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DA TEMPESTIVIDADE:
A intenção de recurso foi manifesta tempestivamente durante a sessão pública realizada
em 01/08/2022, sendo devidamente motivada. O requerente apresentou as razões recursais, no
prazo previsto, as quais foram disponibilizadas para consulta de todos os interessados no sistema
eletrônico no qual a sessão foi realizada no https://portal.licitanet.com.br/sala-disputa/45700.
DOS FUNDAMENTOS:
A recorrente alega em sua peça recursal que a empresa recorrida INOVACAO EIRELI ME
descumpriu os requisitos do Edital de Licitação quanto a apresentação de documentos de
habilitação, pratica dolosa e de evidente má fé, frente ao certame Pregão Eletrônico nº. 037/2022,
na qual a mesma explicitamente se beneficiou irregularmente dos privilégios concedidos
legalmente as empresas enquadradas como Empresas de Pequeno Porte-EPP, sem que contudo,
de fato e de direito a mesma estivesse enquadrada em tal PRERROGATIVA.
Resumidamente, pela argumentação da recorrente, a recorrida não teria comprovado o
seu porte, se esta seria uma Empresa de Pequeno Porte ou Microempresa, uma vez que se trata
de uma licitação de participação exclusiva para EPP/ME, e que a Certidão Simplificada da Junta
Comercial é comprovante da situação fiscal da empresa dentro do exercício.
Com base neste fundamento, a recorrente pede a INABILITAÇÃO da empresa INOVACAO
EIRELI ME pelo suposto descumprimento das exigências editalícias no que se refere aos
documentos de habilitação no que toca ao enquadramento da empresa recorrida.
DAS CONTRARRAZÕES:
Por sua vez, a licitante recorrida, INOVACAO EIRELI ME, devidamente qualificada nos
autos, apresentou suas contrarrazões de forma tempestiva, em 08/08/2022, na qual solicita que,
pelos motivos que expôs, o referido recurso seja julgado improcedente, além da manutenção do
resultado que declarou a recorrida com vencedora, e da aplicação das penalidades cabíveis à
empresa SUPERMERCADO KARISMA LTDA, por supostamente impetrar recurso visando apenas
atrasar e tumultuar o certame.
A recorrida argumenta que a empresa apresentou no Ano de 2021, “um faturamento
acumulado, no valor de 2.047.318,49 (Dois Milhões Quarenta e Sete Mil Trezentos e Dezoito Reais
e Quarenta e Nove Centavos), conforme balanço patrimonial apresentado a Junta Comercial do
Estado de Rondônia, no dia 25/02/2022 as 11:58 SOB Nº. 20220088071, PROTOCOLO: 220088071
da mesma data. Ora a corrente alega que a recorrida usufruia de Benefícios das quais não tinha
direito, se a legislação brasileira diz que uma empresa pode usufruir dos benefícios até o limite de
4,8 milhões de “Receita Bruta” o nosso fechou bem aquém do limite estabelecido no Art. 30 da LC
123/2006, de forma a atestar a manutenção do seu enquadramento EPP/ME”. Sustenta ainda que
Em uma breve analise no balanço patrimonial podemos refutar todas as acusações apresentadas
pela recorrente.
A Lei Complementar 123/2006 apresenta em seu Art. 3º. Inciso I e II a seguinte redação.
São consideradas Microempresas (ME) aquelas que apresentam um faturamento anual de até
R$360 mil (receita bruta). E, por sua vez, são consideradas Empresas de Pequeno Porte (EPP)
aquelas que apresentam faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões (receita bruta) (art. 3º, I e
II da LC nº 123/2006) apresentou, dentre os documentos, o com suas devidas atualizações, no qual
é possível verificar qualquer informação que se deseja da empresa, assim como, se é ou não micro
ou pequena empresa, além do cartão de CNPJ, que também possui a informação de a empresa
está enquadrada como ME.
A recorrida declara ter plena ciência de que que a presente licitação é para participação
exclusiva de ME/EPP, e que ao participar do certame concordou com todos os termos do edital,
sabedora das inúmeras implicações que uma declaração falsa pode gerar, como penalidades,
declaração de inidoneidade e ser suspensa em licitar com os órgãos públicos.
A recorrida finaliza afirmando ter comprovado que se enquadra como Microempresa, e
caso houvesse qualquer dúvida por parte da administração, o próximo passo seria uma diligência,
o que acredita ser desnecessário por ter comprovado tudo o que fora solicitado na licitação,
sendo, portanto, absolutamente sem razão sua eventual inabilitação.
pequeno porte, sendo assim, improvável que em tão pouco espaço de tempo perdesse as
condições que lhe permitem participar do certame.
Porém, a fim de se evitar o subjetivismo da avaliação, e garantir o direito de ampla defesa,
seguiremos a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, em especial os Acórdãos 504/2015, e
1370/2015, ambos do Plenário, os quais estabelecem que “Havendo dúvidas sobre o
enquadramento da licitante na condição de microempresa ou de empresa de pequeno porte,
segundo os parâmetros estabelecidos no art. 3º da Lei Complementar 123/2006, além de se
realizar as pesquisas pertinentes nos sistemas de pagamento da Administração Pública Federal,
deve ser solicitado à licitante a apresentação dos documentos contábeis aptos a demonstrar a
correção e a veracidade de sua declaração de qualificação como microempresa ou empresa de
pequeno porte para fins de usufruto dos benefícios da referida lei”.
CONCLUSÕES:
A fim de se obter elementos que subsidiem a decisão quanto ao recurso administrativo
interposto pela recorrente, este pregoeiro, decide não reconhecer do recurso e e declarar
IMPROVIDO sob pendencia de REALIZAR DILIGÊNCIA, determinando que: