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Capítulo 16

A produção e a
taxa de câmbio
no curto prazo

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Prévia
• Determinantes da demanda agregada no curto prazo.
• Um modelo de curto prazo para os mercados de produção.
• Um modelo de curto prazo para os mercados de ativos.
• Um modelo de curto prazo tanto para mercados de
produção quanto de ativos.
• Efeitos das mudanças temporárias e permanentes nas
políticas monetária e fiscal.
• Ajuste das transações correntes ao longo do tempo.
• O modelo IS-LM.

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Introdução
• Os modelos de longo prazo são úteis quando todos os
preços de insumos e produção têm tempo para se
ajustarem.
• No curto prazo, alguns preços de insumos e produção
podem não ter tempo para se ajustarem, devido a
contratos de trabalho, custos do ajuste ou informações
falhas sobre a predisposição dos consumidores em pagar
preços diferentes.
• Este capítulo baseia-se nos modelos de curto e longo prazo
das taxas de câmbio para explicar a relação entre produção
e taxas de câmbio no curto prazo.
– Demonstra como as políticas macroeconômicas podem afetar a
produção, o emprego e as transações correntes.
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Determinantes da
demanda agregada

• A demanda agregada é a quantidade agregada de bens e


serviços que indivíduos e instituições estão dispostos a
comprar:
1. Demanda por consumo.
2. Demanda por investimento.
3. Demanda governamental.
4. Demanda por exportações líquidas: as transações correntes.

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• Determinantes da demanda por consumo incluem:
– Renda disponível: renda da produção (Y) menos impostos (T).
– Maior renda disponível significa menor demanda por consumo, mas o
consumo geralmente aumenta menos do que o volume de aumento
da renda disponível.
– As taxas reais de juros podem influenciar a quantidade de poupança e
demanda por bens de consumo, mas presumimos que elas sejam
relativamente pouco importantes neste caso.
– A riqueza também pode influenciar a demanda por consumo, mas
presumimos que ela seja pouco importante neste caso.

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• Determinantes das transações correntes incluem:
– Taxa real de câmbio: preços de produtos estrangeiros em relação
aos preços de produtos domésticos, ambos medidos em moeda
doméstica: EP*/P.
 À medida que os preços de produtos estrangeiros sobem em relação
aos dos produtos domésticos, a demanda por produtos domésticos
aumenta e a demanda por produtos estrangeiros cai.
– Renda disponível: maior renda disponível significa maior demanda
por produtos estrangeiros (importações).

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Como as mudanças na taxa real
de câmbio afetam as transações
correntes
• As transações correntes medem o valor das exportações em
relação ao das importações: TC ≈ EX – IM.
– Quando a taxa real de câmbio EP*/P aumenta, os preços dos
produtos estrangeiros aumentam em relação aos dos produtos
domésticos.
1. O volume das exportações que são adquiridas pelos estrangeiros
aumenta.
2. O volume das importações que são adquiridas pelos residentes
domésticos cai.
3. O valor das importações em termos dos produtos domésticos
aumenta: o valor/preço das importações sobe, visto que os produtos
estrangeiros são mais valiosos/caros.

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• Se os volumes das importações e exportações não variam
muito, o efeito valor pode dominar o efeito volume, quando a
taxa real de câmbio varia.
– Por exemplo, obrigações contratuais para compra de quantidades fixas
de produtos podem fazer com que o efeito volume seja pequeno.
• Entretanto, as constatações indicam que, na maioria dos
países, o efeito volume domina o efeito valor, após um ano ou
menos.
• Vamos presumir por enquanto que uma depreciação real
acarreta um aumento nas transações correntes: o efeito
volume domina o efeito valor.

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Determinantes da
demanda agregada
• Determinantes das transações correntes incluem:
– Taxa real de câmbio: um aumento na taxa real de câmbio aumenta as
transações correntes.
– Renda disponível: um aumento na renda disponível diminui as
transações correntes.

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• Para simplificar, presumimos que fatores políticos exógenos
determinam as compras governamentais G e o nível de
impostos T.

• Para simplificar, presumimos que a demanda por investimento


I é determinada por decisões comerciais exógenas.
– Um modelo mais complicado demonstra que o investimento depende
do custo de conceder ou tomar investimento financeiro: a taxa de
juros.

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• Logo, a demanda agregada é expressa como:
D = C(Y – T) + I + G + TC(EP*/P, Y – T)

Demanda por Demanda por Transações correntes


consumo em investimento e em função de
função de renda compras taxa real de câmbio
disponível. governamentais, e renda disponível.
ambos exógenos.

