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1.

INTRODUÇAO – HISTÓRIA E OS COSMÉTICOS

1.1-Civilizações Antiga

Os cosméticos vêm sendo utilizado desde a pré-história, quando os homens das


cavernas se tatuavam para rituais religiosos, se camuflavam para a caça e ou se lavam,
utilizando – se de extratos de folhas e flores, argilas, gordura de animas para fazer o
produto desejado como as tintas para tatuagens ou camuflagem. Com o passar dos anos,
o cosmético ainda rudimentar chegou ao Egito Antigo, no qual começou a se destacar
muito na utilização de cosméticos, como a maquiagem envolta dos olhos, protetor solar
feito de óleo de castor, argila, cinzas e ervas eram utilizados na fabricação de uma mistura
que usavam para se banhar, mas ainda utilizado fortemente na religião com o Kohl;
segundo o site Portal da Educação, Trivisan 2011 e Gomes 2019.

Figura 1: Mulheres usando maquiagem em festa no Antigo Egito.


Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe14039901.htm

A rainha Cleópatra 7ª que viveu no sec. I conquistou dois importantes generais


romanos (Julio Cesar e Marco Antonio), não fato de por ser uma mulher poderosa e
politizada que era sendo rainha do Egito após conquistar o trono de seus irmãos, mas sim
por sua beleza, na qual ela a realçava através do uso de cosméticos que ela mesma
formulava chegando até a criar um livro de como fabricar e como utilizá-los, porem este
livro se perdeu a pois o trágico suicido por não ter conseguido conquistar o terceiro
general romano Otavio Augustus. Os egípcios utilizam o rímel (Kohl), que era fabricado
de sais de antimônio, pois acreditavam que este impediam de ver Rá (Deus Sol), eles
possuíam um tipo de “necessaire” na qual guardavam os kits de cosméticos, como
protetores solares, o Kohl, a mistura de ervas cinzas e argila, etc. Caixa de um suposto
“blush” usados no antigo Egito ilustrado na Figura 2, sendo uma caixa de marfim datada
de aproximadamente 1550 – 1458 a.C.

Figura 2: Caixa de marfim presa com um pino utilizado supostamente para guardar
um tipo de “blush”, pelas pessoas no antigo Egito. Fonte:
https://www.metmuseum.org/art/collection/search/547031.

O cosmético também se fez presente na Roma Antiga, tanto que a palavra


tem usa origem derivada da palavra kosmetikós e do latim cosmetorium que significa “
aquilo que serve para adornar”, os gregos/romanos até tomavam banho com leite de cabra
para deixar a pele macia e sedosa, algo que até a Cleópatra fazia, e nos dias atuais algumas
clinicas de estéticas fazem. Na Roma havia um perfumista famoso no século primeiro que
produzia e vendia uma loção ante rugas chamada de cosmiaum, o Cosmus que também
deu ajudou a dar a origem a palavra cosméticos utilizada atualmente. O filosofo, físico,
farmacêutico, medico Claudius Galen de Pergamon que viveu entre 130 a 200 d.C.,
desenvolveu um unguento feito à base de cera de abelha, leite de rosas e óleo de oliva, o
qual dava a sensação de “frescor” na pele, o qual deu o nome de Unguentum Refrigerans
conhecido atualmente como o Cold Cream, que foi a base para as emulsões (agua em
óleo) produzidas até hoje. Ainda da Roma e Grécia antiga eles utilizavam metais
potencialmente tóxicos com chumbo branco, pó de giz para embranquecer a pele tanto
para tratamento de acnes, juntamente com farinha de cevada e manteiga; segundo o site
Portal da Educação, Neto 1999, Trivisan 2011 e Gomes 2019,

Figura 3: Claudius Galen de Pergamon 130 a 200 d.C., criador do Unguentum


Refrigerans.fonte: Sùmerd Cuidando de Peles Especiais.

