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1
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a c www.sobrapar.org.br Edição 01 Ano I Junho 2012
st So
Ne ço
em
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B
Vidas que se
transformam
Cirurgias e tratamento
interdisciplInar garantem
aos PACIENTES uma rotina
mais feliz e participativa
ÍNDICE
13 Tecnologia
19 Software em 3D do CTI
auxilia nas cirurgias de
reabilitação de crânio e face
15 Reformas
Ampliações e melhorias
contribuem para
aprimorar a qualidade dos
atendimentos
16 Especialidades
Multidisciplinaridade faz a
diferença na reabilitação
dos pacientes
18 Parceria
A importância dos apoiadores
financeiros para o hospital
22 19
Como doar
As várias formas de
contribuir para o
desenvolvimento da
instituição
21 Voluntariado
Cadastro de Nota Fiscal
Paulista colabora para
arrecadar recursos
27 22 Bazar
Novidades e móveis
restaurados em novo
espaço
2 REVISTA EM FACE
EDITORIAL
Caro leitor,
Este é um ano especial preendeu a busca por apoiadores, nascem até a fase adulta e àqueles
para o Hospital Sobrapar. Comemo- a aquisição do terreno e a colabo- que a adquiriram no decorrer de
ramos nosso 33º aniversário e lan- ração de empresas estrangeiras suas vidas. Nesta edição circula o
çamos a primeira edição da revista e brasileiras que se uniram para nosso Balanço Social com os resul-
Em Face, publicação que marca uma abraçar uma ideia “meio maluca” de tados do Hospital Sobrapar de 2011.
nova etapa para a instituição. É uma um jovem médico empreendedor. Agradecemos a todos os que abra-
data com muitos significados, uma Temos muito a comemorar, muito çaram a nossa missão. Creiam que
metáfora para a maturidade, um a agradecer e hoje temos a honra e são muitos os corações e os braços
tempo que nos faz pensar e olhar o prazer de somar 14.453 cirurgias que nos suportam, animam, empur-
o caminho percorrido. E, assim, feitas de 1990 a 2011 e 233.578 ram e nos asseguram um futuro de
vislumbrar o futuro que nos aguar- atendimentos interdisciplinares, grandes realizações.
da e que projetamos com grande sempre com o objetivo de oferecer
entusiasmo e esperança. esperança às pessoas com defor- Vera Raposo do Amaral
São 33 anos de grande luta, que midade de crânio e face, desde que Presidente do Hospital Sobrapar
teve início com uma semente bro-
tada no coração do ainda estudante
Cassio Raposo do Amaral, fundador
do Hospital. Desde a sua ida aos
Estados Unidos e França para se
especializar até o início da Fundação
de Sociedade Brasileira de Pesqui-
sa e Assistência para Reabilitação
Craniofacial em 1979, e a inaugura-
ção do hospital no ano seguinte, foi
uma longa trajetória.
Um caminho desafiador que com-
EXPEDIENTE
SOBRAPAR - Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência para Reabilitação Craniofacial | CNPJ 50.101.286/0001-70 | Fone: +55 19 3749
9700 - Av. Adopho Lutz, 100 - Cidade Universitária - Campinas - SP - 13083-880 | Email: sobrapar@sobrapar.org.br | Site: www.sobrapar.org.
br | DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente de Honra: Sr. Abraham Kasinsky (In memorian) | Presidente da Diretoria Executiva: Profa. Dra Vera
Lucia Adami Raposo do Amaral | Vice-Presidente: Dr. Cassio Eduardo Adami Raposo do Amaral | 1ª Secretária: Sra. Francisca Maria Balbo
Messias | 2ª. Secretária: Dra. Maria Angélica Barreto Pyles | 1° Tesoureiro: Sr. Nelson Raulik | 2° Tesoureiro: Sr. Nelson Bolzani | CONSELHO
DELIBERATIVO: Presidente: Dra. Enéa Caldatto Raphaelli | 1ª Secretária: Sra. Marlene Fernandes Raulik | 2ª Secretária: Sra. Vera Bonturi
Bolzani | Membros: Dr. Álvaro César Iglesias | Dr. Claudinê Pascoetto | Sr. Francisco Sellin | Sr. Johannes Kärcher | Dr. Nelson Pires Modesto |
Dr. Romeu Santini | CONSELHO FISCAL: Dr. Geraldo Bolsonaro Messias | Dr. Nelson Antonio Pereira Camacho | Dr. Thomaz Rinco | Suplentes:
Dr. Cesar Augusto Adami Raposo do Amaral | Dr. Sylvino de Godoy Neto | Dr. Tadao Mori | Auditoria das Informações: Vera Raposo do Amaral
REVISTA EM FACE 3
NOSSOS
PACIENTES
4 REVISTA EM FACE
Vidas transformadas Histórias de pessoas que viram suas
vidas modificadas por doenças raras e,
ao longo do tempo, foram totalmente
integradas à sociedade
O tratamento multi- assistência social e a várias cirurgias para acompanhar o tratamento dos
disciplinar e as cirur- corretivas e estéticas. filhos. Mas, o ambiente do Hospital
gias craniofaciais são Muito além de um atendimento Sobrapar possibilita a convivência
capazes de transformar comple- cirúrgico e hospitalar, o Hospital e a troca de experiência entre as
tamente a vida dos portadores de Sobrapar acolhe essas famílias. mães e pais, tornando esse per-
deformidades criando condições Para a maioria delas, é difícil estar curso mais tranquilo e garantindo
para que passem a ter uma vida preparada para o nascimento de a confiança no êxito de todo o
independente, participativa e pro- uma criança com deformidade tratamento.
