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Elétricos,
Hidráulicos e
Pneumáticos
Indaial – 2022
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2022
Elaboração:
Prof.ª Francisco José Rodrigues da Silva Junior
S586a
Silva Junior, Francisco José Rodrigues da
Acionamentos elétricos, hidráulicos e pneumáticos. / Francisco José
Rodrigues da Silva Junior – Indaial: UNIASSELVI, 2022.
228 p.; il.
ISBN 978-65-5663-815-7
ISBN Digital 978-65-5663-810-2
1. Acionamentos elétricos. - Brasil. II. Centro Universitário
Leonardo da Vinci.
CDD 620
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Este livro didático tem por objetivo apresentar os conceitos de Acionamentos
Elétricos, Hidráulicos e Pneumáticos, mais especificamente, com enfoque em capacitar
o leitor em compreender a automação dos processos industriais, que cresce a cada dia,
pela necessidade de emprego de novas tecnologias, que sejam capazes de aumentar a
autonomia dos processos de fabricação e reduzir ao máximo o esforço humano na cadeia
do processo e minimizar trabalhos repetitivos ou naqueles que envolvem altos riscos de
acidente para o operador. Espera-se também que o leitor compreenda os diversos tipos
acionamentos elétricos, hidráulicos e pneumáticos, tornando-se apto a selecionar, espe-
cificar e descrever os principais tipos de atuadores empregados na indústria.
Esperamos que, ao fim desta disciplina, você seja capaz não apenas de trabalhar
com os conceitos e fundamentos apresentados, mas também de enfrentar os desafios
na área de automação industrial.
O enfoque principal do livro está baseado na ementa da disciplina, que aborda
temas como: acionamentos elétricos; atuadores e circuitos hidráulicos e pneumáticos;
servoválvulas e transmissores hidrostáticos; controladores pneumáticos: circuitos para
controle contínuo de processos industriais; circuitos para automatizações industriais:
controle lógico e sequencial.
Na Unidade 1 serão discutidos aspectos de apresentação de tópicos relativos
a acionamentos pneumáticos, em que veremos conceitos relativos a ar comprimido,
fundamentos físicos e propriedades físicas do ar, modo de produção e distribuição do
ar. Ainda serão vistos temas como compressores, preparação do ar comprimido e redes
de distribuição. Por fim, veremos os tipos de controladores pneumáticos e os tipos de
circuitos tanto pneumáticos, como eletropneumáticos.
Na Unidade 2 deste livro serão apresentadas algumas definições básicas sobre
acionamentos elétricos. Em específico, você aprenderá os componentes dos circuitos
elétricos, como os elementos de entrada, de processamento e de saída de sinais.
Aprenderá também os métodos de construção de circuitos, como os métodos intuitivo,
de minimização de contatos e maximização de contatos.
A Unidade 3 apresenta acionamentos hidráulicos e circuitos para automatizações in-
dustriais, discutindo alguns conceitos básicos, transmissão hidráulica de força e energia, flui-
do e reservatório hidráulico. Veremos também os tipos de mangueiras e conexões utilizadas,
tipos de circuitos hidráulicos, servoválvulas e transmissores hidrostáticos. Por fim, veremos os
circuitos para automatizações industriais, que usam controle lógico e sequencial.
Todas as unidades contêm exemplos e autoatividades para a fixação do conteúdo.
Não deixe de resolvê-los, pois assim como qualquer outro ramo da engenharia, só se aprende
praticando. Esperamos que você aproveite ao máximo este material. E lembre-se de que você
pode contar com uma grande equipe de apoio para auxiliá-lo no estudo desta disciplina.
Bons estudos!
Prof. Francisco José Rodrigues da Silva Junior
GIO
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ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é uma
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................122
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................184
UNIDADE 1 -
ACIONAMENTOS
PNEUMÁTICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará autoatividades com
o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
CONCEITOS INICIAIS
1 INTRODUÇÃO
Diante desse cenário, queremos que você, acadêmico, saiba como usar
corretamente a pneumática, quais são seus conceitos físicos, tipos de acionamentos
pneumáticos, características e propriedades principais; além de entender conceitos
relativos ao ar comprimido, modo de produção e distribuição do ar.
2 AR COMPRIMIDO
Uma ampla gama de aplicações industriais requer que substâncias, objetos ou
componentes sejam movidos de um local para outro. Outro requisito típico é a aplicação
de uma força para localizar, segurar, dar forma ou comprimir um componente ou material.
Essas tarefas podem ser realizadas usando um motor principal, com o movimento
rotativo sendo fornecido, por exemplo, por um motor elétrico; e o movimento linear por
macacos de parafuso, cremalheira, pinhões e solenoides.
3
Líquidos e gases também podem ser usados para transportar energia de um
local para outro e, como resultado, produzir movimentos rotativos e lineares e aplicar
forças. Os sistemas à base de fluido que usam um líquido como meio de transmissão
são conhecidos como hidráulicos, e aqueles que usam um gás são conhecidos como
pneumáticos. Tais gases são comprimidos, sendo o ar para ser comprimido bastante
utilizado por se encontrar em quantidades ilimitadas, praticamente em todos os lugares
(THOLLANDER et al., 2020).
Vantagens Limitações
o ar comprimido é fa- O ar comprimido requer
cilmente transportável uma boa preparação.
por tubulações, mesmo Impureza e umidade
Transporte para distâncias longas, Preparação. devem ser evitadas,
e não há necessidade pois provocam des-
de preocupação com o gastes. Nos elementos
retorno do ar. pneumáticos.
No estabelecimento, não
é necessário que o com-
pressor esteja em fun- Não é possível manter
cionamento contínuo. O uniforme e constan-
ar poderá ser armazena- te as velocidades dos
Armazenamento Compressibilidade.
do em um reservatório cilindros e motores
e, posteriormente, tirado pneumáticos median-
de lá. Além disso, é te ar comprimido.
possível o transporte em
reservatórios.
4
O ar comprimido é eco-
O trabalho realizado nômico somente até
com ar comprimido é uma determinada for-
insensível às oscila- ça, limitado pela pres-
ções da temperatura. são normal de trabalho
Temperatura Forças.
Isto garante, também de 700 kPa (7 bar), e
em situações térmicas pelo curso e velocida-
extremas, um funcio- de. O limite está fixado
namento seguro. entre 20.000 e 30.000
N (2000 a 3000 kPa).
Não existe o perigo de Or escape de ar é rui-
explosão. Portanto, não doso. Com o desenvol-
Segurança são necessárias custo- Escape de ar. vimento de silencia-
sas proteções contra dores, este problema
explosões. não ocorrerá mais.
O ar comprimido é lim-
po. O ar que poderá es-
capar das tubulações
ou outros elementos,
inadequadamente ve-
Limpeza dados, não polui o am- - -
biente. Esta limpeza
é uma exigência, por
exemplo, nas indústrias
alimentícias, madeirei-
ras, têxteis e químicas.
Os elementos de traba-
Construção dos lho são de construção
- -
elementos simples e, portanto, de
custo vantajoso.
O ar comprimido é um
meio de trabalho rápi-
do, permitindo alcan-
çar altas velocidades
Velocidade - -
de trabalho (a veloci-
dade de trabalho dos
cilindros pneumáticos
oscila entre 1-2 m/s).
As velocidades e forças
de trabalho dos elemen-
Regulagem - -
tos a ar comprimido são
reguláveis sem escala.
5
Os elementos e ferra-
mentas a ar comprimi-
Proteção contra do são carregáveis até
- -
sobrecarga a parada total e, por-
tanto, seguros contra
sobrecargas.
FONTE: O autor
6
INTERESSANTE
Em Paris, no ano de 1888, entrou em operação a primeira planta de
distribuição de ar comprimido. Esse ar era usado desde o acionamento de
geradores e relógios até distribuição de cerveja.
3 FUNDAMENTOS FÍSICOS
Nesse momento é necessário realizar uma breve visão geral de alguns
fundamentos físicos, que são assuntos relevantes para sistemas pneumáticos e
hidráulicos, tais como: pressão, compressibilidade e efeito de Venturi. Com relação
à pressão, é definida como uma força aplicada uniformemente sobre uma superfície
(área). Existem alguns tipos de pressão, vejamos:
• Pressão atmosférica: é o tipo de pressão que está sendo exercida pela atmosfera
terrestre. É considerado um valor aproximado de 760 mmHg ou 1 atm para o nível do
mar e para uma temperatura de 20 °C.
• Pressão relativa positiva ou manométrica: é definida como uma pressão positiva
que é mensurada em relação à pressão atmosférica.
• Pressão absoluta: é a soma da pressão relativa e da pressão atmosférica, que também
poderá ser considerada medida, a partir do vácuo absoluto ou do vácuo ideal.
• Pressão relativa negativa ou depressão: é definida como uma pressão negativa que
é mensurada em relação à pressão atmosférica.
7
• Pressão diferencial: é a diferença de pressão entre duas pressões, geralmente
apresentada por uma variação ΔP.
• Pressão estática: é o peso que a coluna de líquido exerce quando está estacionária
ou fluindo perpendicularmente ao impulso (ponto de medição).
• Pressão dinâmica: é a pressão aplicada em paralelo com o fluido em movimento.
• Pressão total: é a soma da pressão estática e da pressão dinâmica efetuada pelo
fluido em movimento.
A pressão absoluta Pabs é formada pelas pressões –pe e +pe. Na prática, utilizam-
se manômetros que indicam apenas a sobrepressão (+pe). Na indicação da pressão Pabs,
um valor de 100 kPa ou 1 bar é acrescido do valor marcado. Com o auxílio das grandezas
básicas demonstradas, as principais características físicas do ar podem ser explicadas.
Assim como em qualquer gás, o ar comprimido também não possui uma for-
ma definida; ele se modifica a menor resistência. Em outras palavras, o ar se adaptará
ao formato do ambiente e poderá ser comprimido. Quando isso acontece, o fenômeno é
denominado de compressão, porém, ele sempre tende a apresentar uma expansão. Com
relação à compressão, o ar poderá reduzir seu volume, ao ser submetido a uma força ex-
terna; se essa força for retirada, o ar se expandirá novamente, conforme na figura a seguir.
8
Com relação ao efeito de Venturi, a técnica compreende em fazer fluir ar
comprimido por meio de um tubo contendo um giclê, no seu interior, que tem a função
de realizar um estrangulamento na passagem do ar. A Figura 3 ilustrará o processo
do pequeno tubo do carburador que regula a admissão de gasolina na corrente de ar,
aspirada pelo motor para a combustão borboleta.
NOTA
Giclê é um pequeno tubo que serve para regular a admissão de um fluido
na corrente de ar aspirada por um motor.
4 PROPRIEDADES FÍSICAS DO AR
Além da compressibilidade e expansibilidade, já discutida anteriormente, o ar
apresenta outras propriedades físicas que devem ser entendidas como: elasticidade,
difusibilidade e peso. Em relação à elasticidade, o ar possui essa propriedade de retornar
ao seu volume inicial, após a remoção do efeito de força que lhe foi aplicado, ocasionando
9
redução de volume. Outra importante propriedade do ar é a difusibilidade, que faz com
que ele seja capaz de se misturar, de forma homogênea, com outros meios gasosos que
não estejam saturados.
O ar também possui peso tal como qualquer matéria concreta. Como todo
concreto, o ar tem peso. O seguinte experimento (Figura 4) mostrará a presença do
peso do ar. O experimento apresentará dois balões idênticos, que são hermeticamente
fechados e possuem a mesma pressão e temperatura.
10
FIGURA 6 – EXEMPLOS DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS
5 PRODUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO
Os circuitos pneumáticos em maquinários industriais, veículos, clínicas dentárias,
entre outros locais, requerem uma fonte de ar comprimido com pressão constante e
capacidade de fornecer o fluxo consumido pelos componentes do circuito. A fonte de
ar engloba unidades de produção, distribuição e condicionamento de ar comprimido,
conforme mostrado na Figura 7.
11
FIGURA 7 – FONTE DE AR COMPRIMIDO, INCLUINDO: PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONDICIONAMENTO
12
• Resfriador posterior: este equipamento é um trocador de calor usado para
resfriar o ar comprimido quente para precipitar a água, que de outra maneira iria
condensar no sistema de tubulação. Esse trocador poderá ser refrigerado à água ou
a ar; usualmente, ele possui um separador de água com dispositivo de drenagem
automática, e deverá ser colocado próximo ao compressor.
• Reservatório com válvula de segurança: a válvula usada no reservatório tem
a função de ser um dispositivo de alívio de pressão; geralmente, essa válvula é
instalada em equipamentos pressurizados e dutos, de modo a evitar o acúmulo
excessivo de pressão.
• Filtro de admissão: esses filtros são usados nas instalações de ar comprimido para
retirar partículas sólidas e óleo que geralmente existentes no ar comprimido.
