima de 1 m³ até 10
m³.
Estas instalações constituídas como exceções possuem aspectos legais
peculiares, como por exemplo, contemplar no Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (além dos requisitos previstos na NR 9) o inventário e características
dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, os riscos específicos relativos aos
locais e atividades com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, os
procedimentos e planos de prevenção de acidentes com inflamáveis e/ou
líquidos combustíveis, as medidas para atuação em situação de emergência,
além da necessidade de realizar treinamento em curso básico previsto nesta
norma, dependendo da classificação das instalações.

108
A segunda, abrange as instalações varejistas e atacadistas que desenvolvem
atividades de manuseio, armazenamento e transporte de recipientes de até 20
litros, fechados ou lacrados de fabricação, contendo líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis até o limite máximo de 5.000 m³ e de gases inflamáveis até o limite
máximo de 600 toneladas. Nestes casos, deve ser contemplado no Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (além dos requisitos previstos na NR 9) o
inventário e características dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, os riscos
específicos relativos aos locais e atividades com inflamáveis e/ou líquidos
combustíveis, os procedimentos e planos de prevenção de acidentes com
inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, as medidas para atuação em situação de
emergência, bem realizar treinamento com os trabalhadores da instalação que
estejam diretamente envolvidos com inflamáveis, em curso Básico conforme
estabelecido na NR 20.
Capacitações e treinamentos necessários aos trabalhadores em instalações de
inflamáveis e líquidos combustíveis
A capacitação deve ser voltada para os trabalhadores, adequada às
características específicas das instalações nas quais laboram, conforme item
20.11, e abordar, no mínimo, os seguintes tópicos:
1. Treinamento para uso dos extintores de incêndio para princípios de incêndio;
2. Procedimentos para o uso do sistema de alarme de incêndio;
3. Procedimentos para abandono de área em caso de emergência;
4. Procedimentos para informar a ocorrência de emergência ao setor
responsável, incluindo informação de pessoas que demandem primeiros
socorros.
5. Os integrantes da equipe de resposta a emergências (item 20.14) devem
possuir treinamento adequado às suas funções.
Permissão de Trabalho para atividades em instalações de inflamáveis e líquidos
combustíveis – NR 20.
A Permissão de Trabalho abordada no item 20.8.8 é uma autorização
formalizada e compartilhada, a partir de um planejamento para a execução de
atividades não rotineiras, de processos de inspeção e manutenção, a serem
realizados período pré-determinado e que seja necessário estabelecer medidas
de controle, considerando aspectos de segurança, saúde e meio ambiente que
possam impactar a integridade dos trabalhadores.

109
Instrução de Trabalho para atividades em instalações de inflamáveis e líquidos
combustíveis – NR 20
A Instrução de Trabalho referida no item 20.8.8.1 é uma sistemática / descrição
de forma sequencial e detalhada (como um passo a passo) das atividades
rotineiras de um evento de inspeção e manutenção, observando perspectivas de
segurança, saúde e meio ambiente que possam afetar a integridade dos
trabalhadores. A nomenclatura imputada a este documento (Instrução de
Trabalho) pode variar dependendo das características de cada empresa,
entretanto, o conteúdo deve satisfazer os princípios e objetivos neste item da
norma. Importante ressaltar que o Prontuário das Instalações deve conter o
registro da nomenclatura adotada.
Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e
emissões fugitivas em instalações de inflamáveis e líquidos combustíveis – NR
20.
A empresa deve elaborar um plano que contemple a prevenção e o controle de
vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à
atividade de trabalhadores, a identificação das fontes de emissões fugitivas.
O plano deve contemplar todos os meios e ações necessárias para minimizar e
controlar os riscos de ocorrência de vazamento, derramamento, incêndio e
explosão, devendo ser revisado sempre que for necessário e por
recomendações das inspeções de segurança e/ou da análise de riscos, quando
ocorrerem modificações significativas nas instalações, quando da ocorrência de
vazamentos, derramamentos, incêndios e/ou explosões.
Controle de fontes de ignição em instalações de inflamáveis e líquidos
combustíveis
As instalações elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e portáteis,
equipamentos de comunicação, ferramentas e similares, utilizados em áreas
classificadas, bem como os equipamentos de controle de descargas
atmosféricas, devem atender a Norma Regulamentadora 10. Este controle de
fontes de ignição deve fazer parte do plano de inspeção e manutenção.
Plano de inspeção, manutenção e prevenção de vazamentos em instalações de
inflamáveis e líquidos combustíveis,
A NR 20 dispõe que as instalações devem possui um plano de inspeção e
manutenção das instalações de inflamáveis e líquidos combustíveis.
As instalações devem ser inspecionadas periodicamente com foco na segurança
e saúde no ambiente de trabalho. O SESMT deve planejar um sistema de
inspeções que seja eficaz e com o envolvimento de setores áreas importantes
dentro da organização.

110
Ou seja, os membros da CIPA devem estar envolvidos neste planejamento de
inspeções, juntamente com os gestores das áreas operacionais / processos e
manutenção. Nesse sentido, todas não conformidades e oportunidades de
melhoria evidenciadas deverão ser documentados e comunicados ao
responsável, além de serem estabelecidos em plano de ação para o devido
gerenciamento dos riscos.
A empresa necessita elaborar um plano de prevenção e controle de vazamentos,
derramamentos, incêndios, explosões e emissões fugitivas, com equipamentos
e sistemáticas adequadas à instalação e ao material/ produto.
Plano de respostas a emergências
A organização deve elaborar e implementar plano de resposta a emergências
que abrange as ações específicas a serem adotadas na ocorrência de
vazamentos ou derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis,
incêndios ou explosões, levando em consideração seus cenários reais e
possíveis.
O plano de resposta a emergências das instalações classe I, II e III deve ser
elaborado considerando as características e a complexidade da instalação e
conter no mínimo:
1. nome e função do responsável técnico pela elaboração e revisão do plano;
2. nome e função do responsável pelo gerenciamento, coordenação e
implementação do plano;
3. designação dos integrantes da equipe de emergência, responsáveis pela
execução de cada ação e seus respectivos substitutos;
4. estabelecimento dos possíveis cenários de emergências, com base nas
análises de riscos;
5. descrição dos recursos necessários para resposta a cada cenário
contemplado;
6. descrição dos meios de comunicação;
7. procedimentos de resposta à emergência para cada cenário contemplado;
8. procedimentos para comunicação e acionamento das autoridades públicas e
desencadeamento da ajuda mútua, caso exista;
9. procedimentos para orientação de visitantes, quanto aos riscos existentes e
como proceder em situações de emergência;

111
10. cronograma, metodologia e registros de realização de exercícios simulados.
Portanto, às organizações cabe atender este requisito legal, oferecendo
condições favoráveis à gestão de saúde e segurança do trabalho para atividades
envolvendo inflamáveis e combustíveis. Tais condições passam por medidas de
engenharia com foco em redução e gerenciamento de riscos, treinamento e
capacitação de trabalhadores envolvidos nestes processos, estabelecer metas
e objetivos voltados a redução de incidentes e acidentes.
As atividades com inflamáveis e combustíveis requer ações de planejamento,
prevenção e medidas / respostas a emergências, em virtude do risco e perigo
que oferecem. Por isso, uma gestão responsável é necessária, com controles
operacionais eficazes, trabalhadores capacitados e treinados, instalações
seguras, equipamentos adequados, pessoas engajadas e conscientes com o
seu papel e a importância na prevenção de acidentes na organização.

112
Respostas as emergências com combustíveis e inflamáveis, segundo o PRE
descrito no item 37.30 desta NR

Em situação emergencial, cujas condições de vivência não sejam plenamente


atendidas segundo o item 37.14 desta NR, a operadora da instalação deve
assegurar:
a) o direito de recusa aos trabalhadores envolvidos nas ações de resposta, sem
a necessidade de justificativa;
b) a aplicação do item 3.4 da NR-03 (Embargo e Interdição), na existência de
condições de risco grave e iminente a bordo;
c) o desembarque dos trabalhadores envolvidos nas ações de resposta, durante
o seu período de descanso;
d) o atendimento ao prescrito no subitem 37.14.4.5 desta NR para as áreas de
vivência.