Outra época que marcou fortemente a história do cosmético em relação a


humanidade, foi na Idade Média, onde a religião e a medicina pregava fortemente, que as
pessoas não deviam tomar banho, pôs acreditavam que o fato da agua quente abrir os
poros da pele, permitia que as doenças “entrasse no corpo”; já no âmbito religioso
acreditava-se que isso era vaidade e devia ser evitado de todo e a qualquer custo, esse ato
era considerado um culto a beleza, isso fez com que a população não usasse mas
cosméticos e produtos para higiene pessoal, porém não em toda a Europa foram adotados
tais parâmetros de crença religiosa ou medica, nas regiões controladas por mulçumanos
como Sevilha, Granada e Córdoba, matinha seus costumes de higiene normalmente
utilizando as casa de banhos (local onde a comunidade se banhava), enquanto seus
vizinhos europeus tomavam um único banho por ano, a comunidade mulçumana não
deixaram de tomar banho e as práticas de higiene pessoal como os europeus que segundo
alguns autores até param de limpar sua casa fazendo com que o aumento das doenças e
pragas crescem de forma exponencial, o único momento em que o povo usava agua era
para beber e lavar as mão antes das refeições; no séc. XIII houve a peste negra a qual
começou a se espalhava pelas pulgas dos ratos que alimentavam e moravam nas sujeiras
que havia nas cidades, as pulgas dos ratos se alojavam nas camas dos humanos que era
feita de palhas e nas paredes da casa, a peste evoluiu de tal maneira que começou a ser
transmitida de humano para humano através da troca de fluidos corporais como espirro
tosse, similar ao COVID-19 que estamos enfrentado atualmente, a peste negra ou “peste
bubônica” é causada por uma bactéria denominada yersínia pestes (figura 4), esta
enfermidade chegou a matar um quarto da população europeia sendo conhecida como a
primeira pandemia como ilustrado na figura 5, sendo até considerada pela população
como o apocalipse sendo retratada em várias pinturas como ilustrada na figura 6,
acreditavam que peste negra se originou na Ásia mas propriamente dito China, sendo
trazida para a Europa por mercadores asiáticos que vinha negocia especiarias e tecidos;
segundo gomes 2019, Souza 2018, Trevisan 2011,Silva 2008 et al.
Figura 4: Micro-organismo patogênico yersínia pestes visto por microscópio.
Fonte:https://microbewiki.kenyon.edu/index.php/Yersinia_Pestis_(Pathogenesis)

Figura 5: Pintura retratando a situação da população europeia. Os enfermos


agonizando nas camas enquanto alguns recorriam as suas crenças. Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-a-peste-negra.htm

Figura 6: Representação da crença que aquele período era o apocalipse, o cavaleiro da


morte representado no livro de Apocalipse na Bíblia Sagrada. Fonte:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-media/peste-negra.htm

Enquanto os europeus não se dedicavam a higiene pessoal os asiáticos, indianos,


chineses e islâmicos evoluíram fortemente na cosmetologia e na medicina a ponto de
aprimorarem o processo de destilaria e substituir pastas de amêndoa por sabões na hora
do banho, utilizavam a destilaria para extração de essências florais, como ilustrado nas
figuras 7 e 8, ambas a cosmetologia e medicina evoluíram de mão dadas. Linha do tempo
mostrando as principais evolução do cosmético desde antes 3000 a.C até 1900 d.C.,
incluindo a primeira farmacopeia Nicolae Antidotarium, juntamente com a evolução na
area química inorgânica e orgânica; como ilustrado na figura 7 demostra evolução nessas
areas no período de aproximadamente 3000 a.C até 1000d.C e figura 8 a linha do tempo
ilustra a evolução de aproximadamente 1000 d.C. a 1900 d.C., mostrando assim os
grandes eventos ocorrido na história nestes períodos, segundo Souza 2018.

Figura7: Linha do tempo mostrando a evolução da cosmetologia e outras areas de


3000ª.C até 1000 d.C.
Figura 8: Linha cronologia mostrando a evolução da cosmetologia e outra areas
desde 1000d.C até 1900d.C.

1.1.2-História Moderna (Renascentismo a Atualidade)


Na era Renascentista a população deixa de ser teocrata (obedecer a voz da
igreja) e entra no período do antropocentrismo (o homem é o centro do universo), assim
as mulheres retomam o apto se maquiar, tingir os cabelos de loiro com o auxílio de
sulfetos e outros metais pesados juntamente com mel e outros compostos, que compunha
os cosméticos daquela época, isso passa a ser retratado em quadros históricos como A
Gioconda, de Leonardo Da Vinci figura 9, que foi pintada sem sobrancelhas, como a pele
alva e delicada, várias outras pinturas de mulheres utilizando maquiagem foi pintas nessa
época como a Rainha da Inglaterra Elizabeth I figura 10 após esse marco pela rainha e
todos os marcos na era da renascença entre os sec. XIII a XVI utilizando corantes naturais
oxido de zinco, óleo de rícino e outras matéria-prima para fazer maquiagens, tintas para
deixar o cabelo loiro e tratamento para acne, pomada para queimadura e outros produtos,
a população começou a entrar na era Elisabetana (que recebeu esse nome por conta da
inspiração que a rainha deu a população no sec. XVI) se profundado mas ainda na
conservação da beleza que os cosméticos fornecem ; segundo Trevisan 2011 e Souza
2018.

