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Apresentação
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autores, independentemente de quais meios forem utilizados (eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação
ou quaisquer outros).
Título original
“Dieta Carnívora: Como Consertar Sua Saúde, Aumentar Sua Energia E Viver Mais Feliz
Comendo Carne Todo Dia”
Autores
Guilherme Torres, Roney Fernandes e Jade Soller
E-mail: contato@senhortanquinho.com
Design e diagramação
Lucas Chaves — lucaschaves.com
Apesar de toda a dedicação e trabalho investidos neste e-book, incorreções podem ter ocorrido (como erros
de digitação ou problemas de compreensão). Neste caso, não hesite em entrar em contato conosco através
deste e-mail.
Os autores salientam que não têm nenhum vínculo com as pessoas, empresas e produtos citados, nem
assumem responsabilidade pelos resultados provenientes do uso desse material.
Toda e qualquer decisão tomada após a leitura desse e-book é de responsabilidade única e exclusiva do leitor.
No caso de condições de saúde preexistentes, consulte seu médico antes de tomar qualquer providência.
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Índice
Apresentação 1
Índice 2
Parte 1 - A Fundação 13
Parte 1 - A Fundação 17
Introdução 17
E as bebidas alcoólicas? 25
Passo 3 - Vá às compras 31
Passo 5 - Delicie-se 35
3
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Quem Come Dietas Pobres Em Carboidratos como Low carb E Cetogênica Precisa De
Proteína Extra? 84
4
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Eu Já Ouvi Dizer Que A Restrição Proteica Aumenta A Longevidade. Isso Não É Verdade?
89
Então Não Devo Temer Nem O Colesterol Nem A Gordura Saturada Da Carne? 98
Mas Então Devo Jogar No Lixo Minhas Fitinhas De Medição De Cetose? 122
Vocês Dizem Que Muitas Das Orientações Nutricionais Que Recebemos Não Têm Apoio
Na Ciência. Então De Onde Vieram As Diretrizes Alimentares? 136
5
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E Se Eu Fizer A Dieta Carnívora, Mas Não Quiser Manter Para A Vida Toda? Como
Reintroduzir Alimentos? 142
Mas Isso Não Faz Sentido! Como Alimentos Como O Brócolis Poderiam Fazer Mal A
Alguém? 145
Mas Alguém Já Testou Esta Dieta Para Ver Se Era Mesmo Uma Boa Ideia? 148
Bacana, Mas Não Temos Ensaios Clínicos Randomizados Sobre As Carnes? 150
Mas Na Dieta Carnívora, Não Posso Ficar Com Deficiência De Selênio? 151
Que Tipos De Sensibilidades Alimentares Não São Resolvidas Pela Dieta Cetogênica? 157
Se Eu Posso Fazer Uma Dieta Carnívora, Meu Cachorro Também Pode? 159
6
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3 — Comanches 185
5 — Inuítes 186
Preciso Comer Queijo E Outros Produtos Lácteos Para Ter Ossos Fortes E Saudáveis? 190
7
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Hormônios 227
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Motivo #3 — Você Não Vai Ter Problemas Com a Elasticidade da Pele 241
Como Reduzir A Gordura Da Alimentação — E Por Que Você Faria Isso 243
Perdi Peso Com a Dieta Carnívora. Como Faço Para Manter? 247
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Conforme você vai ver nas próximas páginas, os fundamentos da dieta carnívora são
relativamente simples — já que ela consiste em, basicamente, comer carnes e outros
produtos de origem animal.
No entanto, por trás desse véu de aparente simplicidade, existem várias minúcias e detalhes
que passam por todo o tipo de considerações: desde hipóteses sobre quantidades de
proteínas e gorduras, melhores fontes de cada nutriente, considerações evolutivas e
populacionais, o impacto desta estratégia na saúde etc.
Sabemos que se debruçar sobre estudos científicos e mergulhar na ciência com alto grau de
complexidade não é algo essencial para se ter sucesso na dieta carnívora, afinal de contas,
as ações que você toma têm grande precedência sobre o conhecimento que você obtém,
porém não põe em prática.
E, se por um lado, a nossa intenção jamais foi transformar este livro num “manual de
táticas” — isto é, um conjunto de regras para você seguir cegamente —, por outro lado,
também não queremos transformar esta obra num compêndio chato, capaz de ser lido
apenas por nutricionistas e pessoas com formação na área da saúde.
Buscando o equilíbrio entre esses dois extremos, chegamos a um formato que acreditamos
que pode ajudar você a conquistar os resultados que procura. E, de modo a colher os
melhores resultados, é importante que você saiba como utilizar este livro e consiga adequá-
lo às suas necessidades.
Conte com este livro como um guia prático para suas sanar suas dúvidas sobre a dieta
enquanto você aplica o conhecimento adquirido e colhe resultados reais na sua vida.
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Parte 1
A Fundação
Esta seção é propositalmente curta e com um viés bastante prático: ela serve como um guia
rápido da dieta carnívora.
Apenas lendo esta seção, você já deve conseguir começar a seguir a dieta carnívora e sentir
em seu corpo os efeitos positivos desta estratégia.
Nesta parte, explicamos os fundamentos da maneira mais simples possível — porém sem
deixar de lado os princípios que você tem de conhecer.
Ou seja, ao ler a primeira parte, você já estará apto(a) a começar a dieta carnívora
imediatamente e mesmo que ainda restem várias dúvidas, saiba que possivelmente serão
sanadas uma a uma na parte 2.
Parte 2
Todas As Suas Dúvidas Respondidas
Nesta parte, nós organizamos todas as principais dúvidas de iniciantes da dieta carnívora e
respondemos de maneira abrangente e objetiva.
Os questionamentos que você tiver durante a dieta, incluídos alguns que você jamais
sonhou em perguntar, estão respondidos nesta seção — num conveniente formato de
“perguntas e respostas”.
Alguns assuntos são mais densos e técnicos que outros — por isso, você pode se sentir à
vontade para pular qualquer pergunta que não te interessar no momento e voltar à ela
quando sua curiosidade aflorar — ou quando você genuinamente estiver com aquela
dúvida.
Dessa forma, você vai ter nesta seção do livro o suporte teórico tanto para resolver seus
questionamentos sobre o dia a dia da dieta carnívora, quanto para rebater críticas sem
fundamento que talvez você encontre no seu novo dia a dia carnívoro.
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Parte 3
Ensaios E Considerações
Nesta parte final, aprofundamos alguns tópicos relativos à dieta carnívora na forma de
pequenos ensaios.
Eles estão dispostos de modo a fomentar seu interesse e manter seu engajamento nesta
filosofia alimentar e contemplam desde fundamentações evolutivas até populares questões
de saúde.
Via de regra, a leitura desta seção pode ser feita de maneira mais gradual, com o intuito de
entreter e manter os tópicos de saúde presentes em sua mente.
Justamente por isso, você pode se beneficiar de seguir nossos perfis no Instagram
(@jade.soller e @senhortanquinho) — de modo a incorporar a leitura de conteúdos
educativos em sua rotina diária.
Parte 4 (Bônus)
Materiais Complementares
Estes são recursos adicionais que enriquecem sua experiência com o livro principal e
facilitam sua transição ao estilo alimentar carnívoro.
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● Livro de receitas carnívoro (você não precisa de receitas na dieta carnívora, mas
pode ser que queira experimentar algumas preparações. Estas aqui são totalmente
liberadas);
● Tabela de nutrientes e suas fontes na dieta carnívora (para imprimir e mostrar para
aquele parente chato que vai te importunar sobre a dieta).