dutiva na sociedade. O tratamento craniofacial. Ou então para aque- “Antes eu ficava isolado, não
é longo, do nascimento até a fase las deformidades provocadas por conversava com as pessoas, ficava
adulta - chegando a quase 20 anos acidentes, queimaduras e sequelas deprimido dentro de casa. Com
de duração - e multidisciplinar, com de doenças, como câncer. Além de as cirurgias, agora eu bato papo,
o paciente submetido a atendimen- lidar com a dor, as famílias passam jogo bola e tenho vários amigos”. A
tos com profissionais de fonoau- por uma verdadeira transformação frase de Roberto Duarte Ferreira, 36
diologia, psicologia, ortodontia e de vida, até mudando de cidade anos, espelha a realidade de muitas
REVISTA EM FACE 5
fusíveis de poste. O “brinquedo”
explodiu e queimou todo o rosto
e parte do braço de William. “Do
hospital de Sumaré fui transferido
para o de Sorocaba, especializado
em queimados. Fiquei internado um
mês”, conta.
“Em Sorocaba, uma médica par-
ticular tentou ajudar muito, mas
depois de um tempo ela disse que
não seria mais possível. Voltei para o
hospital de Sumaré e lá eles fizeram
várias cirurgias até que disseram
que o meu caso não tinha mais
solução. Desisti e fiquei três anos
Roberto: “Não tenho palavras para expressar o que eu sinto pelo hospital”
sem fazer cirurgias”, diz. William
conheceu então a Sobrapar. “E foi
aqui que realmente vi resultados.
pessoas que chegaram ao Hospital Acidente com queimaduras Minha situação mudou muito.”
Sobrapar. Portador de uma fissura Desde 2006 em tratamento,
rara de face, Roberto já passou por O ano era 1999 e uma brinca- William conta que os médicos do
38 cirurgias e o acompanhamento deira de criança resultou em um hospital o fizeram voltar a acreditar
de várias especialidades como fono- acidente que mudou muito a vida que seria possível investir na sua
audiologia, ortodontia e psicologia. de William Tiago Teodoro, na época recuperação. Além das cirurgias
Essa história de Roberto se confun- com 11 anos. Um amigo resolveu plásticas, William também teve a
de um pouco com a própria trajetória jogar álcool e atear fogo em alguns orelha completamente reconstruí-
da instituição, que este ano faz 33
anos. Seu fundador, Dr. Cassio Raposo
do Amaral, trouxe para a vida de mui-
tas pessoas a chance de se integrar à
sociedade. Por nove anos, Roberto
trabalhou no hospital como office boy.
“Saí com a morte do Dr. Cassio. Ele foi
um paizão para mim e eu sempre fui
muito ligado a ele. Foi um choque para
mim e eu decidi que era melhor sair.
Foi uma fase muito dolorosa”, conta.
Agora, Roberto pensa em voltar
a trabalhar e a jogar bola. “Quando
estou em período de cirurgia in-
felizmente não consigo jogar, mas
dá para brincar um pouco com os
amigos”, diz. Para ele, o hospital
transformou a sua vida proporcio-
nando um convívio social. “Não
tenho palavras para expressar o que
eu sinto por tudo que a Sobrapar fez
e continua fazendo por mim.
William: “Foi aqui que realmente vi resultados. Minha situação mudou muito.”
6 REVISTA EM FACE
da. Hoje com 23 anos, ele trabalha
há dois anos em uma transporta-
dora, passeia, joga bola... Enfim,
tem uma vida social normal. “Faço
tudo. E farei quantas cirurgias forem
Chefe de família
necessárias para melhorar cada vez
mais”, completa. Hoje com 17 anos, Fernando não era para desistir nunca”, diz.
Também portadora de fissura rara dos Santos Malaquias estuda A família enfrentou, com mui-
de face, Izilda de Cássia Marçal, 27 e trabalha em uma rede de to sacrifício, as inúmeras difi-
anos, tem muitos sonhos e metas
lanchonetes em um shopping culdades para que Fernando
para os próximos anos. Desde os
três meses de idade, ela é acom-
de Campinas. E, ainda, é o res- pudesse realizar o tratamento.
panhada e faz seu tratamento na ponsável por parte do sustento Hoje ele trabalha no shopping
instituição. Nascida em Bauru (SP), da família. Mas quem o vê hoje, e tem muitas amizades. É tor-
ela veio para Campinas para iniciar não imagina o desespero de sua cedor do Corinthians e adora
seu tratamento no hospital. “Nesse mãe, Elza dos Santos. “Fiquei jogar bola. Para sua mãe, é o
tempo todo, já perdi a conta do muito nervosa. Nunca tinha visto que ele gosta de fazer. Acha
número de cirurgias. Com certeza
nada semelhante na minha vida”, até que quer ser jogador de
são mais de 30. O atendimento é
maravilhoso e vi melhoras signifi- conta ela, ao se referir à fissura futebol. “Adoro todos aqui.
cativas”, conta. lábio palatina de Fernando. “Mas Eles realmente mudaram muito
Com ensino médio completo, o tratamento e o atendimento a minha vida. Sou muito feliz e
Izilda não parou os estudos e seguiu maravilhoso do hospital me acal- agradecida pelo que o hospital
em frente. Fez um curso de estética mou. Os médicos disseram que fez por nós”, acrescenta Elza. n
e pretende este ano trabalhar na
área e montar a sua própria casa.
“Tenho um grande sonho que é ter-
minar as cirurgias”, diz. Para ela, as
cirurgias foram muito importantes e
houve uma evolução muito grande
desde o início do tratamento. Os
pais faleceram e ela hoje mora com
a irmã casada. “Ela tem a vida dela,
vou morar sozinha pois quero ter o
meu espaço.”