13
Além disso, um vazamento de condensado poderá causar corrosão dos componentes,
diminuindo a vida útil do sistema.
Diante dos conceitos vistos até aqui, é importante ressaltar que os conhecimentos
relativos ao ar comprimido são fundamentais para fazer funcionar um sistema de ar
comprimido eficaz. Assim, o conhecimento das propriedades e fundamentos físicos do
ar comprimido, bem como o modo de produção e distribuição dele é primordial para
realizar os acionamentos pneumáticos, de modo a obter um ar de qualidade circulando
na rede de distribuição. Para isso, os tipos de controladores pneumáticos, tipos de
circuitos pneumáticos e eletropneumáticos devem ser conhecidos.
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Assim como em qualquer gás, o ar comprimido também não possui uma forma
definida. Ele se modifica a menor resistência, ou seja, o ar se adapta ao formato
do ambiente. O ar pode ser comprimido e, quando isso acontece, o fenômeno é
denominado de compressão, porém, ele sempre tende a apresentar uma expansão.
15
• Uma das etapas básicas na geração de ar comprimido é a compressão. Antes de
chegar ao instrumento que vai consumir ar para funcionar, ele passará por uma
série de processos. Geralmente, o tipo de compressor a ser usado e sua localização
afetarão a quantidade de sujeira, óleo e água que entra no sistema pneumático.
16
AUTOATIVIDADE
1 É necessário ter alguns cuidados com um sistema de ar comprimido, que vão da
escolha do tipo de compressor até a unidade de tratamento do ar. Com relação aos
elementos principais, necessários para preparação e utilização do ar comprimido,
assinale a alternativa CORRETA:
2 Sabe-se que a pressão é uma grandeza definida como uma força aplicada
uniformemente sobre uma superfície, sendo uma grandeza física fundamental para
um sistema de ar comprimido. Com relação aos tipos de pressões existentes, assinale
a alternativa CORRETA:
17
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
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UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
COMPRESSORES E REDES DE
DISTRIBUIÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Conforme vimos anteriormente, é necessário que ocorra o fenômeno da
compressão, para gerar o ar comprimido. Para isso, é necessário um equipamento
chamado compressor de ar, para comprimir o ar ambiente. O compressor funciona
convertendo normalmente uma energia elétrica em energia pneumática. Assim, um
sistema eficaz de ar comprimido deverá apresentar um compressor adequado ao tipo
de atividade requerida.
Diante desse cenário, queremos que você, acadêmico, saiba os conceitos que
envolvem os compressores, bem como saiba classificá-los, conforme os seus tipos.
Será estudada a preparação do ar comprimido, além de características e propriedades
principais da rede de distribuição de ar comprimido.
19
2 COMPRESSORES
Conforme o ar passa pelo compressor, a pressão aumenta, convertendo a
energia cinética em energia de pressão. O ar permitido está em contato com o impulsor
de alta velocidade (rotor laminado). O ar é acelerado e atinge uma alta velocidade, então
o impulsor transfere energia cinética para o ar. Posteriormente, seu fluxo é retardado
pelo difusor, forçando o aumento da pressão. Em ambientes industriais, os tipos de
compressores utilizados são classificados em dois tipos: deslocamento positivo (ou
volumétrico) e dinâmico.
20
FIGURA 9 – COMPRESSOR ALTERNATIVO
21
FIGURA 10 – ETAPAS DO COMPRESSOR ALTERNATIVO
22
FIGURA 11 – COMPRESSORES ALTERNATIVOS DE AÇÃO SIMPLES (ESQUERDA) E DUPLA AÇÃO (DIREITA)
23
Em relação aos compressores de parafuso, tem-se, neste tipo, de compressor
dois rotores que possuem movimento de rotação, girando em sentidos opostos em
forma de parafusos, e mantendo, assim, um estado de engrenamento entre eles. Isso
poderá ser visto conforme ilustra a Figura 13.
24
FIGURA 14 – COMPRESSOR DE LÓBULO
25
Os compressores radiais são amplamente utilizados em aplicações industriais.
Eles são usados em processos que usam ar comprimido nas indústrias química e
petroquímica para apoiar a engenharia de processo. Também é utilizado no tratamento
de efluentes e na renovação do ar em diversos ambientes.
26
que conseguimos a força desenvolvida pelos atuadores, a pressão também pode ser
definida como: pressão de regime e pressão de trabalho.
A pressão deverá ser inferior à pressão de regime. Para isso ocorrer, uma válvula
redutora de pressão, normalmente denominada LUBRIFIL, é utilizada. O conjunto é
composto de válvula redutora de pressão, manômetro e lubrificador. Com isso, a pressão
é reduzida, mantendo-se constante, de forma a garantir a força e a velocidade geradas
pelo dispositivo automático, durante o processo.
O compressor usa dois modos de ativação diferentes, que são iniciados por um
motor elétrico e um motor de explosão, respectivamente. Em motores de explosão, uti-
liza-se gasolina ou diesel. Normalmente, o tipo de acionamento é selecionado de acor-
do com as necessidades e, neste caso, o local de instalação seria o fator de escolha. A
gama de acionamentos de motor é muito ampla, desde baixa potência para laboratórios,
residências e oficinas até alta potência para uso industrial com grandes reservatórios.
3 PREPARAÇÃO DO AR COMPRIMIDO
Neste capítulo será explicado o tratamento do ar comprimido, antes de chegar
aos pontos de alimentação dos equipamentos. Após a compressão, o ar é resfriado e
armazenado em reservatórios e deverá passar por um processo de preparação, que
consiste na retirada da umidade, através de desumidificadores.
• Consumo de ar da instalação.
• Produção do compressor em volume de ar comprimido.
• Tipo de regulagem em relação ao ciclo do compressor.
27
• Dimensão da rede de distribuição.
• Queda na rede de suprimento de pressão admissível.
FONTE: O autor
28
Além de remover a água, também faz com que o óleo lubrificante e a emulsão
do compressor formem uma emulsão na câmara de resfriamento, ajudando, assim, a
remover uma certa quantidade de emulsão. O método de secagem por refrigeração é
muito simples, conforme a Figura 18.
29
3.2 SECAGEM POR ABSORÇÃO
Esse método de secagem é um processo de fixação de um concentrado, formado,
geralmente, por líquido ou gás, dentro da massa de um concentrado sólido devido a uma
série de reações químicas. Dessa forma, é um método de usar uma substância sólida ou
líquida que poderá absorver outra substância líquida ou gasosa. Esse processo também
é denominado processo químico de secagem. A Figura 19 ilustrará esse processo.
30
3.3 SECAGEM POR ADSORÇÃO
Nesse tipo de secagem (Figura 20), a água é colocada sobre uma superfície sóli-
da, e o agente que provoca a secagem é um material granular (gel), que consiste em qua-
se 100% de sílica (sílica gel). Normalmente são usados dois tanques: enquanto um tanque
saturado apresentar o gel, o outro tanque terá o fluxo de ar direcionado para ele. O tanque
saturado é regenerado por secagem com ar quente e, nesses secadores, consegue-se al-
cançar os menores pontos de orvalho, equivalente em temperaturas menores que -90 °C.
31
A teoria aceita é que há forças desequilibradas na superfície sólida, que afetam
as moléculas de líquido e gás, por meio de sua atração, portanto, pode-se considerar
que as moléculas são adsorvidas na monocamada ou multimolecular do sólido, de forma
a atingir um equilíbrio semelhante à lei do octeto dos átomos. O processo de adsorção
é regenerativo, ou seja, após o material adsorvente ser saturado com umidade, a água
será liberada durante o aquecimento regenerativo.
4 REDE DE DISTRIBUIÇÃO
Devido à racionalização e automação dos equipamentos de fabricação, a
indústria precisa constantemente de quantidades maiores de ar para suas operações
que envolvem ar comprimido. Cada máquina e equipamento requer certa quantidade
de ar, que é fornecida por um compressor por meio de uma rede de distribuição tubular.
O diâmetro do tubo deverá ser selecionado de forma que, caso haja aumento do con-
sumo, um valor de 10 kPa (0,1 bar) não seja excedido na queda de pressão entre o depósito e o
consumidor. Caso a queda de pressão exceda esse valor, a capacidade do sistema será bas-
tante reduzida, prejudicando a lucratividade do sistema. No projeto de novos equipamentos,
deve-se prever que futuramente se expandam para aumentar a demanda (consumo) de ar,
devendo ser o maior diâmetro das tubulações da rede de distribuição. A montagem subse-
quente (expansão) de uma rede de distribuição maior incorrerá em altos custos.
O diâmetro do tubo não poderá ser selecionado por qualquer fórmula empírica
em casos de aproveitamento de tubulações que estejam sobrando em estoque no
depósito. Portanto, os seguintes fatores devem ser considerados:
32
FIGURA 21 – NANOGRAMA PARA OBTENÇÃO DE DIÂMETRO DO TUBO NA REDE
Neste nomograma, um traço deverá ser usado para conectar o valor da coluna
A (o comprimento do tubo) com o valor da coluna B (consumo de ar) e estendê-lo para
a coluna C (eixo de referência 1), para obter o ponto de interseção. O próximo passo é
combinar o valor da coluna E (pressão) com o valor da coluna C (queda de pressão),
passando pela coluna F (eixo de referência 2), para obter uma interseção. Os pontos que
passam pelos eixos 1 e 2 devem ser combinados em uma linha para obter o valor inicial
do tubo na coluna C (diâmetro do tubo).
33
linear do tubo reto, e a passagem de ar de resistência do tubo reto é igual à resistência
fornecida pelo componente em questão. A seção transversal do tubo de comprimento
equivalente é igual à do tubo usado na rede.
Dutos, especialmente redes abertas, devem ser monitorados com uma incli-
nação de 1-2% na direção do fluxo. Devido à formação de condensado, o ramal de to-
mada de ar deverá ser instalado na parte superior do tubo principal, em uma tubulação
horizontal. Isso evitará que o condensado que pode existir no tubo principal alcance a
entrada de ar pelo ramal.
Para interceptar e drenar a água condensada, uma torneira com dreno deverá
ser instalada na parte inferior das tubulações principais. Tais tubulações são geralmen-
te montadas em circuito fechado. Ligações de derivação são instaladas partindo-se da
tubulação principal. Quando o consumo de ar é alto, um abastecimento uniforme poderá
ser obtido por meio deste tipo de montagem, sendo que o ar fluirá em ambas as direções.
Para melhor distribuir o ar, a definição do layout é muito relevante, de forma que o
arranjo deverá ser feito em um desenho ou escala isométrica, permitindo que o comprimento
do tubo seja obtido em diferentes comprimentos de extensão. O diagrama de layout mostra
a rede de distribuição principal, bem como as ramificações, além de todos os pontos de
consumo, de modo a incluir aplicações futuras. O diagrama ainda apresentará a pressão
nesses pontos, a posição da válvula de fechamento, conexão, curvatura, separador de
condensado, entre outros elementos. Através do layout, o caminho mais curto da tubulação
pode ser definido, reduzindo, assim, a perda de carga e economizando custos.
Para o tipo de linha de produção a ser executada, pode-se ter em dois tipos: anel
fechado (circuito fechado) ou circuito aberto. Assim, devem ser analisadas as vantagens
e desvantagens de cada linha. A rede de distribuição é geralmente um circuito fechado
(Figura 22), localizado ao redor da área na qual o ar comprimido é necessário. Deste anel
saem ramificações para pontos distintos de consumo.
34
FIGURA 22 – REDE DE DISTRIBUIÇÃO EM CIRCUITO FECHADO
Diante dos conceitos vistos até aqui, é importante ressaltar que os conhecimentos
relativos aos compressores são fundamentais para a produção de ar comprimido, de
modo a fornecer uma fonte de ar contínua para realizar os acionamentos pneumáticos.
Foi visto que há uma importância em conhecer equipamentos como desumidificadores
ou secadores, responsáveis pelo processo de preparação do ar comprimido. Por fim,
o correto dimensionamento das redes de distribuição de ar tem sua importância para
obter um ar de qualidade que irá circular por elas.
35
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O diâmetro do tubo deverá ser selecionado de forma que caso haja aumento do
consumo, um valor de 10 kPa (0,1 bar) não deve ser excedido na queda de pressão entre
o depósito e o consumidor. Caso a queda de pressão exceda esse valor, a capacidade
do sistema será bastante reduzida, prejudicando a lucratividade do sistema.
36
• Dutos, especialmente redes abertas, devem ser monitorados com uma inclinação de
1-2% na direção do fluxo. Devido à formação de condensado, o ramal de tomada de ar
deverá ser instalado na parte superior do tubo principal em uma tubulação horizontal.
