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ITTT - INSTITUTO POLITÉCNICO PRIVADO DE TREINAMENTO EM

TÉCNICAS E TECNOLOGIA
ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO E SEGURANÇA EMPRESARIAL

Trabalho de conclusão do curso,


apresentado como requisito para
obtenção do grau de Técnico Médio
em Eletrónica e
Telecomunicações ao Instituto de
Treinamento em Técnicas e
Tecnologia.

Orientador: Prof. Doutor Eng.


José Neto da Cruz Fernandes

i
VIANA/2022
INSTITUTO POLITÉCNICO PRIVADO DE TREINAMENTO EM TÉCNICAS E
TECNOLOGIAS - ITTT
ELECTRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO E SEGURANÇA EMPRESARIAL

GRUPO Nº: 05
TURMA: ET13
CLASSE: 13ª
CURSO: ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES
DENILSON LUÍS
MILADYS SEBASTIÃO

Trabalho de conclusão do curso,


apresentado como requisito para
obtenção do grau de Técnico Médio
em Eletrónica e
Telecomunicações ao Instituto de
Treinamento em Técnicas e
Tecnologia.

Orientador: Prof. Doutor Eng.


José Neto da Cruz Fernandes

ii
VIANA/2022

iii
Folha de Aprovação

Aprovado: _______/_______/_______

iv
Dedicatória

Dedicamos este trabalho aos nossos pais por terem suportado os nossos
estudos desde o princípio até o fim do nosso curso.

v
Agradecimentos

Primeiramente agradecemos à Deus todo-poderoso, por ter nos dado força


de superarmos as dificuldades e terminarmos o nosso curso, aos nossos pais
por terem confiado em nós até aqui, e ao nosso Professor José Fernandes pelo
ensinamento.

vi
Epígrafe

“A primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos negócios é que a


automação aplicada a uma operação eficiente aumentará a eficiência. A
segunda é que a automação aplicada a uma operação ineficiente aumentará a
ineficiência. ”

Bill Gates

vii
Resumo

Este sistema de automação tem a finalidade de simplificar certas tarefas do


ser humano no seio empresarial. Com funções como controlar as portas de
entrada e saída da empresa, detectar movimentos de pessoas na empresa
assim permitindo o acionamento das luzes do local automaticamente onde
detectar presença, controlar os níveis de temperatura e regular para que haja
uma temperatura estável e favorável para todos os funcionários, este sistema
também está capacitado a agir caso haja incêndio na empresa, activando
assim um dispositivo para combater o fogo na empresa.

Este projecto está afeto nas áreas de Eletrónica, Telecomunicações e


Informática, tem como base um sistema programável através de um
microcontrolador OpenSource utilizando a linguagem de programação C.

Palavras-chave: Controlar, Acionamento, Detectar, Empresa, Sistema,


Automação, Incêndio, Microcontrolador.

viii
Abstract

This automation system is intended to ensure and simplify certain human


tasks within a business. With functions such as controlling the entrance and exit
doors of the company, detecting movements of people in the company, thus
allowing the activation of the lights of the place where presence is detected,
controlling the temperature levels and regulating to have a stable and favorable
temperature for all employees, this system is also capable of acting in the event
of a fire in the company, thus activating a device to fight the fire in the company.
.
This project is affected in the areas of Electronics, Telecommunications and
Informatics, it is based on a programmable system through a microcontroller
OpenSource using the C programming language.

Keywords: Control, Trigger, Detect, Company, System, Automation, Fire, and


Microcontroller.

ix
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Diagrama de Funções .......................................................... 8


Figura 2 – Diagrama em Blocos ............................................................ 9
Figura 3 – Módulo RFID ........................................................................ 11
Figura 4 – Circuito interno do PIR HC-SR501 ....................................... 13
Figura 4.1 – Sensor de Presença PIR HC-SR501 ................................. 13
Figura 5 – Termistor NTC ...................................................................... 15
Figura 5.1 – DHT11 e DHT22 ................................................................ 16
Figura 5.2 – LM35 .................................................................................. 17
Figura 6 – Sensor MQ-2 ......................................................................... 20
Figura 7 – Servo motor SG90g .............................................................. 22
Figura 8 – Buzzer ................................................................................... 22
Figura 9 – LCD I2C 16X2 ....................................................................... 23
Figura 10 – Circuito integrado ................................................................ 24
Figura 11 – Modelo de Von-Neumann ................................................... 26
Figura 12 – Microcontrolador PIC .......................................................... 33
Figura 13 – Vários tipos de Arduino ....................................................... 34
Figura 13.1 – IDE Arduino ...................................................................... 35
Figura 14 – Arduino Mega 2560 ............................................................. 36
Figura 15 – Circuito elétrico do SASE .................................................... 37

x
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Quadro comparativo dos sensores de temperatura ..................... 18

Tabela 2 – Instruções de transferência de dados .......................................... 32

Tabela 3 – Instruções de manipulação de dados .......................................... 33

Tabela 4 – Instruções de controlo de programa ............................................ 33

xi
LISTA DE ABREVIAÇÕES

RF Rádio Frequência

SASE Sistema de Automação e Segurança Empresarial

RFID Radio Frequency Identification(Identificação por Rádio


Frequência)

MHz Mega Hertz

VDC Tensão Directa Contínua

mA Miliampère

cm Centímetros

mm Milímetros

V Volts

mV Milivolts

NTC Negative Temperature Coeficient(Temperatura de Coeficiente


Negativo).

PTC Positive Temperature Coeficient(Temperatura de Coeficiente


Positivo).

TO-92 Transistor Outline Package

ºC Graus Celsius

GLP Gás Liquefeito de Petróleo

ppm Partes Por Milhão

PIC Programmable Interface Controller" (Controlador de Interface


Programável).

PWM Pulse Witdh Modulation

μs Micro segundos

xii
LCD Liquid Crystal Display

RAM Read Access Memory

EPROM Erasable Programmable Read-Only Memory

HD Hard Drive

CPU Unidade Central de Processamento

ULA Unidade Lógica Aritmétrica

PROM Programmable Read-Only Memory (Memória Programável de


Leitura Única)

SRAM Static Random Access Memory (Memória Estática de Acesso


Aleatótio)

DRAM Dynamic Random Access Memory (Memória Dinâmica de Acesso


Remoto)

DDR Double- Data Rate (Taxa Dupla de Memória)

DIMM Dual In-Line Memory Module (Módulo de Memória em Linha


Dupla)

TX Transmissor

RX Receptor

xiii
SUMÁRIO

Dedicatória ..................................................................................................... iv
Agradecimento ............................................................................................... v
Epígrafe ......................................................................................................... vi
Resumo ......................................................................................................... vii
Abstract ........................................................................................................ viii
Lista de Ilustrações ........................................................................................ ix
Lista de Tabelas ............................................................................................. x
Lista de Abreviações ...................................................................................... xi