Para Aldelino Régis Jorge, pai de
Rony Cleiton da Silva Jorge, 15 anos,
que nasceu com um tumor na face,
o Hospital Sobrapar é “o melhor
que existe”. Rony nasceu em São
Paulo e já fez cinco cirurgias. Hoje
ele mora em São Miguel Arcanjo
(SP), na região de Sorocaba, com os
pais e mais quatro irmãos e estuda.
“O tumor parou de crescer e a face
dele já melhorou muito. Foi incrí-
vel a melhora”, diz Aldelino. “Foi a
Sobrapar que realmente resolveu o Fernando durante exame de nasofibroscopia: tratamento longo
meu caso”, afirma Rony.
REVISTA EM FACE 7
ENTREVISTA
Excelência
reconhecida
Vera Raposo do Amaral diz que o
maior desafio como presidente do
Hospital Sobrapar é a contínua
adequação para o aprimoramento da
qualidade no atendimento aos pacientes
Com 33 anos de ati- Como é chegar aos 33 anos de Quais os momentos de maior
vidades, o Hospital Sobrapar atividades da Sobrapar? destaque?
é reconhecido pela comunidade Uma grande vitória. Um sonho Um grande momento foi a co-
como uma instituição de excelência, conquistado com trabalho, dedica- memoração dos 25 anos de sua
que avançou muito no número de ção e muita vontade de manter viva fundação. Os congressos e visitas
cirurgias de alta complexidade. O re- a chama do ideal de nosso fundador, de eminentes professores inter-
conhecimento pode ser comprovado o Professor-Doutor Cassio Menezes nacionais que aqui vieram e ainda
pelo recente prêmio que a instituição Raposo do Amaral. vêm e constatam nossos avanços,
recebeu do SUS, que o classificou nossos progressos e reconhecem
como um dos melhores hospitais nossa excelência cirúrgica e nosso
dentre os públicos, de ensino e fi- Qual foi o maior desafio que en- pioneirismo no tratamento inter-
lantrópicos do Estado de São Paulo. frentou nesse período? disciplinar, humanizado e contínuo,
À frente da Sobrapar está Vera Acho que o maior desafio foi cons- procurando acompanhar nossos
Raposo do Amaral, com o desafio truir este hospital. Foi necessário pacientes do nascimento até a
constante de manter a instituição o envolvimento de muitas institui- completa reabilitação e inserção
em funcionamento, em um esforço ções, empresas e pessoas da co- social.
conjunto de toda a equipe. “É ne- munidade que acreditaram em uma
cessário paixão e a crença inabalável idéia e aglutinaram-se para torná-lo Como a senhora vê a evolução
em um objetivo para que se possa realidade. E, depois de construí-lo, do hospital nos últimos cinco anos?
construir e manter um hospital o maior desafio é mantê-lo com O hospital progrediu muito em
como este”, diz a presidente. qualidade e excelência, sempre à termos do número de cirurgias de
Confira ao lado a íntegra da entre- frente em termos tecnológicos e alta complexidade, principalmente
vista de Vera. científicos. as craniofaciais e as reconstruções
8 REVISTA EM FACE
não foi nem sequer meio ponto.
Fomos avaliados dentre os 680
hospitais públicos, de ensino e pri-
vados filantrópicos que atendem
aos usuários do Sistema Único de
Saúde, dentre eles os grandes hos-
pitais que atendem a uma enorme
demanda.
REVISTA EM FACE 9
Microtia
Reconstrução total
Pacientes retomam o convívio social
após cirurgia na orelha e atendimento
especializado
10 REVISTA EM FACE
Síndromes
raras
Paula, paciente com Síndrome de Apert: bastante adaptada à rotina diária de trabalho e estudo
Uma síndrome rara do Hospital Sobrapar. Paula é auxiliar de loja, faz de tudo
que pode acometer uma criança a Paula Cristina Alves, portadora um pouco: organiza estoque, os
cada 150 mil nascidas vivas, mas da síndrome, nasceu em Cornélio produtos nas prateleiras e fica na
que com as cirurgias e o tratamen- Procópio (PR), e veio com a família retaguarda das operações da loja.
to adequados e na idade correta, para Campinas sob a orientação do Bastante adaptada à rotina de
possibilita chances de uma vida hospital em que ela nasceu com o trabalho e estudo, Paula explica que
praticamente normal. A Síndrome objetivo de iniciar o tratamento o começo foi muito difícil para a fa-
de Apert é uma mutação genética na Sobrapar. “Já fiz oito cirurgias: mília, que teve de mudar para outra
de causa ainda desconhecida, mas, cinco no crânio, duas no nariz e cidade, longe de amigos e parentes.
dependendo da gravidade do caso, é uma nos dedos das mãos”, conta No entanto, o resultado do trata-
possível ao paciente se adaptar mui- Paula. “Eu trabalho, gosto do que mento, que teve início desde seu
to bem à vida cotidiana, conforme eu faço e, por enquanto, quero ter- primeiro ano de vida, garantiu que
Cassio Eduardo Raposo do Amaral, minar os estudos. Ainda não decidi todos se adaptassem ao dia a dia.
cirurgião plástico e vice-presidente qual profissão seguir”, acrescenta. Uma das características da Sín-
REVISTA EM FACE 11
drome de Apert é que, além da entre a idade paterna e a síndrome dedos das mãos e dos pés são feitas
deformidade craniofacial, as mãos e de Apert. normalmente antes de completar
os pés precisam ser submetidos a ci- O tratamento dura, em média, um ano de vida. “No entanto, em
rurgia. Segundo o cirurgião plástico entre 20 e 25 anos e, ao longo desse casos mais graves, é grande o com-
Cassio Eduardo Raposo do Amaral, período, são realizadas de quatro prometimento neuropsicomotor da
existe uma correlação importante a cinco cirurgias. As cirurgias dos criança”, diz o cirurgião plástico.