• Para melhor distribuir o ar, a definição do layout é muito relevante, de forma que o
arranjo deverá ser feito em um desenho ou escala isométrica, para permitir que o
comprimento do tubo seja obtido em diferentes comprimentos de extensão. O dia-
grama de layout mostra a rede de distribuição principal, bem como as ramificações,
além de todos os pontos de consumo, de modo a incluir aplicações futuras.
37
AUTOATIVIDADE
1 O processo de preparação envolve a remoção da umidade gerada pelos desumidifica-
dores ou secadores, que podem ser operados por refrigeração, por processo químico
de absorção ou por processo físico de adsorção. Com relação aos processos de seca-
gem, assinale a alternativa CORRETA:
38
( ) Conforme o ar passa pelo compressor, a pressão aumenta, convertendo a energia
cinética em energia de pressão.
( ) Os compressores volumétricos ou de deslocamento positivo têm como base
aumentar o volume do gás, para conseguir o aumento da pressão.
( ) Em um compressor dinâmico, quando o ar passa pelo compressor, a pressão é
aumentada pela conversão de energia cinética em energia de pressão.
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
5 Para melhor distribuir o ar, a definição do layout é muito relevante, de forma que o
arranjo deverá ser feito em um desenho ou escala isométrica para permitir que o
comprimento do tubo seja obtido em diferentes comprimentos de extensão. Disserte
sobre o que mostra um diagrama de layout de uma rede de ar comprimido.
39
40
UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
CONTROLADORES PNEUMÁTICOS
1 INTRODUÇÃO
2 ATUADORES PNEUMÁTICOS
Anteriormente, vimos a produção e preparação do ar comprimido. Agora, será
visto como o ar comprimido é posto para funcionar. Geralmente, ao determinar e aplicar
um comando, a força final ou torque necessário é inicialmente conhecido e deverá ser
aplicado em um ponto específico, para obter o efeito desejado. Portanto, é necessário
um dispositivo que converta em trabalho a energia contida no ar comprimido.
41
Os atuadores pneumáticos são componentes que transformam a energia
armazenada no ar comprimido em trabalho mecânico. Estes dispositivos poderão
produzir movimentos lineares, rotacionais ou oscilantes. Os cilindros pneumáticos se
destacam entre os atuadores e são elementos formados por uma haste do pistão que
se moverá linearmente no cilindro. Dessa forma, o pistão da haste dividirá internamente
o cilindro em duas cavidades. Isso poderá ser observado, conforme ilustra a Figura 23.
De acordo com Faria (2000), os cilindros diferem uns dos outros, nos detalhes de
construção, de acordo com seu trabalho e características de uso. Existem basicamente
dois tipos de cilindros:
O mesmo autor diz que existem outros tipos de construção derivados, como:
42
FIGURA 24 – CILINDRO DE SIMPLES AÇÃO
43
FIGURA 26 – CILINDRO DE DUPLA AÇÃO
44
INTERESSANTE
As camisas do cilindro podem ser feitas de tubos de aço, bronze ou latão,
enquanto as camisas de cilindro mais modernas usam perfis de alumínio
padrão. O cilindro também pode ter um ímã permanente instalado em torno
do êmbolo para detecção por um sensor de posicionamento magnético.
Uma grande parte dos cilindros também usará um retentor de limpeza, que é
instalado na tampa frontal, e a função do retentor é evitar que a sujeira penetre na haste
da válvula quando a haste da válvula é retraída. Alguns cilindros têm amortecedores de
fim de curso para evitar que o pistão atinja nas tampas dianteira e traseira com maior
impacto no final do movimento tanto de avanço como de retorno.
45
FIGURA 28 – FORMAS DE MONTAGEM E FIXAÇÃO DOS CILINDROS
3 CIRCUITOS PNEUMÁTICOS
O circuito pneumático é representado em forma gráfica, de modo a demonstrar
a relação entre os componentes do controle, evidenciando a operação do comando. De
acordo com Pavani (2011), o circuito é considerado um elemento de importante valor
de manutenção para as pessoas, pois é justamente assim que se inicia o processo de
46
detecção de falhas no sistema. É importante projetar claramente o circuito pneumático
de forma que seja de fácil interpretação por todos. Portanto, o circuito deverá ser
representado por símbolos padronizados (Figura 29) e deverá obedecer a certas regras
quanto ao layout dos componentes.
Símbolo Descrição
47
Cilindro de simples efeito, haste simples
antigiro, curso de contracção por mola
48
Cilindro de duplo efeito com bloqueio, haste
simples
49
QUADRO 3 – IDENTIFICAÇÃO ALFANUMÉRICA DOS ELEMENTOS DO CIRCUITO
50
FIGURA 30 – CIRCUITO COM CILINDRO SIMPLES AÇÃO COM RETORNO POR MOLA E ACIONAMENTO DIRETO
POR ALAVANCA COM VÁLVULA TRÊS VIAS E DUAS POSIÇÕES
51
FIGURA 31 – CIRCUITO COM CILINDRO DE DUPLA AÇÃO, COM ACIONAMENTO DIRETO POR ALAVANCA COM
VÁLVULA 5 VIAS E 2 POSIÇÕES
Quando a válvula for fechada, ela será conectada de forma invertida, direcio-
nando a pressão para a frente do cilindro, de forma que o ar traseiro seja liberado para a
atmosfera através da porta de exaustão "5". Este circuito é denominado de ação direta,
pois o controle atua diretamente na válvula direcional do cilindro.
4 CIRCUITOS ELETROPNEUMÁTICOS
Segundo Pavani (2011), o sistema eletropneumático é caracterizado por um
sistema de potência que utiliza pneumática, contendo um sistema de controle elétrico.
Portanto, nestes casos, teremos dois circuitos para representar o sistema:
52
FIGURA 32 – CIRCUITO ELETROPNEUMÁTICO DE ACIONAMENTO DE UM CILINDRO SIMPLES AÇÃO
O controle do cilindro é feito pela válvula 3/2 "A1", que é acionada pelo solenoide "Y1" e
que tem retorno sendo feito automaticamente por uma mola. O circuito elétrico exibe o painel
de controle em que deverá ser pressionado o botão para energizar o solenoide "Y1". Conforme
mostrará na Figura 33, quando energizado, o solenoide atua na válvula "A1" para guiar o ar e
mover o cilindro para frente. Quando a botoeira é liberada, a força da válvula solenoide é desli-
gada, de forma que a válvula retorna a sua posição original por meio de sua mola.
53
Em sistemas elétricos, também poderá ser observado o uso de fontes de
alimentação 24 VCC, portanto, todos os elementos devem ser compatíveis com tal tipo
de fonte de alimentação. A Figura 34 ilustrará o circuito eletropneumático usado para
acionar o cilindro de dupla ação. Neste circuito é utilizada uma válvula 5/2 (5 vias e 2
posições), com duplo acionamento por solenoide. O movimento de avanço e retorno do
cilindro, neste caso, são ativados por botões separados "S0" e "S1".
54
LEITURA
COMPLEMENTAR
Projeto de uma bancada didática de pneumática para curso de hidráulica e
pneumática para a comunidade
1 INTRODUÇÃO
55
consideração a limitação de verbas disponíveis para a compra de equipamentos, a
aquisição de kits ou bancadas didáticas existentes no mercado têm custo proibitivo
para uma parcela expressiva das instituições brasileiras de ensino.
A ideia deste projeto é, portanto, montar uma bancada didática com custo
reduzido para a realização de aulas práticas no âmbito dos sistemas pneumáticos. Todos
os componentes da bancada foram especificados a fim de se formular experimentos
didáticos que possam ser tanto simulados em softwares específicos de pneumática
quanto realizados na própria bancada.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
56
3 MATERIAIS E MÉTODOS
57
TABELA 1 – DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DA FIGURA 1
Nesta etapa foi necessário definir a orientação da bancada, com que material
seria construída e quais dimensões eram necessárias para comportar todos os
componentes adequadamente. O preço máximo que a bancada poderia atingir também
seria um fato crucial no projeto, porém, foi doado à universidade, durante o andamento
do projeto, um quadro de avisos sucateado e em ótimo estado de conservação. Assim,
ele foi usado como uma bancada vertical, economizando o valor do material e mão-de-
obra para a construção de uma bancada horizontal.
4 RESULTADOS
58
4.1. LAYOUT E SIMULAÇÃO
59
A Figura 3 representará a montagem física na bancada vertical do circuito proposto
na Figura 2. As mangueiras disponíveis no laboratório tinham tamanho reduzido e não foi
possível conectar a saída esquerda da válvula 5 à entrada esquerda do cilindro para o teste
realizado. Contudo, o circuito funcionou normalmente para recuar o pistão e não compro-
meteu a função da bancada. Os outros circuitos propostos neste relatório, que envolviam o
acionamento de solenoides, também se mostram de rápido e fácil implementação.
5 CONCLUSÃO
60
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
61
AUTOATIVIDADE
1 Os cilindros diferem uns dos outros nos detalhes de construção, de acordo com seu
trabalho e características de uso. Existem basicamente dois tipos de cilindros, os de
simples efeito ou simples ação e os de duplo efeito ou dupla ação. Com relação a
esses cilindros, assinale a alternativa CORRETA:
62
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 Os cilindros diferem uns dos outros nos detalhes de construção, de acordo com seu
trabalho e características de uso. Disserte sobre as diferenças entre os cilindros de
Simples Ação e os de Dupla Ação.
63
REFERÊNCIAS
CROSER, P.; EBEL, F. Pneumática: nível básico. Festo Didactic – TaC – Treina-
mento e Consultoria, Denkendorf, 2002. Disponível em: https://bit.ly/3FSDtxW.
Acesso em: 27 set. 2021.
ISO 2010. ISO 8573-1:2010. Compressed air – Contaminants and purity classes.
International Standards Organization, Geneva, Switzerland, 2010. Disponível em:
https://www.iso.org/standard/46418.html. Acesso em: 12 mar. 2021.
64
UNIDADE 2 —
ACIONAMENTOS ELÉTRICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
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CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
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66
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
COMPONENTES DOS CIRCUITOS
ELÉTRICOS
1 INTRODUÇÃO
A pneumática não é a única forma de transmissão de sinais e de energia. A energia
elétrica também poderá ser utilizada, pois a energia e os circuitos podem ser combinados
com os sistemas pneumáticos, sendo que esta forma de energia é amplamente utilizada
na maioria das plantas industriais. Para poder utilizar as duas formas de energia em
uma dada aplicação e caracterizar o circuito híbrido como eletropneumático, além dos
próprios componentes pneumáticos, também deverão ser utilizados componentes
elétricos de entrada e saída do sinal. Portanto, essa unidade começará especificando
certos componentes elétricos, usados em sistemas eletropneumáticos.
A força elétrica é uma das principais forças que interconectam a matéria. São
responsáveis pela base dos circuitos elétricos e na criação de elementos, como: sensores,
pressostatos, relés, solenoides, entre outros. Portanto, é fundamental entender como
esses elementos típicos de circuitos elétricos auxiliarão no funcionamento do circuito. O
uso indevido ou instalação correta desses elementos podem acarretar risco de vida aos
funcionários, além de prejuízos financeiros.
Diante desse cenário, queremos que você, acadêmico, saiba como usar corre-
tamente os elementos de entrada, processamento e saída de sinais, de modo a saber
quais são os tipos, características e propriedades principais desses elementos e que
devem ser utilizados nos circuitos elétricos. A correta seleção e entendimento de como
manipular tais elementos garantirá a segurança e eficiência de um circuito elétrico.
67
de curso, sensores de proximidade e pressostatos. Em outras palavras, precisamos ser
capazes de prever como o processo reage a um sinal de entrada predeterminado. Essa
previsão assumirá a forma de uma descrição matemática, o modelo de um sistema linear.
INTERESSANTE
Para o sistema de mola-massa-amortecedor, uma possível variável de entrada
é a força aplicada à massa inerte. Podemos, portanto, interpretar um sistema
como uma "caixa preta", com uma entrada e uma saída, e que, muitas vezes, é
referido como sistema SISO: sistema de entrada única de saída única.
68
Com relação aos elementos de entrada de sinais elétricos, tem-se que tais
elementos fazem a emissão de um sinal elétrico ao serem acionados. Portanto, a principal
função desses elementos de entrada é de realizar o acionamento ou desligamento de
um circuito ou de parte dele. Discutiremos a seguir alguns elementos de entrada.
2.1 BOTOEIRAS
Para dar partida no motor, é necessário ter um dispositivo que execute
operações para ligar e desligar o motor, como uma chave manual ou botão manual,
conhecido também como botoeira. As chaves manuais (Figura 1) são os dispositivos
operacionais mais simples e econômicos para dar partida em motores. Eles poderão dar
partida no motor diretamente ou na bobina do contator. Seu funcionamento é muito
simples: atuam como uma chave para ligar ou desligar o motor, normalmente utilizando
uma alavanca para realizar esta operação liga e desliga (SOUZA, 2009).