113
Noções de segurança de processo para plataformas
Acidente de processo
Evento imprevisto e indesejável, perda de contenção com liberação de energia,
acima do limite estabelecido.
Podem ser identificados.
• Vazamentos crônicos (selo, gaxeta, tubulação, etc)
• Manutenção adiada (“eternamente”)
• Provisório “definitivo”
• Gambiarra
• Proteção desabilitada ou “baipassada”
• Produção a “qualquer custo” e acima de tudo
• Outros

114
PERIGO: característica inerente ao processo, produto, sistema – identifica o
produto. RISCO = PERIGO/SALVAGUARDAS (medidas de controle/ cuidados)
– possibilidade do perigo causar danos.
EXEMPLO: quais salvaguardas para trabalho de solda em tanque horizontal que
armazenou produto?
- Qual o perigo?
- O que pode acontecer?
1- Projeto de processo Integridade.
2- Controle básico do processo.
3- Alarmes críticos e intervenção humana.
4- Intertravamentos de segurança.
5- Proteção física Dispositivos de alívio (PSVs).
6- Sistemas de proteção pós-liberação Diques de contenção, detecção de
fogo/gás, dilúvio, CO2.
7- Resposta a emergência da planta ESD, geração de emerg., iluminação de
emergência, etc. Barreiras de Proteção Elementos Críticos de Segurança
Operacional.
8- Resposta a emergência da Unidade Brigadas de incêndio, extintores,
hidrantes, LGE, etc.
9- Evacuação, resgate e abandono Pontos de encontro, rotas de fuga, etc.
Por sua vez, a Segurança de Processo refere-se a acidentes causados por falhas
na integridade dos equipamentos de processo (vasos, torres, tubulações etc.),
caracterizado por rupturas, vazamentos ou descontroles operacionais, levando
a perda de contenção de produtos perigosos e consequências como incêndios,
explosões.

115
Segurança na operação das instalações elétricas em atmosferas explosivas
As instalações elétricas de uma indústria, quando situada em atmosferas
potencialmente explosivas, podem vir a ser a fonte de ignição que ocasionará
incêndios ou explosões, provocando danos irreparáveis ao sistema. Esta ignição
pode ser consequência de um centelhamento provocado por um defeito na
instalação, ou pela abertura ou fechamento normal de contatos de uma chave
qualquer, ou ainda pela temperatura elevada de um equipamento ou ponto
qualquer da instalação. Para se evitar esse tipo de problema deve-se projetar a
instalação com materiais e equipamentos que atendem aos requisitos de
segurança indispensáveis a cada tipo de atmosfera explosiva.

116
Para que haja um incêndio ou explosão é necessário que no ambiente exista ar
(oxigênio), mistura explosiva e uma fonte de ignição. Os equipamentos à prova
de explosão de uma instalação elétrica são desenvolvidos para confinarem uma
eventual explosão, internamente ao equipamento, evitando que esta se
propague para o meio externo. Todos os equipamentos desenvolvidos para este
fim são rigorosamente ensaiados em laboratórios credenciados que emitem um
CERTIFICADO DE CONFORMIDADE que garante que o equipamento atende
as normas específicas para sua utilização.

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS SEGUNDO NORMA AMERICANA


Os ambientes sujeitos a presença de produtos inflamáveis são classificados
segundo norma americana, da seguinte forma:
CLASSE I >> GASES E VAPORES
CLASSE II >> POEIRAS
CLASSE III >> FIBRAS
Abaixo temos a subdivisão dessas classes em grupos, reunindo substancias que
possuem similaridade do ponto de vista de comportamento durante um processo
de explosão.
CLASSE I
GRUPO A >> Acetileno
GRUPO B >> Hidrogênio, Butano, Óxido de Eteno, Óxido de Propileno, Gases
Manufaturados contendo mais do que 30% em volume de Hidrogênio
GRUPO C >> Acetaldeido, Éter Dietílico, Eteno, Dimetil Hidrazina Assimétrica,
Ciclopropano, Monóxido de Carbono , etc.
GRUPO D >> Acetona, Acrilonitrila, Amônia, Benzeno, Butano, Butanos,
Gasolina, Nafta, Propano, Propanol, Cloreto de Vinila, Metano, Hexano, Gás
Natural, etc.

117
CLASSE II
GRUPO E >> Poeiras metálicas combustíveis, independentemente de sua
resistividade, ou outros tipos de poeira combustível de risco similar, tendo
resistividade menor do que 105Wcm
GRUPO F >> Poeiras carbonáceas, por exemplo, carvão mineral, hulha, ou
poeira de coque, que tenha mais do que 8% de material volátil total e tendo
resistividade entre 102 e l08Wcm
GRUPO G >> Poeira combustível, com resistividade superior ou igual a
105Wcm, por exemplo, farinha de trigo, ovos em pó, goma arábica, celulose,
vitamina B1, vitamina C, aspirina, algumas resinas termoplásticas, etc.
CASSE III
Fibras combustíveis, tais como : rayon, sisal, juta, fibras de madeira e outras de
risco similar. (para essa classe não há subdivisão em grupos).
A classe I foi subdividida em grupos tendo em vista a similaridade no que diz
respeito a similaridade de comportamento durante o processo de explosão, e a
uma gradação de risco. Nessa subdivisão uma substância do grupo A tem um
poder destruidor maior que as do grupo B e assim por diante, não sendo portanto
possível utilizar um equipamento pertencente a um grupo em instalações de
grupos antecedentes. Nesta classe estão incluídas, principalmente as industrias
de petróleo, as petroquímicas e químicas.
Na classe II foi subdividida em grupos levando em consideração a propriedade
que tem as poeiras combustíveis de conduzirem ou não eletricidade. A proteção
dos invólucros contra a penetração de poeira, principalmente para os grupos E
e F (condutores de eletricidade) é fundamental. Para o grupo G , os cuidados
maiores estão na proteção contra geração de eletricidade estática. Nesta classe
estão as industrias farmacêuticas, químicas, alimentícias e carboníferas.
Na classe III, os materiais inflamáveis estão sob a forma de fibras e portanto
mais pesados, praticamente não havendo em suspensão. Em função do menor
risco os critérios de instalação são menos rigorosos que os aplicáveis às das
classes I e II. A divisão em classes e grupos levam em consideração as
características das substâncias presentes no ambiente. Para uma classificação
completa é necessário levar em consideração também o grau de risco (alto ou
baixo) esperado nesta área e a extensão ou volume deste risco. Para estes
casos a norma americana determina dois tipos de locais que chama de DIVISÃO
1 e DIVISÃO 2.