Familia em tratamento
Doença rara, a Síndrome de de Laíde Nunes da Silva, 37 anos, e Cassiana (nome dado em home-
Crouzon também pode estar as- seus filhos Cassiana, 17 anos, e Dou- nagem ao cirurgião), ela voltou
sociada à idade paterna avançada, glas, 16 anos. Todos são portadores ao hospital para acompanhar
segundo apontam alguns estudos. de Síndrome de Crouzon. sua filha que iniciou, na infância,
No entanto, ela é caracterizada por “O fundador do hospital, doutor a mesma jornada de tratamento
comprometer o desenvolvimento Cassio, ficou quatro anos estudando multidisciplinar. “Os meus filhos
craniofacial, não afetando mãos e o meu caso antes de fazer a cirurgia estão em primeiro lugar. Faço
pés. Quando os pais são portadores quando eu ainda era criança”, conta tudo por eles”, afirma. Uma de-
do gene que sofreu a mutação, há Laíde. De Campo Grande (MS), ela se dicação que possibilitará realizar
50% de chance de transmitir a sín- transferiu para Campinas para fazer os sonhos de seus filhos. “Quero
drome aos filhos. É o caso da família o tratamento. Com o nascimento de ser enfermeira”, diz Cassiana. n
12 REVISTA EM FACE
Ciência
REVISTA EM FACE 13
dos protótipos) reais em tamanho De acordo com o pesquisador, o cirurgias complexas. Isso significa,
natural impressos em 3D em gesso, início da pesquisa foi por volta do além da melhoria de condições das
cerâmica, plástico e metal. “É um ano 2000. “Quando apresentamos cirurgias, menor período de inter-
ganho muito importante para o tem- a tecnologia para o doutor Cássio nação e melhor recuperação dos
po e o resultado da cirurgia”, afirma Raposo do Amaral, fundador da So- pacientes, que ganham qualidade
Cesar Raposo do Amaral, cirurgião brapar, ele disse: ‘não é possível que de vida. Já o poder público conse-
plástico do Hospital Sobrapar. exista uma técnica dessas no Brasil gue proporcionar maior acesso à
Além de traumas como de Adenil- não utilizada’. A partir disso, cente- saúde. Este é o objetivo de projeto
son, as próteses podem ser usadas nas de cirurgias foram realizadas por atual entre o CTI e Ministério da
em casos de deformidades faciais meio da parceria. É preciso muita Saúde.
motivadas por doenças genéticas. integração para chegar a resultados Entre as tecnologias desenvolvi-
“Temos uma boa parceria com a tão positivos”, conta. De acordo das pelo CTI estão um sistema de
Sobrapar, que foi o primeiro hospital com ele, essa integração para al- interação humana com dispositivos
a utilizar a nossa tecnologia há mais guns desenvolvimentos específicos de TI que permite a operação de
de dez anos. Nesse período foram significa encontros semanais entre computadores por pessoas com as
muitos casos complexos importan- as equipes do CTI e e do cirurgião mais variadas deficiências; um siste-
tes, que nos possibilitaram aperfei- plástico César Augusto Raposo do ma de prototipagem de próteses e
çoar cada vez mais a tecnologia”, Amaral, membros do corpo clínico órteses capaz de otimizar cirurgias
conta o pesquisador Jorge Vicente da instituição. reparadoras; um sistema de proto-
Lopes Silva, chefe da Divisão de O software em três dimensões faz tipagem de maquetes tácteis para
Tecnologias Tridimensionais do CTI. parte do Programa de Tecnologias uso por pessoas com deficiência
Segundo ele, esta técnica foi usada Tridimensionais para Apoio à Saúde visual; e uma nova tecnologia de
por cerca de 100 hospitais por ano (ProMED), que promove a aplicação visão computacional que permite
na realização de cerca de 400 cirur- desse tipo de tecnologia em hospi- produzir desde robôs à leitores para
gias, somente nos últimos 12 meses. tais e clínicas nacionais, apoiando pessoas com deficiência. n
14 REVISTA EM FACE
Novidades
Uma série de reformas para uso multiprofissional, confor- teceu na área do centro cirúrgico,
e melhorias internas do me o tratamento do paciente. As como a troca de portas manuais por
hospital ocorreu ao longo de 2011 salas administrativas agora ocupam automáticas e de vidro. “Esse tipo
para continuar a ampliar o número os espaços antes reservados ao de substituição é muito importante
de atendimentos e de cirurgias. No- laboratório, que foi incorporado ao porque não há qualquer contato
vos espaços foram redimensionados Centro de Pesquisas. manual”, observa a presidente do
oferecendo melhor circulação de “As melhorias diminuem os cus- hospital. Além disso, foram feitas
pacientes e funcionários, além de tos, pois facilitam o trabalho das melhorias como o isolamento
tornar linear a área administrativa, pessoas, melhoram a comunica- da entrada do centro cirúrgico.
centro cirúrgico e de laboratório. ção, simplificam o fazer e trazem “Vamos sempre buscar e atender
Portas manuais foram substituídas qualidade para todos. Porque, o exigências que nos enquadrem nos
por automáticas, houve aquisição que é bom é simples. E, para isso, padrões internacionais de qualida-
de equipamentos e realizadas me- nada melhor do que manter a sime- de”, acrescenta.