Quanto às cores das botoeiras, quando se tem botoeiras da cor vermelha, isso
significa um sinal de parada, desligamento ou emergência, e tal cor tem aplicação típica
em paradas de um ou mais motores, além de parada de ciclo de operação ou em casa de
emergência. Ela também poderá ser usada para desligamento em algum caso perigoso
de sobreaquecimento.
70
Conforme Souza (2009), sobre a composição de uma chave fim de curso, essa
possui três elementos básicos, sendo eles:
• Caixa.
• Contato.
• Atuador.
A chave fim de curso poderá ser ativada com força externa mínima, o custo de
compra é baixo e sua função poderá ser executada várias vezes em um circuito. Em
média, tal chave é acionada em ciclos de um até dez milhões de vezes, a depender do
modelo que está sendo utilizado.
71
FIGURA 4 – SENSORES DE PROXIMIDADE
72
FIGURA 6 – MODELOS DE SENSORES DE PROXIMIDADE CAPACITIVOS
73
Ao se deslocar pela área da camisa do sensor magnético externo, sempre que
o pistão magnético do cilindro se mover, ele será detectado e enviará um sinal para o
circuito de controle elétrico.
2.4 PRESSOSTATOS
Um pressostato, também poderá ser chamado de interruptor de pressão. Ele é
um interruptor elétrico acionado por um piloto pneumático ou hidráulico. O pressostato
é instalado em tubulações de pressão hidráulica ou pneumática e registra o aumento e
diminuição de pressão nessas tubulações. Desde que a pressão do óleo ou do ar com-
primido ultrapasse o valor definido na mola de reposição, seus contatos serão invertidos.
Ressalta-se que, na prática, o pressostato deverá ser ajustado com uma pressão
intermediária, maior que a pressão mínima de avanço do cilindro, e deverá ser menor que
a pressão fornecida pelo regulador da unidade de proteção no circuito. Caso contrário,
se a pressão ajustada pelo pressostato for menor que a pressão mínima necessária
para o movimento do cilindro, uma vez pressurizada a câmara posterior, o pressostato
enviará um sinal de retorno e o cilindro nem dará partida.
Existem vários termos usados na retransmissão que precisam ser definidos
para uma compreensão adequada. Os termos que serão usados com frequência serão
definidos apenas neste momento, pois a lista de termos é grande.
• Relé: relé é um dispositivo automático que opera outro circuito elétrico em resposta
a uma mudança no mesmo ou em outro circuito.
• Relé de Proteção: é um dispositivo automático que detecta uma condição anormal
em um circuito elétrico. Ele atua de tal maneira que um disjuntor isolará o elemento
do circuito defeituoso. A ação do disjuntor é facilitada pelo fechamento dos conta-
tos de um circuito.
• Relé Primário: o relé responsável principalmente por proteger um equipamento ou
uma parte de um circuito elétrico, atuando antes de qualquer outro relé ou dispositivo.
• Relé de Medição: é o relé principal que mede as grandezas operacionais para
detectar a condição anormal de operação.
• Relé Auxiliar: é um relé que auxilia o relé de proteção.
• Relé de reserva: o relé que opera depois de um intervalo de tempo definido, após a
ocorrência de uma falha no caso de o relé primário falhar em iniciar a ação.
• Torque de operação: o torque que tenta fechar os contatos do circuito de disparo do relé.
• Torque restritivo: o torque que se opõe ao torque operacional.
• Nível de pickup: o valor limite da quantidade de atuação acima da qual o relé opera.
• Nível de reset ou drop-out: o valor limite da quantidade de atuação abaixo da qual o
relé é desenergizado e retorna ao seu estado normal.
• Tempo de operação: é o tempo que decorre do instante em que a quantidade de atu-
ação excede o valor de pickup até o instante em que os contatos do relé se fecham.
Nesse momento, estudaremos os relés auxiliares (Figura 10), que são chaves
elétricas com quatro ou mais contatos, acionadas por bobinas eletromagnéticas
operando em diferentes níveis de tensão possíveis, mais usualmente usando bobinas
75
operando a 24 Vdc. Entretanto, também existem bobinas para tensão de trabalho, tais
como 220 Vac. O relé auxiliar tem um certo número de contatos normalmente abertos
(NA) e contatos normalmente fechados (NF).
76
excede um valor predeterminado, a bobina do relé é energizada e puxa o contator para
baixo, de modo que a chave S1 seja fechada. O circuito da bobina de desarme é, então,
energizado pela bateria, e a chave normalmente fechada S2 se abre. A ação do disjuntor
é iniciada e a falha é eliminada.
Quanto aos relés de indução, a configuração desses será ilustrada na Figura 13.
Sabemos que o torque é produzido sempre que dois fluxos interagem com deslocamento
no tempo e no espaço. Se um disco (digamos que de alumínio) é montado e livre
77
para girar, e colocado no campo produzido por correntes alternadas, então correntes
parasitas, que são uma corrente elétrica localizada induzida em um condutor por um
campo magnético variável, serão induzidas no disco.
78
FIGURA 14 – CONTATOR DE POTÊNCIA
Nos últimos anos, não houve inovação relevante no que se refere às proprieda-
des funcionais e de construção dos contatores. As soluções atuais revelaram-se muito
pouco inovadoras, especialmente no campo dos acionamentos de motores, nomea-
damente quando três contatores, fixados numa placa de metal, são utilizados para ar-
ranque, alteração do sentido de rotação e alteração da velocidade de rotação. Esses
contatores são conectados uns aos outros com fios comuns. Existem também alguns
elementos auxiliares usados para controlar contatores individuais.
79
3.4 CONTADORES PREDETERMINADORES
Uma das aplicações mais comumente usadas em sistemas práticos são os
contadores (Figura 15). Eles são usados em microprocessadores para contar as instruções
do programa (contador de programa ou PC), para acessar endereços sequenciais na
memória (como ROM) ou para verificar o andamento de um teste.
Eles podem controlar motores, solenoides ou luzes, para fornecer pulsos pre-
cisamente cronometrados, que são independentes dos erros de cronometragem, aos
quais o microprocessador programado em tempo real é suscetível, como memória di-
nâmica e roubos de ciclo DMA e interrupções.
80
só contar e registrar o número de ciclos de movimento realizados pela máquina, como
controlar principalmente o número de peças a serem produzidas. Quando a contagem
atinge um determinado valor, a produção é interrompida ou encerrada.
Por fim, para retornar o contato comutador a sua posição inicial e redefinir seu
display para iniciar uma nova contagem, deve-se simplesmente realizar a emissão de
um pulso elétrico em sua bobina de reset R1/R2, ou simplesmente ativar de forma
manual o botão de reset, localizado na frente do display.
81
Os componentes de saída dos sinais elétricos são aqueles componentes que
recebem comandos processados e enviados por comandos elétricos e executam
o trabalho final esperado do circuito a partir deles. Dentre os diversos componentes
de saída de sinal disponíveis no mercado, estamos mais diretamente interessados na
discussão dos indicadores luminosos e sonoros, que serão discutidos a seguir.
Luzes indicadoras, como diodos emissores de luz (LEDs), às vezes são usadas
para ler dados binários em equipamentos digitais. Uma luz “ligada” é um binário 1 e uma
luz “desligada” é um binário 0, conforme ilustrará a Figura 17. O valor decimal representa-
do pelo display é 178, que será a soma das luzes acesas, ou seja, 128 + 32 + 16 + 2 = 178.
FONTE: O autor
82
Atualmente, os dispositivos mais importantes e populares entre as tecnologias
baseadas em luz são os diodos emissores de luz (LEDs), que fornecem conversão direta
de energia elétrica em luz. É vista como a lâmpada definitiva do futuro, superando
todas as outras fontes convencionais que comprovaram sua ineficiência na conversão
máxima de energia elétrica em luz [1]. O desempenho aprimorado dos LEDs, desde
1984, mostrou um progresso sustentável nos sistemas de iluminação de matrizes de
LED somente vermelho para tecnologias de chip on-board de LED multicolorido de alta
densidade (NAIR; DHOBLE, 2020).
Os primeiros LEDs que foram apresentados ao mundo nada mais eram do que
diodos semicondutores capazes de emitir luz como resultado da passagem de uma
corrente elétrica por eles. Mais especificamente, os LEDs são dispositivos fotônicos que
realizam a conversão de energia elétrica em radiação óptica.
De acordo com Nair e Dhoble (2020), os LEDs pertencem à família dos dispositivos
luminescentes que funcionam com base no princípio da eletroluminescência. Para que
os LEDs apresentem eletroluminescência, é necessário colocá-los na condição de
polarização direta, ou seja, o terminal positivo da bateria deve ser conectado na região
tipo p e o terminal negativo na região tipo n. Se os terminais estiverem conectados e
vice-versa, o diodo será colocado no modo de polarização reversa e parará de funcionar.
No modo de polarização direta, os buracos livres da região p e os elétrons livres da
região n começam a fluir em direção à junção p-n (prótons e nêutrons).
83
quentemente, Si e Ge são totalmente ignorados na construção de LEDs. Logo, materiais
de gap de energia direta como GaAs (Arseneto de Gálio) chegaram ao centro das aten-
ções por sua maior eficiência quântica e foram usados na fabricação de LEDs.
84
FIGURA 21 – INDICADOR SONORO DO TIPO SIRENE
4.3 SOLENOIDES
Um solenoide é um eletroímã que ativa uma função mecânica, como um êmbolo.
Os solenoides são usados para travar as tampas de segurança fechadas para que não
possam ser abertas enquanto a máquina estiver em operação, ou para destravar as portas
do seu carro quando você pressiona o botão de entrada sem chave no controle remoto.
85
FIGURA 22 – VÁLVULA SOLENOIDE
Como o solenoide é ativado por uma bobina, há uma tensão de retorno que ocorre
quando o transistor de acionamento é desligado e o campo magnético entra em colapso
na bobina. Essa tensão poderá atingir níveis altos o suficiente para danificar o transistor do
inversor. Um diodo pode ser usado para fixar a tensão na bobina a níveis seguros.
86
FIGURA 23 – VÁLVULA OPERADA POR SOLENOIDE
Quando uma corrente passa pelo solenoide, a válvula muda o fluido hidráulico
ou ar pressurizado para a esquerda do pistão e o esgota pela direita. O pistão, então, se
move para a direita. O movimento do pistão poderá ser usado para empurrar um defletor
para desviar itens de uma correia transportadora ou implementar alguma outra forma
de deslocamento que requer energia.
87
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Qualquer sistema de controle poderá ser definido como qualquer processo físico,
como um dispositivo mecânico ou um circuito eletrônico, que responderá a um
ou mais estímulos (entradas) de uma maneira definida e que tenha uma resposta
mensurável e quantificável.
• Para dar partida no motor, é necessário ter um dispositivo que execute operações
para ligar e desligar o motor, como uma chave manual ou botão manual, conhecido
também como botoeira. As chaves manuais são os dispositivos operacionais mais
simples e econômicos para dar partida em motores. Elas poderão dar partida no
motor diretamente ou na bobina do contator.
88
• O contator de potência tem a mesma função do relé auxiliar. O seu tamanho poderá
suportar uma corrente maior, e é utilizado para alimentar um equipamento elétrico
nos contatos principais.
89
AUTOATIVIDADE
1 Os elementos de saída de sinais elétricos são aqueles que recebem as ordens pro-
cessadas e enviadas pelo comando elétrico e, a partir delas, realizam o trabalho final
esperado do circuito. Com relação aos elementos de saída de sinais elétricos, assinale
a alternativa CORRETA:
a) ( ) Contator de potência.
b) ( ) Contador predeterminador.
c) ( ) Relés auxiliares.
d) ( ) Solenoide.
3 Existem vários termos usados na retransmissão que precisam ser definidos para uma
compreensão adequada. Com relação a esses termos de retransmissão, classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
90
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – V – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
5 Com relação às cores das botoeiras, cada uma possui um significado importante e sua
padronização é fundamental. Disserte sobre botoeiras de cor vermelha, amarela e azul.
91
92
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
MÉTODO INTUITIVO PARA CONSTRUÇÃO DE
CIRCUITOS
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, a eletropneumática e eletro-hidráulica são comumente usadas em
muitas áreas da automação industrial de baixo custo e são usados extensivamente em
sistemas de produção, montagem, produtos farmacêuticos, químicos e de embalagem.
Há uma mudança significativa nos sistemas de controle. Os relés têm sido cada vez mais
substituídos por controladores lógicos programáveis para atender à crescente demanda
por automação mais flexível.
Diante desse cenário, queremos que você, acadêmico, saiba das principais
soluções relacionadas à eletropneumática e eletro-hidráulica. Também será discutido
o método intuitivo para construção de circuitos. Assim tais conhecimentos serão de
grande valia para a solução de problemas de sistemas pneumáticos.
