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essa camisa branca é minha... o mesmo é dito sobre seus cabelos, meus cabelos estão longos, curtos
etc. Antes de você passar creme nas mãos você diz; as minhas mãos estão secas... Do mesmo modo
quando o corpo físico está doente podemos dizer, o meu corpo está doente. Quando jovens dizemos, o
meu corpo é jovem e vibrante. Quando idosos, meu corpo é velho, e com pouca vitalidade.
É evidente que qualquer coisa que apareça no seu campo de percepção e seja testemenhunhado pela
sua consciência, por conclusão lógica não pode ser você, porque nesse mundo dualístico aparente o
objeto não pode ser o sujeito. Sujeito e objeto é a dualidade primordial que projeta a existência de todo
o nosso universo. Essa é a definição Vedântica do que sejam; “objetos”, tudo aquilo que seja
testemunhável por você, e por exclusão, “não-você”.
Seguindo essa lógica incontestável do que seja um objeto podemos igualmente dizer que os nossos
pensamentos, emoções, memórias, ideias, conceitos intelectuais etc, sejam todos objetos aparecendo
para você. A única diferença é que esses são objetos sutis com os quais nos confundimos e identificamos
muito mais facilmente do que com nossas mãos, sapatos, camisas e cabelo.
Mas Vedanta somente fará sentido para um buscador espiritual se esse compreender que a única
resolução permanente para o seu senso de separação, limitação e inadequação é o reconhecimento de
sua identidade comum com o Ser absoluto e universal.