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Atividade de Ética

Nomes: Yamai Karen e Lucas Milagres


-Paciente relata que procurou o terapeuta com queixa de bruxismo (ranger de
dentes) e estranhou atitudes e conselhos deste, tais como, trancar à chave a
porta do consultório e dizer frases de cunho sedutor/sexual, de modo que
sentiu-se traída e lesada, o que a fez encerrar a terapia, pois entendeu que
havia um desejo latente do psicólogo por ela. Entendeu também que o
profissional faltou com a ética ao não realizar encaminhamento para outro
psicólogo. Além disso, o terapeuta lhe atribuiu patologias, segundo ela
inexistentes, que só soube durante o decorrer do processo ético, pois não foi
informada do diagnóstico durante os atendimentos.
O psicólogo afirma que foram realizadas oito sessões, que foi procurado pela
paciente com queixa de obesidade, associada à ansiedade e angústia, e que o
bruxismo sequer foi citado. Indicou nutricionista para uma reeducação
alimentar, não sendo necessário o encaminhamento a um psiquiatra. Disse que
trancava a sala para privacidade, pois poderia ser "invadida", como já havia
sido anteriormente. Quanto às atitudes e falas, interpretadas pela paciente
como de cunho sexual, afirmou tratar-se de inverdades e fantasias da mesma.
Chegou ao diagnóstico de "transtorno dissociativo e conversivo, associado a
severo transtorno de caráter, além de uma orientação homossexual
perturbada". Acatou a solicitação de encerramento por parte da pessoa
atendida, sem indicar encaminhamento para outro psicólogo ou expressar a
necessidade de continuidade da terapia.
Não foram encontrados indícios materiais quanto às insinuações de cunho
sexual, além das declarações verbais de ambos os lados que se conflitam e
nada provam. No entanto, verificou-se que a queixa inicial mencionada pelo
psicólogo não coaduna diretamente com o diagnóstico por ele citado, além do
que, tal diagnóstico foi considerado muito específico para o número reduzido
de sessões realizadas. A paciente vivenciou angústias e temores que não
foram trabalhados por meio de intervenções que poderiam ter lhe ajudado a dar
novo sentido às emoções. Houve aumento da tensão, culminado no
rompimento do vínculo terapêutico. Por fim, houve uma incoerência entre o
diagnóstico por ele assumido e a técnica utilizada: toques corporais e sintomas
histéricos, dissociativos e conversivos.
- Artigo do Código de ética que foi infringido: Ao não encaminhar para outro
profissional e não aprofundar em questões importantes como as angústias da
paciente, o terapeuta, fornece um serviço ineficiente e incompleto, além de
diagnosticar precocemente patologias que não foram tratadas a partir de um
embasamento científico. Desta forma, pode-se compreender que o profissional
infringiu o Código de Ética dos Psicólogos de acordo com o seguinte artigo:
Art. 1º São deveres fundamentais do Psicólogo:
...c) prestar serviços psicológicos em condições de trabalho eficiente, de
acordo com os princípios e técnicas reconhecidas pela ciência, pela prática e
pela ética profissional.

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