1 Introdução 1
1.1. Generalidades 1
1.2. Situação Problemática ..............................................................................
2
1.3. Objectivos de Estudo ................................................................................
3
1.3.1. Objectivo Geral 2
1.3.2. Objectivo específico .......................................................................... 3
1.4. Hipóteses ..................................................................................................
4
1.5. Justificativa da Pesquisa .......................................................................... 4
2. Desenvolvimento 5
2.1. Generalidades sobre a problemática e os sistemas tradicionais 5
2.2. Sistema de Automação e Segurança Empresarial ...................................
7
2.2.1. A Caracterização do Sistema Inicial 7
2.2.2. O Princípio do Funcionamento do Sistema .......................................
9
2.2.2.1. Módulo RFID – MFRC522 .............................................................
10
2.2.2.2. Sensor de Presença .....................................................................
12
2.2.2.3. Sensor de Temperatura ................................................................
14
2.2.2.4. Detetor de Incêndio ...................................................................... 18
2.2.2.5. Sensor de Gás MQ-2 ....................................................................
19
2.2.2.6. Servo Motor ..................................................................................
20

xiv
2.2.2.6.1. Servo Motor SG90g .................................................................
21
2.2.2.7. Buzzer .......................................................................................... 22
2.2.2.8. LCD I2C 16X2 .............................................................................. 23
2.2.2.9. O Microcontrolador .......................................................................
24
2.2.2.9.1. Modelo de Von-Neumann ........................................................
25
2.2.2.9.1.1. Unidade Lógica e Aritmética (ULA) ......................................
27
2.2.2.9.1.2. Unidade de Controlo ............................................................
27
2.2.2.9.1.3. Unidade de Memória ........................................................... 28
2.2.2.9.1.4. Unidade de Entrada/Saída .................................................. 29
2.2.2.9.2. Funções Características no Microcontroladores ..................... 29
2.2.2.9.3. As Instruções e a sua Representação em Memória ............... 30
2.2.2.9.4. Microcontrolador PIC .............................................................. 32
2.2.2.9.5. Arduino ................................................................................... 33
2.2.2.9.5.1. Arduino Mega ..................................................................... 36
2.2.2.10. Esquema Elétrico do SASE ....................................................... 38
3. Conclusão .................................................................................................. 40
4. Referências bibliográficas ........................................................................ 41
5. Anexo .......................................................................................................... 42

xv
1. INTRODUÇÃO

1.1. – Generalidades.

Com o passar do tempo as coisas no mundo vão evoluindo, e a


tecnologia não fica de fora dessa grande evolução, e essa evolução tem
nos permitido fazer e controlar quase tudo que quisermos. Esta
possibilidade vem diminuindo o esforço e a intervenção humana em certas
actividades.

No presente trabalho, apresentaremos um sistema de segurança e de


automação que visa simplificar e facilitar algumas tarefas realizadas no dia-
a-dia nas empresas, tanto para pessoas comuns como também para as
pessoas com deficiência, que não podem se locomover de forma normal
para realizar algumas tarefas como abrir portas, acender luzes e muitas
outras tarefas, sem esquecer que o presente sistema também apresenta
um certo nível de segurança na empresa.

Para que este projecto funcione, são necessários alguns equipamentos


eletrónicos de preferência de baixo custo, como placas arduinos, sensores
e muito mais.

Neste sistema pode ser implementado uma variedade de funções, mas


nesse caso específico utilizaremos as seguintes funções: Abertura de
portas, detecção de presença para o acionamento automático das luzes,
acionamento dos aparelhos de climatização, acionamento dos dispositivos
instalados contra incêndio.

1
Para o desenvolvimento deste sistema de baixo custo foram escolhidos
alguns componentes prontos, como o Arduino, que é um controlador lógico
Open Source que recebe informações, processa e retorna a uma saída.

1.2. SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

De acordo com algumas pesquisas feitas, notamos que o sistema de


automação ainda não é muito comum de se ver nas empresas do nosso
país, devido ao alto custo dos serviços, e acabam utilizando os mais velhos
modos analógicos, que envolve uma percentagem de tempo que podiam
realizar outras tarefas da empresa.

Notamos também o nível de invasão e roubo nas empresas tem subido


devido à grande falta de nível de segurança considerável, e também
acabam utilizando apenas elementos como câmaras de segurança e o ser
humano como vigilante, que infelizmente não consegue e não tem a magna
capacidade de controlar tudo que acontece ao seu redor.

Como resultado da interpretação desta situação problemática, surge a


seguinte pergunta: Como criar um sistema capaz de suprir estas
dificuldades das empresas ligadas a esses casos?

2
1.3. OBJECTIVOS DO ESTUDO

1.3.1. Objectivo geral

O objectivo geral deste projecto é desenvolver um sistema autónomo e


inteligente com um nível de segurança considerável, que facilitará e
reduzirá de tal maneira a intervenção humana em algumas tarefas na
empresa, tais tarefas como acender luzes, acionamento dos aparelhos de
climatização, e outras que já foram mencionadas acima.

1.3.2. Objectivo especifico

Os objectivos específicos a considerar neste projecto são:

 Facilitar e simplificar algumas tarefas;


 Fazer com que os funcionários tenham mais interação com a
tecnologia;
 Abertura das portas quando os credenciais pedidos estiverem
corretos;
 Controlo autónomo das luzes quando detectar presença em
algum cômodo que esteja instalado o sensor de presença;
 Redução de consumo de energia desnecessário;
 Manter uma temperatura estável dentro da empresa;
 Diminuir a intervenção humana em algumas actividades.

3
1.4. HIPÓTESES

Após termos feito alguns estudos notamos que este projecto terá
vários benefícios, dentre os tais, relatamos alguns como:

 Redução do esforço humano;


 Mais segurança na empresa;
 Redução de consumo de energia desnecessário.

1.5. JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

As dificuldades encontradas e já mencionadas anteriormente justificaram


a elaboração do mesmo projecto de pesquisa designado “Sistema de
Automação e Segurança Empresarial” e tendo notado que as empresas
têm reclamado deste problema, no entanto, cremos que a implementação
desse sistema nas empresas será de grande ajuda quer seja para grandes,
médias e pequenas empresas.

4
2. DESENVOLVIMENTO

2.1. GENERALIDADES SOBRE A PROBLEMÁTICA E OS SISTEMAS


TRADICIONAIS

Como já mencionamos anteriormente, o nosso sistema tem o objectivo de


facilitar e simplificar algumas tarefas na empresa, usando sensores e leitores
de radiofrequência. Em caso de detectar presença em algum cômodo ou
corredor da empresa, o sistema por si só acende as luzes e quando não há
presença as luzes apagam, de forma a consumir menos energia, para a
abertura das portas temos leitores de cartões de radiofrequência que farão a
leitura e permitirão o acesso, se a leitura for feita de forma correta. Em caso de
incêndio o sistema aciona o sprinkler ou outro dispositivo para intervir na
situação até a chegada dos agentes de serviço de proteção civil e bombeiros,
em caso de temperatura alta ou em termos vulgar “estiver a fazer calor”, o
sistema está capacitado a acionar os dispositivos de climatização a fim de
regular a temperatura no ambiente da empresa, se for o contrário o sistema
também está capacitado a desligar os aparelhos e voltar a ligar quando for
necessário de forma a reduzir o consumo excessivo de energia, como vemos
nas empresa do nosso país, as luzes, os aparelhos de climatização, etc... ficam
ligados o tempo todo e consome energia desnecessariamente.

Com o avançar da tecnologia, surge a necessidade de se reduzir e poupar o


esforço humano em variadíssimas tarefas que lhe é possível, para evitar usar
constantemente os métodos tradicionais que são mais comuns de ver no nosso
país até o momento como: acender e apagar luzes por meio de interruptores,
abrir as portas utilizando fechaduras analógicas e pouco seguras, ligar os
aparelhos de climatização por meio de dispositivos remotos... e com esses
métodos tradicionais chegamos a perder muito tempo, como também podemos
nos contaminar com doenças por meios de bactérias como é o caso da doença
que ainda assola o mundo que é o covid-19, uma doença de fácil contágio,

5
então, com a automação podemos evitar muitos outros prejuízos na Saúde e
em outras áreas.

Nas páginas seguintes iremos abordar sobre os circuitos eletrónicos


utilizados para solução destes problemas apresentados nas páginas anteriores.
Deste modo, considere que uma empresa que não conta um nível de
segurança suficiente e sofre assaltos ou invasões, em caso de incêndio perder
muitos dados por falta de intervenientes rápidos para cessar o fogo, e por outra
uma empresa que fazem o uso de eletricidade desnecessariamente e no final
do mês o orçamento de eletricidade é super alto, a questão que nos colocamos
é: Como resolver essa situação?

6
2.2. SISTEMA DE AUTOMAÇÃO E SEGURANÇA EMPRESARIAL

2.2.1. A caracterização do sistema inicial

O sistema inicial deve comportar partes funcionais com a capacidade de


captar leitura de chips radiofrequência, leitura de valores de temperatura,
ocorrência de incêndio e controlar as demais tarefas, e as tarefas são
descritas a seguir.

 Leitura de dados pessoais: Essa parte do sistema tem como


função de receber e ler dados pessoais dos funcionários da
empresa através de chips RF.

 Detecção de Presença: Essa parte do sistema tem como função


de sentir a presença de funcionários nos cômodos da empresa.

 Leitura de Temperatura: Essa parte do sistema tem como


objectivo medir a temperatura no ambiente da empresa.

 Detecção de Incêndio: Esta parte do tem como objetivo sentir ou


verificar a presença de uma situação anormal (neste caso a
presença de incêndio).

 Gerenciador de Actividade: É nesta parte do sistema onde


ocorrerá o gerenciamento ou o controlo das funções que o sistema
deverá seguir após a detecção de qualquer uma das condições
aplicadas. Ou seja, é ela que vai controlar e reportar todas as
acções do sistema, como é mostrado na figura abaixo.

7
Figura 1 – Diagrama de Funções

 Abertura das Portas: Essa parte do sistema destinar-se-á a abrir as


portas quando os dados de entrada no leitor de chip RF estiverem
corretos.

 Acionamento das Luzes: Essa parte do nosso sistema tem o papel de


acender as luzes quando recebe dados de que há presença neste
cômodo, e apagar quando não haver presença.

 Acionamento de Climatização: Essa parte do sistema tem a função de


ligar de desligar os aparelhos de climatização quando receber um certo
nível de temperatura definido no sistema.

8
 Acionamento da Bomba Extinguidora de Fogo: Essa parte tem como
objectivo apagar o fogo ou reduzir o nível de alcance no caso de
incêndio.

2.2.2. O PRINCÍPIO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE AUTOMAÇÃO E


SEGURANÇA EMPRESARIAL – SASE.

Nesta Secção, vai ser feita a apresentação dos subsistemas e os


respectivos dispositivos que vão implementar as diversas funções
apresentadas acima. Tal como referido na secção anterior, são várias as
tarefas a serem realizadas pelo SASE, e nesta secção vamos descrever os
sistemas que as implementam.

Apresentaremos o diagrama em blocos e começaremos a descrevê-lo,


apresentando as suas partes, variáveis de entrada, saída, funções que
realizam e o efeito da informação disponibilizada.

Figura 2 – Diagrama em Blocos

9
2.2.2.1. Módulo RFID – MFRC522

Um sistema de RFID é composto, basicamente, de uma antena, um


transceptor, que faz a leitura do sinal e transfere a informação para um
dispositivo leitor, e também um transponder ou etiqueta de RF (rádio
frequência), que deverá conter o circuito e a informação a ser transmitida.
Estas etiquetas podem estar presentes em pessoas, animais, produtos,
embalagens, enfim, em equipamentos diversos. Assim, a antena transmite a
informação, emitindo o sinal do circuito integrado para transmitir suas
informações para o leitor, que por sua vez converte as ondas de rádio do
RFID para informações digitais. Agora, depois de convertidas, elas poderão
ser lidas e compreendidas por um computador para então ter seus dados
analisados.

O Módulo RFID é um módulo baseado no chip MFRC522 e é utilizado na


comunicação sem fio com uma frequência de 13,56MHz. Este chip, de baixo
consumo e pequeno tamanho, permite ler e escrever sem contacto em
cartões que seguem o padrão Mifire.

Este Leitor RFID possui as capacidades necessárias para projecto como:


Controlo de acesso ou sistemas de segurança, e é perfeita para integração
com o Arduino.

O leitor RFID vem acompanhado de cartões que podem ser registrados


durante a programação e neles estão integrados microchips que permitem a
gravação de dados pessoais nele, como: nome, morada, números, etc.

Especificações e características do leitor:

-  Modelo: MFRC522

10
- Tensão de operação: 3,3VDC

- Corrente de operação: 13mA a 26mA

- Tensão em modo inativo: 3,3VDC

-  Corrente em modo inativo: 10mA a 13mA

- Taxa de transferência: 10Mbit/s

-  Alcance da leitura: 0 a 3cm

A seguir veremos na figura 3 a forma física do Leitor RFID.

Figura 3 – Módulo RFID MFRC522

Após algumas pesquisas sobre a qualidade e o preço deste módulo,


achamos por bem escolher esse módulo porque cumpre os parâmetros
necessários para o nosso sistema.

11
2.2.2.2. Sensor de presença

Para detecção de presença são utilizados vários dispositivos e sensores.


Os sensores de presença mais comuns funcionam por detecção de calor
(radiação infravermelha), então, ao entrarmos em ambientes com sensor, o
calor emitido pelo nosso corpo é interpretado como um sinal elétrico,
acionando o que estiver conectado ao dispositivo.

No mundo existem variadíssimas referências de sensores de presença


desde os mais simples até os mais complexos, e para o nosso sistema
usaremos o mais simples e comum dos sensores que funcionam
perfeitamente com o Arduino que é o Sensor PIR HC-SR501.

O sensor PIR HC-SR501 é baseado na tecnologia infravermelha, módulo


de controle automático, usando design de sonda LHI778. Este sensor tem
alta sensibilidade, alta confiabilidade, modo de operação de voltagem
ultrabaixa, amplamente utilizado em vários equipamentos elétricos de
detecção automática, especialmente para automático alimentado por bateria.