• ou de forma simplificada:
D = D(EP*/P, Y – T, I, G) (16-1)
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• Determinantes da demanda agregada incluem:
– Taxa real de câmbio: um aumento na taxa real de câmbio aumenta as
transações correntes e, dessa forma, aumenta a demanda agregada
por produtos domésticos.
– Renda disponível: um aumento na renda disponível aumenta a
demanda por consumo, mas diminui as transações correntes.
• Como, em geral, a demanda por consumo é maior que aquela por
produtos estrangeiros, o primeiro efeito domina o segundo.
• À medida que a renda aumenta para um dado nível de impostos, a
demanda agregada por consumo e a demanda agregada aumentam
menos do que a renda.

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Equilíbrio de curto prazo para
demanda agregada e produção

• Atinge-se o equilíbrio quando o valor da renda de


produção Y é igual ao valor da demanda agregada D.

Y = D(EP*/P, Y – T, I, G)

Demanda agregada em função de taxa


Valor da produção
real de câmbio, renda disponível, demanda
e da renda de produção.
por investimento e compras governamentais.

Condição de equilíbrio.

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Equilíbrio de curto prazo e a
taxa de câmbio: curva DD
• Como a taxa de câmbio afeta o equilíbrio de curto prazo da
demanda agregada e da produção?
• Com níveis domésticos e estrangeiros fixos de preços médios,
a taxa de câmbio torna bens e serviços estrangeiros mais
caros em relação aos domésticos.
• Uma elevação da taxa nominal de câmbio (depreciação da
moeda doméstica) aumenta a demanda agregada por
produtos domésticos.
• Em equilíbrio, a produção aumentará para atender à maior
demanda agregada.

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Curva DD
• mostra combinações da produção com a taxa de câmbio à
qual o mercado da produção está em equilíbrio de curto
prazo (tal que demanda agregada = produção agregada).
• possui declividade positiva porque uma elevação na taxa
de câmbio leva ao aumento da demanda agregada e da
produção agregada.

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Deslocamento da curva DD

• Mudanças na taxa de câmbio causam movimentação ao


longo de uma curva DD. Outras mudanças causam seu
deslocamento:

1. Mudanças em G: mais compras governamentais provocam


maior demanda agregada e produção em equilíbrio. A
produção aumenta a cada taxa de câmbio: a curva DD
desloca-se para a direita.

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2. Mudanças em T: em geral, impostos mais baixos aumentam
a demanda por consumo, aumentando a demanda agregada
e a produção em equilíbrio para cada taxa de câmbio: a
curva DD desloca-se para a direita.
3. Mudanças em I: maior demanda por investimento é
representada pelo deslocamento da curva DD para a direita.
4. Mudanças em P em relação a P*: menores preços
domésticos em relação aos estrangeiros são representados
pelo deslocamento da curva DD para a direita.

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5. Mudanças em C: propensão em consumir mais e poupar
menos é representada pelo deslocamento da curva DD para
a direita.
6. Mudanças na demanda por bens domésticos em relação
aos estrangeiros: propensão em consumir mais bens
domésticos em relação aos estrangeiros é representada
pelo deslocamento da curva DD para a direita

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Equilíbrio de curto prazo nos
mercados de ativos
• Consideramos dois tipos de mercado de ativos:
1. Mercado de câmbio:
– paridade dos juros representa equilíbrio:
– R = R* + (Ee – E)/E
2. Mercado monetário
– O equilíbrio ocorre quando a quantidade ofertada de ativos monetários
reais equivale à quantidade demandada de ativos monetários reais:
Mo/P = L(R, Y)
– Um aumento na renda da produção leva ao aumento na demanda por
ativos monetários reais.

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• Quando a renda e a produção aumentam,
– a demanda por ativos monetários aumenta,
– levando a uma elevação nas taxas de juros domésticas,
– levando a uma apreciação da moeda doméstica.
• Lembre-se de que uma apreciação na moeda doméstica é
representada por uma queda em E.
• Quando a renda e a produção diminuem, a moeda doméstica
é depreciada e E aumenta.

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Equilíbrio de curto prazo
nos mercados de ativos :
curva AA

• A relação inversa entre produção e taxas de câmbio


necessárias para manter em equilíbrio os mercados de
câmbio e monetário é resumida pela curva AA.

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Deslocamento da
curva AA

1. Mudanças em Mo: um aumento na oferta de moeda reduz


as taxas de juros no curto prazo, acarretando a depreciação
da moeda doméstica (uma elevação em E) para cada Y:
a curva AA desloca-se para cima (à direita).