2 MÉTODO INTUITIVO
O método intuitivo é um método de resolução de sistemas de automação, em
que a intuição ou a percepção daqueles que projetam circuitos pneumáticos é um
fator preponderante. Entretanto, por razões de padronização e organização do projeto,
deve-se utilizar algumas regras baseadas em uma estrutura básica e simplificada,
especialmente para facilitar a posterior explicação da lógica e implementação do projeto.
Essencialmente, a solução de problemas por métodos intuitivos poderá ser obtida por
meio de dois tipos: as ligações diretas e indiretas.
93
Quanto às ligações diretas, esse é um método de projetar um circuito pneumático
sem lógica própria, ou seja, não há bloco de instruções entre o componente (válvula) que
recebe a ação e o componente (como o cilindro) que realiza outra operação. A Figura
24 mostrará um atuador pneumático que, neste caso, é um cilindro de simples ação,
conectado diretamente por uma válvula pneumática acionada por um botão.
IMPORTANTE
O movimento para frente e para trás do cilindro poderá ser observado a partir
da ativação e desativação da válvula direcional.
94
Por outro lado, a ligação indireta é um método bastante usado na indústria. Ainda
que diversos profissionais tentem resolver vários tipos de problemas de maneira prática,
de acordo com Fialho (2011), projetos concisos e estruturados são recomendados. A
Figura 25 ilustrará a estrutura básica de ligações indiretas.
95
A quarta camada possui os elementos de sinais, que são os elementos de início
e fim do circuito ou alguns outros elementos de condições específicas. Esses compo-
nentes enviam sinais com base em seu estado instantâneo. A quinta camada apresenta
os elementos de alimentação, responsáveis por pressurizar o circuito pneumático de
modo a otimizar as condições físicas do ar comprimido.
3 SOLUÇÕES ELETRO-HIDRÁULICAS
Diferentes fluidos hidráulicos são usados para diferentes aplicações do servo
sistema eletro-hidráulico. Componentes como servoválvulas eletro-hidráulicas,
servomecanismos eletro-hidráulicos, sensores, entre outros, precisam funcionar com
diferentes fluidos hidráulicos. Como base na análise de propriedades e projeto ideal
de servoválvulas eletro-hidráulicas, esta seção se concentrará na servoválvula eletro-
hidráulica de feedback de força e seu modelo matemático.
4 SOLUÇÕES ELETROPNEUMÁTICAS
O circuito eletropneumático é um esquema de comando e acionamento que
representa os componentes pneumáticos e elétricos utilizados em máquinas e equipa-
mentos industriais, e a interação entre esses componentes para realizar as operações e
movimentos exigidos pelo sistema mecânico.
ATENÇÃO
O circuito pneumático representa o acionamento dos componentes me-
cânicos, e o circuito representa a sequência de comando dos componen-
tes pneumáticos, de forma que as partes móveis da máquina ou equipa-
mento exibam o movimento final necessário.
97
FIGURA 27 – ACIONAMENTO DE UM CILINDRO DE SIMPLES AÇÃO
Diante de todas as informações vistas até aqui, você, acadêmico, saberá da impor-
tância de conhecer as principais soluções relacionadas à eletropneumática e eletro-hidráulica
O método intuitivo para construção de circuitos também foi abordado nesse tópico, sendo
fundamental tais conhecimentos para a solução de problemas de sistemas desse tipo.
98
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
99
• O circuito pneumático utilizará um cilindro de ação simples com retorno por mola e
válvula direcional 3/2 vias, normalmente fechada, acionamento eletromagnético e
retorno por mola.
100
AUTOATIVIDADE
1 Diferentes métodos podem ser usados para resolver problemas que envolvam a
pneumática, incluindo métodos intuitivos. Com relação ao método intuitivo, assinale
a alternativa CORRETA:
2 A estrutura básica para ligações indiretas no método intuitivo apresenta cinco camadas
principais, subdivididas em elementos com funções distintas e específicas. Sobre a ca-
mada que possui os elementos de sinais, que são os elementos de início e fim do circuito
ou alguns outros elementos de condições específicas, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Quarta camada.
b) ( ) Segunda camada.
c) ( ) Terceira camada.
d) ( ) Primeira camada.
101
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
102
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
MÉTODO DE MINIMIZAÇÃO E MAXIMIZAÇÃO DE
CONTATOS
1 INTRODUÇÃO
Seja qual for o método construtivo utilizado para a construção do circuito pneu-
mático, todos partem de um ponto, que é o requisito final do equipamento e, portanto,
a definição do atuador que será utilizado. Assim, é possível averiguar a quantidade e
especificações de válvulas, sensores e outros componentes para montagem, o que afe-
tará diretamente os custos iniciais, operacionais e de manutenção de cada dispositivo.
103
Este método inclui a subdivisão dos comandos elétricos em múltiplos setores,
que serão energizados ao mesmo tempo para evitar possível sobreposição do sinal
elétrico, principalmente quando a sequência de movimento do cilindro for indireta.
Este método poderá ser usado para evitar a sobreposição desnecessária de sinais
de comando, que é exclusivo para sequências de movimento indireto. As regras para
identificar se uma sequência é direta ou indireta são descritas a seguir, conforme
PARKER (2005). Primeiro, escreve-se a sequência de ações de forma abreviada:
• A+B+A–B–
• A+B+B–A–
Então, depois disso, com traços verticais, a sequência é dividida com precisão
em duas metades:
• A+B+|A–B–
• A+B+|B–A–
Se ambos os lados da divisão forem iguais, ou seja, as letras forem iguais e a ordem
for a mesma, tem-se uma sequência direta. O circuito de comando poderá ser facilmente
construído por métodos intuitivos, e não haverá problema de sobreposição de sinal:
• A+B+|A–B–
• AB|AB
• AB = AB – é uma sequência direta.
• A+B+|B–A–
• AB ≠ BA – Sequência Indireta
• A+|A–B+|B–
• I | II | I
104
Ainda que o traço divida a sequência em três partes, as letras contidas na terceira
parte não estarão incluídas na primeira. Neste caso, para economizar os relés, o retorno
de B poderá ser considerado como um componente da primeira parte. Portanto, para a
construção de comandos elétricos pelo método em cascata, dois setores secundários
serão necessários no lugar em que o circuito é energizado.
105
componente de sinal, seja um botão, sensor ou chave fim de curso, for disparado desa-
tualizado, acidentalmente ou mesmo deliberadamente, tal componente não interferirá no
circuito, pois cada acionamento dependerá do acionamento anterior (PARKER, 2005).
• A+A–B+B–
• A+|A–|B+|B–|
• I | II | III | IV |
106
QUADRO 1 – DIRETRIZES DE PROJETO
N° Diretrizes
Cada elemento de sinal, seja um botão, chave fim de curso ou sensor de pro-
1° ximidade, deverá sempre ser energizado para relés auxiliares, temporizadores
ou contatores, nunca energize diretamente os solenoides.
Cada relé auxiliar da cadeia estacionária deverá cumprir três funções: auto
2° retenção, habilitação do próximo relé e abertura ou fechamento do solenoide,
conforme a sequência de ações.
Habilitar o próximo relé significa que o próximo relé só poderá ser energizado
3°
quando o anterior já estiver aberto.
Conforme a sequência de ações prossegue, os relés são ligados e mantidos
4°
um a um.
Quando termina a última ação da sequência, devemos ativar o último relé, que
5° não tem função de autossustentação, e o primeiro relé da cadeia estacionária
deverá ser fechado.
Como a regra é habilitar o relé anterior para habilitar o próximo, quando o
6º último relé da cadeia desligar o primeiro, este desligará o segundo, depois
desligará o terceiro e assim por diante, até que todos sejam desligados.
O número de relés auxiliares usados na cadeia estacionária é igual ao número
7°
de movimentos na sequência + 1.
O movimento simultâneo dos dois cilindros na sequência de comando deverá
8º ser considerado na mesma etapa. Portanto, apenas um relé é necessário para
tais movimentos.
Quando um cilindro realiza mais de dois movimentos no mesmo ciclo, a chave
fim de curso ou sensor ativado por ele deverá estar fora da cadeia estacionária,
9º
e um relé auxiliar separado é ativado. Seus contatos serão usados na cadeia,
no lugar em que os elementos emissores de sinais seriam postos.
FONTE: O autor
107
3° Chave fim de curso S3 Avanço do cilindro B K3
4° Chave fim de curso S4 Retorno do cilindro B K4
Desliga a cadeia estacionária –
5° Chave fim de curso S5 K5
Fim do ciclo
FONTE: Parker (2005, p. 120)
108
4 PROGRAMAÇÃO CONVENCIONAL DE CLPs
O controlador lógico programável (CLP) é uma forma especial de controlador
baseado em microprocessador que usará uma memória programável para armazenar
instruções e implementar funções como lógica, sequenciamento, tempo, contagem e
aritmética para controlar máquinas e processos (Figura 29) e são projetados para serem
operados por engenheiros com talvez um conhecimento limitado de computadores e
linguagens de computação.
FONTE: O autor
Os CLPs têm a grande vantagem de que o mesmo controlador básico poderá ser
usado com uma ampla variedade de sistemas de controle. Para modificar um sistema de
controle e as regras que devem ser usadas, tudo o que é necessário é que um operador
digite um conjunto diferente de instruções. Não há necessidade de religar. O resultado é
um sistema flexível e econômico, que poderá ser usado com sistemas de controle, que
variam amplamente em sua natureza e complexidade.
O primeiro CLP foi desenvolvido em 1969. Eles agora são amplamente usados e
se estendem de pequenas unidades independentes para uso com talvez 20 entradas
e saídas digitais a sistemas modulares que podem ser usados para muitas entradas e
saídas, lidar com entradas digitais ou analógicas e saídas, e também realizar modos de
controle proporcional-integral-derivativo.
110
FIGURA 30 – TIPOS DE SINAIS: (A) ANALÓGICO; (B) DISCRETO; (C) DIGITAL
111
LEITURA
COMPLEMENTAR
PROCESSO DE MANUFATURA IMPLEMENTADO EM HARDWARE
RECONFIGURÁVEL PARA SIMULAÇÃO DE CONTROLADOR LÓGICO
PROGRAMÁVEL
1 INTRODUÇÃO
112
do método empregado, no entanto, somente com o modelo de planta implementado na
FPGA, conectada ao CLP, já é possível verificar o processo de controle sendo executado,
através de sinalizadores conectados à FPGA.
2 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
113
2.2 Redes de Comunicação com Terminais Remotos
3 COMPUTAÇÃO RECONFIGURÁVEL
114
distribuída é utilizado tendo uma unidade remota ET200S - IM151-3 também da família
Simatic da Empresa Siemens conectada ao CLP. A rede utilizada para a comunicação
do CLP com a unidade remota é a Profibus DP. Para isso, acoplado ao CLP, tem-se um
módulo mestre da rede Profibus DP, o CM 1243-5.
Por meio de uma rede Profinet o CLP se comunica com um sistema de supervisão
desenvolvido para o controle e monitoração da planta. Esse sistema é desenvolvido
com a ferramenta Elipse E3 da Empresa Elipse Software.
O segmento utilizado nos testes possui uma esteira para movimentação de peças,
a qual, por meio de um comando por botão, encaminha a peça para uma máquina ferra-
menta de marcação de ponto de referência. Ao chegar ao processo de marcação de pontos,
a esteira é desligada e um sistema acionado por servomotor faz a marcação. Depois de
marcada, a peça é retirada com auxílio de outro servomotor, finalizando o processo.
115
Para o desenvolvimento do programa do CLP é utilizado o método de GRAFCET,
já que esse auxilia no desenvolvimento de sistemas de automação sequencial. A
automação contempla o controle manual e automático do processo físico presente,
no entanto, para simulação do processo manual, apenas chaves e sinalizadores são
suficientes para a monitoração. Para o processo automático, variáveis da planta são
necessárias, podendo ser visualizado através do sistema de supervisão. A Figura 3
mostrará o GRAFCET do programa do CLP para a planta desenvolvida.
116
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
São registrados três processos completos para a planta física e três para
o modelo da FPGA. Como o volume de informações é elevado, a análise deles por
meio de tabelas é deficiente, ficando a visualização mais fácil com métodos gráficos.
Primeiramente serão mostrados, na Figura 4, os gráficos da esteira de três processos
registrados. É possível verificar que o comportamento da esteira é semelhante em todos
os processos, e que o intervalo entre eles foi de cinco minutos.
117
Nesse gráfico, temos no eixo horizontal uma estampa de tempo, e no eixo
vertical o acionamento em questão. O valor 1 no eixo vertical representa que a esteira
está acionada, e o valor 0 que está desacionada. Considerando que essa análise
apresentou o mesmo perfil de resultado para todos os dispositivos componentes da
planta, é realizada uma média aritmética dos tempos de acionamentos e retirado o valor
que mais se repetiu durante o ciclo para os acionamentos e desacionamentos.
