Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tupis e guaranis
Ao longo desse processo, teria ocorrido a diferenciação linguística e social que
deu origem aos troncos indígenas Macro-Jê e Macro-Tupi. Deste último, entre
os séculos 8 e 9, originaram-se as nações Tupi e Guarani. São as que mais se
destacam nos últimos 500 anos da História do Brasil, justamente porque
tiveram um contato mais próximo com o homem branco.
Suas tabas (aldeias) abrigavam entre 600 e 700 habitantes. Levando em conta
as possibilidades de abastecimento e as condições de segurança da área, um
conselho de chefes determinava o local onde eram erguidas. As aldeias eram
formadas por ocas (cabanas), habitações coletivas que apresentavam formas e
dimensões variadas. Em geral, as ocas eram retangulares, com o comprimento
variando entre 40 m e 160 m e a largura entre 10 m e 16 m. Abrigavam entre
85 e 140 moradores. Suas paredes eram de madeira trançada com cipó e
recobertas com sapé desde a cobertura.
Povos guerreiros
O caráter beligerante das sociedades indígenas brasileiras desmente a versão
da história segundo a qual os índios se limitaram a assistir à ocupação da terra
pelos europeus, sofrendo os efeitos da colonização passivamente. Ao
contrário, nos limites das suas possibilidades resistiram à ocupação territorial,
lutando bravamente por sua segurança e liberdade. Entretanto, o contato inicial
entre índios e brancos não chegou a ser predominantemente conflituoso. Como
os europeus estivessem em pequeno número, podiam ser incorporados à vida
social do índio, sem afetar a unidade e a autonomia das sociedades tribais.
Índios sobreviventes
Finalmente, para preservar a unidade e a integridade de seu modo de vida, os
índios optaram também pela migração para as áreas interioranas, cujo acesso
difícil tornava o contato com o branco improvável ou impossibilitava a este
exercer seu domínio. Essa alternativa, porém, teve um preço alto para as tribos
indígenas, forçando-as a adaptar-se a regiões mais pobres ou inóspitas.