118
DIVISÃO 1
São locais de alta probabilidade de existência de mistura inflamável. São áreas
onde gases ou vapores inflamáveis podem existir:
Continuamente, intermitentemente, ou periodicamente, em condições normais
de operação do equipamento de processo.
Frequentemente, devido a vazamentos provocados por reparos de manutenção
frequentes.
Quando o defeito em um equipamento de processo ou operação incorreta do
mesmo provoca, simultaneamente o aparecimento de mistura explosiva e uma
fonte de ignição de origem elétrica.
DIVISÃO 2
São locais de baixa probabilidade de existência de mistura inflamável. São áreas
onde gases ou vapores inflamáveis podem existir:
Somente em caso de quebra acidental ou operação anormal do equipamento.
Áreas adjacentes às de divisão I.
Locais onde exista um sistema de ventilação forçada.
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA SEGUNDO NORMA BRASILEIRA E
INTERNACIONAL
O Brasil adotou a normalização internacional, que possui conceitos e
terminologias bastante diferentes daqueles adotados pela norma americana
vista até agora.
A norma internacional ao invés de classificar os ambientes em classes conforme
o produto inflamável com que se está trabalhando, ela classifica os ambientes
em grupos , referindo-se ao equipamentos elétricos, ou seja:
GRUPO I – São equipamentos fabricados para operar em mineração
subterrânea.
GRUPO II – São equipamentos fabricados para operar em industrias de
superfície (não subterrânea). Este grupo é subdividido conforme abaixo:
GRUPO IIA – Atmosfera contendo as mesmas substâncias do grupo D do NEC,
exceto pela inclusão do acetaldeído e monóxido de carbono (estes pertencentes
ao grupo C do NEC).
GRUPO IIB – Atmosfera contendo as mesmas substâncias do grupo C do NEC,
exceto pela inclusão de : acroleína, óxido de eteno, butadieno, gases
manufaturados contendo mais de 30% em volume de hidrogênio, e óxido de
propileno (esses pertencentes ao grupo B do NEC).
GRUPO IIC – Atmosfera contendo hidrogênio, acetileno e dissulfeto de carbono.
119
Esta subdivisão indica também uma gradação de periculosidade das
substâncias, sob o ponto de vista de comportamento durante a explosão, e é de
ordem inversa da subdivisão indicada pelo NEC. Resumo comparativo entre a
norma internacional e americana.
Comparativo norma internacional e americana
Para efeito de determinar o grau de risco de cada local, a norma ABNT/IEC os
subdividem em Zonas 0, 1 e 2 ou invés de Divisão conforme API/NEC. Esta
zonas são assim definidas:
ZONA 0 : são locais onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é
contínua, ou existe por longos períodos. São locais realmente perigosos, onde
praticamente existe mistura inflamável/explosiva durante todo o tempo.
ZONA 1 : são locais onde a mistura inflamável/explosiva pode ocorrer em
condições normais de operação do equipamento de processo.
ZONA 2 : são locais onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é rara por
pouco tempo, e está diretamente ligada à operação anormal de equipamentos
de processo.
Resumo comparativo entre a norma internacional e americana:
Comparativo norma internacional e americana
Quanto a ambientes que contenham poeira ou fibras combustíveis a IEC ainda
está emitindo projetos de norma, que não serão aqui abordados.
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Todos os equipamentos elétricos ,independentemente de sua aplicação em
atmosferas explosivas ou não, possuem uma proteção inerente, capaz de evitar
principalmente danos físicos as pessoas (ex.: choque elétrico; ferimentos
causados por partes móveis, etc.) e danos ao próprio equipamento, quer seja
pela penetração de corpos sólidos estranhos, quer seja pela penetração de água.
Esta proteção é definida por duas normas brasileiras :
NBR 6146 – INVÓLUCRO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS – PROTEÇÃO e
NBR 9884 – MAQUINAS ELÉTRICAS GIRANTES – GRAUS DE PROTEÇÃO.

120
Os equipamentos e dispositivos elétricos devem possuir características
construtivas próprias que de alguma forma interrompam o ciclo de
inflamabilidade – ar – mistura inflamável – fonte de ignição. Estas técnicas de
fabricação são normalizadas e possuem o nome de tipos de proteção, conforme
relacionadas abaixo:
Simbologia de equipamento de acordo com o tipos de proteção
EQUIPAMENTO A PROVA DE EXPLOSÃO
Como os equipamentos elétricos de maneira geral necessitam de partes moveis
para que seja executada a operação para que se destina, abertura, fechamento,
partida, parada etc., o fechamento hermético total do invólucro destes
equipamentos é praticamente impossível. Os eixos dos motores, eixos de
prolongamento das manoplas de operação, eixos dos botões de comando etc.,
devem ter necessariamente uma folga que possibilite sua operação, além de que
é necessário dispositivos de acesso a partes internas dos equipamentos para
manutenção.
Como na interligação dos invólucros, eletrodutos, equipamentos etc. , as junções
rosqueadas não são totalmente estanques ao gás, todo o sistema é submetido
a um processo de troca de gases periódico, em função da variação de
temperatura que ocorre no ambiente ao longo do tempo. Com isto existe a
probabilidade de gases ou vapores inflamáveis vagarosamente penetrarem no
interior do invólucro criando uma mistura inflamável, bastando apenas um
centelhamento para que ocorra uma ignição.
Se essa ignição ocorrer, os gases quente resultantes da explosão, devem
permanecer confinados no invólucro, evitando que a explosão se propague para
o meio externo. Todo o invólucro e a tubulação interligada deve portanto ser
dimensionada para suportar a pressão da explosão, sem liberar chama ou gases
quentes para o exterior.
Os invólucros dos equipamentos devem portanto serem fabricados com paredes
robustas o suficiente para não se romperem com a explosão. As entradas de
tubulações rosqueadas, os botões de comando e outros dispositivos instalados
na parede do invólucro e as junções tampa invólucro apenas de totalmente
parafusadas, servirão inevitavelmente de válvula de alívio de pressão,
permitindo que gases da explosão passem para o ambiente externo.

121
Para se evitar a propagação da explosão, é necessários que os gases que
passem para o meio exterior estejam a uma temperatura inferior da temperatura
de auto ignição do gás que está ao redor do invólucro. Para que isto ocorra, a
superfície de junção corpo-tampa e o interstício entre eles devem funcionar como
um trocador de calor, fazendo com que o gás ao sair para o exterior esteja
resfriado. Esta largura e este interstício variam em função do grupo de gás, pois
dependem das pressões elevação de temperatura, velocidade de propagação,
etc., que são características dos gases quando submetidos a um processo de
explosão.
Quanto aos eletrodutos, para que seja atendida a NBR 5363, é necessário que
na conexão o passo da rosca seja menor que 0,7 mm e o número de filetes de
rosca acoplados sejam no mínimo cinco. Para os botões de comando segundo
a mesma norma deve se utilizado uma junta apropriada, chamada junta cilíndrica
que possuí um interstício máximo e um comprimento mínimo em função do grupo
de gás. O mesmo procedimento é utilizado para eixos, com mancais de
rolamento ou com mancais de bucha, utilizados em maquinas girantes.
Os invólucros que seguem os padrões americanos são construídos com juntas
flangeadas, com grande número de parafusos para seu fechamento, são
pesados, de custo elevado, apresentam dificuldade de manutenção em função
do número de parafusos, além de que o invólucro não pode ser vedado nas
juntas, permitindo muitas vezes a entrada de umidade e água. No padrão
europeu há um preferência em que a junção corpo tampa seja feita através de
uma junta roscada ao invés de flangeada, eliminando a existência de parafusos
que dificultam a montagem, a manutenção e podem tornar-se uma fonte de falha
durante a vida útil do sistema. Em função do peso dos invólucros e do seu custo
elevado deve-se sempre que possível subdividi-los tornando cada peça mais
leve, alem de analisar a possibilidade de instalar outro tipo de proteção que não
seja a prova de explosão como veremos adiante.
EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA AUMENTADA Ex-e
É um tipo de proteção aplicável a equipamentos elétricos que por sua própria
natureza não produzem arco, centelhas ou alta temperatura em condições
normais de operação. São aplicados nesses equipamentos medidas construtivas
adicionais de modo a diminuir drasticamente a probabilidade de que o
equipamento cause arcos, centelhas ou altas temperaturas.

122
Os tipos de equipamentos em que pode ser aplicadas estas técnicas é limitado,
e podemos citar como exemplo: motores de indução com gaiola de esquilo,
luminárias, caixas de passagem e de terminais de ligação, transformadores de
controle e medição etc. Este tipo de proteção foi desenvolvido na Europa e não
é previsto pela norma americana. No Brasil ele está previsto na NBR 9883 que
foi baseada na IEC 79-7. Apresentamos abaixo alguns equipamentos com seus
requisitos mínimos para serem considerados de segurança aumentada:
MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO COM ROTOR EM GAIOLA
Estes motores já em condições normais não produzem centelhamento ou altas
temperaturas, porém para serem considerados de segurança aumentada
deverão ser adotadas medidas construtivas especiais, conforme abaixo:
Adoção durante o projeto e fabricação de medidas que limitem a elevação de
temperatura do enrolamento.
Projetar os dispositivos de proteção para atuarem em um tempo definido, tal que
em caso de sobrecarga ou rotor travado a temperatura máxima gerada no
enrolamento não ultrapassa a temperatura limite de ignição.
Deverão ser tomados cuidados especiais na seleção dos materiais de
isolamento e deverão ser aplicadas camadas duplas de impregnação nos
enrolamentos.
Os invólucros das maquinas contendo partes energizadas não isoladas deverão
atender no mínimo o grau de proteção IP54, sendo as partes energizadas
isoladas IP44, em condições especiais outros graus de proteção poderão ser
aceitos.
Outros detalhes especiais quanto a parte mecânica construtiva, minimizando a
probabilidade de ocorrer defeitos que possam vir a causar centelhamento ou
altas temperaturas no rotor também deverão ser adotadas.
A correta especificação deste tipo de equipamento ao invés de seu equivalente
a prova de explosão trará como benefícios: menor custo aliado a um nível de
segurança equivalente, mais fácil manutenção e uma maior vida útil.
LUMINÁRIAS DE SEGURANÇA AUMENTADA
Estas luminárias podem ser fabricadas em invólucros de plástico (normalmente
poliéster reforçado com fibra de vidro), que além de permitir com certa facilidade
graus de proteção IP65 ou IP66, possuem como vantagens adicionais : alta
resistência e estabilidade mecânica e comportamento térmico favorável,
características de auto extinção de chamas, elevada resistência à corrosão,
menor peso, etc.

