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Zonas erógenas do corpo


feminino: explore todas as
suas possibilidades
30 set 2020 por @ prazerela

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corpo feminino: explore todas as suas possibilidades

Para além do genital, o corpo humano é


repleto de regiões sensíveis que ao
serem estimuladas podem aumentar o
desejo sexual e resultar em muito prazer.
São as chamadas zonas erógenas do
corpo feminino e masculino!

Descobrir essas partes do corpo deveria


ser um processo espontâneo e
natural de auto exploratória sexual
vivenciado por qualquer pessoa ao longo
da vida. Mas o fato é que para muitas
delas, principalmente para as mulheres,
esse processo frequentemente é
atravessado e deixado de lado devido ao
tabu e a moralidade que são nutridos
pela sociedade.

É com o objetivo de mudar essa


realidade que neste artigo abordaremos
curiosidades e reflexões sobre as zonas
erógenas do corpo feminino e a sua
relação com uma expressão positiva e
potente da sexualidade para mulheres.

O que são as zonas


erógenas?

As zonas erógenas do corpo


feminino são aquelas regiões de maior
sensibilidade que ao serem
adequadamente estimuladas
desencadeiam uma reação prazerosa de
excitação e aumento do desejo sexual.

Essa reação é possibilitada pela presença


de milhares de terminações nervosas
que dão maior sensibilidade a essas
regiões. Como toda a extensão do nosso
corpo é repleta dessas terminações, as
zonas erógenas do corpo feminino são
muitas. Caberia inclusive dizer que
temos um corpo que é inteiro erógeno,
já que são tantas as nossas
possibilidades sensoriais.

Leia também: Masturbação Feminina:


como ter mais prazer com menos tabu?

Zonas erógenas do corpo


feminino e a potência
orgástica
Existe um entendimento importante
relacionado às zonas erógenas do corpo
feminino, principalmente quando
falamos em despertar da potência
orgástica para mulheres
mulheres.

A potência orgástica é a nossa


capacidade de acumular carga
energética no corpo através da
excitação e vivenciar descargas intensas
em prazer através dos orgasmos.

Compreender que seu corpo é inteiro


erógeno significa compreender que o
que possibilita esse prazer e essa
excitação sexual, ou seja, o que
possibilita o acúmulo de carga no corpo
que levará a uma descarga potente e
prazerosa não é um estímulo que se
resuma apenas a região genital.

Para acessar mais que uma ínfima fração


de toda essa potência é preciso uma
exploratória sensorial que contemple o
corpo inteiro e suas diversas zonas
erógenas.

Leia também: Orgasmos múltiplos


feminino: O que são? Qual a sensação?

Porque falamos pouco das


zonas erógenas do corpo
feminino?

Historicamente as mulheres não são


nem um pouco incentivadas a esse
processo de descoberta do próprio corpo
e das suas zonas erógenas, tamanho é o
tabu da sociedade. Mas se engana quem
acredita que este é um problema
exclusivo delas.

Homens cisgêneros, por exemplo, são


estimulados a descoberta do próprio
corpo através da masturbação e
estimulados a descoberta do corpo do
outro através da pegação e do sexo, mas
muito pouco se fala sobre esse
potencial sensorial de corpo inteiro
inteiro,
para além da área do genital.

Mentalidade falocêntrica
Na verdade, o incentivo é justamente
para que se desenvolva uma
mentalidade falocêntrica
falocêntrica. Ou seja,
uma mentalidade focada no genital, que
reside na convicção de que o falo (o
pênis) é o rei da festa (e do sexo) e que
prazer é sinônimo de penetrar esse falo
em todos os buracos possíveis e
imagináveis do ser humano.

Esse é o recado passado pela sociedade


e reforçado pela pornografia, gerando
tabu e desinformação que atinge as
pessoas de todas as identidades de
gênero.

É por essa razão que falar em zonas


erógenas do corpo feminino é algo que,
para nós da Prazerela, precisa ir além de
apenas uma conversa sobre essa ou
aquela parte do seu corpo que você
pode tocar para sentir mais prazer.

Mais que isso, é um convite para a


redescoberta da sua sexualidade de uma
forma mais positiva e potente, a partir da
compreensão de que o seu corpo é
inteiro erógeno. Inteirinho uma
plataforma sensorial repleta de
possibilidades de prazer e deleite. Mas é
claro, existem sim algumas zonas de
maior sensibilidade que vale a pena
mencionarmos.

Leia também: Dificuldade para gozar: o


que pode estar te impedindo?

Quais são as 10 zonas


erógenas do corpo feminino?
Como elas podem ser
estimuladas?

Assim como um bom beijo é algo


subjetivo e muito particular para cada
pessoa, o mesmo é válido para as zonas
erógenas do corpo feminino.

Embora algumas regiões do corpo sejam


comumente repletas em terminações
nervosas para uma grande quantidade
de pessoas, e com isso são comumente
zonas erógenas para uma grande
quantidade de pessoas, não existe uma
regra.

É possível que você tenha regiões de


muita sensibilidade no seu corpo e que
te deixam excitada ao serem
estimuladas, mas que são somente suas.
E estamos dizendo isso para que você
não sinta vergonha e entenda que está
tudo bem sentir prazer naquelas partes
mais “esquisitas” do seu corpo.

Dito isso, vamos falar agora de algumas


principais zonas erógenas do corpo
feminino.

1. Mente
A mente é uma das nossas principais
zonas erógenas, pois é ela quem
autoriza o nosso corpo a sentir prazer.
Se a mente nos sabotar, nada
feito! É preciso que ela esteja
relaxada e receptiva para que todas as
outras zonas erógenas do nosso corpo
possam ser exploradas e responder
aos estímulos.