6 CONCLUSÃO
Com a análise dos resultados, foi possível verificar que em nível lógico de
sistemas sequenciais de manufatura o método de simulação respondeu de forma
positiva. No entanto, diversos formatos de automação ainda devem ser testados,
ficando como sugestão para novos trabalhos. Como exemplo, a automação de sistemas
contínuos deve ser analisada, utilizando estratégias de controle sobre variáveis, como
pressão, vazão, nível e temperatura.
Como resultado, é verificado que esse método pode ser aplicado em situações
práticas de ensino e desenvolvimento. No entanto, permite diversas alterações e
melhorias, tanto em nível de modelos implementados quanto soluções industriais que
demandem tal necessidade.
118
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Se ambos os lados da divisão forem iguais, ou seja, as letras são iguais e a ordem é a
mesma, tem-se uma sequência direta. O circuito de comando poderá ser facilmente
construído por métodos intuitivos, e não haverá problema de sobreposição de sinal.
• Para a situação de os dois lados dos traços serem diferentes, tal que suas letras ou
a ordem for diferente, tem-se uma sequência indireta. Claro, haverá sobreposição
de sinais de comando em um ou mais passos de movimento.
• O método de maximização de contatos poderá ser aplicado com segurança a todo e qual-
quer circuito sequencial eletropneumático, independentemente de a válvula de controle
direcional ser ativada por uma única válvula solenoide ou por uma válvula solenoide dupla.
• Os CLPs têm a grande vantagem de que o mesmo controlador básico poderá ser
usado com uma ampla variedade de sistemas de controle.
119
AUTOATIVIDADE
1 O controlador lógico programável (CLP) é uma forma especial de controlador baseado
em microprocessador que usa uma memória programável para armazenar instruções
e implementar funções. Com relação aos CLPs, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Cada elemento de sinal, seja um botão, chave fim de curso ou sensor de proximi-
dade, não deve ser energizado para relés auxiliares, temporizadores ou contato-
res, e sempre deve-se energizar diretamente os solenoides.
b) ( ) Cada relé auxiliar da cadeia estacionária deverá cumprir duas funções: auto
retenção e fechamento do solenoide, conforme a sequência de ações.
c) ( ) Habilitar o próximo relé significa que o próximo relé só poderá ser energizado
quando o anterior já estiver fechado.
d) ( ) O número de relés auxiliares usados na cadeia estacionária é igual ao número de
movimentos na sequência + 1.
3 Seja qual for o método construtivo utilizado para a construção do circuito pneumático,
todos partem de um ponto, que é o requisito final do equipamento. Com relação aos
métodos de minimização e maximização de contatos, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
120
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
121
REFERÊNCIAS
BOLTON, W. Programmable logic controllers. 6. ed. Oxford: Elsevier, 2015. Cap. 2.
YIN, Y. Electro hydraulic control theory and its applications under extreme
environment. Oxford: Elsevier; Butterworth-Heinemann, 2019.
122
UNIDADE 3 —
ACIONAMENTOS
HIDRÁULICOS E CIRCUITOS
PARA AUTOMATIZAÇÕES
INDUSTRIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• analisar circuitos para automatizações industriais, que usam controle lógico e sequencial.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
123
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 3!
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124
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
INTRODUÇÃO À HIDRÁULICA
1 INTRODUÇÃO
O circuito hidráulico é composto por vários componentes, como motor elétrico
que converte energia elétrica em energia mecânica, a bomba converte energia mecânica
em energia hidráulica e o atuador converte de volta a energia hidráulica em energia
mecânica. Elementos de controle como válvulas são usados para controlar o fluido no
circuito, como válvulas de controle de direção, válvulas de controle de fluxo e válvulas
de alívio de pressão, entre outros tipos.
A indústria hoje está se tornando cada vez mais dependente da automação, a fim
de aumentar a produtividade. A energia hidráulica ou fluida pode ser considerada o 'mús-
culo' da automação e, portanto, está sendo amplamente utilizada em várias aplicações.
Os sistemas hidráulicos podem transmitir energia de maneira mais econômica do que os
sistemas mecânicos, a uma distância maior. Como no caso dos sistemas mecânicos, os
sistemas hidráulicos não são prejudicados pela geometria dos componentes do sistema.
Diante desse cenário, queremos que você saiba a importância dos acionamentos
hidráulicos e circuitos para automatizações industriais, de modo a saber como usá-
los corretamente, além de aprender os tipos existentes, características e propriedades
principais. Uma discussão sobre servoválvulas e transmissores hidrostáticos também é
necessária para o entendimento do sistema em questão.
2 CONCEITOS BÁSICOS
Para entender e estudar a energia hidráulica em detalhes, é necessário primeiro
entender o termo "hidráulica". O termo hidráulica é derivado da raiz grega Hidro, que
significa água. Portanto, hidráulica é entendida como todas as leis e comportamentos
125
relacionados à água ou outros fluidos, em outras palavras, a Hidráulica estuda as
características e usos dos fluidos sob pressão. Para entender a hidráulica e suas
aplicações, iremos estudar alguns conceitos físicos básicos.
126
3 TRANSMISSÃO HIDRÁULICA DE FORÇA E ENERGIA
Ao selecionar os fluidos hidráulicos, as seguintes características devem ser conside-
radas: Viscosidade, índice de viscosidade e ponto de fluidez. Essas características determi-
nam a funcionalidade dos fluidos. Antes de investigar diretamente a transmissão de energia
por meio de líquidos, é necessário revisar o conceito de hidráulica estudando as propriedades
dos líquidos, a fim de saber como a força será transferida por meio de líquidos no futuro. Por-
tanto, o líquido é uma substância composta por moléculas. Ao contrário dos gases, nos líqui-
dos, as moléculas se atraem de maneira compacta. Por outro lado, ao contrário dos sólidos, as
moléculas não são atraídas até o ponto em que uma posição rígida é obtida.
ATENÇÃO
As moléculas do líquido estão em movimento constante. Mesmo que
o líquido esteja em repouso, elas deslizarão uma sobre a outra. Esse
movimento das moléculas é chamado de energia molecular. O líqui-
do tem qualquer forma e as moléculas deslizam umas sobre as ou-
tras constantemente, de modo que o líquido pode assumir a forma
do recipiente em que se encontra.
127
FIGURA 1 – TRANSFORMADOR ELÉTRICO
4 MANÔMETRO
O manômetro é um aparelho que mede um diferencial de pressão. Dois tipos de
manômetros são utilizados nos sistemas hidráulicos: o de Bourdon e o de núcleo móvel.
O manômetro de Bourdon (Figura 2) consiste em uma escala calibrada em unidades de
pressão e de um ponteiro ligado, através de um mecanismo, a um tubo oval. Esse tubo
é ligado à pressão a ser medida.
128
FIGURA 2 – MANÔMETRO DE BOURDON
129
5 VISCOSIDADE
Viscosidade é a resistência ao fluxo do fluido. Quanto maior a viscosidade maior será
a resistência ao escoamento, maior contribuição da temperatura do fluido e maior consumo
de energia. A baixa viscosidade pode danificar o sistema e a geração de pressão será menor.
A viscosidade muda com a temperatura e a pressão, conforme ilustra a figura 4, portanto, é
necessário que o grau de viscosidade corresponda à temperatura de operação do sistema.
6 VELOCIDADE X VAZÃO
Em um sistema dinâmico, o fluido que passa pelo tubo se move a uma
determinada velocidade, sendo essa a velocidade do fluido, geralmente, medida em
centímetros por segundo (cm/s). O volume de fluido que passa pela tubulação em um
determinado tempo é a vazão, dada por Q = V x A, sendo a vazão medida usualmente
em litros por segundo (L/s). A relação entre velocidade e fluxo é mostrada na Figura 5.
130
FIGURA 5 – RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE E VAZÃO
FONTE: O autor
131
O uso de um fluido limpo e de alta qualidade é um pré-requisito essencial para
obter uma operação eficiente do sistema hidráulico. Embora os primeiros sistemas
hidráulicos empregassem o meio de água para a transferência de energia hidráulica,
existem sérias limitações associadas a ele, tais como:
• Fluidos à base de petróleo que são os mais comuns de todos os tipos de fluidos e
amplamente usados em aplicações onde a resistência ao fogo não é necessária.
• Fluidos de água glicol usados em aplicações que requerem fluidos de resistência ao fogo.
• Fluidos sintéticos usados em aplicações onde é necessária resistência ao fogo e
não condutividade.
• Fluidos ecológicos que acabam causando efeito mínimo no meio ambiente em caso
de derramamento.
• viscosidade ideal;
• boa lubricidade;
• baixa volatilidade;
• não toxicidade;
• baixa densidade;
• estabilidade ambiental e química;
• alto grau de incompressibilidade;
• resistência ao fogo;
• boa capacidade de transferência de calor;
• resistência à espuma e o mais importante;
• fácil disponibilidade e custo-benefício.
É bastante óbvio que nenhum fluido pode atender a todos os requisitos citados
e, portanto, é essencial que apenas o fluido que mais se aproxime de satisfazer a maioria
desses requisitos seja selecionado para uma aplicação particular. Assim, examinamos
em detalhes as várias propriedades dos fluidos hidráulicos que ajudam a determinar o
132
desempenho e a eficiência do sistema. Existem duas outras características importantes,
que também desempenham um papel relevante para um fluido hidráulico, que são:
prevenção de oxidação e corrosão e número de neutralização.
A corrosão, por outro lado, é a reação química entre um metal e um ácido. Por causa
da ferrugem ou corrosão, as superfícies metálicas dos componentes hidráulicos são corro-
ídas. Isso resulta em vazamento excessivo através das partes afetadas, como vedações. A
ferrugem e a corrosão podem ser resistidas por aditivos, que formam uma camada proteto-
ra nas superfícies metálicas e, assim, evitam a ocorrência de uma reação química.
133
• Fluidos à base de petróleo: a primeira categoria importante de fluidos hidráulicos
é o fluido à base de petróleo, que é o tipo mais amplamente utilizado. O óleo cru
que é refinado de qualidade pode ser usado para serviços leves. Aditivos devem ser
adicionados a esses fluidos para manter as seguintes características:
o boa lubricidade;
o resistência à oxidação.
• Óleos lubrificantes: são óleos convencionais do tipo motor. Devido as suas melho-
res propriedades de lubrificação, aumentam a vida útil dos componentes hidráulicos.
Esses óleos contêm aditivos antidesgaste usados para evitar o desgaste do motor em
cames e válvulas. Sua lubrificação aprimorada também oferece resistência ao des-
gaste para componentes hidráulicos altamente carregados, como bombas e válvulas.
irrompe na atmosfera;
o o ar também pode ser transformado em um excelente lubrificador adicionando
Diante dos conceitos vistos até aqui, é importante ressaltar que os conheci-
mentos relativos aos acionamentos e circuitos hidráulicos, devem primeiramente ter um
embasamento em conceitos básicos vistos, tais como força, resistência, atrito, inércia,
energia cinética e potencial. Entender tais conceitos foi fundamental, para a posterior
discussão sobre transmissão hidráulica de força e energia, além da discussão sobre
fluidos de reservatório hidráulico.
134
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O líquido é uma substância composta por moléculas. Ao contrário dos gases, nos lí-
quidos, as moléculas se atraem de maneira compacta. Por outro lado, ao contrário dos
sólidos, as moléculas não são atraídas até o ponto em que uma posição rígida é obtida.
• Com relação aos medidores de núcleo móvel, esses são mais duráveis e econômicos
(o de Bourdon e o de núcleo móvel). O medidor de pressão de núcleo móvel consiste
em um núcleo conectado ao sistema de pressão, uma mola retrátil, um ponteiro e
uma escala graduada em kgf / cm² ou psi.
135
• Em um sistema dinâmico, o fluido que passa pelo tubo se move a uma determinada
velocidade, sendo essa a velocidade do fluido, geralmente medida em centímetros
por segundo (cm/s). O volume de fluido que passa pela tubulação em um determi-
nado tempo é a vazão, dada por Q = V x A, a vazão é medida, usualmente, em litros
por segundo (L/s).
136
AUTOATIVIDADE
1 Sabe-se que existem quatro formas de transmissão de energia: mecânica, elétrica,
hidráulica e pneumática, que podem transmitir força estática (energia potencial) e
energia cinética. Com relação à força estática que é transferida em um líquido, assi-
nale a alternativa CORRETA:
137
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – V – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 Com relação aos tipos gerais de fluidos tem-se que os mais usados são os fluidos à
base de petróleo, os óleos lubrificantes e o ar. Descreva as características principais
de cada um desses fluidos.
5 Sabe-se que existem duas outras características importantes, que também desem-
penham um papel relevante na vida de um fluido hidráulico, que são: prevenção de
oxidação e corrosão e número de neutralização. Disserte sobre os conceitos princi-
pais que giram em torno dessas características.