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Taxa de
câmbio, E Diminuição do retorno sobre depósitos domésticos
Retorno sobre depósitos
domésticos
E2 2' 1'
E1 Retorno esperado sobre
depósitos estrangeiros
Taxas
0 domésticas
R1 L(R, Y1)
R2 de retorno,
Mo1 taxa de juros
P 1 Oferta doméstica de
moeda real
Mo2
2
P Aumento na oferta de
Saldos reais moeda doméstica
domésticos de
moeda
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Taxa de
câmbio, E

AA’

AA

Y1 Y2 Produção, Y

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2. Mudanças em P: um aumento no nível de preços médios
domésticos diminui a oferta de ativos monetários reais,
elevando as taxas de juros e provocando a apreciação da
moeda doméstica (uma queda em E): a curva AA desloca-
se para baixo (à esquerda).
3. Mudanças na demanda por ativos monetários reais: se
os residentes domésticos estiverem propensos a manter
uma quantidade menor de ativos monetários reais e
maior de ativos não monetários, as taxas de juros sobre
os ativos não monetários cairão, levando a uma
depreciação da moeda doméstica (uma elevação em E): a
curva AA desloca-se para cima (à direita).

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4. Mudanças em R*: um aumento nas taxas de juros
estrangeiras tornam os depósitos estrangeiros mais
atrativos, levando a uma depreciação da moeda
doméstica (uma elevação em E): a curva AA desloca-se
para cima (à direita).
5. Mudanças em Ee: se os participantes do mercado
esperarem por uma depreciação da moeda doméstica no
futuro, os depósitos estrangeiros vão-se tornar mais
atrativos, levando à depreciação da moeda doméstica
(uma elevação em E): a curva AA desloca-se para cima (à
direita).

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Juntando as peças: as curvas
DD e AA

• Um equilíbrio de curto prazo indica uma taxa nominal de


câmbio e um nível de produção tal que:
1. o equilíbrio nos mercados da produção é mantido: a
demanda agregada equivale à produção agregada.
2. o equilíbrio nos mercados de câmbio é mantido: a paridade
dos juros é mantida.
3. o equilíbrio no mercado monetário é mantido: a quantidade
ofertada de ativos monetários reais é igual à quantidade
demandada por ativos monetários reais

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• Um equilíbrio de curto prazo ocorre na interseção das curvas
DD e AA:
– Os mercados da produção estão em equilíbrio na curva DD.
– Os mercados de ativos estão em equilíbrio na curva AA.

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Mudanças temporárias nas
políticas monetária e fiscal

• Política monetária: política em que o banco central


influencia a oferta de ativos monetários.
– Presume-se que a política monetária afete primeiro os mercados
de ativos.
• Política fiscal: política em que os governos (autoridades
fiscais) influenciam o volume de compras governamentais
e impostos.
– Presume-se que a política fiscal afete primeiro a demanda
agregada e a produção.
• Espera-se que as mudanças políticas temporárias sejam
revertidas no futuro próximo e, dessa forma, não afetem
as expectativas de taxas de câmbio no longo prazo.

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Mudanças temporárias na
política monetária

• Um aumento na quantidade ofertada de ativos temporários


baixa as taxas de juros no curto prazo, causando a
depreciação da moeda doméstica (uma elevação em E).
– A curva AA desloca-se para cima (à direita).
– Os produtos domésticos em relação aos estrangeiros são mais baratos,
de modo que a demanda agregada e a produção aumentam até que se
atinja um novo equilíbrio de curto prazo.

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Mudanças temporárias na
política fiscal
• Um aumento nas compras governamentais ou uma
redução nos impostos eleva a demanda agregada e a
produção, no curto prazo.
– A curva DD desloca-se para a direita.
– Maior produção aumenta a demanda por ativos monetários,
– desse modo elevando as taxas de juros e
– causando apreciação da moeda doméstica (uma queda em E).

