Os primeiros cosméticos de que se tem notícia foi 30 mil anos atrás, na era pré-histórica, quando os homens das cavernas tatuavam, pintavam ou encobriram seu corpo com misturas feitas de cascas de árvores, seiva de folhas esmagadas e orvalho. Na Mesopotâmia, um dos berços da civilização, arqueólogos também encontraram placas de argila onde havia instruções sobre higiene corporal, o que indica como as pessoas já davam importância para esse tipo de coisa naquela época. Mas, tudo indica que foram os antigos egípcios que iniciaram o costume de se consumir cosméticos com o intuito de embelezar e rejuvenescer, que há milhares de anos atrás já dispunham de fórmulas cosméticas. Por exemplo, eles costumavam utilizar óleo de castor como protetor para a pele e tomavam banho com uma mistura perfumada à base de cinzas ou argila. Também usavam extratos vegetais, como a henna. Eles usavam, inclusive, caixas de toalete para guardar seus cosméticos. Os “kits toaletes” dos faraós eram até enterrados juntos com eles quando faleceram, para que pudessem utilizar seus cremes e poções de beleza na “outra vida”. Durante o império romano o médico grego Galeno de Pérgamo (129 a 199 d.C.) desenvolveu pesquisas sobre a manipulação de fórmulas cosméticas, iniciando a era galênica dos produtos químico-farmacêuticos. Foi o precursor dos modernos cremes para a pele a partir da mistura de cera de abelha, óleo de oliva e água de rosas. Galeno deu o nome de Unguentum Refrigerans a seu produto, na verdade um cold cream(geléia real). O creme se funde em contato com a pele, liberando a fase interna aquosa, o que produz uma sensação refrescante. A mesma fórmula ainda é utilizada atualmente nas emulsões de água em óleo. Na Grécia antiga os banhos eram uma prática comum, e a higiene e o asseio eram valorizados. Nos manuscritos de Hipócrates já se encontram orientações sobre higiene, banhos de sol e de água e a importância do exercício físico. Cosmus, perfumista romano famoso do século I, que fabricava o cosmianum, ungüento antirrugas de grande fama, além de vários preparados. Foi também na Era Romana que surgiu a alquimia, uma ciência oculta que manipulava formulações cosméticas para rituais de magia e ocultismo. Foi neste período que Ovídio escreveu o seu livro voltado à beleza feminina “Os produtos de beleza para o rosto da mulher”, que ensinava as mulheres a cuidarem da beleza com receitas caseiras. Na Idade Média, a higiene passou a ser condenada pelo cristianismo. A repressão da Idade das Trevas fez com que o hábito de tomar banho fosse praticamente banido da vida das pessoas, o que causou um aumento considerável na proliferação de doenças.