Figura 9: Retrato A Gioconda, pinto por Leonardo da Vince. Fonte:


https://veja.abril.com.br/cultura/mona-lisa-prisioneira-das-selfies-em-seu-bunker-
blindado-no-louvre/.

Figura 10: Rainha da Inglaterra Elizabeth I. Fonte:


https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/afinal-por-que-elizabeth-i-e-
conhecida-como-rainha-virgem.phtml.

Nos séculos seguinte os cosméticos começaram a ser produzidos em casa


pela mulheres, e com a popularidade que os cosméticos estavam possuindo isto auxilio
no desenvolvimento químico levando a descoberta de vários compostos, o conhecimento
mas aprofundado dos já utilizados e com isso descobrindo matérias que eram prejudiciais
à saúde fora sendo proibidos no processo de produção, criando assim o ramo da ciência
conhecido com a “toxicologia”, como o consumo dos itens estava crescendo fortemente
nos países e a revolução industrial acontecendo, os cosméticos começaram a ser
produzidos em larga escala como sabonetes produzidos pro Harley Procter e James
Gamble utilizando o dióxido de titânio para branquear a pasta produzida e ácidos graxos
puros, a criação de salões de beleza pela Europa, tudo contribuía para o crescimento do
ramo e da ciência química, neste período também vários empresários visionários como
David Mcconnell (figura 11), fundador da California Perfumes em 1886 que
posteriormente seria a Avon, Helena Rubinsterin e Elizabeth Arden na criação dos salões
de beleza, Max Factor criador do creme Nivea e fundador da mesma em 1920, entre outros
segundo Fogaça , Trevisan 2011, Souza 2008, Souza 2015 et al.

Figura 11: Fundador da California Perfumes, David Mcconnell; fonte:


https://www.pinterest.es/pin/334110866104999265/?amp_client_id=CLIENT_ID(_)&m
web_unauth_id={{default.session}}&from_amp_pin_page=true

Dando um salto na linha temporal, atualmente as indústrias de produtos de


higiene pessoal e cosméticos estão sendo pressionadas cada vez mais para utilizar a
famosa química verde que é definida pelo uso de matéria-prima que não prejudiquem o
usuário e nem o meio ambiente que será despejada após sua utilização do produto
acabado, isso vem fazendo com que a cada dia haja um avanço tecnológico em todas as
areas desde maquinários até pesquisa para substituir um composto químico presente em
determinada matéria-prima. Na antiguidade os cosméticos sua principal função era
disfarçar ou enganar o mal cheiro causado pelos maus hábitos da população, atualmente
devido ao avanço tecnológico são utilizados para beleza, higiene e cuidado com a peles,
alguns como cremes rejuvenescedores alegam eliminar as marcas deixados pelo
envelhecimento, segundo Gomes e Heemann et al.
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) órgão
responsável por orientar e controlar fabricantes de cosméticos e produtos de higiene
pessoal e outros ramos como alimentício, fármacos, defini que os produtos de substancias
originadas de matérias sintéticos ou naturais com a finalidade de higiene pessoal,
perfumes e ou de cosméticos para o uso externo do corpo humano, com o objetivo de
limpar, corrigir, alterar e ou protege odores corporais mantendo a região em bom estado,
são divido em quatro categorias de acordo com o risco oferecido em seu uso, sendo elas,
produtos de higiene, cosméticos, perfume e produto de uso infantil, estas categorias
também são subdivididas em Grau 1 este são os produtos que não apresentam riscos
mínimos pois possuem formulação básica como cremes hidratantes, desodorantes,
shampoos e condicionadores que não tenha prefixo “ANTI” em sua ação característica
como os shampoos e condicionadores antiqueda, anticaspas, antitranspirantes, no qual
precisa de uma comprovação de sua eficácia são considerado com Grau 2, os produtos
infantis e íntimos se enquadram nesse critério, como ilustrado na figura 12 que no rotulo
consta que possui a ação antiquedas, segundo o Portal da Educação, Gomes 2019, Souza
2005.
Figura 12: Ilustração de um shampoo Grau 2 , no qual sua, ação é
“ANTIQUEDAS”, fabricado pela Minas-Brasil, fonte:
https://www.drogariaminasbrasil.com.br/shampoo-antiqueda-com-extratos-naturais-
manipulado-200ml.

