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6.6.

Benefícios do RGPS Auxílio-doença


1. O auxílio-doença (arts. 59 a 64, do PB; arts. 71 a 80, do RPS) é devido ao segurado que ficar incapacitado para
o seu trabalho ou para a sua atividade habitual pormais de 15 (quinze) dias consecutivos, seja em virtude dedoença
ou de acidente de qualquer natureza ou causa, in- clusive o do trabalho.
ATENÇÃO! Não será devido auxílio-doença ao se- gurado que se filiar ao RGPS, já portador da doença ou da
lesão invocada como causa para o benefício, salvo quan- do a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou
agravamento dessa doença ou lesão.
Todos os segurados (obrigatórios e facultativo) têm direito ao benefício.
A carência é de 12 (doze) contribuições mensais. Dispensa-se a carência, contudo, nos casos de acidentede
qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-
se ao RGPS, for acometido de alguma das do- enças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da
Saúde e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação,
deficiência, ou outro fator que lhe confira es- pecificidade e gravidade que mereçam tratamento par- ticularizado.
O auxílio-doença, inclusive o decorrente de aci- dente do trabalho, consistirá numa renda mensal cor-
respondente a 91% (noventa e um por cento) do salário de benefício.
ATENÇÃO! Por força das alterações produzidas pela Lei n. 13.135, de 2015, para benefícios com data de
afastamento do trabalho a partir de 1º de março de 2015, a renda mensal inicial não poderá exceder a média aritmé-tica
simples dos últimos 12 (doze) salários de contribui- ção, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não
alcançado o número de 12 (doze), a média aritméticasimples dos salários de contribuição existentes.
O benefício é devido (tem início):
a) ao segurado empregado, a partir do 16º (décimo sexto) dia do efetivo afastamento da atividade, se reque- rido
até 30 (trinta) dias daquele. A partir da data do re- querimento, se o mesmo for formulado mais de 30 (trinta) dias após a
data do afastamento. Durante os primeiros 15(quinze) dias consecutivos ao do afastamento da ativida- de, por motivo
de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral;
b) aos demais segurados, a partir da data do início da incapacidade, se requerido até 30 (trinta) dias após aquela.
A partir da data do requerimento, se o mesmo for feito após 30 (trinta) dias do início da incapacidade.
O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio doença será considerado pela empresa e
pelo empregador doméstico como licenciado. A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obri-
gada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual diferença entre o valor deste e a importância
garantida pela licença (art. 63, do PB).
Conforme estabelece o artigo 77, do Regulamento da Previdência Social, o segurado em gozo de auxílio-doença
está obrigado, independentemente de sua ida-de e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-sea exame
médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento
dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgi- co e a transfusão de sangue, que são facultativos.
O benefício cessa, primeiramente, com a recupe- ração da capacidade para o trabalho (para a habitual ou para
outra qualquer). O segurado que, durante o gozo do auxílio doença vier a exercer atividade que lhe garanta
subsistência, sem ter sido previamente declarado re- cuperado pelo INSS, poderá ter o benefício cancelado a
partir do retorno à atividade (art. 60, parágrafo 6º, do PB). O benefício ainda cessa pela sua transformação em apo-
sentadoria por invalidez ou auxílio-acidente e, claro, pela morte do segurado.
Se concedido novo benefício, decorrente da mes- ma doença, dentro de 60 (sessenta) dias contados da ces-
sação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos 15 (quinze) primeiros dias de
afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e des- contando-se os dias trabalhados, se for o caso (art. 75,
parágrafo 3º, do RPS).
Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 15 (quinze) dias, retor- nando
à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro de 60 (sessenta) dias desse retorno, em decorrência
da mesma doença, fará jus ao auxílio doença a partir da data do novo afastamento. Se, no entanto, se o retorno à
atividade tiver ocorrido antes de 15 (quinze) dias do afastamento, o segurado fará jus ao auxílio-do- ença a partir do
dia seguinte ao que completar aquele pe-ríodo (art. 75, parágrafos 4º e 5º, do RPS).
O auxílio-doença do segurado que exercer maisde uma atividade abrangida pela previdência social será devido
mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas. O auxílio-doença será concedi-do em relação
à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado, considerando-se para efeito de carência somente as
contribuições relativas a essa atividade (art. 73, do RPS).
Quando o segurado que exercer mais de uma ati- vidade se incapacitar definitivamente para uma delas, deverá
o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua transformação em aposentadoria por invalidez,
enquanto essa incapacidade não se estenderàs demais atividades (art. 74, do RPS).
AUXÍLIO-DOENÇA
Cobre o risco social... incapacidade para o trabalho ou para a atividade habitual, por
mais de 15 (quinze) dias.
Têm direito aobenefício... todos os segurados, obrigatórios e facultativo.
AUXÍLIO-DOENÇA
A carência do benefícioé de... 12 contribuições mensais.
A renda mensal dobenefício é de... 91% do salário de benefício.

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