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Políticas para manutenção do
pleno emprego
• Recursos utilizados no processo de produção podem levar
ao sobre-emprego ou ao subemprego.
• Quando os recursos são utilizados de modo eficaz e
sustentável, os economistas dizem que a produção está em
seu nível potencial ou natural.
– Quando os recursos não são usados eficazmente, os recursos são
subempregados: alto nível de desemprego, poucas horas
trabalhadas, equipamentos ociosos e produção abaixo do normal
de bens e serviços.
– Quando os recursos não são usados de modo sustentável, o
trabalho é sobre-empregado: baixo nível de desemprego, muitas
horas extras de trabalho, uso excessivo de equipamentos e
produção acima do normal de bens e serviços.
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• As políticas de manutenção do pleno emprego podem
parecer fáceis na teoria, mas são difíceis na prática.
1. Presumimos que os preços e as expectativas não mudam,
mas as pessoas podem prever os efeitos das mudanças
políticas e alterar seu comportamento.
– Trabalhadores podem demandar aumento de salário, se tiverem
expectativa de trabalho extra e emprego fácil, enquanto os
produtores podem elevar preços, se tiverem expectativa de altos
salários e forte demanda devido às políticas monetária e fiscal.
– As políticas fiscal e monetária podem, portanto, gerar variação
de preços e inflação, dessa forma impedindo alta produção e
nível de emprego: viés inflacionário.

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2. Dados econômicos são difíceis de medir e compreender.
– Os formuladores de políticas não podem interpretar dados sobre
mercados de ativos e demanda agregada com certeza e, às vezes,
cometem erros.

3. Mudanças políticas demandam tempo para serem


implementadas e afetam a economia.
– Por serem lentas, as políticas podem afetar a economia após os
efeitos de uma mudança econômica terem se dissipado.

4. Às vezes, as políticas são influenciadas por interesses


políticos ou burocráticos.

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Mudanças permanentes nas
políticas monetária e fiscal

• Mudanças políticas ‘permanentes’ são aquelas que se


presume que modificarão as expectativas das pessoas sobre
as taxas de câmbio no longo prazo.

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Mudanças permanentes na
política monetária
• Um aumento permanente na quantidade ofertada de
ativos monetários:
– baixa as taxas de juros no curto prazo e faz as pessoas terem
expectativa de depreciação futura da moeda doméstica,
aumentando a taxa de retorno esperada sobre os depósitos em
moeda estrangeira.
– A moeda doméstica deprecia-se mais do que (E eleva-se mais do
que) o caso em que as expectativas são constantes (Capítulo 14).
– A curva AA desloca-se para cima (à direita) mais do que o caso em
que as expectativas mantêm-se constantes.

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Efeitos de mudanças permanentes
na política monetária no longo
prazo
• Com a taxa de emprego e as horas trabalhadas acima de
seus níveis normais, os salários tendem a aumentar no
decorrer do tempo.
• Com forte demanda por bens e serviços e salários em alta,
os produtores são incentivados a elevar preços no decorrer
do tempo.
• Tanto os salários mais altos quanto os preços de produção
mais altos refletem-se em um nível mais elevado de preços
médios.
• Quais são os efeitos de uma alta de preços?

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Efeitos de mudanças
permanentes na política fiscal
• Um aumento permanente nas compras governamentais ou
redução de impostos
– aumenta a demanda agregada e
– gera expectativa de apreciação da moeda doméstica no curto prazo,
devido ao aumento da demanda agregada, consequentemente
reduzindo a taxa de retorno esperada sobre os depósitos em moeda
estrangeira e levando à apreciação da moeda doméstica.

• O primeiro efeito aumenta a demanda agregada por produtos


domésticos, enquanto o segundo deprecia essa demanda (ao
tornar esses produtos mais caros).

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• Ao se esperar uma mudança fiscal permanente, os
primeiro e segundo efeitos anulam-se, de modo que a
produção permanece em seu nível potencial ou natural (ou
de longo prazo).
• Dizemos que um aumento nas compras governamentais
sobrepuja por completo as exportações líquidas, devido ao
efeito da apreciação da moeda doméstica.

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Políticas macroeconômicas e as
transações correntes
• Para determinar o efeito das políticas monetária e fiscal sobre
as transações correntes,
– derive a curva XX para representar as combinações de produção e
taxas de câmbio às quais as transações correntes estão em seu nível
desejável.
• À medida que a produção aumenta, as importações crescem e
as transações correntes diminuem, quando outros fatores
permanecem constantes.
• Para manter as transações correntes em seu nível desejado, a
moeda doméstica deve depreciar-se enquanto a renda da
produção aumenta: a curva XX deve ter declividade positiva.

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• A curva XX tem declividade positiva, mas é mais plana do que
a DD.
– DD representa valores de equilíbrio da demanda agregada e da
produção doméstica.
– À medida que a renda e a produção domésticas aumentam, a
poupança doméstica aumenta, o que significa que a demanda
agregada (predisposição em gastar) dos residentes domésticos não se
eleva tão rapidamente quanto a renda e a produção.