2. Pele
A pele é o maior órgão do corpo
humano e sua superfície conta com
mais de um milhão e meio de
neurotransmissores que são
capazes de conduzir a
bioeletricidade
bioeletricidade. Que é uma corrente
elétrica de verdade, própria do nosso
corpo e que você identifica facilmente
de forma visual quando vive a
sensação de um arrepio ou de um
espasmo.

A pele funciona então como um


veículo condutor de sensações e,
portanto, de prazer. E é por essa razão
que por si só já pode ser considerada
uma zona erógena.

Para despertar essa bioeletricidade e


todo o potencial sensorial da sua pele,
experimente deslizar os dedos
sutilmente sobre toda a extensão do
seu corpo e procure fazer caminhos
não óbvios e não repetitivos para dar
à sua mente um ar de surpresa. Isso
contribui muito para a excitação.

Leia também: Terapia orgástica: o


que é? Descubra a potência do seu
prazer!

3. Cabeça
Nossa cabeça também é repleta de
terminações nervosas, por isso
carinhos e afagos podem ser muito
prazerosos.

Puxar suavemente os cabelos pode


ser algo que desperta sensações que
navegam entre o relaxante e o
excitante, mas tenha delicadeza ao
fazer esse estímulo em outra pessoa.

Dependendo da sensibilidade de cada


um, o puxar de cabelos pode causar
desconforto. Por isso é importante
começar da puxadinha mais leve e ir
evoluindo para algo mais intenso,
sempre dialogando com a sua
parceria.

4. Pescoço
Toda região do pescoço é
extremamente sensível e uma das
mais potentes zonas erógenas do
corpo feminino (e masculino), mas o
mais interessante é notar onde no seu
pescoço você sente despertar uma
sensação mais intensamente
prazerosa: na frente, na lateral, na
região da nuca, atrás da orelha?

5. Seios
A sensibilidade nos seios é válida para
todas as pessoas, não somente para as
mulheres. No entanto, é muito
comum que homens cisgênero
tenham muito tabu com o estímulo
dessa região. Uma grande bobagem
fruto de uma sociedade
preconceituosa!

Seios possuem bastante sensibilidade


nos mamilos e na região ao redor
deles, podendo ser estimulado com as
pontas dos dedos e com a palma das
mãos. Se você estiver sendo
estimulada por outra pessoa é
interessante experimentar também os
lábios e a língua que além de texturas
interessantes trazem uma umidade e
uma troca de temperatura que podem
ser muito prazerosas.

Leia também: Ejaculação feminina:


existe? É um orgasmo? Mitos e
verdades

6. Nádegas
É uma região repleta de músculos e
de grande sensibilidade. Todo mundo
sabe que apertar a bunda pode ser
gostoso, mas para além disso,
estimular a região de uma forma mais
sutil pode ser extremamente
excitante. Por exemplo deslizando
sutilmente a ponta dos dedos pela
região, em movimentos lentos e não
padronizados.

7. Área externa do
ânus
A região externa do ânus é uma outra
parte do corpo altamente
vascularizada e sensível, mas onde
reside muito tabu, principalmente por
parte dos homens cisgêneros
heterossexuais que questionam a sua
masculinidade ao confundir prazer
nessa região com a sua orientação
sexual e afetiva.

Mas o fato é que, anatomicamente,


todos os corpos possuem a mesma
estrutura de músculos e terminações
nervosas na região das nádegas e da
área externa do ânus.

Ou seja, essa é uma zona


potencialmente erógena para
todas as pessoas
pessoas. O que geralmente
torna o estímulo dessa região
prazeroso ou desprazeroso para cada
pessoa é a forma como a mente
interpreta o estímulo que está sendo
recebido. É importante notar que
nosso prazer, além de físico, também
é psicológico!

8. Área interna do
ânus
Trouxemos a área interna do ânus
como um tópico a mais pois é preciso
separar o prazer na região externa do
prazer na região interna do ânus, pois
nem sempre gostar de um significa
gostar do outro.

A área interna do ânus é uma região


um pouco menos inervada e por isso
não apresenta tanta sensibilidade,
mas pode ser particularmente
prazerosa para as mulheres
transexuais pois dá acesso para
estímulo da próstata, que fica entre 2
e 3cm de profundidade a partir da
entrada do ânus.

No entanto, é preciso cuidado e


atenção: o ânus não possui
lubrificação natural e por isso é
importante que você use algum
lubrificante na região para evitar
qualquer lesão e também para tornar
o estímulo ainda mais gostoso.

9. Períneo
O períneo é aquela divisória que fica
entre o genital e o ânus, e que
também é rica em sensibilidade. Pode
ser estimulada com toques leves,
massagem, lambidas e ainda com o
uso de vibradores
vibradores, principalmente se
combinado com o estímulo do genital,
que pode ser particularmente muito
prazeroso.

10. Genital
A zona erógena mais conhecida entre
as pessoas é, geralmente, o próprio
genital, mas nem por isso deixaremos
de falar sobre ela.

Mulheres com vulva


Para as mulheres com vulva, essa
área erógena compreende toda a
região externa do genital, formada
pelos lábios externos e internos, o
prepúcio do clitóris, a glande do
clitóris, a entrada da uretra e a
entrada da vagina.

Além disso, compreende também a


vagina, que é a região interna no
genital e por onde é possível acessar
o ponto G (ou, como seria mais
correto, a área G). Uma região de
maior rugosidade por onde é possível
realizar um estímulo indireto do
clitóris com a pontinha dos dedos
fazendo um movimento de “vem cá”.
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