138
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
RESERVATÓRIO E CIRCUITO HIDRÁULICO
1 INTRODUÇÃO
O 'reservatório', como o nome sugere, é um tanque que fornece o fornecimento
ininterrupto de fluido ao sistema, armazenando a quantidade necessária de fluido. O
fluido hidráulico, conforme visto anteriormente, é considerado o componente mais
importante de um sistema hidráulico ou, em outras palavras, seu próprio coração. Como
o reservatório retém o fluido hidráulico, seu design é considerado bastante crítico.
Diante desse cenário, queremos que você, acadêmico, conheça os principais con-
ceitos relacionados aos reservatórios e circuitos hidráulicos. Portanto, a seguir, serão vistos
os fundamentos sobre os reservatórios e circuitos hidráulicos, além de alguns dos compo-
nentes principais que são necessários para o funcionamento adequado desses sistemas.
2 RESERVATÓRIOS HIDRÁULICOS
Além do projeto adequado de um reservatório, para um sistema hidráulico ser
fundamental e para que o sistema funcione com eficiência, ele também se torna o
principal local onde o fluido pode ser condicionado a fim de aumentar sua adequação.
Lama, água e matérias estranhas, como lascas de metal têm a tendência de se
depositar no fluido armazenado, enquanto o ar capturado pelo óleo pode escapar para o
reservatório. Isso torna a construção e o projeto de reservatórios hidráulicos ainda mais
cruciais. A Figura 6 ilustra o esquema de um reservatório hidráulico.
139
FIGURA 6 – RESERVATÓRIO HIDRÁULICO
• placa defletora para evitar que o fluido de retorno se insira na entrada da bomba;
• tampa de inspeção para acesso de manutenção;
• filtro de respiro para troca de ar;
• abertura de enchimento protegida;
• indicador de nível para monitoramento do nível do fluido;
• conexões para linhas de sucção, descarga e drenagem.
INTERESSANTE
Muitos fatores são levados em consideração ao selecionar o tamanho e
a configuração de um reservatório hidráulico. O volume do fluido em um
tanque varia de acordo com a temperatura e o estado dos atuadores do
sistema. O volume de fluido no reservatório é mínimo com todos os cilindros
estendidos e máximo em altas temperaturas com todos os cilindros retraídos.
140
estiver muito baixo, existe a possibilidade de o ar ficar preso na tubulação de saída do
reservatório e indo para a sucção da bomba. Isso pode levar à cavitação da bomba,
resultando em danos à bomba.
141
Para acessar todos os internos para manutenção, são fornecidas tampas
removíveis. Um indicador de nível, que é uma parte importante do reservatório, também
está incorporado. Isso permite ver o nível real do fluido no reservatório, enquanto o
sistema está em operação. Uma tampa de ventilação com tela de filtro de ar ajuda a
ventilar o ar preso facilmente. A tampa do respiro permite que o tanque respire quando
o nível do fluido sofre alterações em sintonia com a demanda do sistema.
3 RESFRIADORES
Existe um aquecimento inerente em todos os sistemas hidráulicos. Se o reser-
vatório não for suficiente para manter o fluido na temperatura normal, ele sobreaquece-
rá. Para que esse superaquecimento seja evitado, é fundamental o uso de resfriadores
ou trocadores de calor. Os modelos mais comuns são água-óleo e ar-óleo. Em um res-
friador a ar (Figura 8), o fluido é bombeado por tubos com aletas. Para dissipar o calor, o
ventilador sopra ar através dos tubos e aletas. Normalmente, os refrigeradores a ar são
usados onde a água não está facilmente disponível.
142
FIGURA 8 – RESFRIADOR DE AR-ÓLEO
143
4 BOMBAS E FILTROS
O único propósito de uma bomba em um sistema hidráulico é fornecer fluxo.
Uma bomba, que é o coração de um sistema hidráulico, converte energia mecânica, que
é principalmente energia rotacional de um motor elétrico ou motor, em energia hidráu-
lica. Enquanto a potência rotacional mecânica é o produto do torque e da velocidade, a
potência hidráulica é a pressão vezes o fluxo.
A bomba pode ser projetada de forma que o fluxo ou a pressão sejam fixos, en-
quanto o outro parâmetro pode oscilar com a carga. Em outras palavras, ao fixar o fluxo da
bomba, a pressão sobe conforme a restrição de carga é aumentada. Por outro lado, o fluxo
diminui com um aumento na restrição de carga quando a bomba fornece pressão fixa.
144
Esse vácuo mantém a válvula de retenção 2 contra sua sede e permite que a
pressão atmosférica empurre o fluido dentro do cilindro através da válvula de retenção
1. Quando o pistão é empurrado para a direita, o movimento do fluido fecha a válvula de
retenção 1 e abre a válvula de saída 2. A quantidade de fluido deslocado pelo pistão é
forçosamente ejetada do cilindro. O volume do fluido deslocado pelo pistão durante o
curso de descarga é chamado de volume de deslocamento da bomba.
145
Já as bombas de deslocamento positivo ou hidrostáticas (Figura 12),
como o nome indica, são bombas que descarregam uma quantidade fixa de óleo por
rotação do eixo da bomba. Em outras palavras, eles produzem fluxo proporcional ao seu
deslocamento e velocidade do rotor. A maioria das bombas usadas em aplicações de
energia fluida pertence a essa categoria.
Essas bombas são capazes de superar a pressão que resulta das cargas
mecânicas no sistema, bem como a resistência ao fluxo devido ao atrito. Assim, o fluxo
de saída da bomba é constante e não depende da pressão do sistema. Outra vantagem
associada a essas bombas é que as áreas de alta e baixa pressão são separadas e,
portanto, o fluido não pode vazar de volta e retornar à fonte de baixa pressão. Esses
recursos tornam a bomba de deslocamento positivo mais adequada e universalmente
aceita para sistemas hidráulicos.
146
Um sistema hidráulico moderno deve ser altamente confiável e fornecer maio-
res níveis de precisão em sua operação. A chave para isso é a exigência de componen-
tes usinados de alta precisão. A limpeza do fluido hidráulico é um fator vital na operação
eficiente dos componentes de potência do fluido. Com o projeto de tolerância estreita
de bombas e válvulas, os sistemas hidráulicos estão sendo feitos para operar em níveis
elevados de pressão e eficiência.
Para manter o fluido livre de todos esses contaminantes e para evitar fenômenos
como o assoreamento, são utilizados no sistema hidráulico dispositivos chamados filtros.
Um filtro é um dispositivo cuja função primária é remover contaminantes insolúveis do
fluido, através de um meio poroso.
Esses filtros de pressão são projetados para suportar altas pulsações da bomba
e a pressão do sistema. Já os filtros de retorno fornecem proteção contra a entrada
de partículas quando o fluido retorna ao tanque. Um filtro off-line também conhecido
como loop de rim é frequentemente fornecido em um sistema hidráulico, especialmente
quando a circulação de fluido através do filtro de linha de retorno é mínima.
147
5 CIRCUITO HIDRÁULICO
Neste subtópico, daremos uma olhada em alguns tipos de circuitos hidráulicos,
que são projetados para uma operação eficiente. Iremos examinar os seguintes circuitos:
148
flui da porta P através da porta B. O óleo na extremidade em branco pode fluir de volta
para o reservatório da porta A através da porta T dos quatro -Válvula de via. No final do
curso, não há demanda do sistema por óleo.
Isso reinicializa a válvula de descarga até que o cilindro esteja totalmente re-
traído no ponto onde a válvula de descarga descarrega a bomba. É assim, visto que a
válvula de descarga descarrega a bomba no final dos cursos de extensão e retração,
bem como na posição centrada na mola do VCD.
150
FIGURA 16 – CIRCUITO DE SEQUENCIAMENTO DO CILINDRO HIDRÁULICO
151
FIGURA 17 – SISTEMA SERVO HIDRÁULICO MECÂNICO
Quando o carretel da válvula se move para longe o suficiente, ele corta o fluxo de
óleo através do cilindro. Isso interrompe o movimento do atuador. É, portanto, claro que o
feedback mecânico centra novamente a válvula (servo válvula) a fim de parar o movimento
no ponto desejado, que por sua vez é determinado pela posição do volante. O movimento
adicional do volante é necessário para causar mais movimento das rodas de saída.
Diante dos conceitos vistos até aqui, é importante ressaltar que os conhecimentos
relativos aos reservatórios e circuitos hidráulicos, bem como dos resfriadores e bombas
hidráulicas foram discutidos em detalhes, de modo a construir um embasamento dos
conceitos básicos vistos com eficácia. Entender tais conceitos foi fundamental, para
que o leitor assimile o funcionamento adequado desses sistemas.
152
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Embora tenha sido observado que os reservatórios não pressurizados são os mais ade-
quados em um sistema hidráulico, determinados sistemas hidráulicos precisam ter re-
servatórios pressurizados devido à natureza de sua aplicação. Por exemplo, os sistemas
hidráulicos de aeronaves e mísseis da Marinha precisam essencialmente de reservató-
rios pressurizados para fornecer um fluxo positivo de fluido em altitudes mais elevadas,
onde temperaturas e condições de pressão mais baixas são encontradas.
• Em um resfriador a ar, o fluido é bombeado por tubos com aletas. Para dissipar o calor,
o ventilador sopra ar através dos tubos e aletas. Normalmente, os refrigeradores a ar
são usados onde a água não está facilmente disponível.
• O único propósito de uma bomba em um sistema hidráulico é fornecer fluxo. Uma bom-
ba, que é o coração de um sistema hidráulico, converte energia mecânica, que é prin-
cipalmente energia rotacional de um motor elétrico ou motor, em energia hidráulica.
153
• Para manter o fluido livre de todos esses contaminantes e para evitar fenômenos
como o assoreamento, são utilizados no sistema hidráulico dispositivos chamados
filtros. Um filtro é um dispositivo cuja função primária é remover contaminantes
insolúveis do fluido, por meio de um meio poroso.
• Os principais tipos de circuitos hidráulicos, que são projetados para uma operação
eficiente são: controle de cilindro hidráulico de dupla ação; circuito regenerativo;
circuito de descarga da bomba; circuito de sequenciamento do cilindro hidráulico;
sistema servo hidráulico mecânico.
154
AUTOATIVIDADE
1 Lama, água e matérias estranhas, como lascas de metal, têm a tendência de se
depositar no fluido armazenado, enquanto o ar capturado pelo óleo pode escapar para
o reservatório. Isso torna a construção e o projeto de reservatórios hidráulicos ainda
mais cruciais. Com relação aos conceitos relacionados aos reservatórios hidráulicos,
assinale a alternativa correta:
a) ( ) A bomba pode ser projetada de forma que o fluxo ou a pressão sejam fixos,
enquanto o outro parâmetro pode oscilar com a carga.
b) ( ) Bombas de deslocamento positivo são também conhecidas como bombas
hidrodinâmicas. Nessas bombas a pressão produzida é inversamente proporcional
à velocidade do rotor.
c) ( ) Bombas de deslocamento não positivo são capazes de suportar altas pressões e
geralmente são usadas para aplicações de alta pressão e fluxo de alto volume.
d) ( ) Bombas de deslocamento não positivo ou hidrostáticas são bombas que
descarregam uma quantidade constante de óleo por rotação do eixo da bomba.
155
( ) Essencialmente, a contaminação é a presença de qualquer material estranho no
fluido, o que resulta na operação prejudicial de qualquer um dos componentes em
um sistema hidráulico.
( ) A função dos filtros em um sistema hidráulico é evitar a entrada de partículas
transportadas pelo ar que são atraídas para o sistema devido às mudanças no nível
do fluido do reservatório.
( ) Componentes como servoválvulas, que estão localizados imediatamente a jusante
do filtro, são protegidos contra desgaste e problemas relacionados ao assoreamento
por filtros de pressão.
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 Os circuitos hidráulicos devem ser projetados para fornecer uma operação eficiente
ao sistema. Disserte sobre a diferença entre controle de cilindro hidráulico de dupla
ação e circuito de descarga da bomba.
5 Para manter o fluido livre de todos esses contaminantes e também para evitar
fenômenos como o assoreamento, são utilizados no sistema hidráulico dispositivos
chamados filtros. Disserte sobre os tipos de filtros.
156
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
SERVOVÁLVULAS E TRANSMISSORES
HIDROSTÁTICOS
1 INTRODUÇÃO
Podemos definir uma transmissão hidrostática como uma transmissão de energia
por meio de um fluido ao se utilizar bombas volumétricas e motores. A bomba é acionada
pelo motor principal. Embora os motores a diesel ou a gasolina sejam os mais comumente
usados, o motor principal pode ser um motor elétrico. A energia fornecida ao motor principal
da bomba é convertida em um fluido de alta pressão, que é transferido para o motor por meio
de mangueiras e / ou conduítes, e a energia é convertida de volta em energia mecânica.