lhorias na UTI e na sala de exames tria nas atividades das pessoas. Ou A Brinquedoteca, que foi total-
de nasofibroscopia. seja, onde está a área administra- mente redimensionada, agora conta
Uma das principais mudanças foi a tiva ficam apenas os profissionais com armários para os brinquedos,
concentração das atividades em alas desse setor e o mesmo ocorre ficando assim mais organizada e
específicas. Por exemplo, duas salas onde é feito o atendimento am- espaçosa. “Espaço é tão importante
administrativas antes posicionadas bulatorial”, explica a presidente quanto tempo. Por isso, é preciso
na mesma área do ambulatório do Hospital Sobrapar, Vera Raposo usar com sabedoria. É preciso ra-
foram redirecionadas para o aten- do Amaral. cionalizar, reestudar, reeinventar
dimento específico da psicologia e Outra importante reforma acon- aquilo que se tem”, diz Vera. n
REVISTA EM FACE 15
Especialidades
Atendimento multidisciplinar
O envolvimento de diversas áreas faz a
diferença na reabilitação dos pacientes
Todo paciente que ini- equipe de profissionais qualificados sas especialidades, compostas por
cia seu tratamento no que atende de forma completa todas cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos,
hospital Sobrapar tem um atendi- as necessidades dos pacientes, dos otorrinolaringologista, psicólogos,
mento multidisciplinar com o objeti- casos mais simples até os mais com- assistentes sociais, ortodontistas,
vo de oferecer reabilitação integral. plexos de anomalias craniofaciais. fisioterapeutas, geneticistas, anes-
Para isso, o hospital conta com uma Conheça a atuação de algumas des- tesistas, intensivistas e enfermeiras.
Fonoaudiologia
Por uma comunicação bem feita
Em 2011 foram realizados 1.700 aten- atendimento com uma avaliação completa
dimentos aos portadores de fissuras lábio e o tratamento é planejado e desenvolvido
palatinas pela equipe de fonoaudiologia do de maneira personalizada com o objetivo de
Hospital Sobrapar. O setor atua com bebês de obter os melhores resultados no mais curto
poucas horas de vida, crianças, adolescentes espaço de tempo possível.
e adultos em todos os aspectos afetados por As estratégias terapêuticas são baseadas vergem sempre para a busca por uma fala
anomalias craniofaciais, especialmente em nos mais recentes estudos científicos e normal”, diz Anelise Sabbag, fonoaudióloga
relação às fissuras lábio palatinas e conta com procedimentos aprovados pela comunidade e coordenadora da área.
profissionais experientes e treinados, o que internacional especializada. São utilizados Exames audiológicos são feitos regu-
proporciona um atendimento a cada pacien- equipamentos tecnológicos específicos para larmente e, com os equipamentos recém
te conforme suas necessidades específicas. a documentação, segmento e reavaliação adquiridos, o monitoramento já pode ter
O objetivo da equipe de fonoaudiolo- dos resultados incluindo câmeras de vídeo, início aos seis meses de idade. A equipe é
gia é promover a excelência em todos os computadores, softwares e equipamentos comprometida em colaborar com outros
serviços prestados aos pacientes e às suas para gravação nítida de voz e avaliação da profissionais e em construir relações inter-
famílias. Para cada indivíduo, inicia-se o articulação de palavras. “Os resultados con- disciplinares para o benefício dos pacientes.
16 REVISTA EM FACE
Ortodontia Psicologia
Tratamento Apoio emocional
especializado
O Serviço de Psicologia do Hospital
As técnicas ortodônticas utilizadas pela Sobrapar oferece apoio psicológico
equipe de 11 profissionais são idênticas ao paciente e a família durante todo
às utilizadas em grandes centros de re- o período de tratamento. Procura-se,
ferência internacionais com resultados primeiramente, conhecer o paciente,
positivos. Em 2011, o departamento de sua história de vida, as condições sob
ortodontia realizou 2583 atendimentos, as quais vive e o histórico do problema.
sendo instalados 561 novos aparelhos. Em topediatria, periodontia e endodontia, Após esta fase, o setor discrimina quais
alguns casos, o paciente necessita de mais que contribuem para o tratamento. as reais necessidades que o paciente
de um tipo de aparelho. Alguns pacientes, principalmente os que apresenta e define a conduta a ser ado-
Ao passar pelo Setor de Ortodontia, o chegam mais cedo recebem tratamento tada, encaminhando-o assim para os
paciente é clinicamente avaliado e realiza- ortodôntico interceptivo, caracterizado programas específicos. Em 2011 foram
da a documentação ortodôntica para estu- pela eliminação das irregularidades da realizados 4074 atendimentos, sendo
do e início do tratamento. Normalmente, oclusão. Desta forma, é possível impedir que a deformidade mais frequente,
é necessário fazer a adequação do meio a progressão da maloclusão (má posição assim como em anos anteriores, foi a
bucal, removendo cáries, realizando ras- dos dentes). A equipe se reúne uma vez fissura lábio palatina.
pagem das arcadas, profilaxia e aplicação ao mês, sob a supervisão da doutora Ana O setor conta com oito programas
de flúor antes de começar o tratamento Cristina S. Rossi, para discutir os casos em para o atendimento durante todo o tra-
ortodôntico. andamento, planejar os novos e trocar ex- tamento no hospital. São eles: entrevista
Hoje o departamento conta com cirur- periências importantes para a excelência inicial, espaço lúdico (brinquedoteca),
giões dentistas especialistas em odon- dos atendimentos. preparação para procedimentos, interna-
ção, atendimento psicológico, orientação
para pais, avaliação e acompanhamento
Serviço Social do desenvolvimento e psicopedagogia.