Os produtos ainda podem ser divididos em suas formas e ou textura, como


loções de emulsão água/ óleo, água/álcool e ou água/propilrnoglicol, géis, suspensão
(misturas heterogenias) e pó como talcos perfumados e pó compacto. Estes ainda se
dividem em funções sendo estas:
• higienizar que são os produtos como os shampoos, sabonetes, pastas
dentais, que removem impurezas e secreções corporais;
• conserva e ou proteger como os produtos como hidratantes corporais,
protetores solares, que conservam e protegem mantendo o equilíbrio natural da pele;
• reparar e ou corrigir como antirrugas, que são compostos por matérias
orgânicos ou funcionais para repara ou corrigir ações causadas por fatores externos
• maquiar e ou enfeitar este podem ser coloridos como as maquiagens,
batons e iluminadores corporais, podendo ou não corrigir imperfeições, realçando a
beleza do usuário.
A figura 13 ilustra os produtos utilizado em nosso dia a dia, durante o decorrer
das horas, mostrando assim como a humanidade não consegue, mas viver sem os
cosméticos, e os benefícios que os mesmos trazem a saúde. Segundo Gomes 2019.
Figura 13: Quantidade produtos cosméticos que são utilizado pelo homem durante
o dia a dia do período médio das 6h30min até as 22h, e os benefícios que o mesmo traz,
Fonte: https://betaeq.com.br/index.php/2019/06/26/cosmeticos-ii-classificacoes-e-
aplicacoes-dos-cosmeticos/.
MATÉRIAS-PRIMAS E PRODUÇAO
Segundo Darezzo e Gomes, as matérias-primas utilizadas na produção de
cosméticos, perfumaria e higiene pessoal tem uma variação muito grande pois vai de sua
finalidade desejada, já as embalagens e tampas (os insumos) em sua maioria são de
derivados do petróleo ou de vidro variando do desejo do cliente do produto. O produto
final é formulado (figura 14 exemplo de uma formula simples de uma base para creme
hidratante) por misturas de vários componentes que possuem a ação de uma ou mais
atividade descrita abaixo:
• Veículos: corresponde em até 90% do produto sendo assim um tipo
de solvente, o, mas comumente utilizado e a água destilada, purificada ou
deionizada;
• Umectantes: com a finalidade de manter a umidade do produto e
fornecer a hidratação do local aplicado, exemplo glicerina e propilenoglicol
• Emolientes: agindo em conjunto com os umectantes fornecem o
aspecto de lubrificação e hidratação, geralmente são utilizados os óleos
minerais, óleos de amêndoa como exemplo;
• Espessantes: substancias capazes de aumentar a viscosidade do
produto, seria as gomas, ceras;
• Alcalinizastes, acidificantes e neutralizantes: com a capacidade de
regular o pH de acordo com a necessidade do produto, um exemplo seria o
ácido cítrico e a trietanolamina;
• Fragrâncias / Essências: substancia que da o odor (perfume) ao
produto.
• Corantes: geralmente um pó que da cor ao produto;
• Conservantes: substancias capazes de reduzir a atividade
microbiana (caso haja contaminação), conservar a cor ao produto caso ele seja
fotossensível (capacidade de reagir a luz ambiente alterando assim sua cor
padrão), um exemplo de conservante microbiológico seria a Koralone LA;
• Princípio Ativo: a substancia que dá característica ao produto o
melhor exemplo seria os produtos de Grau 2 como já citado anteriormente os
que tem a palavra “ANTI”, mas também os hidratantes que são Grau 1 se
encaixam neste fator, como exemplo os antissépticos, hipermerantes,
calmantes e hidratantes;
• Agente quelantes e ou sequestrantes: são os responsáveis por
sequestrar os íons cálcio bivalente (Ca2+), magnésio bivalente (Mg2+) e ferro
III (Fe3+) e outros íons, que causam a chamada “água dura”, os principais
utilizados são o EDTA e NTA;
com estas matérias primos podemos produzir três tipos de cosméticos os naturais,
orgânico e veganos:
• Naturais: contem somente 5% de matéria-prima orgânicas e ou
sintética em sua formulação, como silicones, derivados de petróleo, triclosan,
etc.;
• Orgânicos: matérias que de sua plantação a sua produção ou
processo não agridem o meio ambiente, sendo livres de agrotóxicos como
exemplo,
• Veganos: que utiliza matérias prima não testada em animais, e que
produto final também não seja testado em animais, também se encaixam as
matérias produzida por eles como cera de abelha, mel, colágeno etc.;
Uma das vantagens de sua produção é que são poucos produtos que precisa de
uma elevada temperatura em sua produção, sendo a temperatura máxima de 80 a 85°C,
pois acima disto pode há degradação das mesmas, geralmente os produtos são produzidos
em temperaturas ambientes; como já citado o veiculo mas utilizado é a agua que também
é utilizada quanto a necessidade de troca térmica na produção do produto; sendo
produzido por batelada (um certa quantidade por vez) o que pode ser um problema
causando variações de lote para lote, exigindo assim um ótimo controle de qualidade em
todas as areas da produção. A figura 15 ilustra o fluxograma do processo produtivo, no
momento em que a matéria-prima é recebida na empresa, analise de controle de qualidade,
armazenagem (estoque), processo produtivo (pesagem e separação para fabricação do lote
segundo formulação, separação de insumos e o processo de produção “mistura das
matéria-prima em um reator” previamente sanitizado), processo de envase é colocar o
cosmético em sua respectiva embalagem já rotulada, armazenamento do produto final
para o envio ao comprador, e por fim o envio para os supermercados, farmácias,
perfumarias e lojas cosméticas, na qual o cliente final ira escolher o produto que mas lhe
agrada segundo o fim desejado.
Figura 14: Formulação simples de uma creme hidratante, a sigla “qsp” significa
quantidade suficiente para completar 100%, pois a formulas são criada em porcentagem
de concentração da matéria prima: fonte : https://www.quimicadabeleza.com/cremes-e-
locoes/.

