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Problemas de Soldado
Problemas de Soldado
— Vá embora.
— É mentira.
— É mentira. — Frather afirmou. - "Não podemos ter uma guerra, não agora"
— FRATHER!
— Ele quem?
— O Vanbu!
— Frather!
— Mas
Ao passar do primeiro andar, Frather viu que o quartel não estava tão cheio
então acalmou o fôlego. Na entrada da Biblioteca, um pequeno aglomerado
se reunia mas ele não tinha tempo para saber o que era ou onde o resto das
pessoas estavam. Frather abriu sua caderneta e voltou a analisar as
informações que conseguira
"Eu dei dois meses de férias pra ela. Mas ela sumiu! Não sou um chefe ruim e
eu preciso daquela mulher."
“Ela que segura essa empresa em questões financeiras. Só.. Encontra ela!”
“Eu vi ela mês passado, disse que as chaves estavam com a moradora do
andar de cima”
"Acho que brigamos. Não sei onde ela está."
“Lunnie.. Lunnie… Ah! A garotinha rebelde. Ela me ajuda com meus gatinhos.
Um doce de menina.”
“Tenho muitos clientes, só lembro dela porque tinha uns caras e duas moças
com ela. Tão estranhos quanto.”
— Tsk, cala a boca sua coisa. — Uma ordem baixa quebrou seus
pensamentos
— Ele está
O machucado grunhiu olhando para Frather, que parecia enorme sendo visto
do chão. O iluminado, como chamava Vanbu, parecia lutar para manter os
olhos abertos
Duas das demônios também eram caçadoras, lindas e armadas, uma delas
estava sentada na mesa; o violinista vestia uma roupa formal mas toda suja
com manchas vermelhas - "Um dono de salão." - Ele supôs. A voz que
cantava pertencia à chefe da Família Tivanya, suave e ordenada.
— Saiam. Falo com vocês quando acabar — Ordenou ela, olhando para as
meninas mais novas — Você fica. — Apontou ela para o homem da direita
que sorriu erguendo o queixo.
Charlotte passou a mão por cima da blusa do soldado onde ficava seu
código. O mesmo ficou tenso.
— Me sinto tão bem vendo o quanto vocês estão crescendo, o tanto que
vocês conquistaram — Ambos rodopiavam pela sala, Frather tentava se
lembrar das aulas de valsa enquanto escutava Charlotte. Cada palavra era
um corte quente, gentil e forçado.— Mas… planejo algo para vocês. Para
nós.
— Então por isso, peço que esperem, peço que sigam firme e continuem
confiando em mim. — Charlotte o olhou nos olhos, tocou seu rosto e então
sorriu. De algum modo estranho e torto, o rapaz se sentiu compreendido,
acolhido por um certo tempo
O violino parou junto com Charlotte, perto de seu assento na ponta da mesa.
Todo aquele sorriso dócil e charmoso se desfez quando ela se sentou
novamente e pegou uma folha de papel que estava por baixo de outras
pastas
— Está incompleto, mas Brio disse que está muito "seco e diplomático". O
que acha?
Frather quis rasgar o papel quando o leu. Todas aquelas belas palavras
estavam gravadas na folha com uma escrita ligeira. “Falso. Tudo é sempre
tão falso.”
— Pensei ter sido clara quando anunciei que seus coleguinhas estavam
mortos, quatro anos atrás. — A General pegou seu discurso barato quando
ele disse:
— Pra sempre?!
— Sim. Para todo o longo e vazio sempre, assim como sua amiguinha. Você
já é adulto 209, cresça. — a General juntou os papéis soltos quando Frather
pareceu cabisbaixo. Talvez o tiro que matou Zygga doeria menos. — “Vamos
desistir” —, pensou ele em sugerir para seu irmão e seu ‘tio’.
— Vou buscá-lo.
Charlotte não sorriu e não tirou os olhos dos papéis — Está de castigo,
Frather. Isso também vale para o seu irmão.
— Ele não tem culpa! E eu tenho minhas missões! — Sua voz saiu mais alta
do que devia
— Mas
Frather bateu os pés para fora da mesma antes que quebrasse aquela mesa;
antes que a porta se fechasse os caçadores obrigaram o Arcanjo a andar
pelo corredor até a sala. As mulheres sorriram.
Bezum estava parado no pé da escada, ele não sorria, não tinha muita
expressão. Frather exitou em se aproximar
— Podemos ir agora?
O Comandante ficou calado por uns instantes. Seu peito apertou, seus dedos
tremiam — Não podemos sair do quartel.