Cada um tem um objetivo específico e,
a partir da entrevista inicial, a equipe
Elo do atendimento O Serviço Social é o elo entre pacientes, formada por duas psicólogas e 13 estagi-
a família e o Hospital, um espaço adequado árias encaminha o paciente para uma das
Porta de entrada do hospital, o depar- para esclarecimentos, para ser ouvido, terapias conforme as suas necessidades.
tamento de Serviço Social é responsável com o objetivo de fortalecer vínculos, a “Todos os atendimentos têm o ob-
pela matrícula de cada paciente. No ano convivência familiar, a garantia de direitos, jetivo de uma reabilitação integral do
passado, a Sobrapar recebeu 31 novos minimizar as situações de vulnerabilidade e paciente”, explica a psicóloga Helena
casos por mês, realizou 249 atendimentos risco social, reconhecer situações de violên- Castilho. n
ao mês e 2.983 no ano. cia ou exploração das mais variadas formas.
Na rotina do setor, os pacientes e fami-
liares são atendidos para abertura de matrí-
cula, orientação de cirurgia, encaminhados
para realização de exames, solicitação de
Tratamento Fora do Domicílio (TFD) para
residentes em outras cidades e/ou estados
e solicitação de transporte. “Buscamos ser
um local onde paciente e família sintam-se
seguros, acolhidos, orientados e encami-
nhados”, diz Cristiane F. A. Scaqueti, Assis-
tente social do Hospital Sobrapar.
REVISTA EM FACE 17
Solidariedade
Mão amiga
Há quanto tempo você ajuda o
Muitos doadores, empresas, pessoas físicas e anônimos têm contribuído para garantir as atividades do hospital
Uma longa e impor- e modernização das instalações e A Fundação Prada doou recursos
tante trajetória de doa- equipamentos do hospital. Até os também para a pavimentação da
dores que construíram e continuam dias atuais, inúmeros doadores, rua no entorno do hospital e parte
a apoiar a instituição marcam os 33 empresas, pessoas físicas e anôni- da verba usada na construção do
anos do Hospital Sobrapar. Um dos mos têm contribuído para garantir novo prédio do Bazar.
principais e mais antigos parceiros do a existência do hospital. Destinações feitas através de
Hospital é a Lateinamerika Zentrum Em 2011, algumas doações foram emendas parlamentares beneficia-
e.v., fundação sediada em Bonn, na muito importantes, como a do em- ram o hospital, modernizando-o
Alemanha, e que celebrou em 2011 presário Juan Quirós, presidente do dos pontos de vista tecnológico
seu jubileu de 55 anos. Por meio de Grupo Advento. Com o valor de R$ e científico. Doações de pessoas
seu fundador, Prof. Dr. Hermann 300 mil, foi possível adquirir uma físicas, algumas delas anônimas,
M. Görgen, a fundação doou em moderna estação de anestesia, um também são muito importantes e
1988 cerca de um milhão de marcos ultrassom capaz de detectar veias em de grande valia.
alemães, valor fundamental para bebês, um aparelho de audiometria “Nos sensibiliza verificar como
a construção do hospital em um para avaliar audição em bebês e um realmente a comunidade se aglutina
terreno de 3 mil metros quadrados veículo utilitário para uso do Bazar, em torno de uma nobre missão. Em
cedido pelo empresário Abraham Ka- entre outros equipamentos. um mundo onde se vê perpetuarem
sinsky (falecido este ano), na ocasião Outra grande parceira é a Funda- tantos horrores é um privilégio po-
presidente da Cofap. ção Prada, que destinou máquinas der viver neste oásis onde, a cada
Em 2006, logo após o falecimento de costura, permitindo à oficina dia, se testemunha o significado da
do fundador Prof. Dr. Cassio Rapo- da Sobrapar prestar serviços ao solidariedade e do amor desinte-
so do Amaral, o BNDES destinou Hospital das Clinicas da Unicamp, ressado ao próximo”, afirma Vera
por volta de R$ 2 milhões a fundo ao Caism e aos AMES, através da Raposo do Amaral, presidente do
perdido que permitiram a reforma reparação do enxoval hospitalar. Hospital Sobrapar.
REVISTA EM FACE 19
Veja as várias formas para ajudar o hospital:
Importante:
- No site da NFP (www.nfp.fazenda.sp.gov.br) o Hospi-
DOAÇÃO DE MATERIAIS
tal SOBRAPAR está cadastrado como SOCIEDADE
Diversos produtos usados ou novos podem ser doados
BRASILEIRA DE PESQUISA E ASSINTÊNCIA PARA
para comercialização no Bazar permanente: móveis, sal-
REABILITAÇÃO CRANIOFACIAL.
dos de estoques, eletroeletrônicos, roupas e acessórios,
- Os cupons fiscais têm validade até o dia 20 do
livros, CDs e DVDs, brinquedos etc.
mês subseqüente ao da sua emissão. Exemplo:
Todo o recurso é destinado para a manutenção do Hospital.
um cupom emitido em 15/03/12, terá validade até
A retirada das doações pode ser feita pelo Hospital, com
20/04/12.
hora marcada.