Segundo o site Química Da Beleza do qual a figura 14 foi pega deixa um simples
modo de preparo que é:
“O processo de fabricação de um creme ou de uma loção clássicos consiste
basicamente na mistura de uma fase aquosa e de uma fase oleosa, que são aquecidas à
temperatura de aproximadamente 80°C, por determinado período de tempo, para a
formação da emulsão.
Após a emulsificação, a mistura é resfriada e quando estiver na temperatura de
45°C, são adicionados a ela os conservantes, os aditivos e a fragrância, que são sensíveis
a altas temperaturas, finalizando o processo. “Darezzo 2019.
Figura 14: Fluxograma do processo produtivo de um cosmético. Fonte:
https://betaeq.com.br/index.php/2019/06/26/cosmeticos-iii-materias-primas-e-processo-
de-producao-dos-cosmeticos/
2. Objetivos
- Controle de qualidade de matéria primas e produto final;
- Desenvolvimento de amostras;
-Emitir laudos do controle de qualidade;
-Lavar vidrarias;
-Auxiliar na produção;
-Envasar amostras;
-Controlar arquivo de amostras e formulas produzidas;
-Liberar produtos produzidos;
-Analisar estabilidade dos produtos em condições forçadas segundo
método interno.

3. História da empresa

W. FRAZAO INDUSTRIA DE COSMÉTICOS

“Fundada em 2012, nossa meta é a fabricação de produtos cosméticos para


terceiros, atendendo as necessidades de mercado com produtos sustentáveis e com menor
impacto sobre o meio ambiente. Nosso objetivo principal o custo-benefício atrelado à
qualidade do produto final.” Fonte: website da empresa
http://www.wfrazao.com.br/sobre/