Com todas essas seções, acreditamos que existem algumas maneiras principais de usar o
livro.
● Maneira expressa (para quem está com pressa): Leia a parte 1, e vá direto para os
materiais bônus (cardápios e lista de compras). Leia o restante do livro conforme
surgirem as dúvidas, ou um pouco por dia;
● Maneira educativa (para quem quer entender mais sobre a carnívora): Leia a parte
1, vá para a parte 3 (leia um ou dois ensaios por dia, e leia a parte 2 conforme as
dúvidas forem surgindo);
● Maneira completa (para nerds que gostam de ler tudo do começo ao fim):
simplesmente leia tudo na ordem.
Sendo que estas são apenas algumas ideias e sugestões: você pode se sentir livre para usar
o material da maneira que desejar.
Mesmo assim, fizemos nosso melhor para que a leitura sequencial do livro fosse uma
experiência agradável e enriquecedora (e esperamos que essa seja a sua percepção
também).
O mais importante é que você utilize o livro para atingir os seus objetivos, porque é uma
ferramenta — uma espécie de passaporte — rumo à saúde e à boa forma.
Da nossa parte, estamos na torcida para que você assuma o controle da sua saúde, colha
muitos resultados e possa inspirar as pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo.
Forte abraço,
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Parte 1
A Fundação
Nesta parte, vamos oferecer um guia “direto ao ponto” para a carnívora. Se você for ler
apenas uma parte do livro, tem que ser esta!
Introdução
Toda vez que se encontrar do lado da maioria, é hora de parar e refletir.
— Mark Twain
Ao longo das últimas décadas, o mundo viu surgir uma epidemia de obesidade e
comorbidades associadas (como diabetes tipo 2, hipertensão e muito mais).
Tendências em sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida entre adultos entre 20-74 anos
Estados Unidos, 1960-2008
Tal como proposto, ao longo dos anos o consumo de carboidratos foi aumentando e
atualmente ingerimos em média cerca de 500 kcal a mais por dia do que nos anos 1970 —
sendo que a maior parte delas provêm de carboidratos processados e de óleos vegetais
refinados, ambos péssimos para a nossa saúde.
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Na verdade, entre as gorduras existentes, as dos óleos vegetais são algumas das piores
possíveis e vamos entrar em um pouco mais de detalhes sobre quais são as boas fontes de
gordura ao longo do livro.
O que você precisa entender agora é o seguinte: o modo como a sociedade se alimenta hoje
em dia é totalmente doentio.
E qual tem sido a resposta de muitas pessoas a esse modo alimentar? Condenar a carne
(especialmente a carne vermelha) e perseguir ideais como vegetarianismo e veganismo
como sendo as efetivas soluções para a saúde mundial.
Curiosamente, essas duas filosofias são permissivas com os exatos “produtos alimentares”
que trazem malefícios à saúde: soja, milho, trigo, açúcar refinado e óleos vegetais.
Basicamente a saúde global já está em declínio — e as filosofias que incentivam uma dieta
isenta de alimentos de origem animal só estão jogando mais combustível no fogo.
Mas não é isso o que vemos. Muito pelo contrário: vemos pessoas colocando condições
autoimunes em remissão, consertando sua saúde, perdendo peso e atingindo a melhor
forma de suas vidas.
São essas duas perguntas que vamos responder à exaustão neste livro.
Então venha com a gente e vamos aprender mais sobre esse estilo alimentar, tão novo e tão
ancestral ao mesmo tempo.
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Isso porque nela removemos os compostos que tendem a causar ou agravar boa parte das
condições de saúde, ao passo em que mantemos os alimentos que fizeram parte de
virtualmente todos os povos tradicionais do planeta: ovos, queijos, peixes, aves, vísceras e
carne.
Destacamos que muitas dessas populações tinham a base de sua alimentação nos produtos
de origem animal, sendo que o mesmo se deu com os nossos ancestrais em termos
evolutivos.
E é importante lembrar que, quando falamos em “nosso passado evolutivo”, não é como se
nossos ancestrais tivessem espaço para muita escolha, pois não estavam passeando pelos
corredores de um supermercado e optando pelos produtos que lhes agradavam mais.
Em vez disso, eram sujeitos ao que conseguiam encontrar, e por isso não tinham problema
algum em suplementar sua dieta com frutas e vegetais, sujeitos ao clima e à disponibilidade
de alimentos acima de tudo.
Justamente por isso, em alguns locais e épocas da história (como durante os períodos
glaciais), é provável que os seres humanos subsistissem exclusivamente de carne.
Isto é, a dieta carnívora não é invenção moderna. Por outro lado e apenas como
contraponto, a dieta vegana sim é uma invenção moderna e artificial, pois não existe
registro de nenhuma civilização humana que tenha sobrevivido sem alimentos de origem
animal.
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A dieta carnívora nada mais é do que um retorno a um estilo alimentar que moldou boa
parte da nossa evolução e que — conforme você vai ler ao longo deste livro — pode trazer
incríveis benefícios como perda de peso, mais saúde e satisfação geral com a vida.
Além disso, por se tratar de uma “dieta de eliminação”, também pode ser útil para tratar
alguns problemas de saúde específicos (com acompanhamento médico, é claro).
E é por tudo isso que a dieta carnívora está sendo adotada por um número cada vez mais
expressivo de pessoas, que muitas vezes são chamadas de loucas e confrontadas
diariamente com questionamentos sobre:
● doenças cardíacas;
● deficiências nutricionais;
● funcionamento do intestino (idas ao banheiro);
E assim, ao finalizar a leitura, você saberá mais sobre a dieta carnívora do que 99% das
pessoas.
E, mais ainda, saberá como aproveitar os ensinamentos deste estilo de vida para elevar o
nível da sua alimentação e da sua saúde.
Mesmo se você decidir não se tornar 100% carnívoro, você ainda vai colher lições valiosas e
aprender muito sobre o funcionamento do seu corpo.
Tudo isso é muito empolgante, mas para não colocar a carroça na frente dos bois, é preciso
entender as regras básicas da dieta carnívora.
A dieta Carnívora é um estilo de vida, não uma dieta temporária de solução rápida. Se você
está realmente preocupado em ser o mais saudável possível, precisa tornar esse um estilo
de vida, aproveitar a jornada e ser paciente.
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Existem muitos motivos pelos quais alguém poderia se interessar pela abordagem carnívora.
É comum, num primeiro momento, pensar em dieta carnívora para perda de peso (como
costuma acontecer com todo tipo de dieta) e a carnívora realmente é uma abordagem
muito eficaz para o emagrecimento.
Porém, não é só como ferramenta de queima de gordura corporal que ela se mostra
extremamente eficiente.
Na verdade, a dieta carnívora pode trazer diversos benefícios para seus praticantes,
incluindo a melhora de muitos problemas de saúde, como os relacionados com a síndrome
metabólica, além de alergias, acnes, dermatite, psoríase e outros.
A dieta carnívora também tem se tornado conhecida como opção eficaz para tratar e/ou
solucionar problemas como:
● depressão;
● bipolaridade;
● autismo;
● epilepsia;
● pressão alta;
● distúrbios gastrointestinais;
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Uma possível explicação diz respeito à redução de inflamação crônica, que pode
desencadear ou agravar quadros como estes.