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– À medida que a renda e a produção aumentam, a moeda
doméstica deve depreciar-se para atrair os estrangeiros a
elevar sua demanda por produtos domésticos e manter as
transações correntes (somente um componente da
demanda agregada) em seu nível desejado – na curva XX.
– À medida que a renda e a produção aumentam, a moeda
doméstica deve depreciar-se mais rapidamente para
convencer os estrangeiros a elevar sua demanda por
produtos domésticos e manter a demanda agregada (por
residentes domésticos e os estrangeiros) igual à produção
– na curva DD.

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• As políticas afetam as transações correntes por meio de sua
influência sobre o valor da moeda doméstica.
– Um aumento na quantidade ofertada de ativos monetários deprecia a
moeda doméstica e geralmente eleva as transações correntes no curto
prazo.
– Um aumento nas compras governamentais ou uma redução nos
impostos aprecia a moeda doméstica e geralmente diminui as
transações correntes no curto prazo.

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Efeito valor, efeito volume e a
curva J
• Se o volume de importações e exportações for fixo no curto
prazo, uma depreciação da moeda doméstica
– não afetará o volume de importações ou exportações,
– mas elevará o valor/preço das importações em moeda doméstica e
reduzirá as transações correntes: TC ≈ EX – IM.
– O valor das exportações em moeda doméstica não se alterará.

• As transações correntes podem diminuir imediatamente após


uma depreciação da moeda e depois aumentar gradualmente
à medida que o efeito volume começar a dominar o efeito
valor.

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• Repasse (pass-through) da taxa de câmbio para os preços
das importações mede a porcentagem na qual os preços
das importações variam, quando o valor da moeda
doméstica varia em 1%.
• No modelo DD-AA, o grau de repasse é 100%: os preços
das importações em moeda doméstica equiparam-se
exatamente a uma depreciação na moeda doméstica.
• Na realidade, o repasse pode ser inferior a 100% devido à
discriminação de preços em diferentes países.
– as empresas que estipulam preços podem decidir não equiparar as
variações na taxa de câmbio àquelas nos preços de produtos
estrangeiros denominados em moeda doméstica.

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• Se os preços dos produtos estrangeiros em moeda doméstica
não variam muito devido a um grau de repasse inferior a
100%, então
– o valor das importações não se elevará muito, após uma depreciação
da moeda doméstica, nem as transações correntes cairão muito,
minimizando o efeito da curva J.
– O volume de importações e exportações não se ajustará muito no
decorrer do tempo, uma vez que os preços da moeda doméstica não
variam muito.

• O repasse inferior a 100% esvazia o efeito de depreciação ou


apreciação sobre as transações correntes.

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O Modelo IS-LM
• No modelo DD-AA, presumimos que a demanda por
investimento é determinada por decisões comerciais
exógenas.
• Na realidade, o volume de demanda por investimento
depende da taxa de juros.
– Os projetos de investimento aplicam fundos de poupança ou de
empréstimo, e a taxa de juros relevante representa o custo (real)
de tomar ou conceder esses fundos;
– Uma taxa de juros mais elevada significa menor demanda por
investimento.

• O modelo IS-LM prevê que a demanda por investimento


está inversamente associada à taxa de juros relevante.

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• O modelo IS-LM também permite que a demanda por
consumo e a demanda por importações dependam da taxa de
juros.
– Uma taxa de juros mais elevada torna a poupança mais atrativa em
contraposição à demanda por consumo (de produtos domésticos e
estrangeiros).
– Entretanto, o efeito da taxa de juros é muito maior sobre a demanda
por investimento do que sobre a demanda por consumo e as
importações.

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• O modelo IS-LM expressa a demanda agregada como:
D = C(Y – T, R-πe ) + I(R-πe)+ G + TC(EP*/P, Y – T, R-πe )

Consumo em função Investimento Compras Transações corrrentes


de renda disponível em função de governamen- em função de
e taxa real de taxa real de tais são taxa real de juros,
juros R - πe juros R - πe exógenas renda disponível e taxa
real de juros R - πe

• Ou de forma simplificada:
D = D(EP*/P, Y – T, R – πe, G)

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• Em vez de relacionar taxas de câmbio com produção, o
IS-LM relaciona taxas de juros com produção.
• Em equilíbrio, produção agregada = demanda agregada.
– Y = D(EP*/P, Y – T, R – πe, G)
• Em equilíbrio, a paridade dos juros mantém-se
– R = R* + (Ee – E)/E
– E(1 + R) = ER* + Ee
– E(1 + R – R*) = Ee
– E = Ee/(1 + R – R*)

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• Y = D(EeP*/P(1 + R – R*) , Y – T, R – πe, G)
– Essa equação descreve a curva IS: combinações de taxas de juros e
produção tais que a demanda agregada é igual à produção agregada,
dados os valores da variáveis exógenas Ee,P*,P, R*,T, πe e G.
– Taxas de juros mais baixas aumentam a demanda por investimento (e
a demanda por consumo e importações), levando a maior demanda
agregada e maior produção em equilíbrio.
– A curva IS tem declividade negativa.