Sendo está a empresa que me permitiu cumprir as horas de estagio


obrigatório, a qual é gerenciada pelo fundador e diretor Welliton Jose Frazao , o qual
possui a formação de nível superior nas areas química, farmacêutica e cosmetologia, já
atuou na area em empresas anteriores em que foi empregado e como consultor técnico,
serviço que ainda presta a clientes que o procuram, sendo o empreendedor e visionário
que é abriu a empresa W.FRAZAO neste seguimento, em 2012, e vem ganhando mercado
a cada dia através de inovações e qualidade em seus produtos, além de investir em seu
pessoal os qualificando a cada dia com seus conhecimentos adquiridos tanto em suas
formações como as experiencias adquiridas com sua carreira profissional. A empresa
produz aproximadamente de 4 a 7 toneladas de produto acabado, sendo uma gama de
produtos como shampoos, mascaras capilares, reparadores de pontas, lubrificantes
íntimos, álcool em gel, leve- in, loções finalizadoras, escovas alisadoras sem formol,
aromatizadores de ambiente, pó-descolorante, ceras modeladoras entre outros produtos
solicitados, vem investindo cada vez, mas em equipamentos e tecnologia para satisfazer
seus clientes aumentando assim sua eficiência e qualidade.

4 - Atividades realizadas

O controle de qualidade na empresa é realizado através de técnicas físico


químicas como:
• medição de pH: os produtos capilares geralmente tem o pH ácidos
para melhor efetividade dos mesmos;
• analises organolépticas (cor, odor, aspectos, etc.): analise de forma
física do produto como para garantir que o lote apresenta a menor variação em
seu aspecto, odor, cor que o lote ou amostra anteriormente produzida;
• Viscosidade: é uma das mais importante analises realizada através
dela vemos a resistência que o produto possui para que realizar o envase de
modo adequado e garantindo assim o aspecto geralmente do produto,
• Analise de estabilidade (teste interno): este método analisa o
comportamento que o produto final ira ter em climas, com temperaturas
elevadas entre 45 a 50°C e baixas entre 5 a 10ºC, no interior de armários e em
contato com a luz solar durante um período de 90 dias sendo analisado no dia
em que foi produzido um, dia depois de sua produção 15, 30, 45 e 90 dias
respectivamente;
• Densidade: sendo uma propriedade física que caracteriza uma
substancia, também é utilizada para determinar a quantidade em massa (g) do
produto a ser envasado através da formula g=V*d.
• Microrganismos: conforme ANVISA é realizado a analise de
presença e ou ausência, e contagem de unidades formadoras de colônia.

O desenvolvimento de amostra, geralmente e feito através de uma contratipagem


de produtos de mercados, o qual o cliente entra em contato com a empresa, fornecendo
se possível uma amostra do produto desejado, buscamos em nosso banco de dados se
temos algo parecido já produzido fazemos as devidas alterações para que nos contra tipos
fiquem o mas próximo que o produto desejado pelo cliente, enviamos a amostra e
mantemos uma retenção, e aguardamos a liberação e o pedido do cliente assim o produto
ira entrar na analise de estabilidade, depois de liberado pelo teste de estabilidade e feito
o primeiro lote do produto que também passara pela análise de estabilidade.
No próximo item resultados e discussão irei apresentar os resultados de uma
amostra em desenvolvimento, que possui o princípio ativo o nicotinato de metila que é
um agente hipermerantes que uma substancia que fornece o aceleramento a circulação
sanguínea no local em que é aplicado, sendo também um vaso dilatador, utilizado em
tratamentos de celulites, em alguns lubrificantes eróticos devido sua capacidade de
“inchar” o local aplicado, imagens a seguir ilustra algumas etapas do processo de
desenvolvimento.

Nestas imagens acima o veículo que está sobre agitação, que foi
previamente pesado sendo a formulação oriente é a água, usando a técnica de pesagem
foi pesando uma matéria prima com aproximadamente 27g como ilustrado acima para ser
adicionado ao veiculo sobre agitação.
Com o auxílio de uma espátula as matéria-prima que são pesadas são
adicionadas no reator para realizar a homogeneização, segundo a formulação. E temos o
produto finalizada, o qual será analisado para enviado ao cliente.
5 - Resultados e Discussão

Depois que a amostra foi produzida segundo a formulação, é realizado


algumas analises que serão apresentadas abaixo.