Esta estratégia alimentar tem inclusive se mostrado eficaz para melhoria do bem-estar
mental, redução de desejos por doces e sobremesas, tratamento de quadros de compulsão,
diminuição dos triglicerídeos e aumento do HDL, diminuição da glicemia e eliminação de
problemas digestivos.
Também não podemos nos esquecer dos que testam a dieta pela questão da praticidade,
bem como pelo fato de não gostarem de consumir vegetais, frutas e oleaginosas — ou de
apresentarem problemas (de mal-estar e gases a outros mais graves) quando os consomem.
A dieta carnívora também pode ser considerada como mais uma opção de dieta de
eliminação para aqueles que, em virtude dos FODMAPs, precisam remover determinados
tipos de alimentos que causam desconfortos gastrointestinais.
Desta forma, esta não é uma dieta que você necessariamente precisa seguir ao longo de
toda a sua vida. Todavia, ela certamente é uma estratégia que merece ser testada por um
período, se você julgar que pode obter benefícios com ela.
E você pode quando e se achar conveniente ir reintroduzindo aos poucos outros alimentos
— de maneira a observar como o seu corpo reage.
Ou seja: essa estratégia pode ser adotada por diversos motivos e vale a pena ser
experimentada. Seguir a carnívora por 30 dias não vai te fazer mal e pode te fazer mais bem
do que você imagina.
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Quando contamos essa simples regra, muitas dúvidas costumam surgir, incluindo:
● Quais carnes?
● Posso comer peixes?
● Posso comer ovos?
● Posso tomar chás / cafés?
● Como posso temperar as carnes?
● Não posso tomar uma cervejinha?
Entre outras.
E pode ficar tranquilo, porque todas elas serão sanadas neste livro.
Mas reforçamos aqui a ideia de “coma carnes, beba água” porque ela realmente é o cerne
desta estratégia alimentar.
Tendo dito isso, a estratégia carnívora também permite o consumo de diversos produtos de
origem animal.
Isso inclui:
Essa curta lista deve responder a maior parte de suas dúvidas sobre os alimentos, sendo que
vamos falar de alguns pontos sutis e traçar algumas observações mais à frente neste livro.
Mas saiba que esta base deve corresponder à quase totalidade dos casos.
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Se você tiver dúvidas sobre algum alimento ou bebida que não esteja listado acima, existem
duas possíveis ações que podem ser adotadas.
2. Se ainda assim você acredita que determinado alimento está dentro da carnívora,
mas não está citado acima, mande um email para contato@senhortanquinho.com.
Responderemos e não temos problema algum na correção e atualização do material
se necessário.
De maneira resumida, você pode beber água — afinal, foi assim que evoluímos: bebendo
água.
Deixando claro que sede se mata com água, ainda assim vamos endereçar agora algumas
das principais bebidas que são foco de curiosidade.
Para algumas pessoas, pode fazer diferença experimentar um período sem elas, mas não
recomendamos que você faça isso nos primeiros 30 dias de dieta.
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Em vez disso, opte por fazer uma mudança (ou “experimento”) por vez — assim você tem
mais chances de ter sucesso em todas as suas empreitadas e ainda vai conseguir isolar as
variáveis de maneira mais inteligente.
Isto é, vai conseguir determinar de maneira mais precisa se as alterações na maneira que
você se sente, no seu sono e etc, são provocadas pela mudança alimentar ou pela retirada
de bebidas além da água.
Vamos falar dos benefícios do caldo de ossos mais à frente. Por ora, basta saber que é um
alimento ancestral, rico em bons minerais, e que está liberado na dieta carnívora.
E as bebidas alcoólicas?
Sabíamos que essa pergunta ia surgir.
Então vamos lá: O álcool é antes de tudo uma toxina e é tratado pelo corpo humano como
um veneno. Ele danifica suas células — especialmente as células do estômago, as células do
fígado e as células nervosas.
O consumo de álcool tem sido associado com pressão alta, acidente vascular cerebral,
doença hepática, muitos tipos de câncer, cardiomiopatia (disfunção muscular do coração) e
outros problemas de saúde.
Se você não bebe muito e não tem motivos médicos significativos para não beber, mas
gosta de beber álcool de vez em quando, tudo bem.
Mas tenha sempre em mente que é uma decisão pessoal e que cabe somente a você avaliar
os riscos e benefícios que o ato de beber pode trazer.
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No entanto, se você está bebendo álcool porque acredita que tem benefícios medicinais e é
bom para o seu coração, aí talvez seja melhor reavaliar seus objetivos — e nós não podemos
recomendar a bebida como medida de saúde.
É completamente possível ser feliz, saudável, se divertir e manter a boa forma sem o
consumo de álcool.
Sendo assim, vamos concluir esta questão com a seguinte mentalidade: nossos leitores são
adultos saudáveis, que querem consumir álcool de maneira responsável e inteligente, da
forma que faça menos mal para a saúde.
E o fato é que, numa dieta carnívora, você vai optar pelas bebidas com menos carboidratos
(e menos ingredientes adicionados).
● vinhos secos;
● whisky;
● vodka;
● cachaça;
● gin;
● tequila;
● e outros destilados.
Obviamente que você deve evitar misturar essas opções à bebidas cheias de açúcares, como
energéticos, refrigerantes ou sucos de frutas.
Também é inteligente evitar as cervejas, pois estão cheias de carboidratos e, para piorar,
ainda são feitas a partir de grãos, o que pode trazer ainda mais problemas para muitas
pessoas.
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E um aviso da “voz da experiência”: você provavelmente vai ficar muito mais sensível ao
álcool em uma dieta baixa em carboidratos.
Ou seja, a tendência é que você fique "alegre" mais rapidamente, por isso tenha cuidado
pois sua tolerância pode não ser a mesma — vá com calma.
Além disso, um outro detalhe é o fato de que algumas pessoas, após o consumo de uma
quantidade significativa de doses, tendem a tomar decisões alimentares não muito
favoráveis ao seu objetivo.
O álcool estimula o apetite e desinibe o comportamento, e é por isso que você se vê diante
de uma cesta vazia de batatas fritas depois de algumas bebidas. Portanto, se for beber,
sugerimos cautela.
Porque uma taça de vinho para acompanhar seu bife Angus numa ocasião especial pode
combinar muito bem, mas nem precisamos te contar que tomar muito álcool não é ideal
para sua saúde — nem na dieta carnívora, nem em nenhuma outra.
Outra coisa, se você está querendo perder peso, o álcool não é uma boa escolha.
Como o álcool é tóxico, evita a queima de qualquer outro combustível (glicose e gordura são
nossos outros combustíveis) enquanto ainda temos álcool no sangue para queimar.
Até agora, você já entendeu a base da dieta: coma carne, beba água. Não é tão difícil, certo?
Então agora você talvez esteja pensando “por que alguém faria isso?”
Até o momento, explicamos alguns bons motivos de por que você poderia querer seguir a
dieta carnívora.
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E vimos superficialmente o que entra e o que não entra nesta estratégia alimentar.
Sabemos que você provavelmente ainda deve estar com muitas dúvidas — e tudo bem,
porque vamos dedicar seções inteiras deste livro para sanar todas.
Todavia, se você está tão empolgado quando nós estamos neste momento, talvez esteja
querendo começar o quanto antes.
Por isso, vamos começar com um rápido passo a passo de como iniciar sua dieta carnívora
com sucesso, com 5 passos necessários — e vamos expandir um pouco sobre cada um deles
para que você já comece a dieta carnívora com o pé direito.