123
Apresentamos algumas características deste tipo de luminária:
Devem utilizar conforme NBR 9883 lâmpadas fluorescentes de partida fria, tipo
mono pino, lâmpada incandescente de uso geral, lâmpada mista ou outra desde
que não haja risco de mesmo em caso de defeito, se ultrapassar a temperatura
limite.
Os reatores deverão obedecer aos requisitos aplicáveis aos enrolamentos de
maquinas, com sobre dimensionamento dos condutores, dupla camada de
isolação, temperatura de trabalho diminuída, etc. Atualmente utiliza-se muito os
reatores eletrônicos.
Os terminais de ligação e os receptáculos deverão ter características especiais.
Outros equipamentos poderão ser fabricados como de segurança aumentada,
onde os cuidados no dimensionamento e fabricação deverão seguir a mesma
linha de raciocínio.
EQUIPAMENTO ELÉTRICO IMERSO EM ÓLEO – Ex-o
São equipamentos em que as partes que produzem centelhamento, ou altas
temperaturas estão imersas em óleo. Este óleo deve ser de origem mineral,
possuir características isolantes e capacidade de extinção de arco quando
necessário. Esta modalidade de equipamento é utilizada em instrumentos,
medidores, chaves desligadoras, demarcadores, disjuntores, transformadores
etc., o exemplo mais comum é a botoeira, que na verdade é uma chave pendular
imersa em óleo.
As características principais deste tipo de proteção são previstas na NBR 8601.
Um dos requisitos principais é que todas as partes capazes de produzir arco,
centelha ou alta temperatura, devem estar imersos em óleo numa profundidade
adequada, de no mínimo 25mm, e o equipamento deve possuir um dispositivo
que permita a verificação do nível de óleo mesmo em operação.
Devemos levar em consideração que para este tipo de equipamento de exige
uma supervisão constante do nível e da qualidade do óleo, que a sua
manutenção é mais complicada, pois requer uma operação adicional de limpeza
e recolocação do óleo em nível adequado após o trabalho. Estes equipamento
tem porém a vantagem de não necessitar de invólucro a prova de explosão, nem
tampouco a utilização de unidade seladora.
EQUIPAMENTO PRESSURIZADO Ex-p
Nestes casos para se evitar a penetração de gases inflamáveis no invólucro, o
seu interior deve sempre ser mantido com pressão positiva, superior à pressão
atmosférica. Essa sobre pressão é mantida através do ar, gás inerte ou qualquer
outro tipo de gás adequado.

124
Este tipo de proteção inclui medidas específicas para a construção do invólucro,
bem como de suas partes associadas, abrangendo os dutos de insuflamento e
exaustão e os dispositivos auxiliares de controle do sistema de sobre pressão.
O grau de proteção mínimo que é admitido para esse tipo de equipamento é
IP40. Os dispositivos de proteção e o conjunto de dutos devem formar um
sistema fechado a fim de que não haja escapamento para o meio externo de
arcos, centelhas ou partículas incandescentes de dentro do invólucro. Além
disso todo o sistema deve ser capaz de suportar uma pressão igual a uma vez e
meia a máxima pressão especificada para o serviço normal. A pressão interna
usual para esses casos é de no mínimo 0,5 mbar e deve ser mantida em qualquer
ponto do interior do equipamento e partes associadas, em relação à atmosfera
externa.
As aplicações mais comuns deste tipo de equipamento são nos sistemas de
instrumentação; nos painéis de compressores de gases inflamáveis, em função
de que toda a lógica de funcionamento deve estar próxima do compressor, em
zona classificada, dificultando e encarecendo o sistema com equipamentos à
prova de explosão etc. Nesse tipo de sistema deve existir uma supervisão
constante da pressão no invólucro e acessórios, garantindo a proteção da área
considerada, em caso de qualquer defeito providências urgentes deverão ser
tomadas, chegando até a desenergizarão do sistema.
O equipamento pressurizado é um substituto natural dos equipamentos à prova
de explosão, muitas vezes com vantagens técnicas e financeiras, como no caso
de grandes motores de fabricação especial não seriada, que encareceria muito
a fabricação à prova de explosão, já que o fabricante não possuí para este caso
um certificado de protótipo. Deve-se em caso de análise de custos, lembrar
sempre de levar em consideração o sistema de pressurização necessário para
estes casos.
EQUIPAMENTOS IMERSOS EM AREIA Ex-q
Este tipo de proteção pode ser aplicada em equipamentos com tensão nominal
inferior a 6,6 kV e que não possuam nenhuma parte móvel que possa entrar em
contato com a areia. O invólucro do equipamento elétrico deverá ser preenchido
com material de granulometria adequada, de modo que em condições de serviço,
não haja possibilidade de ocorrer nenhum arco que seja capaz de inflamar a
atmosfera ao redor do mesmo. A ignição deverá ser evitada quer seja por chama,
quer seja por temperatura excessiva na superfície do invólucro. A espessura da
camada de material de enchimento é uma função principalmente de grandezas
do tipo corrente de arco e tempo de arco formados principalmente em caso de
defeitos no sistema e até curto circuitos.