[PB1]

Nas imagens acima é realizado uma das análises organolépticas a de


aspecto e sensorial, ou seja ver se o produto esta se espalhando corretamente sobre a pele
do usuário, como esta sendo produzido um hiperemiantes após um certo tempo ele deve
causar uma irritação leve na pele a deixado levemente rosada e “inchada” devido suas
propriedades de vaso dilatadoras, ou seja nestes quesito o produto respondeu
positivamente como o esperado, sendo liberado para outras analises.

Outra analise realizada é a da densidade, com auxílio de um picnômetro de


mL este sendo pesado e tarando a balança como podemos ver na imagem que
apresenta a marcaçao zerada, é adicionado a amostra e pesado como ilustra na imagem
obtever o seguinte resultado 24,96 g, utlizado a formula da densidade d=gmL-1 podemos
fazer o calculo para ver se ela esta dentro do padrao, assim obtemos a seguente densidade
0,9984 gmL-1, este dado é utilizado tambem para determinar a massa há ser envasada
m=d*V neste caso o volume (V) é de 60mL, entao a massa (m) é de 59,90g, porem pela
legislaçao não podemos envasar uma qunatidade menor que a combinado com o cliente
por isso adiciona-se a margem de erro de 5g pra mais, ou seja, o envase é realizado de
59,90 a 64,90g, assim satisfazendo a lei e facilitando o processo na produçao de grande
escala.
Com o auxílio de um pHmetro realizamos a medição de pH e de
temperatura da amostra como ilustrado na figura acima o qual obtivemos os resultados de
5,38 e 27,6ºC, o que nos permiti liberar o envase e aprovação da amostra. Como é um
liquido sem alguma matéria prima que lhe ofereça necessidade da medição de viscosidade
ela se torna não aplicável (N/A).

Amostras envasadas com aproximadamente 60 g e prontas para serem


identificadas, para serem envias a cliente solicitante.
6- Conclusão
Os cosméticos veem passando por vários aprimoramentos durante os anos
desde a pré-história a atualmente, graças ao avanço tecnológico em todas as areas na qual
ele atua e é influenciado, neste mercado competitivo na onde o simples fator do odor pode
fazer com que deixe de ser vendido, o que dirá de variações em seu processo fabril que
como vimos não é continuo e estável, isso faz com que a cada lote haja um busca por
melhoria tanto de matéria prima como no processo fabril, sempre tentando manter e ou
elevar o padrão de controle de qualidade a um nível acima, buscando sempre manter o
preço o mais baixo possível para atrair cada vez mas clientes a cada dia. E com amplo
ramo que o seguimento nos oferece como a produção de um único produto para várias
finalidades diferente, além disso este seguinte nos permite fabricar muitos produtos como
perfumes, produtos de higienes pessoal entre outros.
Como observamos pelas análises do hipermerante, do pH, temperatura,
densidade, organolépticas e físico-químicas, este produto pode ser liberado para a cliente
realizar os testes internos em seu processo para a realização de pedidos para larga escala.

E por fim a necessidade e importância do controle de qualidade em uma


indústria de cosmético, com a finalidade de sempre manter o padrão e realizar as analises
de produtos finais e o laboratorio de desenvolvimento de amostras para atrair os clientes
mostrando o diferencial e o melhor que a empresa pode lhe oferecer.

7 - Referências

“A HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS”. Disponível em:


https://www.candydreams.com.br/a-historia-dos-cosmeticos. Acesso 31 de outubro de
2020
“Era Moderna: consolidação de mercado de higiene e cosméticos”. disponível
em:https://hojenossodia.wordpress.com/2016/12/18/era-moderna-higiene-cosmeticos/.
Acesso 31 de outubro de 2020
Bem, Artur. “A Fascinante História dos Cosméticos”. Disponível em:
https://sumred.com.br/a-fascinante-historia-dos-
cosmeticos/#:~:text=Os%20primeiros%20cosm%C3%A9ticos%20de%20que,de%20fol
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Acesso em 28 de outubro de 2020
Boucinhas, Jorge “Os Cosméticos (1)” .Disponível
em:http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/os-cosma-ticos-1/334642. Acesso 31 de
outubro de 2020
Darezzo, Ana , “matéria prima usadas em cosméticos” disponível em :
https://www.quimicadabeleza.com/materias-primas-usadas-em-cosmeticos/. Acesso em
01 de novembro de 2020
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Fernandes, Claudio, “Peste Negra”. Disponível em:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-media/peste-negra.htm. Acesso 31 de
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