Passo 1
Limpe a despensa
Se você quer algo novo, você precisa parar de fazer algo velho.
— Peter Drucker
Isto é: se livrar dos alimentos que são contrários ao estilo de vida que você pretende seguir.
Você pode jogá-los fora ou, melhor ainda, doá-los.
A Jade, co-autora deste livro, conta que doou as compras de mercado que havia acabado de
fazer quando transformou sua alimentação.
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Já o Guilherme, logo antes de testar a dieta carnívora, comeu os poucos vegetais que tinha
em casa (ele já seguia uma dieta cetogênica) ao longo de 1 ou 2 dias e depois começou a
carnívora 100%.
Uma coisa é fato: grande parte do sucesso da sua dieta vai ser determinado por suas
compras (ou, como gostamos de dizer: “a dieta começa no mercado”).
Inclusive é por isso que fornecemos um exemplo de lista de compras nos materiais
suplementares, porque sabemos que errar neste ponto pode ser o que separa muita gente
do sucesso e do fracasso.
Eliminar alimentos que não estejam alinhados com a sua nova estratégia alimentar é uma
medida inteligente e o passo #1 para começar a dieta, pois ter na sua casa comidas “não
alinhadas com seus objetivos” vai tornar a sua adaptação muito mais difícil, já que pode ser
que você fique se lembrando (talvez até mesmo de maneira subconsciente) que aqueles
alimentos estão ali, ao seu alcance.
Se você mora com outras pessoas, garanta que elas te apoiem na sua iniciativa, e que você
dispõe de “matérias-primas” suficientes para fazer suas refeições.
Então, nossa dica é: opte por mudar o seu ambiente para aumentar suas chances de ter
sucesso na dieta e ir ao mercado (ou, melhor ainda, ao açougue) comprar novos alimentos.
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Passo 2
Planeje suas refeições
A falta de tempo é, na realidade, falta de prioridades.
— Tim Ferris
Este passo não é algo necessário para a manutenção da dieta carnívora a longo prazo.
Pois, após algum tempo seguindo esta estratégia, você pode simplesmente ir ao açougue e
comprar as carnes que mais lhe apetecerem (e/ou as que estiverem em promoção).
Todavia, como está começando agora, você não vai querer pular etapas.
Por isso, pode ser relevante pensar em um “cardápio” para seguir — de modo que você se
lembre de:
Não esqueça que fornecemos um cardápio exemplo nos materiais bônus — mas você não
deve ser sentir preso(a) a ele.
Nós apenas usamos um cardápio que nós mesmos gostaríamos de seguir e nele fizemos
questão de incluir:
● órgãos e vísceras;
● peixes e frutos do mar;
● ovos;
● laticínios (em menor escala).
Se você não lida bem com laticínios, por exemplo, pode removê-los sem nenhum problema.
A ideia deste cardápio é justamente mostrar combinações de alimentos que gostamos e que
são permitidos na dieta carnívora.
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Passo 3
Vá às compras
A parte mais difícil é a decisão de agir — o resto é apenas tenacidade.
— Amelia Earhart
Mas não precisa comer tudo, pois na verdade você deve sempre usar a saciedade como
guia.
Esta é apenas uma estimativa para você fazer suas primeiras compras.
Podendo, por exemplo, manter parte das carnes congeladas, ou mesmo guardar o restante
de suas refeições para o dia seguinte.
Dessa forma, você não corre nem o risco de ficar sem comida no meio da semana, nem o de
perder os alimentos que comprou.
Você pode planejar 1kg de carne ao dia e comprar queijos e ovos (produtos menos
perecíveis) para deixar à mão caso a fome apareça.
Uma observação interessante é que a “lista de compras exemplo” que fornecemos como
material complementar é baseada justamente no “cardápio exemplo”.
Portanto, se você resolver usar outro cardápio, lembre-se de atualizar sua lista de compras.
Dica: comprar carnes congeladas é excelente por você ter mais opções de variar o cardápio
e as quantidades ao longo dos dias.
E, apesar de não ser a base da sua dieta, nós também julgamos muito prático comprar
ocasionalmente:
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Basta fazer um levantamento de quanto era o gasto mensal médio em todas as compras
relacionadas à alimentação (incluindo bebidas, suplementos, etc.), e comparar com o gasto
atual — após a adoção da carnívora.
A maioria das pessoas relata estar poupando dinheiro quando migra para esta dieta.
Outra coisa, se você estiver tomando medicamentos e tiver prescrição para uma porção
deles, veja qual o impacto que geram no seu orçamento.
Finalmente, quanto vale viver saudável, sentir-se bem, eliminar doenças e ficar magro sem
passar fome? Nós diríamos que não tem preço.
Passo 4
Saiba o que medir
Quebre as regras, mas não quebre a régua.
— Juahrez Alves
É extremamente difícil saber se você está tendo resultados, se você não souber como medi-
los.
No final das contas, a verdade é que nós estamos seguindo a carnívora porque queremos
algum tipo de resultado.
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● eliminar gordura;
● ganhar massa muscular;
● controlar o diabetes (com supervisão médica);
● ver se é de fato uma dieta mais prática; ou simplesmente
● fazer um experimento com o próprio corpo.
Como são 5 objetivos distintos, exigem métricas distintas. Por isso, em todos eles, nós
temos de saber como medir os resultados. Isto é: você tem de saber o que acompanhar para
saber se está tendo sucesso.
O caso mais comum é de pessoas que querem emagrecer. Se você busca emagrecer, o que
está buscando é diminuir sua quantidade de gordura corporal. E existem várias formas de
fazer isso.
No entanto, pode não ser prático fazer exames tipo DEXA-scan ou pesagem hidrostática a
cada pouco tempo. Por isso, para a maioria das pessoas faz mais sentido acompanhar
algumas variáveis como o peso e as medidas corporais.
Você também pode tirar fotos e fazer montagens no estilo “antes e depois”, para ter uma
comparação visual, até porque você provavelmente se olha no espelho todos os dias —
então não vê as mudanças graduais que acontecem.
Porém, se você tirar e observar fotos separadas por algumas semanas ou meses, vai poder
observar uma grande diferença.
Além das fotos, uma outra forma de perceber os resultados é nas roupas. Se suas roupas
estão ficando largas, então isso é sinal de que você está emagrecendo — afinal suas roupas
não mudam de tamanho.
Uma outra forma é ir reparando nos elogios das pessoas. Conforme você for emagrecendo,
vai notar as pessoas falando frases como: “Nossa, como você emagreceu! O que você está
fazendo?"
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E olha só que curioso: muitas vezes são as mesmas pessoas que criticaram quando você
apareceu fazendo “aquela dieta maluca que consiste em comer só carne”.
As medidas (fotos, espelho, roupas, peso) também podem ser úteis na busca de massa
muscular — assim como o progresso nos treinos.
No caso de diabetes, alguns marcadores úteis são a glicemia em jejum, o indicador HOMA-
IR, a hemoglobina glicada e, em alguns casos, frutosamina. É importante que você fale com
seu médico para avaliar seu caso específico.
No caso de apenas desejar “uma dieta mais prática”, pode ser útil ver quanto tempo você
passa planejando, cozinhando e comendo suas refeições — bem como o tempo de limpeza
após tê-las realizado.
Nosso conselho sobre a dieta dos carnívoros é o mesmo para qualquer outra mudança na
dieta: ouça seu corpo.
E, justamente para documentar como se sente dia após dia (energia, humor, sono, libido,
etc), pode ser muito interessante você fazer um "journal", que é um diário.