Abaixo veremos as suas especificações:

 Tensão de alimentação: 5V à 20V.


 Consumo de energia: de 65mA, bastante económico.
 Alcance de detecção: menos de 120 graus, dentro de 7 metros.
 Temperatura: - 15 ~ +70.
 Dimensão: 32 * 24 mm.
 Dimensão da lente no diâmetro: 23 mm.

12
Este sensor pode ser aplicado de variadíssimas formas como: Detecção
automática de luz para piso, banheiro, varanda, armazém, garagem, etc.,
ventilador, alarme, etc.

Eis uma figura que ilustra o circuito interno do sensor que usaremos no
nosso sistema:

Figura 4 – Circuito interno do Senso de Presença PIR HC-SR501

Figura 4.1 – Sensor de Presença PIR HC-SR501

13
2.2.2.3. Sensor temperatura

Para medição de temperatura são usados muitos dispositivos eletrónicos


como não, e com a evolução foram criados sensores para medir temperatura,
que citaremos os mais usados e escolheremos o melhor que cumpra o nosso
os requisitos do nosso sistema.

Termistores

Termistores são termoresistors feitos com materiais semicondutores que,


por suas características, podem ser usados para medir e controlar a
temperatura.

Tecnicamente, todos os resistores são termistores, pois suas resistências


variam com a temperatura. No entanto, esses componentes são feitos para que
essas mudanças ocorram de forma drástica de modo que sejam identificáveis.

Pelo facto dos termistores serem muito sensíveis às variações de


temperatura, este certa dificuldade em estabelecer uma relação entre os dois
valores, pois essa variação não é linear.

Outro efeito colateral dos termistores é que, como eles trabalham em função
da corrente, a temperatura detectada vai ser sempre um pouco “mais quente”
que a temperatura ambiente. Felizmente existem bibliotecas disponíveis para o
Arduino que corrigem e facilitam esses cálculos.

14
Os termistores podem ser classificados em duas categorias: O NTC
(Negative Temperature Coeficient), no qual a resistência é inversamente
proporcional à temperatura e o PTC (Positive Temperature Coeficient) com
comportamento inverso.

Figura 5 – Termistor NTC

DHT11

O sensor DHT11, bastante conhecido dos makers, nada mais é do que um


dispositivo que traz embutido um componente NTC para medição de
temperatura e um elemento capacitivo para medição da umidade. Seu grande
diferencial é que é possível obter essas duas medidas usando apenas um pino
do Arduino.

Como tudo, os sensores também têm as suas vantagens e desvantagens:

Vantagens:

- Medição da temperatura e umidade em uma única porta;


- Possui uma biblioteca bastante completa, onde é possível obter os valores
em Celsius e Fahrenheit, bem como outras opções bem interessantes.

Desvantagens:

15
- O DHT11 é relativamente lento. Segundo a literatura, é necessário um
intervalo de 2 segundos entre as leituras;
- A precisão também não é boa, pois somente computa valores positivos
inteiros (de acordo com a versão).

Existe também o DHT22 que é uma versão aprimorada do DHT11 que


corrige vários de seus problemas.

Figura 5.1 - DHT11 e DHT22

LM35

O sensor LM35 é um circuito integrado onde seus componentes apresentam


uma saída de tensão linear referente à temperatura atual. Ele é apresentado
com vários tipos de encapsulamentos, sendo o mais comum o TO-92, que mais
se parece com um transistor.

Este sensor normalmente é utilizado colando-o sobre a superfície que se


deseja medir. Nesse caso sua temperatura estará em torno de 0,01ºC inferior à

16
temperatura da superfície seja a mesma que a temperatura do ar que se
encontra ao redor desde ambiente.

No LM35, 1ºC representa à saída do componente uma tensão de 10mV,


então se é medido em sua saída 300mV, isso equivale a uma temperatura de
30ºC, partindo deste pressuposto, qualquer multímetro pode ser utilizado como
um termômetro de precisão.

Vamos partir para as vantagens e desvantagens:

Vantagens:

- Facilidade de uso pois, diferentemente dos termistores, a relação entre as


medidas é linear. Dessa forma a temperatura pode ser calculada com uma
simples regra de três sem bibliotecas adicionais;
- Calibrado para temperaturas em Celsius.

Desvantagens:

- O LM35 é sensível às interferências eletromagnéticas, o que dificulta sua


ligação.

Figura 5.2 – LM35

17
Quadro comparativo dos sensores

Tipo Faixa Precisão

Termistor NTC – 40ºC à +125ºC ± 1.0 ºC

DHT11 – 0°C à + 50 ºC ± 2.0 ºC

DHT22 – 40°C à + 80ºC ± 0,5 ºC

LM35 – 55ºC à + 150ºC ± 0,5 ºC

Tabela 1 – Quadro comparativo dos sensores de temperatura

Após as pesquisas escolhemos o sensor DHT11 para o nosso sistema


devido as suas capacidades e um preço considerável no mercado.

2.2.2.4. Detector de Incêndio

 Fumo: Tecnicamente, é possível detectar incêndios inflamáveis,


incandescentes e abertos com desenvolvimento de fumaça. Usam-se
transmissores e receptores de luz dispostos em ângulos retos para
evitar que o feixe de luz do transmissor caia diretamente no receptor.

Primeiro, a luz difusa da fumaça (efeito Tyndall) atinge o receptor e é


convertida em um sinal eletrônico. Se atingir o valor do alarme, um
alarme é enviado automaticamente para a Unidade de Controle. Um
estágio de alerta avançado monitora constantemente o detector para

18
detectar a contaminação e comunica sua condição para a Unidade de
Controle.

 Temperatura: Nos casos em que se espera um rápido


desenvolvimento de incêndio e altas temperaturas ou quando
detectores de fumaça não podem ser acionados devido a influências
ambientais, podem ser usadas com eficiência detectores de
temperatura.

Um sensor de temperatura NTC localizado na câmara de medição mede


continuamente a temperatura ambiente e a taxa de aumento da temperatura.
Se o ponto de alarme ajustado ou a taxa de aumento definida é excedido, o
detector transmite um alarme à Unidade de Controle.

2.2.2.5. Sensor de Gás MQ-2

Para o nosso sistema, como vamos usar o microcontrolador Arduino,


fazemos uso do circuito sensor de gás. O Sensor de Gás MQ-2 é um módulo
que baseado no sensor ZYMQ-2, é capaz de detectar gases/vapores de GLP
(gás de cozinha), Metano, Propano, Butano, Hidrogênio, Álcool e fumaça de
cigarro, detectando a concentração dessas substâncias no ar.

O Sensor MQ-2 possui uma boa concentração de detecção (300 a 10.000


ppm) e é de uso prático e simplificado, já que ele pode trabalhar com o
comparador LM393. A sua tensão de operação é de 5V e o seu consumo de
corrente é baixo, facilitando muito o trabalho com mais diversidade de micro
controladores, como Arduino, Raspberry ou PIC, além de ter um excelente
custo benefício para estudantes, hobbystas e profissionais iniciantes da área
de eletrônica.

