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AULA 39 – ÚLTIMOS DIAS EM JERUSALÉM

Objetivo: Mostrar que ao ódio Jesus contrapõe humildade, desprendimento, libertação material.
A promessa do envio do Consolador. O verbo lúcido e poderoso de Jesus acabara de compor a Carta
Magna da Humanidade, ao enunciar o Sermão do Monte no poema das Bem Aventuranças...

Jamais se ouvira um código de leis mais preciosos e oportunos; nunca mais se voltaria a escutar algo que
se lhe equiparasse em beleza, profundidade e equilíbrio...

A Sua presença incomodava. O absoluto desinteresse pelas quinquilharias humanas tornaram-no


antipático aos poderosos, e a sua autoridade moral apavorava os fracos que se haviam investidos de falsa
força....

Seria breve o curso de sua realização, e Ele o sabia. Por isso, não se detinha ante nada....

Aguardavam um Messias que lhes concedesse o mundo, repudiavam Jesus, que lhes oferecia a paz....

Jesus havia chegado a Jerusalém sob uma chuva de flores. Já estava tudo preparado para a Páscoa. Seria a
última ceia com os escolhidos para o seu ministério de amor.

O Mestre precisava reforçar seus ensinamentos e deixar as últimas lições para seus escolhidos. Havia
muito ainda a ensinar, e aproveitando a discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior no
Reino dos Céus, o Mestre cingiu-se com uma toalha, como faziam os escravos e lavou os pés de cada um
deles, e, deixando-nos uma lição inesquecível diz: “-Vós me chamais mestre e senhor e dizeis bem, pois
eu o sou. Se, portanto, eu, o mestre e o senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns aos
outros. Se compreenderdes isso e o praticardes, felizes sereis.”

Sabendo que seria traído, diz à Judas que se apressasse em seus planos, mas não o julga; antes,
entristece-se por ele, pela fragilidade, pelas ilusões, lança-lhe um olhar misericordioso e põe-se a
preparar seus discípulos para o momento doloroso que teriam que passar: “- Dou-vos um mandamento
novo: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto
reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.”

Pedro, já angustiado pressentindo a separação, pergunta-lhe: - Senhor, para onde vais? E Jesus nos ensina
ainda mais: “- Na casa de meu Pai há muitas moradas; vou preparar-vos um lugar, e virei novamente e
vos levarei comigo...Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.
Em verdade vos digo: quem crê em mim fará as obras que faço e fará até maiores do que elas, porque
eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome eu o farei.
Se me amais, observareis meus mandamentos, e rogarei ao Pai e ele vos dará um Paráclito, para que
convosco permaneça para sempre; o Espírito da Verdade, que o mundo não pode acolher porque não o
vê nem o conhece. Vós o conheceis, porque permanece convosco. Não vos deixarei órfãos, eu virei a
vós....O Espírito da Verdade, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o
que eu vos disse.”

O Mestre advertiu-os de tudo quanto passariam na fundação do Reino de Deus aqui na Terra. Que não
esperassem senão por todo tipo de dificuldades e provações até entregarem suas vidas por amor de seu
nome. Mas, também consolou-os dizendo que não eram deste mundo, e que seus nomes já estavam
gravados nas estrelas. Deixou sua paz e a sua promessa de amor eterno, de fidelidade. Nos seus últimos
instantes, rogou ao Pai que os protegesse. Os discípulos entristeceram ante a perspectiva de se verem sem
Jesus, farol de suas vidas, o Mestre que tanto amavam. Não sentiam-se preparados para enfrentar o
mundo sem ele os guiando, teriam entendido tudo o que precisavam para fundar um Reino?

Sim, o Mestre os havia escolhido antes mesmo que eles pudessem imaginar. Sabia das dificuldades e das
fraquezas de cada um deles, trabalhou todas sem hesitar, exemplificando sempre para que a lição fosse
melhor assimilada; No momento certo, saberiam o que fazer...
Sua volta após o 3º. dia, conforme prometera, fortificou seus amados, levantou os ânimos e estabeleceu
diretrizes para a propagação da Boa Nova, foi nesse momento que eles começaram talvez a compreender
melhor tudo o que o Mestre havia ensinado.

E, erguendo os olhos ao céu, Jesus, momentos antes de ser levado pelos soldados do sinédrio, assim falou:

“-Pai, chegou a hora: glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, e que, pelo poder que lhe
deste sobre toda a carne, ele dê a vida eterna a todos os que lhe deste....Eu te glorifiquei na Terra,
concluí a obra que me encarregaste de realizar. E agora, glorifica-me, Pai, junto de Ti, com a glória
que eu tinha junto de Ti antes que o mundo existisse Manifestei o Teu nome aos homens que do
mundo me deste. Eram teus e os deste a mim e eles guardaram tua palavra. Agora reconheceram que
tudo quanto me deste vem de Ti, porque as palavras que me deste eu as dei a eles...”

E foi preso para que se cumprissem as profecias, e para que seus ensinamentos pudessem ser
eternizados...Voltou ao 3º. dia como havia prometido e enviou o Consolador, como também havia
prometido. Cumpriu todas as suas promessas, realizou magnificamente tudo quanto ele próprio havia
planejado para a nossa redenção, e nos espera com seus braços misericordiosos durante séculos e séculos,
sempre nos encorajando a seguir. Se prestarmos atenção, podemos ouvi-lo ainda a dizer: Pai perdoa-os
pois não sabem o que fazem...(João 13-17).

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