Nele você pode escrever dia a dia como se sente e o que comeu — ou até mesmo criar um
perfil no Instagram para postar fotos dos pratos e deixar lá salvo seu resumo do
experimento carnívoro.
Em suma, é interessante ter alguma métrica para acompanhar (ou algo para revisar, mesmo
que seja um marcador subjetivo do tipo “como estou me sentindo”).
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Passo 5
Delicie-se
Quando você se apaixona pelo processo e não pelo resultado, não precisa
esperar para se dar ao luxo de ser feliz.
— James Clear
É isso! Agora que você já entendeu o que tem de fazer, comprou os alimentos necessários, e
sabe o que tem de acompanhar, falta só seguir a dieta em si.
Nós preparamos um cardápio exemplo para duas semanas (para te ajudar a se organizar.
Neste cardápio, levamos em conta todos os princípios de uma dieta carnívora bem
formulada, incluindo:
E até mesmo colocamos alguns laticínios (como queijos) para consumo ocasional — se você
lidar bem com eles, é claro.
Seguir o cardápio não é obrigatório, pois a função dele é servir como ideia e inspiração para
você organizar e montar seus pratos e refeições.
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Mas note que a ideia da carnívora não é ficar comendo receitinhas e sim reformular sua
relação com o alimento.
De maneira objetiva, a maioria das pessoas segue uma regra simples na dieta carnívora.
Isso possivelmente pode significar que, no começo da dieta, você talvez acabe por comer
“um pouco demais”.
No entanto, isso dura apenas os primeiros dias e logo seu corpo se ajusta, pois comida não
processada e rica em proteínas e nutrientes fornece grandes sinais de saciedade — que
farão com que seu organismo se ajuste rapidamente a esta nova realidade.
Inclusive pode acontecer de ganhar um pouco de peso nos primeiros dias, especialmente se
seu corpo sentir que você o estava “privado” de nutrientes.
Afinal de contas, ele agora vai ter uma grande oferta de alimentos altamente nutritivos:
aqueles de origem animal, especialmente as carnes.
No entanto, saiba que isso não é motivo para se preocupar. Pois, após alguns breves dias de
alimentação carnívora, seu apetite tende a se ajustar.
É altamente improvável “exagerar nas carnes” por meses a fio, pois os alimentos de
origem animal que compõem este estilo alimentar fornecem sinais de saciedade poderosos,
que vão ajudar a regular seu organismo e te auxiliar a eliminar o excesso de peso.
Aliás, falando sobre a saciedade: você vai perceber também que fica mais saciado com suas
refeições e por mais tempo.
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Quando isso acontecer, saiba que você não precisa comer de novo se não tiver fome.
Boa parte dos carnívoros faz de 1 a 4 refeições por dia — com 2 ou 3 sendo os números mais
comuns, geralmente distribuídos em (i) café da manhã e almoço, (ii) almoço e jantar, ou (iii)
café da manhã, almoço e jantar.
Mas saiba que estamos te contando isso para você ter uma noção do que outras pessoas
fazem e não porque esta é uma regra universal.
De maneira geral, o mais importante é comer até ficar saciado(a) e descobrir sua frequência
alimentar ideal aprendendo a ouvir o próprio corpo: por exemplo, se você sempre tem
muita fome à noite (ou de manhã) pode não fazer sentido pular essa refeição.
Assim como, se o jantar em família é algo importante para você (ou almoços de negócio, ou
qualquer outra ocasião que seja), pode não fazer sentido se martirizar e evitar comer nesses
horários.
Sendo assim, experimente com os horários. Encorajamos que você faça experimentos
diversos — levando em conta sua rotina, os horários em que tem mais apetite, os horários
mais convenientes e as suas preferências pessoais.
Lembre-se que você já está fazendo uma grande mudança no que você come — e ela é a
mais importante. Então os horários que te permitam ter maior adesão à dieta carnívora
serão os melhores.
Isso vai na contramão de muito do que a “nutrição ortodoxa” diz: ela se preocupa
excessivamente com horários e quantidades, e minimiza a importância da qualidade dos
alimentos.
Justamente pela alimentação carnívora ser tão distinta do que fomos acostumados a ouvir
por anos a fio, é bastante provável que sua cabeça esteja cheia de dúvidas e pontos de
interrogação neste exato momento, como por exemplo:
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E é para te ajudar a vencer os medos irracionais tão amplamente propagados por aí que nós
vamos endereçar TODAS essas questões e muitas outras nas páginas a seguir.
Você pode ler as perguntas conforme desejar (conforme sua curiosidade ou suas dúvidas
surgirem) ou na ordem em que elas foram organizadas — vai da sua preferência.
Mas quisemos ressaltar a base histórica, evolutiva, os motivos para fazer, o cardápio e “lista
de compras” carnívoras logo no começo por um motivo simples: porque você só vai ter
resultados se SEGUIR a dieta.
Encare como uma saudável e excitante aventura — na qual nós seremos seus
companheiros. E este guia será o “mapa do tesouro”.
Vamos explorar!
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Lógico que sugerimos que você não pense em se alimentar de animais como cães e gatos,
pois a tradição e o costume fizeram com que fossem elevados ao status de animais
domésticos, criados para a nossa companhia.
No entanto, você poderá consumir uma variedade enorme de alimentos, tais como: carne
bovina, carne de porco, cordeiro, cabra, carne de veado, frango, peru, ganso, pato, coelho,
javali, carnes curadas, carne de órgãos, peixes, marisco, ovos inteiros, laticínios com alto
teor de gordura (se tolerados), caldo de ossos e gorduras animais como banha, sebo,
manteiga, manteiga ghee.
Apesar do leite e do mel serem alimentos de origem animal, a dieta carnívora é por princípio
uma dieta baixa ou zerada em carboidratos, motivo pelo qual geralmente exclui laticínios
ricos em carboidratos como o leite.
O mesmo vale para o mel, já que a cada 100 gramas deste alimento, temos 82 gramas de
carboidratos.
Você já entendeu o que comer, mas pode estar com dúvidas sobre o quanto comer.
Ainda mais considerando que sempre ouvimos, inclusive da boca de profissionais, frases
como:
Mas não se preocupe, pois essas e outras informações equivocadas e prejudiciais à nossa
saúde serão abordadas no decorrer no livro.
O que você precisa saber agora é que na variação mais comumente praticada da dieta
carnívora, o alimento é consumido conforme a fome.
Ou seja, a comida nunca é limitada, você sempre pode comer até estar plenamente saciado
e depois não comer nada até realmente até sentir fome de novo.
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Se você pensa que está com fome, mas não tem vontade em comer mais carne ou ovos, por
exemplo, então você não está verdadeiramente com fome, mas sim com vontade de comer.
Resumidamente, coma quando estiver com fome e não coma quando não estiver com fome.
Isso coloca você de volta em contato com o seu corpo e evita que precise contar calorias ou
macros, ou mesmo que fique faminto como muitas vezes ocorre em outras dietas para
perda de peso.
E antes mesmo que você pergunte "mas o que posso comer de lanche?", vamos pedir que
tente esquecer os petiscos, já que a sua fome será diferente e menos frequente em uma
dieta carnívora.
De toda forma, para ocasiões isoladas, temos como boas opções de lanches comidas como
queijos, ovos, ovos de codorna, torresmos, embutidos (de preferência os artesanais).