125
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENCAPSULADOS Ex-m
Nesses casos os equipamentos elétricos estão imersos em uma resina
suficientemente resistente às influências ambientais, de tal modo que a eventual
atmosfera explosiva ao redor do equipamentos não poderá ser inflamada quer
seja por centelhamento, quer seja por alta temperatura que possa ocorrer no
interior do encapsulamento.
A seleção da resina a ser utilizada deve levar em conta as exigências de cada
caso. Essas resinas incluem materiais termofixos, resinas em epoxy
termoplásticas e elastômeros com ou sem aditivos. O encapsulamento deverá
garantir a proteção do sistema em caso de sobrecargas admissíveis e
determinadas condições de faltas internas.
EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA INTRÍNSECA Ex-i
Um circuito ou parte dele é intrinsecamente seguro quando o mesmo, sob
condições de ensaios prescritas, não é capaz de liberar energia elétrica (faísca)
ou térmica suficiente para, em condições normais (isto é, abrindo ou fechando o
circuito) ou anormais, (por exemplo, curto circuito ou falta à terra), causar a
ignição de uma dada atmosfera explosiva.
O equipamento de segurança intrínseca e as partes intrinsecamente seguras do
equipamento associado são classificadas numa das categorias “ia” ou “ib”,
conforme a seguir:
CATEGORIA “IA”
São equipamentos elétricos incapazes de provocar a ignição em operação
normal, na condição de um único defeito ou de qualquer combinação de dois
defeitos, com os seguintes coeficientes de segurança:
a) em operação normal : 1,5;
b) com um defeito : 1,5;
c) com dois defeitos : 1,0.
Esses coeficientes de segurança são aplicados à tensão, corrente ou a uma
combinação dessas duas grandezas.
Os equipamentos elétricos do Grupo II não podem ter qualquer contato
centelhante exposto à atmosfera explosiva continuamente ou por período
prolongado, a menos que eles sejam dotados por uma das seguintes medidas
complementares de proteção:
Invólucro hermeticamente selado.
Proteção por invólucro à prova de explosão.
Maior coeficiente de segurança.
126
Esses requisitos tem a intenção de evitar que a segurança intrínseca seja
comprometida quer seja pela frequência de operação do contato, quer seja pela
decomposição de gases ou vapores explosivos.
CATEGORIA “IB”
São equipamentos elétricos incapazes de provocar ignição de uma atmosfera
explosiva, em operação normal, ou na condição de um único defeito qualquer,
com os seguintes coeficientes de segurança:
a) em operação normal: 1,5
b) com um único defeito: 1,5
Esses coeficientes de segurança são aplicados à tensão , corrente ou a uma
combinação dessas duas grandezas. Qualquer equipamento considerado como
de segurança intrínseca deverá atender a critérios construtivos e de ensaios
especiais, conforme prescrito na norma brasileira NBR 8447 – EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS. CONSTRUÇÃO E ENSAIOS
DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS DE SEGURANÇA INTRÍNSECA E DO
EQUIPAMENTO ASSOCIADO – ESPECIFICAÇÃO.
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS NÃO ACENDÍVEIS Ex-n
É um tipo de proteção aplicável a equipamentos elétricos que em condições
normais de operação não são capazes de provocar a ignição de uma atmosfera
explosiva de gás, bem como não é provável que ocorra algum defeito que seja
capaz de causar a inflamação dessa atmosfera.
Os equipamentos deste tipo somente podem ser utilizados em áreas de Zona 2
e não estão sujeitos às exigências especificadas pela IEC 79-0.
Para ser considerado não acendível, o equipamento não poderá produzir arco
ou centelha em operação normal ou deverá ser utilizado algum método especial
para se evitar a ignição (dispositivo centelhante protegido, componente não
acendível, dispositivo hermeticamente selado etc.), o equipamento não poderá
também desenvolver temperatura de superfície que exceda ao valores máximos
adequados a sua classe de temperatura.
EQUIPAMENTO HERMÉTICO Ex-h
É o tipo de proteção em que o invólucro é contínuo e o seu fechamento é feito
pela fusão do próprio material, tal como ampola de mercúrio, fechamento por
soldagem, fusão de metal com vidro etc.. Esse tipo de proteção não tem tampa,
e só é utilizado em Zona 2, devido a fragilidade do invólucro.

127
EQUIPAMENTO COM PROTEÇÃO ESPECIAL Ex-s
Este tipo de proteção é previsto na IEC, e tem a finalidade de não bloquear a
criatividade dos fabricantes e permitir o desenvolvimento de novos tipos de
proteção que não sejam nenhum daqueles que são previstos por normas, ou
ainda elaborar combinações de tipos de proteção.
Nesse caso, na hipótese de ser inventado um tipo de proteção especial, o
inventor tem o direito de industrializar e comercializar o equipamento, a partir da
obtenção, na entidade certificadora credenciada, um certificado chamado de
“Certificado de Equivalência”, em que é atestado para aquele equipamento, que
ele possui um nível de segurança equivalente àquele previsto na normalização.
INSTALAÇÃO CONFORME REQUISITOS DO NATIONAL ELECTRICAL CODE
(NEC)
Os métodos de instalação previstos pela normalização internacional (IEC 79-14)
incluem também a pratica americana, uma vez que o objetivo do organismo de
normalização internacional é harmonizar a tecnologia que é adotada pelos
países membros e não restringir tecnologias.
O documento que define a forma de aplicação dos equipamentos elétricos nas
áreas classificadas é o NEC (NATIONAL ELECTRICAL CODE), que estabelece
os requisitos que devem ser obedecidos quando da construção e montagem
desses equipamentos. O método de instalação adotado é principalmente através
de sistema fechado de eletrodutos metálicos e caixas à prova de explosão com
a aplicação de unidades seladoras.
As recomendações principais são baseadas no estudo de uma combinação de
probabilidades, sendo de um lado a probabilidade do equipamento elétrico de
provocar um centelhamento ou alta temperatura, e de outro lado a probabilidade
de ocorrer no ambiente mistura explosiva. Tudo é feito de maneira a evitar que
aconteça essa simultaneidade. Os ambientes com alta probabilidade de
ocorrência de mistura explosiva como já estudado anteriormente, são os
chamados ambientes de Divisão 1, e os com baixa probabilidade de ocorrência
de mistura explosiva, são os chamados de Divisão 2.
A norma americana reconhece os seguintes tipos de proteção:
À prova de explosão
Equipamento pressurizado
Segurança intrínseca
Imerso em óleo
Não acendível
Hermeticamente selado

128
A combinação de probabilidades com que se baseia o NEC, pode ser analisada
basicamente agrupando-as em quatro conjuntos diferentes:
Equipamentos elétricos que produzem durante sua operação normal
centelhamento ou alta temperatura, e que estão instalados em ambientes com
alta probabilidade de conterem mistura explosiva. A norma recomenda nestes
casos a utilização de equipamentos com invólucros à prova de explosão,
pressurizados, ou de segurança intrínseca. Este é um caso típico de instalação
de disjuntores, contatores, interruptores, chaves, etc. , em locais de Divisão 1.
Equipamentos elétricos que produzem durante sua operação normal
centelhamento ou alta temperatura, e que estão instalados em ambientes com
baixa probabilidade de conterem mistura explosiva. É recomendado para estes
casos a utilização de equipamentos elétricos com invólucros à prova de
explosão, pressurizados, imersos em óleo, hermeticamente selados, ou de
segurança intrínseca. Este é o caso típico da instalação de disjuntores,
contatores, interruptores, chaves, etc., em locais de Divisão 2.
Equipamentos elétricos que operam com baixa probabilidade de produzir
centelhamento ou alta temperatura, instalados em local que possuí alta
probabilidade de conter mistura explosiva. Recomenda-se para este caso a
utilização de equipamentos elétricos com invólucros à prova de explosão,
pressurizados ou de segurança intrínseca. Neste caso enquadram-se as
luminárias, as caixas de terminais de ligação, os motores com rotor em gaiola,
etc., instalados em locais de Divisão 1
Equipamentos elétricos que operam com baixa probabilidade de produzir
centelhamentos ou alta temperatura, instalados em local que possuí baixa
probabilidade de conter mistura explosiva. Nestes casos em função da análise
de instalação a norma permite a utilização de equipamentos de uso geral,
equipamentos não acendíveis, e qualquer um dos citados anteriormente. Este é
o caso da utilização de luminárias (desde que o tipo e potência de lâmpada não
provoque temperaturas elevadas), caixas de terminais de ligação, motores com
rotor em gaiola, etc., instalados em locais de Divisão 2.
As situações citadas, abrangem praticamente todas as aplicações previstas para
a Classe I, exceto algumas exceções em que se exige o cumprimento do
requisito de temperatura de superfície, que denominamos de “Regra dos 80% da
temperatura de superfície”.
Essa norma é aplicável aos equipamentos que em condições normais não
produzem centelhamento, mas podem produzir altas temperaturas, como é o
caso de luminárias, resistores de aquecimento, etc., e estabelece o seguinte :
“Os equipamentos que em condições normais de operação não produzem
centelhamento podem ser aplicados em áreas de divisão 2 desde que as
superfícies que podem ter contato com a atmosfera explosiva não tenham
temperaturas superiores a 80%, em graus Celsius, da temperatura de ignição
dos gases que porventura possam estar presentes no local”.
129
Luminárias podem ser aplicadas em áreas de Divisão 2, sem invólucro especial
para área classificada, desde que estejam em invólucros com grau de proteção
mínimo IP 55.
IDENTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
Para a correta identificação dos equipamentos, os itens conforme descritos
abaixo deverão fazer parte da fundição ou moldagem do invólucro do
equipamento elétrico, ou devem ser gravados diretamente no mesmo ou numa
placa a ele seguramente fixa.
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EM
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Os critérios para a inspeção e manutenção de equipamentos elétricos em
atmosferas explosivas são definidos pela norma internacional IEC 79.17 –
Recommendations for Inspection and Maintenance of Electrical Installations in
Hazardous Areas (Other than mines) – 1990.
Essa norma estabelece três tipos de inspeção:
INSPEÇÃO INICIAL – é um tipo de inspeção que deve ser aplicada quando a
unidade industrial ou um equipamento sejam colocados em serviço .
INSPEÇÃO PERIÓDICA – deve ser realizada periodicamente para garantir que
a instalação está sendo mantida numa condição segura, conforme constatado
quando da inspeção visual. A periodicidade desta inspeção depende de fatores
que possam afetar esta instalação como : ambientes com produtos químicos que
favorecem a corrosão, alta probabilidade de acúmulo de poeira, penetração de
água, riscos de danos mecânicos etc.
INSPEÇÃO POR AMOSTRAGEM – são inspeções realizadas para avaliar se a
periodicidade fixada para as inspeções periódicas está atendendo as
necessidades da instalação.
O nível de profundidade com que essas inspeções são realizadas pode ser:
a) INSPEÇÃO VISUAL onde são detectados defeitos evidentes visualmente,
como ausência de parafusos, equipamentos abertos, quebrados etc.
b) INSPEÇÃO APURADA onde além dos defeitos detectados visualmente são
detectados defeitos só visíveis com o uso de ferramentas e equipamentos, ex:
parafuso frouxo.
c) INSPEÇÃO DETALHADA além de cobrir os aspectos previstos pelas
anteriores, identifica defeitos visíveis somente com a abertura do invólucro e
utilização de ferramentas e equipamentos de teste. Essa inspeção requer que o
equipamento seja desenergizado.