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Voluntariado
REVISTA EM FACE 21
Reciclagem
Bazar de
novidades
Espaço para comercialização de
móveis e utensílios usados contribui
Adalberto Balhe: bazar recupera peças que,
com a sustentabilidade do hospital se fossem descartadas, poderiam degradar o
meio ambiente
22 REVISTA EM FACE
Administração criativa e competente
O Bazar da Sobrapar começou de pacientes aumentava, ficava claro Em 2007, Adalberto Balhe deu
com uma simples ideia do Prof. que o Bazar precisava de um espaço início à administração deste espa-
Dr. Cassio Raposo do Amaral, próprio fora do Hospital. ço. “Com sua criatividade, força
que tinha como objetivo angariar Por volta de 1995, a FEAC (Funda- de trabalho e enorme empenho,
recursos para manutenção do ção das Entidades Assistenciais de ele mudou a história do Bazar”,
Hospital. A instituição começava Campinas) emprestou o equivalente conta Vera. Com o lema “Doe o
a dar seus primeiros passos, sem a R$ 15.000,00 que possibilitou a que não tem mais utilidade para
ter nem sequer móveis adequados construção de um barracão na área você”, o Bazar passou a receber
para todas as suas instalações. externa do Hospital. “Após uma doações de toda natureza como
A princípio, o Bazar foi adminis- visita feita pelo Dr. Cassio à Institui- móveis, eletrodomésticos, ele-
trado por um grupo de voluntárias ção Goodwill, dos Estados Unidos, troeletrônicos, livros, discos de
que recebiam doações princi- aprendemos uma nova organização vinil. Alguns dos objetos doados
palmente de roupas e sapatos e logística e a ideia do Bazar foi am- são quase novos, mas também
e ocupava uma sala dentro do pliada”, diz a presidente do Hospital chegam às nossas mãos precio-
Hospital. À medida que o número Sobrapar, Vera Raposo do Amaral. sidades antigas.
REVISTA EM FACE 23
CIDADANIA
O tema “Sobrapar, um pital Sobrapar, que é devolver cola, entre os pares e, futuramente,
hospital 100% coração” uma condição de normalidade aos nas oportunidades de trabalho”, diz
continua este ano sendo o mote da pacientes com anomalias faciais, a presidente do Hospital Sobrapar,
campanha publicitária em prol da ins- integrando-os à sociedade e ofe- Vera Raposo do Amaral.
tituição. A campanha a ser veiculada recendo melhor qualidade de vida. A opção por continuar com o
em diferentes mídias – TVs, rádios, “Chegar ao tema 100% coração foi o mesmo tema é resultado do retorno
jornais e portais de internet - têm resultado da pesquisa feita com to- da campanha em 2011. Conforme
como objetivo arrecadar recursos dos os públicos envolvidos no dia a Neto, um exemplo é de um escri-
para ampliar o número de cirurgias dia do hospital, como funcionários, tor, chamado Francisco Fernan-
de grande porte. A ideia é engajar pacientes e apoiadores. Isso nos fez des de Araújo que, além de fazer
na causa e ter como apoiadora a co- conhecer melhor como a instituição uma doação, colou, em uma folha
munidade da Região Metropolitana realmente transforma vidas e como de sulfite, vários corações onde
de Campinas. “Para nós, esse slogan tudo é feito de coração”, explica. constavam os valores de doações.
define muito bem o importante “Conviver com uma deformidade “Declaro que adotei todos estes
trabalho realizado pelo hospital”, craniofacial pode ser difícil para a corações, doando o total de seus
afirma Hildebrando Neto, diretor de criança e sua família, já que a socie- respectivos valores, como prova de
criação da DMC Propaganda, agência dade às vezes é extremamente cruel minha admiração por todos quantos
responsável pela campanha. com seus diferentes. Ao realizar uma estejam engajados na maravilhosa
A campanha traz um coração cirurgia reparadora, possibilitamos obra de ajudar o próximo de forma
como ícone e convida as pessoas um ganho importante na autoesti- desinteressada”, relatou Araújo, em
a participarem da causa do Hos- ma, desenvolvimento positivo na es- carta enviada à Sobrapar.
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Grupo de percussão corporal Barbatuques: apoio à campanha do hospital A atriz Sheila Mello
REVISTA EM FACE 25
Personalidades
Em 2011, várias personalidades quanto em seu próprio estúdio.
apoiaram a campanha. Participa- Pessoas comuns de Campinas
ram voluntariamente Fernando foram fotografadas também por
Scherer – o Xuxa – um dos grandes Giannelli com o coração símbolo
nomes da natação do Brasil, Van- da campanha.
derlei Cordeiro de Lima, principal
maratonista brasileiro, o repórter Sandy
do CQC Felipe Andreoli, a atriz A cantora Sandy foi a primeira a
Sheila Mello, as apresentadoras abraçar a causa do Hospital Sobra- Felipe Andreoli, repórter do CQC
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Balanço Social
Hospital Sobrapar Crânio e Face
2011
O HOSPITAL
Figura jurídica
Pessoa jurídica de direito privado e fins não-econômicos, reconhecida como utilidade pública nos âmbitos Municipal, Estadual
e Federal, certificada como entidade beneficente de assistência social na área de saúde pelo CEBAS e pelo CMDCA – Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Áreas de Atuação
Atua na área de assistência à saúde nas especialidades de cirurgia plástica reconstrutora e cirurgia cranio-maxilo-facial, nas
áreas interdisciplinares e em ensino e pesquisa.
Usuários
Pacientes, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), de todo o Brasil, portadores de deformidades craniofaciais congênitas
ou adquiridas, resultantes de traumas, tumores ou outras condições, em situação de de vulnerabilidade sócio-econômica.
Estrutura
Dezenove leitos, centro cirúrgico com 3 salas, UTI com 2 leitos, recuperação pós anestésica com 5 leitos, farmácia, central de
materiais, esterilização e expurgo, ambulatórios com 7 salas, ortodontia com 7 equipos completos, exames de audiometria e naso-
faringoscopia, estúdio fotográfico, brinquedoteca, sala de vídeo conferência.
Recursos Humanos
Setenta e três funcionários, 42 prestadores de serviços, 44 voluntários.