Com relação às bebidas, o ideal é que você se hidrate com água. As demais bebidas podem
fazer parte da dieta carnívora de acordo com a sua preferência e tolerância. Alguns adeptos
da dieta carnívora relatam tolerar muito bem o consumo de café, chás e bebidas alcóolicas
de baixo teor de carboidratos.
Se estiver na dúvidas sobre consumir ou não alguns alimentos e bebidas permitidas na dieta
carnívora, sugerimos que você siga um protocolo de eliminação por um tempo e veja se
nota alguma diferença.
Para muitas pessoas o consumo de ovos, queijos, temperos, bebidas além da água podem
ser problemáticos, sendo necessários ajustes na dieta para que ela seja adequada à sua
individualidade.
Lembramos que, como este é um novo estilo alimentar, diferente da forma com a qual você
se alimentou durante a vida toda, haverá um período de adaptação. Esse período costuma
levar de uma semana até alguns meses.
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A adaptação costuma ser mais rápida para aqueles que já seguiam dietas de baixo
carboidrato, como low carb e cetogênica, e pode ser mais desafiadora para os que vieram
de dietas ricas de carboidratos refinados e/ou até mesmo dietas vegetarianas e veganas.
Ao passar pela fase de adaptação, tenha paciência e não coma pouco propositalmente. A
razão pela qual muitas pessoas sofrem desnecessariamente é pelo fato de comerem muito
pouco ao iniciarem a dieta carnívora.
No decorrer do livro o que você verá é que a dieta carnívora não é uma somente uma
"dieta", mas sim uma forma de possibilitar o alinhamento alimentar entre as nossas
necessidades biológicas e o nosso passado evolutivo, criando uma vantagem metabólica
para que tenhamos corpos fortes, esbeltos, saúde mental e para que haja cura e prevenção
de doenças.
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Parte 2
Todas As Suas Dúvidas Respondidas
O que você sabe não pode te machucar.
— Nassim Nicholas Taleb
Por isso, provavelmente todas as dúvidas que você tiver (e até várias que você talvez nem
pensaria em perguntar) estão contidas aqui.
Todavia, se você tiver alguma pergunta que não ficar esclarecida após a leitura deste livro,
sinta-se livre para nos mandar um email: contato@senhortanquinho.com
Mas achamos que só esta leitura já vai te dar material suficiente para seguir a dieta
carnívora sem medo de ser feliz ou de fazer alguma bobagem.
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E isso faz todo o sentido: porque, durante a maior parte da história da humanidade, esses
teriam sido os únicos alimentos disponíveis em praticamente todos os lugares do planeta,
em todas as estações.
Inclusive, abaixo vamos listar algumas vitaminas e minerais essenciais, e explicar como obtê-
los na dieta carnívora. Vale observar que 4 deles não existem em alimentos de origem
vegetal.
(Sendo que você encontra esta mesma informação formatada e editada na Tabela De
Nutrientes Da Dieta Carnívora, que vem como bônus.)
Vitaminas B1, B2, B3, B6: os alimentos de origem animal são fontes superiores;
Vitamina C: os alimentos de origem animal são fontes superiores. Recebemos tanto esta
pergunta que vamos abordar com mais detalhe a questão da vitamina C no contexto de uma
dieta carnívora;
Vitamina K2: não encontrada em alimentos de origem vegetal, exceto em alguns produtos
fermentados;
Ferro: o ferro heme (fonte animal) é pelo menos três vezes mais biodisponível que o ferro
não-heme (fonte de origem vegetal). A maioria dos componentes das plantas interferem na
absorção do ferro não-heme;
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Zinco: os alimentos de origem animal são fontes superiores. Algumas plantas contêm
componentes que interferem na absorção do zinco;
ALA: tanto alimentos de origem vegetal quanto alimentos de origem animal são fontes
desses ácidos graxos. Aproximadamente 5% ou menos de ALA pode ser convertido para
EPA. A conversão de ALA para DHA é ainda menor;
EPA e DHA: não são encontrados em alimentos de origem vegetal, exceto em algumas
microalgas, e algumas gramíneas (que humanos não conseguem digerir). As melhores fontes
de EPA e DHA são peixes selvagens, carne e ovos.
A carne é extremamente rica em muitos nutrientes e aqueles que são mais difíceis de obter
com a carne vermelha provavelmente serão necessários em quantidades mais baixas do que
geralmente se pensa.
Inclusive, os nutrientes encontrados na carne são muito mais biodisponíveis (mais fáceis
para o seu corpo quebrar e absorver ) do que quando presentes em vegetais.
Além disso, não há nutrientes únicos em plantas que não podemos obter dos animais.
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A maior falha é que foram desenvolvidas com base em pesquisas e testes usando a dieta
ocidental, sem levar em consideração as interações dos nutrientes entre si e com o corpo.
Portanto, os valores de RDAs não são relevantes para nenhuma dieta baixa em carboidratos,
já que quando você altera quais vias metabólicas são mais proeminentes, você altera suas
necessidades nutricionais.
O que isso significa é que, ao seguir uma dieta carnívora bem feita, você vai obter uma
mudança completa no seu metabolismo.
Desse modo, em muitos casos as RDAs estabelecidas têm pouca influência no contexto de
uma dieta carnívora.
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necessita de uma maior ingestão dos nutrientes de modo a obter uma quantidade
biodisponível superior.
Tomar comprimidos de vitamina C e comer muitas frutas ou legumes por si só não nos
protegerá de câncer, doenças cardiovasculares ou morte prematura.
Os povos que vivem acima do Círculo Polar Ártico não consomem nenhuma planta durante
a maior parte do ano e nem por isso apresentam sintomas de deficiência de vitamina C.
Além disso, seus indicadores de saúde são muito melhores do que os das dietas ocidentais.
Na prática, significa que quanto mais carboidratos ingerimos e quanto maior o nível de
açúcar no sangue, menor a vitamina C será absorvida e utilizada no organismo.
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Isso também significa que não é apenas a quantidade de vitamina C que consumimos que
importa, mas também o ambiente alimentar (isto é, o contexto alimentar como um todo).
Ainda, a tabela do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, muito utilizada
para extrair valores de nutrientes) para a vitamina C na carne está completamente
equivocada, pois o USDA assume que a carne bovina, suína e medula óssea não possuem
vitamina C — mas isso não é verdadeiro.
Medições mostram que existe uma pequena quantidade dessa vitamina na carne — e que já
seja suficiente para pessoas que não comem carboidratos em excesso (ou praticamente
nenhum).
Isso acontece justamente porque, conforme dissemos, a glicose compete com a vitamina C
pela captação nas células: o que significa que um nível mais baixo de açúcar no sangue
aumenta a disponibilidade de qualquer vitamina C.
Tanto é verdade que não vemos consequências negativas para a saúde da menor ingestão
de vitamina C em pessoas que seguem a dieta carnívora.
Então, se sua ingestão de carboidratos é alta, você terá que aumentar sua ingestão de
alimentos contendo vitamina C para assim obter vitamina C suficiente, mas isso só vai
acontecer devido às elevadas quantidades de açúcar que você estaria comendo.
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Nós sabemos que existem pessoas seguindo uma dieta carnívora há anos e elas não estão
sofrendo de escorbuto. Assim como também não há taxas de osteoporose ou osteopenia
entre os carnívoros de longo prazo que consomem pouco ou nenhum laticínio.
Como já dito acima, é possível que a adoção de uma dieta exclusivamente carnívora mude
os requisitos para certos nutrientes.