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• Em equilíbrio, a quantidade ofertada de ativos monetários
reais equivale a quantidade demandada de ativos monetários
reais: Mo/P = L(R,Y)
– Essa equação descreve a curva LM: combinações de taxas de juros e
produção tais que o mercado monetário está em equilíbrio, dados os
valores de variáveis exógenas: P e Mo.
– Prevê-se que maior renda cause maior demanda de ativos monetários
reais e maiores taxas de juros no mercado monetário.
– A curva LM tem declividade positiva.

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Mercados da Mercado
produção monetário
Taxa de
em equilíbrio. em equilíbrio.
juro, R
LM

Tanto os mercados da
1 produção quanto o monetário
R1 estão em equilíbrio em R1
e Y1 .

Y1 Produção, Y

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Efeitos de mudanças temporárias
na oferta de moeda
Aumento
temporário
Retorno esperado na oferta
LM1
sobre depósitos Taxa de juro, R de moeda.
estrangeiros.
LM2
1

R1

2
R2

E2 E1 Y1 Y2 Produção, Y
Taxa de câmbio, E ( aumentando)

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Efeitos de mudanças permanentes
na oferta de moeda no curto prazo
Retorno esperado
Aumento
sobre depósitos permanente
estrangeiros. LM1 na oferta de
Taxa de juro, R moeda.

LM2
1

R1
3
3´ R3
2
R2

Expectativa de
depreciação da
moeda doméstica

E3 E2 E1 Y1 Y2 Y3 Produção, Y
Taxa de câmbio, E ( aumentando)

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Efeitos de mudanças
temporárias na política fiscal

Retorno esperado
sobre depósitos Taxa de juro, R LM
estrangeiros.
Expansão fiscal
temporária
2´ R2 2

1´ R1 1

E1 E2 Y1 Y2 Produção, Y
Taxa de câmbio, E ( aumentando)

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Efeitos de mudanças
permanentes na política fiscal

Retorno esperado
sobre depósitos Taxa de juro, R LM
estrangeiros.
Expansão
R2 fiscal
2´ 2 permanente
1´ 3´ R1 1

Expectativa de apreciação da
moeda doméstica.

E1 E2 E3 Y1 Y2 Produção, Y
Taxa de câmbio, E ( aumentando)

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Resumo
1. A demanda agregada é influenciada por renda disponível e
taxa real de câmbio.
2. A curva DD mostra combinações de taxas de câmbio e
produção, onde demanda agregada = produção agregada.
3. A curva AA mostra combinações de taxas de câmbio e
produção, onde os mercados de câmbio e o monetário estão
em equilíbrio.

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4. No modelo DD-AA, presumimos que uma depreciação da
moeda doméstica leva a um aumento nas transações
correntes e na demanda agregada.
5. Mas a realidade é mais complicada, e a curva J mostra que
o efeito valor inicialmente domina o efeito volume.

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6. Um aumento temporário na oferta de moeda deve elevar
a produção e depreciar a moeda doméstica.
7. Um aumento permanente ocasiona ambos em maior
grau no curto prazo, mas no longo prazo a produção
retoma seu nível normal.
8. Um aumento temporário nas compras governamentais
deve elevar a produção e apreciar a moeda doméstica.
9. Um aumento permanente nas compras governamentais
deve subjugar por completo as exportações líquidas e,
portanto, não exercer nenhum efeito sobre a produção.

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10. O modelo IS-LM compara as taxas de juros com a produção.
11. A curva IS mostra combinações de taxas de juros e produção,
onde demanda agregada = produção agregada.
12. A curva LM mostra combinações de taxas de juros e
produção, onde o mercado monetário está em equilíbrio.
13. O modelo IS-LM pode ser usado com o modelo dos
mercados de câmbio para comparar produção, taxas de
juros e taxas de câmbio.

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Capítulo 16

Apêndice do capítulo

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