Pesquisa
Valores
Investigação de novos métodos para prevenção,
Qualidade diagnóstico e tratamento relacionados à cirurgia plás-
tica reparadora e às áreas interdisciplinares.
Manter sempre o pioneirismo e excelência na as-
sistência, ensino e pesquisa.
Evolução TRATAMENTOS
Ser agentes da evolução tendo como foco o pacien-
te, familiares, profissionais e colaboradores. Os tratamentos são realizados por uma equipe
multidisciplinar, que atua interdisciplinarmente, ado-
Responsabilidade Social tando sempre postura ética e humanizada, visando a
Buscar a integração do ser humano, respeitando a reabilitação do paciente e a sua inserção na sociedade
sua individualidade, ambiente e comunidade. como um cidadão ativo e participativo.
Sustentabilidade
Promover um ambiente colaborativo, apoiando
objetivos, transformando em ações e gerando uma
gestão auto-sustentável.
Ética
Acolher de forma ética e humana, promovendo o
respeito mútuo entre colaboradores e clientes
ÁREAS DE ATUAÇÃO
Assistência
Atendimento médico e paramédico multidisciplinar
à população, em situação de vulnerabilidade sócio-
O ANO DE 2011 3% 2%
3%
1%
11% 7% 34% 3%
Atendimentos/Cirurgias/Casos Novos 5%
Fendas Vasculares
Congênitas Cranioestenoses Outras
2009 2010 2011 Ac. Trabalho Multiplas e Congênitas
Ac. Trânsito complexas Tumores
Ac. Doméstico Auriculares Queimaduras
Atendimentos ambulatoriais 18.100 20.694 22.050 Agressão F. Mandibulares Traumas
Doenças Palpebrais Outras adquiridas
Cirurgias realizadas 1.200 1.153 1.070
Casos novos 412 451 372
Procedência dos pacientes Faixa etária dos pacientes
8% 7%
Atendimentos Ambulatoriais por Setor 5%
7% 23%
25%
Setor 2009 2010 2011 8%
31%
Cirurgia Plástica 7.311 7.860 7.800
11%
Serviço Social 2.406 2.487 2.244 20%
36% 3%
Psicologia 3.472 3.393 4.044 16%
Internacionais
l Dr. Juling Ong, do Chelsea and Westmisnter Hos-
pital da Inglaterra, em 13 de março de 2011.
l Dr. Reza Jaharry, cirurgião plástico e professor da
Universidade da Califórnia em Los Angeles/USA,
nos dias 8 e 9 de agosto de 2011.
l Pamela Wren, vice-presidente do Programa da
PRÊMIO E HOMENAGEM Fundação Smile Train, dos Estados Unidos, em
20 de dezembro de 2011.
“MELHORES HOSPITAIS DO ESTADO DE
SÃO PAULO 2011” CAPTAÇÃO DE RECURSOS
Nacionais
l Sr. Virgílio Costa, diretor da Átria Engenharia, em
14 de março de 2011.
l Deputado Federal Paulo Freire, em 02 de maio de
2011.
PRÊMIOS E DISTINÇÕES
Internacionais
l The Smile Train
l Universidade de Stanford – Estados Unidos
l Universidade de Nova York – Estados Unidos
l Universidade da Califórnia – UCLA – Estados
Unidos
l Universidade de Miami – Estados Unidos
ALMEIDA, F.; BENTO, D.F.; GIANCOLI, A.; SOMEN- N.; TORSONI, S.; SEABRA, A.B.; ALVES, O.L., Na-
SI, R.; BUZZO, C.L.; RAPOSO-AMARAL, C.E., Estudo noparticles in treatment of thermal injured rats: Is it
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Psicologia da Região Frontal. 1ª ed. Rio de Janeiro: Medbook,
KOEKE, M.U.; MENZANNO, V.C., Programas de
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Preparação para procedimentos e Psicopedagogia
em um Hospital Especializado. (submetido e aceito,
porém ainda não publicado na revista Comportamento
Psicologia
em Foco). KOEKE, M.U.; MENZANNO, V.C., Orientação psico-
pedagógica para pais no contexto hospitalar. In: Silvia
AMARAL, V.L.A. R., Análise dos comportamentos Regina de Albuquerque (Org.). Educação em Foco.
de adesão ao tratamento em adultos portadores de 1ª Ed., p. 139-148.
diabetes mellitus tipo 2, Revista Brasileira de Terapia
Comportamental e Cognitiva, 2011. Pesquisa
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MELO, P.S.; MARCATO, P.D.; HUBER, S.C.; FER- tório sobre os efeitos da constrição do crescimento
REIRA, I.R.; PAULA, L.B.; ALMEIDA, A.B.A.; DURAN, cerebral pelo fechamento das suturas cranianas na
aprendizagem discriminativa em ratos. Acta Com- JUNQUEIRA NETO, J.G.; BENTO, D.F.; ALMEIDA,
portamental, 2012 (data prevista para impressão e F.L.; BUZZO, C.L.; AMARAL, C.A.A.R.; RAPOSO-
divulgação) AMARAL, C.E., Comparação da qualidade de vida
nos pacientes com Síndrome de Apert e Crouzon
através do questionário WHOQOL-100 In: 48º Con-
SALGADO, C.L.; ALMEIDA, A.B.A.; ZAVAGLIA,
gresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, 2011, Goiânia.
C.A.C., Injectable Biodegradable polycaprolactone-
Suplemento da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica.
-sebatic acid gels for bone tissue enginnering. Tissue
São Paulo: Revista Brasileira de Cirurgia Plástica,
Engineering, 2011 (data prevista para impressão e
2011. v.26. p.22–22.
divulgação).