19
O sensor MQ-2 por causa das situações já mencionadas geralmente é
utilizado em projetos de segurança de pessoas e ambientes, tais como:

 Automação residencial;

 Alarmes;

 Bombas de combustível;

 Sistema de incêndio.

Figura 6 – Sensor MQ-2

2.2.2.6. Servo motor

Um servo motor é um dispositivo eletromecânico usado para mover com


precisão um objeto, permitindo que ele gire em ângulos ou distâncias
específicas, com posição e velocidade garantidas.

É um motor elétrico rotativo acoplado a um sensor para transmitir sua


condição de posicionamento, permitindo o controle preciso da velocidade,
aceleração e posição angular. Pode ser corrente contínua ou corrente
alternada.

20
Tem este nome porque não gira livre e continuamente como um motor
convencional. Segue uma ordem estabelecida, ou seja, "serve" um
determinado procedimento.

Áreas de aplicação

É amplamente utilizado em sistemas de coordenadas e braços robóticos,


veículos aéreos não tripulados, automação industrial, máquinas diversas,
helicópteros e aeromodelos, nas áreas de aviação, aeroespacial, agrícola,
defesa, médica e muitas outras aplicações.

Funcionamento

Funciona em circuito fechado. Um dispositivo interno envia informações


sobre a posição do motor para um sinal de comando, corrigindo seu movimento
de acordo com o comando dado, ou seja, o servo motor recebe o comando
dado pelo sinal MLP (Pulse Width Modulation), também conhecido como
PWM (Pulse Width Modulation), que faz com que o motor gire, em graus, por
um valor equivalente à largura do pulso emitido, que pode variar de 1μs a 2ms.

2.2.2.6.1. Servo motor SG90

É um micro Servo motor com engrenagem de nylon, muito utilizado em


projetos de modelagem de aeronaves e robótica, com ângulo de rotação de
180 graus. O Micro Servo Sg90 é compatível com os principais
microcontroladores do mercado como AVR, PIC e ARM. Não há dúvidas de
que é o modelo perfeito para quem busca qualidade aliada a preços baixos.

Especificações

21
 Tensão de operação: 3,0 ~ 7,2V;
 Ângulo de rotação: 180 graus;
 Velocidade: 0,12s / 60 graus (4,8V) sem carga;
 Torque: 1, 2kg.cm (4,8V) e 1, 6kg.cm (6,0V);
 Temperatura de funcionamento: 30 ° C a + 60 ° C;
 Tipo de engrenagem: Nylon;
 Dimensões: 32 x 30 x 12 mm.

Para o nosso projecto vamos usar esse mini servo motor devido ao baixo
preço no mercado e suas capacidades atendem as necessidades do no
projecto para controlar as portas.

Figura 7 – Servo motor SG90 9g

2.2.2.7. Buzzer

O buzzer é um componente eletrônico que baseia seu funcionamento no


efeito piezoeléctrico reverso. O mesmo funciona a partir de uma diferença de
potencial aplicada que gera uma deformação mecânica variável, produzindo
assim uma onda sonora.

22
Figura 8 – Buzzer

2.2.2.8. LCD 16X2

LCD é um painel fino usado para exibir informações por via eletrônica, como
texto, imagens e vídeos. Seu uso inclui monitores para computadores,
televisores, painéis de instrumentos e outros dispositivos, eles funcionam
tácteis destinam-se geralmente a deficientes visuais e usam partes
eletromecânicas para atualizar dinamicamente uma imagem táctil (geralmente,
de texto), de forma que a imagem possa ser inferida através dos dedos.
E é formado de duas placas acrílicas transparentes. Entre essas placas está
o cristal líquido. Esse cristal líquido altera o seu comportamento cristalino,
dependendo da tensão aplicada entre ele. Os displays, como dá para ver, são
formados de vários pontinhos.
A figura a seguir traz todos os pinos que encontramos de forma padrão nos
displays 16x2 com um módulo I2C acoplado para redução de número de pinos
utilizados no arduino, permitindo assim a utilização de apenas 2 pinos, modelo
que será utilizado no desenvolvimento e estudo desse projeto. Esse display
possui a capacidade de reproduzir 16 caracteres em uma única linha e 2 linhas
disponíveis para exibição deles.

23
Figura 9 – LCD I2C 16X2

2.2.2.9. O Microcontrolador

Microcontrolador é um pequeno computador num único circuito integrado


o qual contém um núcleo de processador, memória e periféricos
programáveis de entrada e saída. A memória de programação pode ser
RAM, NOR flash ou PROM a qual, muitas vezes, é incluída no chip.

. Os micros controladores diferem dos sistemas computacionais e


tradicionais por já integrarem os seus periféricos dentro do próprio
componente.

Esta integração é uma das principais vantagens dos micros controladores,


pois contendo todos os periféricos no mesmo componente faz com que sua
utilização seja mais fácil e mais barata.

Sistemas
micro controlados
não necessitam
de muitos

componentes, o que torna mais simples a construção das placas de circuito e


diminui o custo dos componentes e da produção.

24
Figura 10 – Circuitos integrados

Sistemas que utilizam micro controladores não precisam de muitos


componentes, isto torna a construção das placas mais simples e influencia no
preço baixo e na construção.

Os micro controladores são utilizados em praticamente todos os sistemas


eletrônicos digitais que nos cercam, como por exemplo, centrais de alarme,
monitores, discos rígidos de computador, relógio de pulso, máquinas de lavar,
forno de micro- ondas, telefones, rádios, televisores, automóveis, aviões,
impressoras, motores, calculadores, etc. Os micro controladores também são
muito utilizados na indústria, como por exemplo nos controladores de
processos, sensores inteligentes, inversores, interfaces homem-máquina,
controladores lógicos programáveis, balanças e outros.

Sendo uma espécie de computador integrado, o microcontrolador é muito


utilizado em várias aplicações da vida e para sua compreensão nos níveis
que este trabalho exige vamos os integrar num sistema devotado, vendo-os
como sistemas micro programados

Sendo uma espécie de computador integrado, o microcontrolador é muito


usado nas várias aplicações da vida e para sua compreensão, mas o nível
que este trabalho exige vamos fazer um estudo detalhado, vendo-os como os
sistemas micro programados. Por isso apresentamos o estudo que se segue.

25
2.2.2.9.1. Modelo de Von-Neumann

Nos primórdios da Computação não exista o conceito de programa


armazenado, isto significa que os programas eram desenvolvidos, executados
e apresentavam os resultados imediatamente.

O conceito de programa armazenado surgiu da necessidade de armazenar


programas em um computador, pois, até então, ainda não havia formas de
armazenar programas em um computador. John Von Neumann e outros
pesquisadores descobriram que, utilizando dispositivos de memória em formas
de linha de retardo de mercúrio, poderiam armazenar instruções de programas.

Para nós hoje esse conceito de programa armazenado já está muito bem
edificado. Nós codificamos, desenvolvemos software em diversas linguagens
de programação, armazenamos nosso código fonte em um HD Externo, ou no
HD interno, ou na Nuvem se assim desejarmos. O código executável desses
softwares compilado, que está armazenado em algum desses dispositivos,
sempre passa pela memória principal, depois pela memória cache e então é
executado na CPU.

