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ROTEIRO DE AULA Prof.

Ms Krystima Karem
MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO
E ARBITRAGEM
AULA 04

1. MEDIAÇÃO: sistema confidencial e voluntário de gestão de litígio a partir do qual os


litigantes se socorrem de um terceiro que deve atuar de maneira imparcial e independente,
para dirimir o conflito. Atua como um facilitador e trabalha a comunicação e a relação dos
litigantes.

1.1. SISTEMÁTICA: Se utiliza de técnicas e procedimentos calcados na psicologia, no


direito, na sociologia e na filosofia de linguagens.

1.3. AMBIENTES: familiar, comunitária, que haja relação de afeto entre os sujeitos.

1.4. CLASSIFICAÇÃO:
A) JUDICIAL: se presencia a participação do instituto no curso de uma ação judicial, de
natureza civil, ou penal. O mediador sujeita-se a compromisso.
B) EXTRAJUDICIAL: as partes conflitantes elegem um terceiro, imparcial ao litígio, para
contribuir com o melhor
C) INCIDENTAL: obrigatória na fase de conhecimento, salvo as exceções previstas em lei.
Se dá de acordo com as regras do CPC 2015

1.5. ETAPAS:
A) PRÉ-MEDIAÇÃO: fase em que se determina as regras, quantias, valores, número de
sessões, tempo de duração de cada sessão. Após assina-se termo de compromisso de
mediação.
i) INICIO DA SESSÃO DE MEDIAÇÃO: o mediador deve:
 Iniciar as tratativas entre os litigantes
 Procurar fazer uso de um tom positivo
 Auxiliar os indivíduos a expressar os seus sentimentos e interesses
 Selecionar as áreas e as questões que a seguir serão alvo de discussão
 Ajudar os litigantes na exploração de compromissos, de pontos que são relevantes e
de influências.
ii) DEFINIÇÃO DA AGENDA
 Identificar as áreas de interesses para os litigantes
 Definir o que de fato vai ser discutido
 Determinar o encaminhamento lógico das questões que serão conduzidas
 Estimular a melhor comunicação dos litigantes
 Efetuar a agenda cronológica da negociação
iii) INTERESSE OCULTO DAS PARTES:
 Deve tentar localizar os reais interesses das partes
 Demonstrar compromisso com o processo
 Angariar a confiança dos sujeitos
 Formular perguntas propositivas para o alcance do resultado
 Falar individualmente com cada uma das partes.
iv) GERANDO OPÇÕES DE ACORDO:
 O mediador precisa informar os litigantes sobre a possibilidade e a necessidade de
gerar algumas opções de acordo.
 Diminuir os entraves que contemplem alternativas isoladas
 Deve gerar escolhas fazendo uso da negociação entre as partes
v) AVALIAÇÃO DAS OPÇÕES PARA ACORDO: com a definição dos interesses das -
partes, o mediador deve:
 Analisar quais opões disponíveis atendem a esses interesses
 Avaliar as possibilidade do referido acordo tendo como base os critérios previamente
estabelecidos
 Medir os gastos e os benefícios das opções antes de as partes escolhê-las
vi) DESFECHO SATISFATÓRIO: construção do acordo após o desempenho de tarefas e
responsabilidade do mediador e do esforço das partes.

1.6. DAS TÉCNICAS DE MEDIAÇÃO:


A) COMEDIAÇÃO: aconselhável diante da complexidade ou da natureza do conflito. É
realizada por um profissional que é especialista na área de conhecimento que atinge o
conflito.
B) RECONTEXTUALIZAÇÃO: busca determinar a organização do conflito por meio da
abordagem dos enfoques das necessidades, prospectivo e baseado em uma linguagem
neutra. Técnicas:
 Repetir o que a pessoa disse usando outras palavras
 Enfatizar os pontos positivos
 Incluir todas as pessoas envolvidas no conflito
 Permitir que ouçam suas histórias contadas por terceiro neutro e imparcial

C) IDENTIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS IMPLÍCITAS:


 Busca interpretar nas entrelinhas o que efetivamente o indivíduo almeja
 Observar a máxima atenção por que a própria pessoa pode estar propondo soluções,
embora sem consciência de que está atuando dessa maneira
 Procura tornar explícitas essas propostas

D) ESCUTA ATIVA: escutar para ouvir e não para responder. O mediador deve estimular
a escuta ativa que inclusive não termine na própria escuta mas alcance aquilo que não
está sendo verbalizado. Técnicas:
 Notar as emoções
 Repetir o que as pessoas estão afirmando
 Reconhecer sentimentos (necessidades e interesses ocultos)
E) CONSTRUÇÃO DAS POSSIBILIDADES:
 Informar os envolvidos acerca da necessidade de gerar várias opções
 Deverá reduzir os compromissos com alternativas que sejam isoladas
 Gerar variações fazendo a utilização da negociação, com base nos interesses dos
litigantes.

F) ACONDICIONAMENTO DAS QUESTÕES E INTERESSES DAS PARTES:


 Alcançar o consenso
 Sublimar os interesses divergentes
 Atingir compreensão recíproca

G) TESTE DE REALIDADE OU REFLEXÃO: busca o melhor posicionamento dos
envolvidos sobre o problema que os envolve.

1.7. PRINCÍPIOS DA MEDIAÇÃO


A) AUTONOMIA: em buscar um mediador e também em não aceitar a imposição do
acordo
B) PRESERVAÇÃO DOS LAÇOS ENTRE AS PARTES: busca suavizar a disputa
C) ECONOMICIDADE: mais econômico em relação a disputa litigiosa
D) CONFIDENCIALIDADE: o mediador não pode dar publicidade para o que é discutido
nas sessões de mediação, inclusive nas individuais
E) CELERIDADE: por força da informalidade do processo, seu trâmite é mais célere que o
judicial
F) ORALIDADE:
G) INFORMALIDADE: As regras são pactuadas pelos sujeitos.
H) CONSENSUALISMO:
I) BOA FÉ:
J) IMPARCIALIDADE:
K) APTIDÃO: O mediador deve dominar a técnica adequada para cada sessão.

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