Se isso já é conhecido por ser verdadeiro para a vitamina C, que está presente
predominantemente em alimentos vegetais (em animais: nas ovas de peixe, carnes e
vísceras como fígado, rim e pâncreas), pode ser verdade para outros micronutrientes
também.
O corpo humano precisa de uma quantidade tão pequena de vitamina C que é bem fácil
supri-la.
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Se você tiver um pouco de carne fresca em sua dieta todos os dias e não cozinhá-la em
excesso (cozinhar em excesso destrói a vitamina C), esta única fonte fornecerá vitamina C
suficiente para prevenir o escorbuto.
Ao comer uma dieta rica em carnitina, teremos menos necessidade de vitamina C para
sintetizá-la, liberando mais para a síntese de colágeno e outros processos cruciais.
E adivinhe, quais são os alimentos mais ricos em carnitina? O nome “carnitina” dá uma dica:
são os alimentos de origem animal.
Então, de acordo com esse raciocínio, é possível que as pessoas que consomem
exclusivamente alimentos de origem animal estejam recebendo mais micronutrientes do
que poderíamos supor num primeiro momento.
Resumindo:
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Você não vai ter falta de vitamina C (nem de nenhum outro nutriente essencial) numa dieta
carnívora bem formulada e possivelmente vai obter até mais nutrientes do que obtinha
antes dessa mudança (especialmente se você vem de uma dieta ocidental padrão).
No entanto, alguns conceitos errôneos que ainda existem hoje sobre a vitamina D precisam
de esclarecimentos. Uma é, por exemplo, a questão de qual fonte o homem deve (ou pode)
obter sua vitamina D de acordo com seu programa evolutivo.
Áreas acima de 50° de latitude sempre foram amplamente povoadas durante a longa
história da humanidade. As tribos inuit, por exemplo, conquistaram as regiões do Ártico até
uma altitude geográfica de 80° — e não precisavam de comprimidos de vitamina (ou de
horas deitados em espreguiçadeiras) para fazer isso.
Vários povos habitaram, ou ainda habitam, as áreas acima do Círculo Polar Ártico, onde não
recebem muita luz do sol porque o ambiente gelado não lhes permite tirar a roupa ao ar
livre. Essas pessoas permanecem saudáveis e não apresentam sintomas de deficiência de
vitamina D, desde que desafiem os costumes e hábitos alimentares da parte civilizada do
mundo.
É bem fácil perceber que, se o Sol fosse a única fonte de vitamina D, as comunidades do
Ártico nunca teriam acesso a quantidades suficientes de vitamina.
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Na Idade do Gelo, que na verdade ocorreu não muito tempo atrás (o último período glacial
terminou cerca de 10.000 anos atrás), nossos ancestrais tinham ainda menos luz solar do
que teriam hoje. Definitivamente, o homem não poderia sobreviver às glaciações ocorridas
na época do Paleolítico (isto é, nos últimos 2,6 milhões de anos) se dependessem do Sol
como sua principal fonte de vitamina D.
Há evidências para provar que o nível de vitamina D depende muito da nutrição e que
somente uma nutrição adequada é capaz de fornecer uma quantidade satisfatória de
vitamina D ao nosso corpo, mesmo se sentirmos falta da luz solar e não tomarmos
comprimidos de vitamina D.
Um estudo sobre os inuit que vivem na Groenlândia descobriu que, quanto mais alimentos
do tipo ocidental, como frutas, vegetais, pães e doces, leite e produtos lácteos, os inuítes
indígenas locais comiam, menor era o nível de vitamina D no sangue. E, por outro lado,
quanto mais os alimentos inuítes tradicionais, como carne e gordura, consumiam, maior o
nível de vitamina D no sangue.
É então uma conclusão lógica que o homem, durante sua longa história evolutiva, se baseou
muito mais na nutrição do que na luz solar.
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que é assimilado muito mais rápida e facilmente do que outras formas alimentares de
vitamina D.
Em populações com baixa exposição ao sol, a carne demonstrou ser protetora contra
raquitismo, uma doença óssea degenerativa causada por grave deficiência de vitamina D.
Para pessoas que não comem muitos peixes gordos, a carne vermelha pode ainda contribuir
significativamente para a ingestão geral de vitamina D.
A carne vermelha contém principalmente ferro heme, uma forma que é absorvida e
utilizada com muito mais eficiência do que o ferro não-heme encontrado nos alimentos
vegetais.
É também uma fonte especialmente importante de zinco, que é um mineral essencial para
muitas funções fisiológicas, incluindo estrutura em certas proteínas e enzimas, e regulação
da expressão gênica. Aqueles que comem dietas sem carne correm maior risco de
deficiência de zinco.
Para completar esse perfil nutritivo impressionante, a carne vermelha contém níveis
significativos de outros minerais vitais, como: Magnésio, Cobre, Cobalto, Fósforo, Crómio,
Níquel e Selênio.
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Alguns dos benefícios que mencionamos até agora não são exclusivos da carne vermelha,
mas se aplicam à carne de animais em geral. Por exemplo, os níveis de vitaminas do
complexo B, vitamina D e a maioria dos minerais são tão altos na carne branca quanto na
vermelha.
Contudo, a carne vermelha possui significativamente mais B12, ferro e zinco do que a carne
branca, e somente essas coisas são suficientes para torná-la tão especial para a nossa saúde.
Em termos do que a ciência sugere e para que não haja deficiências na sua alimentação, as
melhores carnes para basear a dieta devem ser de ruminantes.
Sendo que um conceito valioso é o de comer “da cabeça aos pés”, ou “do focinho à cauda”:
isto é, incluindo vísceras, tendões, ligamentos, caldo de ossos, dentre outros.
Também seria interessante a ingestão de frutos do mar, peixe e mariscos — e mesmo ovos
(desde que você lide bem com eles).
Nós vamos falar um pouco sobre esses dois tópicos mais adiante no livro.
Por ora, saiba o seguinte: os alimentos de origem animal possuem compostos muito mais
facilmente utilizados por nós, e as carnes e alimentos de origem animal não contêm
antinutrientes.
E o conceito de se comer o animal completo, “do focinho à cauda”, parece trazer benefícios
inclusive nutricionais — conforme veremos abaixo.
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Sabemos que as carnes de órgãos são alguns dos alimentos mais densos em nutrientes do
planeta, principalmente considerando o seu preço baixo.
Medula óssea — Embora não seja estritamente uma carne de órgão, a medula óssea ainda
é geralmente considerada uma miudeza. Contém proteínas, vitamina B12, riboflavina,
colágeno e ácido linoleico conjugado. É uma excelente opção para apoiar a função articular,
diminuir a inflamação e promover a saúde da pele.
Coração — Como o coração é um músculo, tem mais gosto de bife do que outras carnes de
órgãos. É rico em CoQ10, que é 10 vezes mais potente que a vitamina E, tornando o CoQ10
um dos antioxidantes mais potentes disponíveis. CoQ10 também ajuda a sintetizar energia
celular utilizável. O coração ainda é rico em selênio, ferro e zinco.
Rim — O rim apresenta muitos dos nutrientes que o fígado contém, além de altas
quantidades de selênio — um mineral antioxidante necessário para a saúde imunológica e a
produção de hormônios sexuais. O selênio também é importante para a função renal. Em
outras palavras, comer rim é bom para os rins.
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Fígado — Uma das melhores fontes de folato é o fígado. Também é uma fonte de vitamina
C, vitamina D e muitas outras. Se as pessoas gostam ou não do fígado depende
principalmente de fatores culturais e habituais.