26
Figura 11 - Arquitetura de base do computador – modelo de Von-Neumann

Nesta figura diferenciam-se 3 de tipos de acesso, que são: Dados,


Endereço e Controlo. Passemos para descrição e aplicação das partes
referidas:

2.2.2.9.1.1. Unidade Lógica e Aritmética (U.L.A)

É o local onde são realizadas as operações lógicas e aritméticas no


processador.

Os registros afetos à U.L.A podem ser endereços, que referenciamos por


Registros de Endereços, Registros de dados, Registros de Propósitos e o
Registro de Instruções. Este último contém o código de operação afetando a
instrução a ser executada.

2.2.2.9.1.2. Unidade de Controlo

27
Está unidade gere o fluxo de informação pelo computador. Acede a uma
instrução ou dados de Memória através do envio de um endereço pelos
acessos e sinais. Ela é implementada como um sistema lógico sequencial,
sendo que a U.L.A e a unidade de controlo formam uma entidade individual
(também conhecido como CPU), lizada a executar milhares de instruções
por segundo.

Dentro deste tópico é importante realçarmos aspectos sobre o


processador, sendo ele órgão principal desta entidade individual.

Os processadores de hoje em dia utilizados em computadores


apresentam as seguintes características:

 Frequência de trabalho: Podendo trabalhar em GHz (velocidade do


clock) – ou seja, executando milhares de instruções por segundo;
 Acesso de barramento externo de endereço de dados;

Também existem os processadores paralelos com dois núcleos, ou seja,


dois processadores integrados (Núcleo = processador), trabalhando assim
com uma variedade de informações recebidas simultaneamente, daí o
motivo de nomearmos “Dual-Core” (2 núcleos), Quad-core (4 núcleos),
podendo chegar em até 32 núcleos nos computadores de alta performance.

São alguns tipos de processadores os seguintes:

a) Pentium: Celeron
b) AMD: Ryzen, FX, A-Series
c) Intel: Core, Atom, Xeon, Itanium
d) Outros processadores encontrados em micro controladores que
vamos usar mais adiante.

2.2.2.9.1.3. Unidade de Memória

28
É o local onde são guardadas as palavras binárias que podem
representar:

 Instruções (programas) que o computador tem de realizar;


 Os dados que devem ser operados pelo programa;
 Resultados intermédios ou finais das operações realizadas pela
U.L.A.

A unidade de memória é composta por: Memória principal, secundária e


cache. Por norma a memória no computador é dividido por hierarquia e
compõem 3 partes:

 Duração por ciclo de duração;


 Duração por ciclo de entrada;
 Duração por ciclo de escrita;

Quanto aos tipos de memórias, elas podem ser:

 ROM: ROM, PROM, EPROM, ERASPROM


 RAM: SRAM, DRAM, DIMM. DDR
A seguir vamos ver a arquitetura da mesma quando a memória

1. Cache
RAM Estática: SRAM – Muito rápida
2. Memória (RAM) Central
RAM Dinâmica: DRAM – Menos rápida
3. Memória Secundária – Menos rápida

São exemplos concretos destas memórias as seguintes: RAM, Unidade


de Massa (HD – SSD), cache e as ROM (Variantes e essencialmente a
EEPROM) e outras ROM eletricamente editáveis.

2.2.2.9.1.4. Unidade de Entrada/Saída

29
Estás são constituídas por dispositivos usados para fazer aquisição ou
disponibilização da informação para o computador. Essas unidades contêm
motores ou outros dispositivos que precisam ser acionados.

2.2.2.9.2. Funções Características Nos Micro controladores –


Instruções e Micro-Intruções

Além da estrutura de Bloco do processador, devemos considerar o seu


conjunto de instruções. A base do conjunto de instruções e as suas
operações que são realizadas no computador.

Dentro dos micros controladores, elas estão divididas em 4 grupos:

1. Operações de transferência

Directa ou condicional, envolvendo registos ou palavras de memória.

 Registo 1 Registo 2 : transferir o conteúdo do Registo 2 para


Registo1.
 Memoria Registo: transferir o conteúdo do Registo para uma
locação de memória.
 Registo Memória: transferir o conteúdo de uma locação de
memória para um registo.

2. Operações Aritméticas sobre registos

Soma, Subtração, 1º e 2º Complementos, Incremento e Decremento.

3. Operações Lógicas sobre registos


Conjunção, Disjunção, Negação e Disjunção exclusiva.

4. Operações de Deslocamento sobre registos


Deslocamento para a direita e deslocamento para a esquerda.

30
Este micro operações que correspondem a linguagem de máquina, são a
base das instruções implementadas pelos computadores a nível da linguagem
Assembly.

2.2.2.9.3. As Instruções e a Sua Representação em Memória –


Tipos de Instruções - Endereçamento.

Feito o estudo das Micro-Intruções apresentadas anteriormente, e


considerando que é a partir delas que se definem as instruções, estamos
habilitados a apresentar os tipos de instruções encontradas nas diversas
arquiteturas de computadores.

Embora as suas designações ou nomes têm origem na língua inglesa e é de


acordo com a micro operação elementar ou complexa que se realizam. Por
exemplo, as transferências podem ser Load (Lembrar o acionamento para a
gravação em registros), as aritméticas e lógicas serão ADD, SUB, AND, OR,
XOR, etc.…

Os operandos em uso nestas instruções são endereços de memória, registos


e constantes (imediatos). Para facilitar formas de programação e o
estabelecimento de instruções mais simples ou melhor desempenho na
execução de instruções, os operandos ganham maneiras específicas e
diferentes de interpretação. Isso referencia-se como modos de
endereçamento. São exemplos de instruções as seguintes:

Instruções de transferência de dados: operandos: M ≡ Memória, R ≡ Registo,


Imed ≡ Imediato, P_E ≡ Porto de Entrada, P_S ≡ Porto de Saída, Stack – Pilha
(parte especial da memória).

1 Transferência de dados Nome Mnemónica

31
1.1 R M, R Imed LOAD LD
1.2 M R, M Imed STORE ST
1.3 R M, M R, R R, M M MOVE MOVE
1.4 Stack R, Stack M PUSH PUSH
1.5 R Stack, M Stack POP POP
1.6 R P_E, M P_E INPUT IN
1.7 P_S R, P_S M OUTPUT OUT
Tabela 2 – Instruções de transferência de dados

2 Transferência de Dados Nome Mnemónica


2.1 M M+1, R R+1 INCREMENTO INC
1.2 M M-1, R R-1 DECREMENTO DEC
1.3 M M^R, R R^M CONJUÇÃO AND

M3 M2^M1,R3 R2^R1
1.4 M M, R R COMPLEMENTO NOT
Instruções de manipulação de dados:

Tabela 3 – Instruções de manipulação de dados

Instruções de controlo de programas:


1 Transferência de Dados Nome Mnemónica
1.1 PC M, PC R BRANCH BR
1.2 PC M, PC R JUMP JMP

Tabela 4 – Instruções de controlo de programas

2.2.2.9.4. Microcontrolador PIC

32
Os microcontroladores que apresentaremos, apresentam a mesma
estrutura que estudamos no capítulo anterior com várias entradas e saídas,
com diversidades no micro operações. Vamos ter como exemplo o PIC e
apresentar as características já estudadas.

