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Objetivos
Identificar os objetivos das expedições marítimas.
Conhecer como eram as condições das viagens marítimas no século XVI.
Compreender e respeitar a diversidade cultural.
Identificar as fases de exploração e colonização do território brasileiro.
Compreender a necessidade do governo português em estabelecer a criação das capitanias hereditárias e do governo-
geral.
Quantidade de aulas
14 aulas de aproximadamente 50 minutos cada.
Recursos
Material do aluno (lápis, borracha, tesoura com pontas arredondadas, cola, lápis de cor, giz de cera, canetas
hidrográficas).
Livro Faz muito tempo, de Ruth Rocha, editora Ática.
Folhas de papel sulfite com reprodução do mapa-múndi.
Mapa reduzido das capitanias hereditárias em quantidade suficiente para todos os alunos.
Mapa-múndi.
Folhas de papel sulfite para todos os alunos.
Imagens impressas de monstros marinhos e seres mitológicos do século XVI.
Desenvolvimento
Etapa 1 (5 aulas, aproximadamente 250 minutos)
Prepare antecipadamente um espaço que permita aos alunos ficarem bem acomodados e prontos para ouvirem uma
história. Em seguida, promova a leitura do livro Faz muito tempo, de Ruth Rocha, com ilustrações de Helena
Alexandrino.
Durante a leitura, mostre as gravuras que compõem a história. Isso é importante para que os alunos contextualizem
visualmente o que estão ouvindo e percebam a diferença entre o que imaginaram e a concepção da desenhista Helena
Alexandrino. Deixe que os alunos se expressem, mas não perca o foco da leitura. As manifestações são na maioria das
vezes uma reação às questões que a história está despertando no aluno.
Uma vez terminada a leitura, proponha uma roda de conversa sobre o livro. Incentive a manifestação oral de todos e a
escuta e o respeito à fala dos demais colegas.
Formule questões a respeito da história que ouviram. Pergunte como os alunos imaginam que os navegadores se sentiam,
pois eles se aventuravam por mares pouco explorados com a única certeza de aumentar o conhecimento sobre essas rotas
marítimas. Pergunte que características uma pessoa devia ter para se tornar um navegador por volta do ano de 1500.
Atividade 1
Prepare antecipadamente um mapa em tamanho grande e folhas de papel sulfite com reprodução do mapa-múndi em
quantidade suficiente para todos os alunos e distribua-as.
Em seguida, solicite que localizem a Europa, a África, a Índia e a América.
Explique que as viagens realizadas durante a expansão marítima tinham como objetivo descobrir novas rotas para o
Oriente, para promover o comércio de especiarias, ouro, seda e outras matérias-primas consideradas valiosas no século
XVI.
Explique que a necessidade de encontrar uma rota marítima para o Oriente deveu-se ao fato de que as rotas por terra e
pelo mar Mediterrâneo estavam bloqueadas pelos turcos otomanos desde 1453, quando eles tomaram a cidade de
Constantinopla. A solução encontrada pelos portugueses foi contornar o litoral africano pelo oceano Atlântico para
chegar à Índia. Com isso, pretendia-se também reduzir os custos para a aquisição das especiarias. Grande parte delas
chegavam à Europa por meio dos mercadores genoveses e venezianos, que cobravam altos preços e lucravam com seu
comércio. Com a descoberta de uma nova rota, a Coroa portuguesa poderia adquirir essas mercadorias diretamente com
os orientais, sem pagar o preço estabelecido pelos mercadores europeus.
Explique ainda que Portugal e Espanha foram pioneiros na expansão marítima, pois apresentavam as melhores condições
para isso, com, por exemplo, os melhores conhecimentos náuticos e recursos financeiros.
Solicite, então, que os alunos usem seus materiais pessoais e pintem os continentes e os oceanos.
Em seguida, utilize o mapa maior e trace a rota marítima que os navegadores portugueses faziam em direção à Índia,
contornando a costa do continente africano.
Solicite que reproduzam essa rota em seu mapa e que o colem no caderno.
Atividade 2
Esta atividade consiste na produção de uma pequena história em quadrinhos inspirados no livro de Ruth Rocha que trata
das navegações e da chegada ao Brasil pelos portugueses. Ela favorece a interdisciplinaridade com a disciplina de Artes.
Inicie a atividade comentando que no século XVI Portugal era um dos reinos mais desenvolvidos da época. Os
portugueses tinham muitos conhecimentos marítimos e, em uma de suas viagens para a Índia, chegaram ao território
onde atualmente é o Brasil.
As viagens ao longo das rotas marítimas eram longas, e a rotina dentro das embarcações não era fácil. Quando ocorriam
grandes tempestades, havia o constante risco de naufrágio. Às vezes, as viagens prolongavam-se e nem sempre a
alimentação era suficiente para todos a bordo. Era muito comum, nos relatos dessas viagens, o registro da presença de
monstros marinhos e seres mitológicos que povoavam o imaginário das tripulações.