157
2.1 TIPOS DE TRANSMISSÃO HIDROSTÁTICA E SUAS
CARATERÍSTICAS
Na transmissão hidrostática, a energia mecânica é convertida em energia
hidráulica usando uma ou mais bombas, e a energia hidráulica é convertida de volta em
energia mecânica usando um ou mais motores. Essa combinação de diferentes tipos
de bombas e diferentes tipos de motores permite a construção de circuitos hidráulicos
com diferentes capacidades. Na primeira etapa da classificação do tipo de transmissão,
são caracterizados de acordo com o padrão de circulação do fluxo na transmissão em
circuito aberto ou em circuito fechado (CUNHA, 2015).
158
Outra solução de circuito para transmissão hidrostática rotativa é um circuito fecha-
do, que inclui o retorno de todo o fluido do motor para a linha de sucção da bomba. Como o
fluxo na saída do motor retorna para a entrada da bomba, esse fato traz algumas vantagens:
• tanto a linha de saída da bomba como a linha de entrada da bomba podem estar
sujeitas à alta pressão;
• a reversibilidade pode ser alcançada sem válvula. Uma possibilidade é usar uma
bomba de deslocamento variável com inversão de cilindrada.
159
4 APLICAÇÕES DE TRANSMISSÕES HIDROSTÁTICAS
A transmissão hidrostática fornece soluções ideais para várias atividades,
tais como na agricultura, pesca e indústria, por exemplo. Na agricultura, esse tipo de
transmissão é usado para a tração das rodas dos tratores, como se pode ver na Figura
18, devido a sua flexibilidade na mudança de sentido.
Tal tipo de transmissão na pesca tem certas aplicações por causa de suas
características, como é o caso do carretel de enrolamento de rede e do guincho. O
tambor de enrolamento (Figura 20) contém esse tipo de transmissão e, portanto,
necessita de uma boa resposta às mudanças de velocidade e sentido de rotação, além
de uma boa resposta à presença ou ausência de carga.
160
NOTA
O guincho hidráulico também é um bom exemplo de transmissão hidros-
tática, uma boa demonstração do comportamento dessa transmissão
contra cargas de arrasto (no caso de coleta de redes de pesca) e cargas de
trator (quando as redes são lançadas ao mar).
Diante dos conceitos vistos até aqui, é importante ressaltar que os conhecimentos
relativos às transmissões hidrostáticas rotativas, além dos tipos de transmissão
hidrostática e suas caraterísticas, foram discutidos em detalhes, de modo a construir
um embasamento dos conceitos básicos vistos com eficácia. Deve-se entender,
além dos conceitos citados, os tipos de controles existentes para o funcionamento
das transmissões hidrostáticas, para que uma correta transmissão hidrostática seja
realizada. Foram discutidas também algumas aplicações dessas transmissões.
161
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
162
• A fim de realizar o controle da bomba de maior cilindrada, as servoválvulas podem
ser usadas para garantir o controle do posicionamento da placa. Por meio desse
canal, a transmissão da vibração da placa para o usuário pode ser eliminada.
163
AUTOATIVIDADE
1 Sabe-se que os diferentes tipos de controles na transmissão hidrostática tornam esse
tipo de transmissão adequado para diferentes aplicações, mais fácil e conveniente.
Com relação a esses tipos de controle, assinale a alternativa CORRETA:
164
( ) Através do sinal da fonte hidráulica, pode-se adicionar válvulas lógicas ("E" e "OU")
e controlar o acionamento das servoválvulas com baixa pressão.
( ) Através do sinal da fonte hidráulica, pode-se adicionar válvulas lógicas ("E" e "OU")
e controlar o acionamento das servoválvulas com alta pressão.
( ) A combinação de diferentes tipos de bombas e diferentes tipos de motores permite
a construção de circuitos hidráulicos com diferentes capacidades.
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
5 Existem diversos tipos de controle, sendo um deles o sinal por comando eletrônico.
Disserte sobre a vantagem de usar esse tipo de comando.
165
166
UNIDADE 3 TÓPICO 4 -
CIRCUITOS PARA AUTOMATIZAÇÕES
INDUSTRIAIS: CONTROLE LÓGICO E
SEQUENCIAL
1 INTRODUÇÃO
O controlador lógico programável (CLP) é tratado como o primeiro bloco de
construção dos sistemas de automação. Um CLP é uma forma especial de controlador
baseado em microprocessador que usa uma memória programável para armazenar ins-
truções e implementar funções como lógica, sequenciamento, temporização, contagem
e aritmética para controlar máquinas e processos.
167
No ano de 1968, a empresa General Motors criou o primeiro controlador lógico pro-
gramável, que tinha grande versatilidade de programação e facilidade de uso, e tem sido
continuamente aprimorado para atender as suas várias aplicações atuais em automação de
processos. Conforme a definição da Associação Nacional de Fabricantes de Equipamentos
Elétricos dos Estados Unidos da América (National Electrical Manufacturers Association –
NEMA), CLP é um dispositivo eletrônico digital que usa memória programável para armaze-
nar instruções internamente e implementar funções específicas, como lógica, sequencia-
mento, temporização, contagem, aritmética, de modo a controlar, através de módulos de
entrada e saída, diversos tipos de máquinas ou processos (ZANCAN, 2011).
168
3 FUNCIONAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DOS
CONTROLADORES LÓGICOS
Com relação ao funcionamento básico de um CLP, ele é dividido em três partes básicas,
que são: entradas, unidade central de processamento e saídas, conforme ilustra a Figura 21.
169
Ao ligar o CLP, ele verificará a existência das funções e programas da CPU,
memória e circuitos auxiliares, desabilitando todas as saídas. O CLP lê o status de
cada entrada e verifica se alguma entrada está ativada. Esse processo leva alguns
microssegundos. Após a leitura do status de entrada, o CLP armazena as informações
obtidas em uma memória chamada "memória de imagem de entrada e saída". Durante o
processamento do programa do usuário, o CLP consultará essa memória.
4 INSTALAÇÃO DE UM CLP
Para entender o modelo geral de instalação do CLP, consideremos um CLP com
fonte de alimentação 24 Vcc. Ele possui oito entradas digitais, duas entradas analógicas
de 0 a 10 V, quatro saídas digitais à relé e duas saídas analógicas de 0 a 10 V. Observe
que na Figura 23, três entradas digitais, uma entrada analógica, três saídas digitais e
uma saída analógica estão sendo usadas.
170
FIGURA 23 – MODELO GENÉRICO DE INSTALAÇÃO DE UM CLP
Com relação à Figura 23, de acordo com Zancan (2011), as seguintes observações
podem ser feitas:
• Um número menor de entradas/saídas disponíveis pode ser usado. Eles não são
usados em nenhuma ordem, o programa irá definir quais são usados.
• As entradas digitais I1, I3 e I6 receberão 0 V (nível baixo) ou 24 V (nível alto), depen-
dendo do estado aberto ou fechado dos contatos correspondentes ao interruptor,
chaves fim de curso e sensores indutivos. Observe que os contatos normalmente
abertos (NA) de interruptores e sensores indutivos e os contatos normalmente fe-
chados (NF) da chave fim de curso são usados. Isso significa que para aumentar as
entradas I1 e I6, o interruptor ou a parte metálica do sensor de proximidade devem
ser pressionados respectivamente.
• Com relação à chave fim de curso, é utilizado um contato normalmente fechado
NF, ou seja, a entrada I3 está sempre em nível alto, e só irá parar quando uma
determinada parte dela tocar na chave fim de curso.
• A entrada analógica IA1 recebe o sinal do sensor de fluxo. O intervalo de alteração do
sinal é de 0 V a 10 Vcc, que corresponde ao limite de fluxo do dispositivo. O sinal de
tensão é recebido pelo CLP em apenas um terminal, e o terminal negativo da fonte
de alimentação é usado como referência.
171
• A saída do relé digital muda de forma independente, acionando o circuito conectado
a ela. Observe que a saída Q1 fornece um contator de tensão 220 Vca quando
fechado. Por outro lado, a saída Q3 recebe o sinal de 24 Vcc do soft-starter e retorna
o sinal ao soft-starter quando fechado, o que corresponde à solicitação do CLP. Por
outro lado, a saída Q4 fornece uma luz de sinal com uma tensão de 127 Vca.
• A saída analógica QA2 gera um sinal de 0 a 10 Vcc, que é recebido pelo inversor, que
controla a rotação do motor de indução com base nas informações do CLP.
IMPORTANTE
Como a função principal de um CLP é o controle lógico de um processo,
suas saídas possuem limitação de potência. É importante consultar a
capacidade máxima de tensão e corrente das saídas fornecidas pelo
fabricante, utilizando sempre dispositivos auxiliares para o acionamento
de equipamentos elétricos de potência.
Diante dos conceitos vistos até aqui, é importante ressaltar que os conheci-
mentos relativos às noções básicas de controladores programáveis foram discutidos
em detalhe, além do funcionamento e classificação dos controladores lógicos, de modo
a construir um embasamento dos conceitos básicos vistos com eficácia. Foram discuti-
dos em detalhe o funcionamento, conceitos principais e em quais situações cada uma
será mais conveniente.
172
LEITURA
COMPLEMENTAR
PROGRAMAÇÃO EM LADDER DE MISTURAS QUÍMICAS EM TANQUES PARA
PRODUÇÃO DE TINTAS
1 INTRODUÇÃO
Há inúmeras linguagens utilizadas para fazer o uso do CLP e normas que regem
essas linguagens, resultando em padrões de execução. A linguagem Ladder (LD) faz uso
de entradas, saídas e blocos, representando cada comando por símbolos, para atingir
sequências lógicas dos processos através dos diagramas, sendo essa linguagem a
responsável de realizar o funcionamento interno do CLP.
173
2 REVISÃO DA LITERATURA
Somachine basic®
174
FIGURA 4 – ESTÁGIOS COMUMENTE UTILIZADOS NO PROGRAMA SOMACHINE BASIC
3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA
175
FIGURA 5 – SISTEMA DO TANQUE MISTURADOR PROPOSTO PARA AUTOMAÇÃO
ELEMENTOS DESCRIÇÃO
Motor MOTOR_
Sistema SISTEMA
Botão liga BL
Botão desliga BD
176
Reset RESET
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
177
FIGURA 6 – LINHAS DE CÓDIGO DESENVOLVIDO EM LADDER, NENHUM SOFTWARE SOMACHINE BASIC,
PARA A PRÉ-MISTURA DAS MATÉRIAS-PRIMAS DE TINTAS EM TANQUES AUTOMATIZADOS
178
FIGURA 7 – ACIONAMENTO DO SISTEMA PROPOSTO
CONCLUSÃO
179
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Os CLPs têm a vantagem de permitir o uso do mesmo controlador básico com uma
ampla variedade de sistemas de controle. O sistema de controle e as regras a serem
usadas podem ser facilmente modificados por um operador simplesmente digitando
um conjunto diferente de instruções.
• CLP é um dispositivo eletrônico digital que usa memória programável para armaze-
nar instruções internamente e implementar funções específicas, como lógica, se-
quenciamento, temporização, contagem, aritmética, de modo a controlar através de
módulos de entrada e saída, diversos tipos de máquinas ou processos.
180
• A saída do CLP é conectada ao elemento atuador, que é o dispositivo que interage com
o processo para controlar o processo. O controle e o processamento das informações
de entrada e saída são concluídos em sequência ao longo do ciclo de varredura.
181
AUTOATIVIDADE
1 O Controlador Programável (CP), também chamado de Controlador Lógico Progra-
mável (CLP), e, pela sigla em inglês PLC (Programmable Logic Controller), foi cria-
do em função das necessidades da indústria automotiva. Com relação aos CLPs,
assinale a alternativa CORRETA:
182
( ) Fornecer uma série de canais de entrada/saída adequados é um elemento
importante de todo o conceito de CLP, pois eles formam uma interface direta com
o dispositivo controlado.
( ) É uma prática padrão isolar opticamente os canais de entrada/saída para fornecer
um alto grau de isolamento, mas os relés são geralmente usados para saída CC de
baixa potência.
( ) Em pequenos CLPs independentes, a entrada e a saída estão fisicamente
localizadas no mesmo gabinete e geralmente têm a mesma classificação.
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
5 Ao ligar o CLP, ele verificará a existência das funções e programas da CPU, memória
e circuitos auxiliares, desabilitando todas as saídas. Disserte sobre o que acontece a
partir do ligamento do CLP.
183
REFERÊNCIAS
CUNHA, S. F. M. Controlo de uma transmissão hidrostática rotativa. 2015,139f.
Dissertação (Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica) – Faculdade de En-
genharia Universidade do Porto, Porto, 2015.
184