O PIC (Peripheral Interface Controller – Controlador Periférico de


Interface) é um circuito integrado, ou seja, um componente integrado que
em um único dispositivo contém todos os circuitos necessários para realizar
um completo sistema digital programável, são fabricados pela MICROSHIO
Technology INC, em Arizona, que exerce função desde 2002.

Tipicamente um microcontrolador se caracteriza por incorporar no


mesmo encapsulamento um microprocessador, memória de programa e
dados e vários periféricos como temporizadores, “watchdog timers”,
comunicação serial, conversores Analógico/Digital, geradores de PWM, etc.,
fazendo com que o hardware final fique extremamente complexo.

Figura 12 – Microcontrolador PIC

Todas as famílias oferecem diversas opções de memória de programa: OPT


(One Time Programmable) e EPROM (Erasable and Programmable Read Only

33
Memory – utilizada para desenvolvimento): Além disso oferecem opções de
baixa tensão e diversos tipos de circuitos osciladores, assim como várias
opções de encapsulamento. Alguns componentes estão disponíveis em ROM
(mascarados) e EEPROM/FLASH (reprogramáveis).

2.2.2.9.5. Arduino

O Arduino é uma plataforma de computação física (são sistemas digitais


ligados a sensores e atuadores, que permitem construir sistemas que
percebem a realidade e respondem com acções físicas), baseada em uma
simples placa de Entrada/Saída microcontrolada e desenvolvida sobre uma
biblioteca que simplifica a escrita da programação em C/C++.

Criado com objectivo de permitir o desenvolvimento de controle de sistemas


interativos, de baixo custo e acessível a todos. Além disso, todo material
(software, bibliotecas, hardware) é open-source, ou seja, qualquer pessoa com
conhecimento de programação pode modificá-lo e ampliá-lo de acordo com a
suas necessidades, visando sempre à melhoria dos produtos que possam ser
criados aplicando o Arduino sem a necessidade de pagamento de direitos
autorais.
O Arduino foi projetado para ser de fácil entendimento, programação e
aplicação e é de multi plataforma, isto é, pode ser configurado em ambientes
Windows, GNU/LINUX e Mac OS. Assim sendo, pode ser utilizado
perfeitamente como ferramenta educacional sem se preocupar que o usuário
tenha conhecimento específico de eletrônica, mas pelo facto de ter o seu
esquema e software de programação open, acabou chamando a atenção dos
técnicos de eletrônica, que começaram a aperfeiçoá-la e criar aplicações mais
complexas.

Existem vários tipos de Arduino, citaremos e ilustraremos alguns deles:


Arduino Uno, Mega, Pro Mini, Micro, Nano, Leonardo, LilyPad.

34
Figura 13 – Vários tipos de Arduino

O Arduino pode adquirir informação do ambiente através de seus pinos de


entrada, para isso uma completa gama de sensores pode ser usada. Por outro
lado, o Arduino pode atuar no ambiente controlando luzes, motores ou outros
atuadores. Os campos de atuação para o controle de sistemas são imensos,
podendo ter aplicações na área de impressão 3D, robótica, engenharia de
transportes, engenharia agronômica, musical, moda e tantas outras.

Foi desenvolvido um software que é o Arduino IDE que facilita o


desenvolvimento e a gravação de códigos diretamente no microcontrolador.
Através deste, é possível realizar o Upload dos códigos para a placa tanto em
sistemas operacionais Windows quanto Linux, demonstrando sua
funcionalidade e versatilidade.

O ambiente de desenvolvimento do Arduino é um compilador gcc (C e C+


+) que usa uma interface gráfica construída em Java. Basicamente se resume
a um programa IDE muito simples de se utilizar e de estender com bibliotecas
que podem ser facilmente encontradas.

35
Figura 13.1 – IDE Arduino

Os projetos desenvolvidos com Arduino podem ser executados mesmo


sem a necessidade de estar conectados a um computador, apesar de que
também podem ser feitos comunicando-se com diferentes tipos de software
(como Flash, Processing). As placas podem ser feitas à mão ou compradas
montadas de fábrica.

Para o nosso sistema utilizaremos o Arduino Mega, então, vamos detalhar


esse Arduino e as suas especificações.

2.2.2.9.5.1. Arduino Mega 2560

36
Primeiro, lembre-se que o Arduino Mega foi criado como base para o
microcontrolador Atmega2560, que é um microcontrolador muito mais
poderoso comparado ao Arduino mais usado e popular, o Arduino Uno. Além
de uma ampla gama de pinos, possui excelente memória interna. Por exemplo,
256 KB de memória flash, 8 KB de memória SRAM e 4 KB de memória
EEPROM têm um clock interno de 16 MHz.

Figura 14 – Arduino Mega 2560

O esboço de todo o sistema é muito complicado e esperamosd que funcione


em perfeita sincronia e pontualidade, então este Arduino foi sem dúvida a
melhor decisão.

Características

 Microcontrolador ATmega 2560 com clock de 16 MHz;


 Regulador de 5V (AMS1117-1A);
 Regulador de 3,3V (LpP2985 com apenas 150 mA);
 Porta serial de hardware: Serial 0 = TX0 (D1) e RX0 (D0), Serial 1 = TX1
(D18) e RX1 (D19), Serial 2 = TX2 (D16) e RX2 (D17), Serial 3 = TX3
(D14) e RX3 (D15);

37
 Uma porta I2C: MOSI (D51), MISO (D50), SCK (D52), e SS (D53);
 16 Portas analógicas de conversor ADC (A0 até A15);
 12 Portas PWM de 16 bits (D2 a D13);
 32 Portas digitais multi-função;
 Um Led para TX0 e um para RX0 (interface serial 0);
 Um Led conectado ao pino D13.

2.2.2.10. Esquema elétrico do SASE

38
Figura 15 – Esquema elétrico do SASE.

Nesta secção temos um conjunto de componentes que interligados que


fazem o nosso sistema funcionar de forma desejada, nesse circuito podemos
encontrar os componentes mais importantes para o sistema que são: o Arduino
Mega 2560, Módulo RFID-RC522, PIR HC-SR501, O DHT11.

O Arduino Mega 2560 é responsável pela recepção das informações


enviadas pelos outros componentes, e também é responsável pelo envio das
informações aos demais componentes que mencionaremos como é feito esse
processo.

O Arduino Mega 2560 recebe dados do módulo RFID que contém 7 pinos
utilizáveis e estão conectados nos pinos digitais 49, 50, 51, 52 e 53 do
microcontrolador e retorna ao servo motor que está conectado na porta digital 9
e funciona como a porta da empresa, mostrando sempre o estado no LCD I2C
16X2 que é utilizado 2 pinos do microcontrolador para I2C que são as portas 20
e 21.