Após essa apresentação, mostre mapas das viagens marítimas e pinturas do século XVI que representam esses seres e
monstros. Em seguida, anuncie aos alunos que eles irão fazer uma história em quadrinhos inspirada em Faz muito tempo,
de Ruth Rocha.
Divida a turma em duplas. Distribua folhas de papel sulfite aos alunos.
Explique que eles devem recordar a leitura do livro e lembrar quais os personagens principais da história. Diga que, se
quiserem, poderão criar outros personagens.
Ofereça temas que possam ser desenvolvidos pelos alunos, como:
Um dia navegando no oceano rumo à índia.
Uma tempestade atinge a caravela que vem ao Brasil.
Sugira outros temas que você julgar oportunos.
Informe-se e estude antecipadamente para explicar aos alunos que os quadrinhos são chamados de “arte sequencial” e
que cada quadrinho deve contar uma parte da história, mostrando a atitude dos personagens e suas falas. Explique que é
preciso começar fazendo o roteiro de acontecimentos da história. Esclareça que, durante o desenvolvimento do roteiro, é
preciso refletir e definir a narrativa completa, com introdução, desenvolvimento e conclusão, ou seja, começo, meio e
fim. Explique também que é necessário definir os personagens, o nome deles, suas características físicas e psicológicas,
entre outros. Solicite que planejem os desenhos do quadrinho de cada acontecimento do roteiro e as frases que os
personagens dirão.
Durante esse processo, percorra a sala de aula auxiliando os alunos em suas dúvidas e na realização do roteiro e dos
desenhos.
Atividade 2
A partir dos relatos escritos na atividade anterior, proponha que as duplas de alunos criem diálogos entre indígenas e
portugueses.
Estabeleça um tempo para a redação dos diálogos.
Uma vez concluída a redação, proponha a seu critério que os diálogos sejam representados teatralmente.
De acordo com o número de personagens, as próprias duplas poderão encenar seus diálogos ou, se precisarem de mais
personagens, ajude-os a escolher e convocar outros colegas.
Peça que todos respeitem as apresentações dos demais e prestem atenção a elas.
Conclua explicando sobre a dificuldade da aceitação das diferenças por parte dos europeus em relação aos indígenas.
Informe que os europeus julgavam equivocadamente que os indígenas eram povos selvagens e sem cultura. Essa visão
fez com que os europeus impusessem sua cultura aos indígenas de diversas formas.
1. P A U - B R A S I L
2. C O R O A P O R T U G U E S A
C A N - A Ç R
3. A - D E Ú C A
4. T U P I - G U A R A N I
5. R I Q U E Z A S
6. A G R I C U L T U R A
7. M A S S A P Ê
8. L I T O R A L
Atividade 1
O objetivo desta atividade é consolidar as noções exploradas durante as aulas.
Providencie antecipadamente mapas do Brasil dividido em capitanias hereditárias impressos em folhas de papel sulfite
em quantidade suficiente para todos os alunos, e distribua-os.
Solicite que circulem as duas capitanias que obtiveram sucesso.
Questione-os sobre a qual capitania pertencia a primeira capital do Brasil e peça que a circulem.
Peça que verifiquem qual capitania compreendia o território onde hoje se localiza a cidade onde vivem.
Atividade 2
Proponha que os alunos testem os conhecimentos obtidos.
Prepare antecipadamente folhas de papel sulfite impressas com as questões abaixo em quantidade suficiente para todos
os alunos.
Relacione a coluna 1 com a coluna 2
Coluna 1
( 1 ) Capitanias hereditárias.
( 2 ) Governo-geral.
( 3 ) Pau-brasil.
( 4 ) Cana-de-açúcar.
( 5 ) Povo nativo do Brasil.
Coluna 2
Avaliação
Aproveite o desenvolvimento das aulas e a realização das atividades propostas e faça uma avaliação contínua da
aprendizagem e da participação dos alunos. Assim, procure observar, acompanhar e até mesmo fazer intervenções
necessárias para que os alunos tenham uma aprendizagem significativa.
No caso específico desta sequência didática, é necessário observar os aspectos a seguir.
Os alunos reconhecem que Portugal e Espanha foram pioneiros na expansão marítima?
Os alunos identificam as motivações das expedições marítimas?
Os alunos reconhecem a não aceitação da diversidade de hábitos indígenas, resultando na imposição de uma cultura
europeia?
Os alunos identificaram as fases iniciais da colonização portuguesa?
Autoavaliação
Durante as aulas, eu:
consegui explicar as vantagens e interesses que Portugal e Espanha tinham na expansão marítima?
compreendi o motivo pelo qual o pau-brasil era explorado?
entendi de que maneira a Coroa portuguesa consolidou seu domínio sobre as terras brasileiras?