130
Estas inspeções devem ser realizadas por pessoal treinado e experiente, de
posse de toda a documentação das instalações e histórico de inspeções
anteriores. Ex: projeto elétrico, desenho de classificação de área, classe de
temperatura e grupo do equipamento etc.
Nos casos normais de manutenção recomenda-se principalmente:
Não realizar alterações que possam afetar o tipo de proteção do equipamento,
sem uma análise criteriosa, e autorização dos responsáveis.
Os cabos flexíveis devem ser inspecionados com cuidado, e trocados sempre
que houver qualquer risco de defeito.
No caso de retirada do equipamento para manutenção devem ser utilizados
dispositivos próprios para a proteção dos terminais.
Quando da manutenção de um invólucro à prova de explosão, todas as juntas
devem ser completamente limpas e levemente untadas com graxa quimicamente
inerte e que não resseque com o tempo, a fim de que sejam protegidos contra
corrosão.
Deve se verificado todo o sistema de aterramento conforme determinações do
projeto.
Cada equipamento em caso de manutenção deve atender as recomendações
especificas, de acordo com as de norma aplicáveis as indicações do fabricante.
INSTALAÇÕES CONFORME REQUISITOS DA NORMA
BRASILEIRA/INTERNACIONAL
A NBR 5418- Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas é a norma
brasileira que estabelece os requisitos para a montagem das instalações
elétricas em atmosfera explosiva. Esta norma é equivalente à IEC 79.14 e ao
artigo 500 e seguintes do NEC. Esta equivalência significa que na norma
brasileira vamos encontrar todos os métodos de montagem e instalação
utilizados pela filosofia americana e pela filosofia europeia.
Ressalta-se que a grande diferença entre as duas linhas está no fato de que a
filosofia europeia permite a montagem elétrica em áreas classificas, com cabos,
sem eletrodutos metálicas e a chegada ao invólucro é feita através de prensa-
cabos.
TIPOS DE PROTEÇÃO PERMISSÍVEIS CONFORME CLASSIFICAÇÃO DA
ÁREA
ZONA 0
Equipamentos intrinsecamente seguros, categoria “ia” (Ex ia).
Outros equipamentos desde que projetados especificamente para Zona 0, e
claramente definido no certificado emitido por laboratório credenciado (Ex s).
131
ZONA 1
Equipamento permissível em Zona 0.
Equipamento à prova de explosão (Ex d).
Equipamento com pressurização (Ex p).
Equipamento imerso em areia (Ex q).
Equipamento imerso em óleo (Ex o).
Equipamento de segurança aumentada (Ex e).
Equipamento de segurança intrínseca (Ex ib).
Outros equipamentos projetados especificamente para Zona 1, desde que
aprovados por laboratórios credenciados (Ex s).
ZONA 2
Equipamentos permissíveis em Zona 0 e Zona 1.
Equipamento pressurizado projetado especificamente para Zona 2.
Equipamento não acendível.
Equipamento utilizados em instalações industriais desde que em condições
normais de serviço não produzam arco, centelha ou superfície quente que possa
provocar a ignição da atmosfera explosiva.
EQUALIZAÇÃO DE POTENCIAL
Nas áreas classificadas deve-se evitar centelhamento perigoso entre as partes
metálicas da instalação. Para isso, o sistema de aterramento deve ser projetado
de maneira que haja uma equalização de potencial, evitando tensões perigosas
entre pontos da estrutura e entre condutores equipotenciais, mesmo em casos
de defeitos.
Todas as partes metálicas expostas devem ser conectadas ao sistema de
ligação equipotencial. Esse sistema pode incluir condutores de proteção,
eletrodutos, proteção metálica dos cabos e partes metálicas da estrutura, mas
não devem incluir os condutores de neutro. A condutância entre partes metálicas
da estrutura deve corresponder a uma seção mínima de 10 mm2 de cobre.

132
SISTEMAS DE CABOS
As instalações elétricas em áreas classificadas podem ser feitas com cabos, sem
eletrodutos.
Os tipos de cabos permissíveis para instalações fixas são:
Cabos com proteção metálica contínua
Cabos com proteção termoplástica ou de elastômeros
Cabos com isolamento mineral.
Os cabos flexíveis para equipamentos portáteis ou móveis podem ser:
Cabos com cobertura de borracha rígida comum
Cabos com cobertura de policloropreno rígido comum
Cabos com cobertura de borracha para serviço pesado
Cabos com cobertura de policloropreno pesado
Cabos com isolamento plástico equivalente a capa de borracha rígida comum
A fixação dos cabos ao equipamento elétrico deve ser efetuada com prensa-
cabos, conforme EB-1706 e EB-1980.
A cobertura dos cabos que não tenham proteção adicional contra fogo devem
ser do tipo retardante à chama conforme EB-1468
De maneira geral as demais recomendações se equivalem à aquelas já citadas
conforme normas americanas. Casos mais específicos devem ser analisados de
acordo com as normas aplicáveis a cada caso.

133
Atividade prática a bordo, de no mínimo uma hora, com a indicação in loco dos
sistemas e equipamentos disponíveis para o combate a incêndio.

Teoria do fogo
1. Introdução
Como a existência de um incêndio está relacionada à presença de fogo, nosso
estudo se inicia com a compreensão do fogo, seus componentes, fenômenos e
inteirações. O controle e a extinção de um incêndio requerem que os assuntos
tratados neste manual, como a natureza física e química do fogo, os dados sobre
as fontes de calor, a composição e característica dos combustíveis e as
condições necessárias para a combustão sejam entendidos e relacionados entre
si.
Muito embora os termos fogo, incêndio, queima e combustão sejam comumente
tratados como se designassem a mesma coisa, precisamos ter em mente que
seus conceitos podem divergir e, ainda que alguns deles configurem parte de um
processo, é seu dever, a partir de agora, conhecer e saber diferenciar estas
terminologias.

134
2. Situação
A humanidade incorporou o fogo à sua rotina há milhares de anos e, ao longo do
tempo, foi estabelecendo melhores formas de controlá-lo e de lidar com ele de
maneira a comprometer cada vez menos sua integridade. Com isso, foram
inseridas na prática humana e aperfeiçoadas tarefas como o aquecimento de
alimentos,.
No entanto, um dos desafios que ainda perduram é o pleno controle do fogo.
Equipamentos foram desenvolvidos e estratégias elaboradas para que se
previna o alastramento desenfreado das chamas, mas, eventualmente, elas
fogem ao controle, e este episódio chamamos de Incêndio.
Incêndio, portanto, é o nome dado ao fogo que foge ao controle e consome aquilo
a que não deveria consumir, podendo, pela ação das suas chamas, calor e/ou
fumaça, proporcionar danos à vida, ao patrimônio e ao meio ambiente.
3. Combustão
A combustão é definida como sendo uma reação química exotérmica que se
processa entre um combustível e um comburente liberando luz e calor. Para que
esta reação aconteça e se mantenha, são necessários quatro elementos:
O combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia. Estes elementos
são, didaticamente, simbolizados pelo tetraedro do fogo.
Um tetraedro é uma figura espacial que tem quatro lados e, por ter cada lado em
forma de um triângulo, foi escolhido como melhor maneira de ensinar sobre os
elementos da combustão, já que, anteriormente, a figura utilizada para
demonstrar tais elementos era o triângulo, conhecido como o “triângulo do fogo”,
que não leva em consideração a reação em cadeia que mantém a combustão,
mas se demonstrou como excelente ferramenta didática para o ensino de leigos
no assunto.
Combustível
Entende-se como combustível toda substância capaz de queimar e propiciar a
propagação do fogo. Os combustíveis podem se apresentar em todos os estados
da matéria: sólido, líquido e gasoso.
No caso da maioria dos combustíveis, o elemento quando aquecido, transforma-
se em vapor antes de reagir com o oxigênio (comburente mais comum) para que
se inicie a combustão.
Exemplos de Combustíveis*
Sólidos: Madeira, tecido, papel.
Líquidos: Gasolina, álcool.
Gasosos: GLP**, hidrogênio
135
Trata-se apenas de exemplos, há outros elementos em cada um dos estados
físicos; ** Gás Liquefeito de Petróleo – Gás de Cozinha.
No entanto, alguns sólidos, como ferro e parafina, transformam-se
primeiramente em líquidos para, então, evaporarem e reagirem com o
comburente para que ocorra a queima.
Comburente
Comburente é o elemento que, durante a combustão, dá vida às chamas e as
torna mais intensas e brilhantes, além disso, a presença do comburente permite
a elevação da temperatura e a ocorrência da combustão.
O Oxigênio é o mais comum dos comburentes, dado que sua constante presença
na atmosfera (21% no ar) permite que a queima se desenvolva com velocidade
e de maneira completa. No entanto, em ambientes cuja oferta de oxigênio é
reduzida ou consumida durante a combustão observa-se um empobrecimento
da combustão, com chamas menos entusiasmadas e com uma presença
predominante de brasas quando a concentração está entre 15% e 9% e,
finalmente, com a finalização da combustão ocorrendo em ambientes cuja oferta
de oxigênio no ar é inferior a 9%.
Outros comburentes também são conhecidos, como o Cloro para determinadas
situações, entretanto sua aplicação é específica e ele não abrange todo o
espectro de situações e combustíveis dos quais o Oxigênio é capaz de
possibilitar a combustão.
Calor
Calor, no estudo da teoria do fogo, é a energia capaz de iniciar, manter e
propagar a reação entre o comburente e o combustível.
Especificamente, trata-se da energia transferida de um ambiente para o outro
em virtude da diferença de temperatura entre eles.
São, normalmente, elementos que introduzem calor à reação de combustão, a
chama de um palito de fósforo, um ferro elétrico aquecido, um cigarro aceso,
uma descarga atmosférica, um curto circuito, entre outros.
Reação em Cadeia
O último e mais recém estudado componente do “Tetraedro do Fogo” é a reação
em cadeia.
Depois de observar que a queima, em certo momento, torna-se
autossustentável, observamos que o calor irradiado das chamas promove a
decomposição do combustível em partículas que, combinadas com o
comburente, queimam, irradiando calor novamente, que iniciará novamente este
ciclo, que chamamos de reação em cadeia.

136
Sinteticamente, trata-se do desencadeamento de reações, que acontecem
durante o fogo, que originarão, novamente, o calor que ativará a queima do
combustível na presença do comburente, enquanto houver todos estes
componentes à disposição.
4. Propagação do calor
O equilíbrio térmico de qualquer ambiente pressupõe a transferência de calor
entre objetos de maior para os de menor temperatura e, para que isso aconteça,
o mais frio dos objetos deverá absorver calor até que esteja com a mesma
quantidade de energia do outro. Esta transferência de energia ocorrerá por
condução, convecção e/ou irradiação.
Convecção
A convecção ocorre pelo movimento ascendente das massas de fluidos (gases
ou líquidos). Isso ocorre devido à diferença de densidade no mesmo fluido.
Fluidos aquecidos e, por conseguinte, com uma distância maior entre suas
moléculas, são mais leves que fluidos menos aquecidos, e vão, portanto, tender
a subir.
Um exemplo disso ocorre quando a água é aquecida num recipiente de vidro.
Podemos observar um movimento, dentro do próprio líquido, de baixo para cima.
Na medida em que a água é aquecida, ela se expande e fica menos densa (mais
leve) provocando um movimento para cima. Da mesma forma, o ar aquecido se
expande e tende a subir para as partes mais altas do ambiente, enquanto o ar
frio toma lugar nos níveis mais baixos.
Condução
A condução de calor ocorre nos sólidos e é feita molécula a molécula de um
corpo contínuo. Como exemplo, podemos citar uma barra de ferro aquecida em
uma das extremidades. O aquecimento acontecerá gradualmente pelo corpo da
barra até chegar à outra face, ou seja, moléculas da extremidade aquecida
absorverão calor, então, vibrarão mais vigorosamente e se chocarão com as
moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor.
Um item a se observar é que quando dois ou mais corpos estão em contato, o
calor é conduzido através deles como se fossem um só corpo.
Irradiação
A irradiação é a propagação do calor por ondas de energia que se deslocam
através do espaço. Estas ondas se deslocam em todas as direções e a
intensidade com que afeta os corpos diminui ao passo que se aumenta a
distância entre eles.

137
Pontos de Temperatura
A combustão acontece quando o calor transforma os combustíveis possibilitando
a combinação deles com o comburente. Esta transformação acontece de forma
diferente para cada combustível e sempre na medida em que ele vai sendo
aquecido. Para que se possa entender como ocorre esta transformação, três
pontos distintos são destacados, de acordo com suas diferenças em relação à
manutenção e à autonomia da chama produzida.
Veja a tabela abaixo e entenda, na sequência, as informações que ela traz:
COMBUSTÍVEL PONTO DE FULGOR PONTO DE IGNIÇÃO
Gasolina -42,8°C 257,2°C
Álcool 12,8°C 371°C
Diesel 65°C 400°C
Óleo Lubrificante 168,3°C 417,2°C
Ponto de Fulgor
É a temperatura mínima em que um combustível desprende vapores em
quantidade suficiente para que, na presença de uma fonte externa de calor, se
inflamem. No entanto, nesta temperatura, a chama não se manterá uma vez que
for retirada a fonte de calor.
Ponto de Combustão
É a temperatura em que um combustível desprende vapores em quantidade
suficiente para que, na presença de uma fonte externa de calor, se inflamem e
mantenham-se inflamando, mesmo na retirada da fonte externa de calor.
Ponto de Ignição
É a temperatura em que um combustível desprende vapores em quantidade
suficiente para que, em contato com um comburente, se inflamem e mantenham-
se inflamando, independentemente da existência de uma fonte externa de calor.
Fases do Incêndio
Didaticamente, o incêndio foi dividido em três estágios de desenvolvimento:
Fase Inicial
É a fase em que grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento
dos combustíveis. A temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco
acima do normal. O calor está sendo gerado e evoluirá com o aumento das
chamas.