O nosso sistema também detecta presença e permite o acionamento das


luzes e o Arduino recebe as informações do sensor de presença PIR HC-
SR501 que utilizada a porta digital 5 e o arduino retorna o sinal ao led que está
conectado na porta 2, permitindo assim o acionamento quando detectar
presença.

Para o combate ao incêndio temos no circuito o Sensor de Gás MQ-2 que


detecta a fumaça e manda a informação para o arduino através da porta
analógica A0 e o arduino envia os dados para o sprinkler que está a ser
substituído pelo motor DC 5V que está ligado na porta digital 7, e também

39
temos o sinalizador com led ligado na porta 10 e buzzer na porta 25 para
alertar.

O sensor de temperatura DHT11 que encontramos no nosso circuito é o


componente responsável pelo controlo e estabilidade da temperatura na
empresa, ele envia os dados no arduino pela porta analógica A1 e o mesmo
microcontrolador encarrega-se de mandar os dados para a dispositivo de
climatização que simulamos um outro motor DC 5V que está ligado na porta
12, e temos um led sinalizador quando a temperatura está alta.

40
3. CONCLUSÃO

Sabemos nós que a segurança, rapidez e eficácia são as chaves


para uma empresa mais produtiva. Portanto, concluímos que
apresentando este projeto iremos solucionar a maior parte dos
problemas que existentes no nosso mercado, tanto no ramo empresarial
como para o residencial.
Assim, concluímos que este trabalho vai ajudar a:

 Ter um funcionamento mais fluído nas empresas;


 Empresas e residências mais seguras;
 Diminuir o gasto em valores monetários em energia eléctrica.

41
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] FERNANDES N. JOSÉ. Manual de Eletrónica, 2ª edição.


[2] FERNANDES N. JOSÉ. Sistemas Digitais, Volume 2.
[3] www.aosong.com, DataSheet DHT11, acessado em 2021.
[4] Angel, P. M. (1993). INTRODUCCION A LA DOMOTICA.
[5] McRoberts, M. (2011). Arduino Básico. São Paulo, SP: Novatec.
[6] Monk, S.(2013). Programação com Arduino >>começando com sketches.
[7] Porto Alegre, RS: BOOKMAN EDITORA LTDA.
[8] Alldatasheet, Pir datasheet, acessado em 2021, encurtador.com.br/emvP4
[9] Pololu, Sensor MQ-2 datasheet, acessado em 2022,
https://www.pololu.com/file/0J309/MQ2.pdf
[10] FRANCISCO, DOMBE, Monografia 2021.

42
5. ANEXO

#include <dht.h>
#include <LiquidCrystal_I2C.h>
#include <SPI.h>
#include <MFRC522.h>
#include <Servo.h>

dht DHT;
Servo servo;

constexpr uint8_t RST_PIN = 5;


constexpr uint8_t SS_PIN = 53;

LiquidCrystal_I2C lcd(0x27, 16, 2);


MFRC522 mfrc522(SS_PIN, RST_PIN);

const int Temp = A1;


int pir = 5;
int Lpir = 0; //PIR
int contador; //Repetição
int buzzerPin = 8; //Buzzer porta
int fum = A0; //MQ-2
int fumval=0; //Leitura da fumaça

#define ledfum 10 //led fumaça


#define Bomba_mq 7 //Motor DC para bomba de água
#define ledrf 26 //led RFID Verde
#define ledrfid 27 //led RFID Vermelho
#define ledpir 2 //Led PIR
#define ledtemp 11 //Led DHT11
#define AC_TEMP 12 //Motor DC para AC
#define ledporta 24 //Led da porta

void setup() {

pinMode (Temp, INPUT);


pinMode (fum, INPUT);
pinMode (pir, INPUT);

pinMode (buzzerPin, OUTPUT);

43
pinMode (ledfum, OUTPUT);
pinMode (ledrf, OUTPUT);
pinMode (ledpir, OUTPUT);
pinMode (ledporta, OUTPUT);
pinMode (ledtemp, OUTPUT);
pinMode (ledrfid, OUTPUT);

servo.attach (9);
// LCD
lcd.init();
lcd.backlight ();
SPI.begin();

mfrc522.PCD_Init();

lcd.setCursor(2, 0);
lcd.print(" SASE - ITTT");
lcd.setCursor(0, 1);
delay(2000);
lcd.clear ();
Serial.begin (9600);

void loop() {
fumaca();
temperatura();
presenca();
digitalWrite (ledrfid, HIGH);
if ( ! mfrc522.PICC_IsNewCardPresent()) {
return;
} // Selecionar 1 dentre os cartões
if ( ! mfrc522.PICC_ReadCardSerial()) {
return;
} // ler o cartão
String tag = "";
for (byte i = 0; i < mfrc522.uid.size; i++)
{
tag.concat(String(mfrc522.uid.uidByte[i] < 0x10 ? " 0" : " "));
tag.concat(String(mfrc522.uid.uidByte[i], HEX));
}

44
tag.toUpperCase(); // Analisar o cartão
if (tag.substring (1) == "C0 E6 06 1B") //Se o uid do cartão for esse, abre a
porta.
{
digitalWrite (ledrfid, LOW);
tone (buzzerPin, 1000);
digitalWrite (ledrf, HIGH);
noTone(buzzerPin);
digitalWrite (30, HIGH);
servo.write(180);
delay (5000);
digitalWrite (ledrf, LOW);
digitalWrite (ledrfid, HIGH);
servo.write(90);
}
else //caso contrário, não abre a porta
{
if(contador<3){
tone(buzzerPin, 1000,10000);
delay(200);
noTone(buzzerPin);
}
delay(3000);
}
}

void presenca(){
if( digitalRead(pir)== 1) {
Serial.println("Luzes acesas");
digitalWrite(ledpir,HIGH);
} else {
Serial.println("Luzes apagadas");
digitalWrite(ledpir, LOW);
}
}

void temperatura(){
lcd.setCursor(2, 0);
lcd.print(" SASE - ITTT");
DHT.read11(Temp);

45
lcd.setCursor (0, 1);
lcd.print ("Temperatura: ");
lcd.print (DHT.temperature, 0);
lcd.print ("*C");
if (DHT.temperature>=29){
digitalWrite (ledtemp, HIGH);
digitalWrite(AC_TEMP, HIGH);
}else if(DHT.temperature<=25){
digitalWrite (ledtemp, LOW);
digitalWrite(AC_TEMP, LOW);
}
}
void fumaca (){

const int fumo = analogRead (fum);


fumval=(fumo-50)/35;
//Serial.println (fumo);
int analogSensor = analogRead(fum);
int fumval=(analogSensor-50)/35;

/* Serial.print("GAS Level: ");


Serial.print(fumval);
Serial.println("%");*/
delay (1000);

if (fumval >= 18) // Percentagem de nível do gás para atictivar o dispositivo.


{

Serial.println("DANGER");
digitalWrite (ledfum, HIGH);
}
else
{

Serial.println("NORMAL");
digitalWrite (ledfum, LOW);

46
47

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