138
Características Particulares
Ampla oferta de oxigênio no ar (>20%);
Temperatura ambiente por volta de 38°C;
Produção de gases inflamáveis;
Fogo produzindo vapor d’água (H2O), dióxido de carbono( CO2), monóxido de
carbono (CO) e outros gases.
Queima Livre
É a fase em que o ar, em virtude do suprimento de oxigênio, é conduzido para
dentro do ambiente pelo efeito da pressão negativa provocada pela convecção,
ou seja, o ar quente é expulso do ambiente para que ocupe lugares mais altos,
enquanto o ar frio é “puxado” para dentro, passando pelas aberturas nos pontos
mais baixos do ambiente.
Os envolvidos no combate a incêndio
devem se manter abaixados e utilizar equipamento de proteção respiratória, já
que, além da temperatura ser menor nos locais mais baixos, a inalação de gases
aquecidos pode ocasionar queimaduras nas vias aéreas e demais
consequências destes danos.
Características Particulares
Gases aquecidos espalham-se, preenchendo o ambiente de cima para baixo; A
elevação das temperaturas dos locais mais altos, pela concentração de gases
quentes, pode provocar a ignição de combustíveis lá situados; Temperatura nos
locais mais altos pode exceder aos 700°C.
Queima Lenta
O consumo das fases anteriores torna o comburente insuficiente para manter a
combustão plena, então, caso não haja suprimento suficiente de ar (ou de
aberturas para que ele entre), as chamas podem deixar de existir. Com a
concentração de oxigênio entre 0%e 8%, o fogo é reduzido a brasas.
Características Particulares
Ambiente ocupado por uma fumaça densa; Devido ao aumento de pressão
interna, os gases saem por todas as aberturas em forma de lufadas; Calor
intenso, que faz com que os combustíveis liberem vapores combustíveis.

139
Sistema de Combate a Incêndio
O sistema de combate a incêndio é composto pelos seguintes subsistemas:
Sistema de combate a Incêndio por água:
O sistema combate a incêndio do FPSO consiste num duto distribuidor (header)
pressurizado que corre ao longo da plataforma com saídas de água e espuma
(contra óleo) que serão utilizadas conforme o tipo de incêndio. O acionamento
das bombas pode ser elétrico ou por motor diesel comum ou diesel-hidráulico.
As bombas ficam localizadas em áreas não classificadas, normalmente sobre o
convés ou em compartimentos fechados na praça de máquinas.
As bombas de pressurização de água (bombas jockey) mantêm o sistema de
combate a incêndio principal constantemente pressurizado a aproximadamente
20 bar. Na plataforma, o sistema utiliza a água salgada captada do mar.
A abertura de qualquer ponto de consumo causa queda de pressão no sistema
principal (anel de incêndio) ativando os pressostatos de baixa pressão que
monitoram a pressão/fluxo no sistema principal. A queda de pressão/fluxo no
sistema principal automaticamente ativa o sistema de combate a incêndio. As
bombas de incêndio também podem ser acionadas manualmente.
Além das bombas jockey, o sistema possui uma bomba de incêndio (principal)
acionada por motor diesel e duas bombas acionadas eletricamente, sendo uma
principal e outra reserva.
As bombas de incêndio captam água das caixas de mar, enviando a água na
pressão de operação para o anel de incêndio principal e pressurizando os
componentes do sistema por toda a instalação incluindo convés principal, convés
das acomodações, praça de máquinas, casa de bombas, etc.
No caso de não funcionamento de uma das duas bombas de incêndio principais,
a bomba reserva é automaticamente acionada para garantir a continuidade do
sistema.
O sistema de combate a incêndio por água salgada alimenta os hidrantes, dilúvio
e rede de espuma.
Rede de Hidrantes:
Os hidrantes são do tipo vertical providos de duas saídas do tipo storz instalados
em locais estratégicos. Ao lado de cada hidrante existe um armário, contendo
equipamentos de combate a incêndio, como: mangueiras, chaves, esguicho, etc.

140
Sistema de Combate a Incêndio por Dilúvio:
A finalidade desse sistema é resfriar os equipamentos adjacentes a alguma área
onde esteja ocorrendo um incêndio, mantendo a integridade dos equipamentos
e impedindo que o fogo se propague e se torne incontrolável.
Sistema Fixo de Combate a Incêndio por Espuma:
Canhões de espuma na planta de produção são posicionados de forma a prover
cobertura em áreas não cobertas pelo sistema de dilúvio de espuma. Na prática,
onde não há módulos acima do convés principal, onde seria instalado o sistema
de dilúvio, o canhão de espuma é provido. Lembrando que como não há módulos
diretamente acima desta área, em um evento onde haja derramamento de óleo,
situação em que acionaríamos o sistema de espuma para prover proteção contra
uma possível ignição, o óleo não chegaria imediatamente a esta área.
Os canhões de espuma são oscilantes com acionamento manual. Uma vez
ativados no local, passam a oscilar automaticamente espalhando por igual uma
camada de espuma na área em questão.
Sistema Fixo de Combate a Incêndio por Gás Inerte
Sistema fixo de combate a incêndio por CO2 tem como objetivo detectar e
extinguir o fogo através de inundação total por gás na área efetiva de risco. Isto
ocorre pois o CO2 diminui a concentração de oxigênio do ambiente fazendo com
que o fogo não possa mais realizar o trabalho de combustão.
Sistema fixo e automático de extinção de incêndio por CO2 é composto por
centenas de cilindros de armazenamento, válvula de abertura rápida, tubos
coletores, acionador automático, bicos nebulizadores e detectores automáticos.
Este sistema cobre as seguintes áreas:
Sistema de Combate a Incêndio – Extintores Portáteis
A plataforma conta ainda com equipamentos portáteis de extinção de incêndio
de água, pó químico seco, CO2 e espuma.
O sistema portátil de extinção de incêndio por CO2 é composto por cilindros de
armazenamento que são distribuídos de acordo com o potencial de risco de
locais, tais como: sala do gerador de emergência, paiol de tintas, sala das
bombas de incêndio, ECR, entre outras.
Sistema de Detecção de Fogo e Gás
Atrelado ao sistema de combate, existe o sistema de detecção através de
centenas de detectores distribuídos pelo FPSO.

141
a) Detectores de fogo
Têm o objetivo de identificar focos iniciais de incêndio e desta forma evitar que
estes adquiram proporções maiores. Os detectores de fogo estão instalados na
planta, baseados em uma variedade de princípios ativos, dependendo das
características do local que eles protegem.
O acionamento de qualquer um deles alarma na sala de controle e desencadeia
as ações automáticas de controle.
Os tipos de detectores de fogo utilizados são:
Plug Fusível (ADV): Instalados nas áreas externas de processo, onde há dilúvio,
em uma rede pressurizada com ar de instrumento. O calor produzido pelo
incêndio fundirá os fusíveis, despressurizando o circuito entre o plug e a ADV,
abrindo automaticamente as válvulas de dilúvio;
Detectores de Calor de Temperatura fixa (T): Instalado em ambientes fechados,
onde as condições ambientais não permitem a utilização de detectores de
fumaça.
Detectores de fumaça (S): instalados em zonas onde os primeiros indícios de
fogo são provenientes da emanação de fumaça, como em salas de painéis,
baterias, etc.
Detectores de chama (F): utilizados para identificar focos iniciais de incêndio
baseado na existência de chamas (emissão de raios ultravioleta, e
infravermelhos). Na instalação, este tipo de detector pode ser encontrado no
interior dos invólucros dos turbogeradores, turbocompressores, na área dos
risers , etc.

142
Os detectores de fogo encontram-se concentrados pelas acomodações e
módulo elétrico. Além desses, existem em menor número distribuídos pela planta
de processos, sistema de offloading, sala de bombas, sala de maquinas e
caldeiras auxiliares.

143
Diálogo Diário de Segurança (DDS)
O Diálogo Diário de Segurança (DDS) é o método mais utilizado por empresas
para promover a segurança no trabalho.
Essa é uma ferramenta antiga e eficiente, que surgiu na década de noventa (90)
para prevenir acidentes nos locais de trabalho.

Como funciona?
O DDS deve acontecer no ambiente operacional todos os dias, seja a bordo ou
em terra, antes do início das atividades da equipe.

144
Geralmente um DDS tem uma duração que varia de cinco (5) a dez (10) minutos,
com um tema que visa conscientizar os profissionais da operação sobre a
prevenção de acidentes, e orientar a todos sobre a melhor forma de trabalhar
com segurança, sem riscos e respeitando às regras e normas.

A equipe é instruída geralmente por um líder, que pode ser um engenheiro ou


técnico de segurança, um gestor, preposto, comandante ou superior imediato,
porém para não ser caracterizado como um monólogo e sim como um diálogo,
a participação de todos os profissionais presentes deve ser encorajada, no
sentido de fazer com que as medidas de segurança sejam difundidas de forma
colaborativa e horizontal ao invés de impositiva e vertical.

145
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