Temos que comer fígado e miudezas, pois não podem ser substituídos por nenhuma outra
pílula ou suplementos feitos pelo homem.
Os nutrientes que compõem o fígado bovino são os elementos básicos da saúde metabólica,
imune, hepática, cutânea, ocular, reprodutiva e mental. Esses nutrientes vitais também
tendem a ser deficientes em nossa dieta moderna.
Estômago — O estômago não contém nutrientes como o fígado, mas ainda contém uma
dose decente de selênio. Além disso, como a maioria das entranhas, o estômago é muito
rico em proteínas de colágeno. O colágeno é rico em aminoácidos raros (glicina e prolina)
que dão suporte à saúde da pele, cabelos, cicatrização de feridas e açúcar no sangue
estável.
Rabo — Rabo não é um órgão interno, mas ainda é considerado uma miudeza. Rabos são
cortes gelatinosos, ricos em proteínas de colágeno benéficas e perfeitos para ensopados e
caldos.
Língua — A língua tem um perfil de micronutriente semelhante a outras carnes — com alto
teor de ferro e zinco, e é especialmente rica em gordura. O alto teor de gordura não apenas
deixa a língua macia, mas também faz dela uma ótima opção para dietas saudáveis e com
alto teor de gordura.
Esperamos que este tópico tenha lhe dado uma ideia de como as carnes de órgãos são
densas em nutrientes e quão úteis elas podem ser para a saúde.
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Grama por grama, fígado bovino é provavelmente o alimento mais nutritivo da Terra, mas
será que consumi-lo todos os dias ou algumas vezes na semana pode ser problemático? Não
é provável.
Em adultos, de acordo com o Manual Merck, a toxicidade da vitamina A tem sido relatada
em exploradores árticos que desenvolveram sonolência, irritabilidade, dores de cabeça e
vômitos, com subsequente descamação da pele, poucas horas após ingerirem muita
vitamina A advinda de fígado de urso polar.
Acontece que predadores do Ártico, como os ursos polares, têm uma capacidade maior de
armazenar vitamina A no fígado do que a maioria dos outros animais. Tão grande é a
capacidade dos ursos polares para armazenar esta vitamina que se você consumisse seu
fígado, mais do que provavelmente iria sucumbir aos efeitos da Hipervitaminose A.
Mas, a menos que você seja um explorador ártico comendo fígado de urso polar, é
virtualmente impossível desenvolver toxicidade da vitamina A dos alimentos.
Como os ursos polares subsistem em grande parte de focas, incluindo fígado de foca, seus
fígados são carregados com vitamina A.
Apenas 30 gramas de fígado de urso polar contém mais de cinco vezes a dose de vitamina A
considerada tóxica para humanos.
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Tirando o caso relatado, a respeito da ingestão de fígado de urso polar, a grande maioria
dos casos de hipervitaminose A provém da sobredosagem com suplementos de vitamina
A. Em se tratando de qualquer suplementação, não recomendamos que seja feita sem
recomendação e supervisão médica.
Resumindo: A maioria dos fígados de animais não contém vitamina A suficiente para causar
toxicidade, embora alguns animais como o urso polar, a foca e a morsa tenham quantidades
extremas de vitamina A em seus fígados.
Uma dúvida recorrente das pessoas que querem testar a dieta é com relação às idas ao
banheiro.
O que ocorre é que ao iniciar a dieta carnívora, muitas pessoas notam que o volume das
fezes diminui, pois são justamente as fibras dos vegetais e frutas que concedem volume
maior para os excrementos.
Em uma dieta carnívora, pode ser que você não tenha evacuações com tanta frequência.
Mas é claro que isso vai variar caso a caso: algumas pessoas vão ao banheiro fazer o
"número 2" diariamente, enquanto outras vão apenas algumas vezes por semana.
O mais interessante é que a maioria das pessoas relatam ausência de constipação, cólicas e
gases e nenhuma dificuldade para defecar, pois as carnes são absorvidas com eficiência nos
intestinos e pouca coisa acaba desperdiçada (inclusive é por isso que o volume fecal tende a
diminuir em uma alimentação carnívora).
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Ao contrário da crença popular, uma alta ingestão de fibra dietética não é necessária para
ter evacuações saudáveis e aumentar a ingestão de fibra para melhorar a saúde do intestino
é como colocar mais carros na rodovia para melhorar o tráfego.
Um mito comum é o de que as carnes causam constipação ou que são de difícil digestão.
Algumas pessoas afirmam que o ser humano não consegue digerir carne adequadamente e
por isso ela ficaria “apodrecendo” no seu intestino. Essa afirmação não tem a menor
conexão com a realidade e não temos ideia de onde ela surgiu.
O que realmente acontece quando comemos carne é que ela é quebrada em pedaços
menores, graças à presença do ácido estomacal e das enzimas digestivas. Já no intestino
delgado, as proteínas são reduzidas a aminoácidos e as gorduras são reduzidas a ácidos
graxos. Após essa parte do processo, elas são absorvidas nas paredes intestinais e passam a
correr na corrente sanguínea.
Interessante é que não podemos digerir os carboidratos que compõem a fibra solúvel, mas
as bactérias em nosso intestino grosso podem e o fazem. Ocorre que as bactérias não
digerem exatamente esses carboidratos, fermentando-os e, no processo liberam gases,
como dióxido de carbono, hidrogênio e metano. Isso pode causar câimbras e inchaços
desconfortáveis, ambos sinais de má digestão.
Ou seja, se você tiver problemas de digestão, eles podem estar relacionados justamente
com o consumo de fibras e não com a ausência delas.
Cortar fibras de sua dieta pode possivelmente melhorar qualquer problema digestivo.
Inclusive, um estudo do World Journal of Gastroenterology analisou os efeitos da
diminuição da ingestão de fibras em pessoas que sofriam de constipação.
Os resultados mostraram que aqueles que não ingeriram fibras tiveram uma grande
melhora em seus problemas digestivos, incluindo menos inchaço e gases.
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O fascinante estudo vai contra o senso comum, mas várias vezes vimos a sabedoria
convencional desmoronar em outras áreas ao longo dos últimos anos.
A menos que se tenha uma sensibilidade específica para um determinado tipo de carne, não
haverá dificuldade em digeri-la.
Resumindo: A fibra não é um nutriente essencial, o que significa que não precisamos
consumi-la; ponto final. Assim como grande parte do absurdo dietético que temos
alimentado ao longo do último meio século, a fibra para a prevenção de doenças acaba
sendo uma tolice que não beneficia ninguém, exceto as pessoas que nos empurram cereais
integrais.
Mesmo numa alimentação carnívora, você não deve ter problemas com suas idas ao
banheiro e muito provavelmente conseguirá que seu cocô atinja o nível 4 da Escala Bristol,
que é o nível normal, onde a aparência é "como a de uma serpente, suave e macia".
O que pode acontecer é uma menor frequência e volume das evacuações. No entanto, sem
desconforto, sem gases, e sem nenhum prejuízo para a sua saúde.
Ouça o seu corpo: a boa digestão não deve doer, nem causar gases ou desconfortos.
É interessante que, ao longo do século, várias razões tenham sido propostas para colocar a
fibra como crucial e, no entanto, nenhuma delas tenha sido comprovada. Não há evidências
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de que a fibra nos proteja do câncer de cólon, síndrome do intestino irritável, pólipos
intestinais, constipação crônica ou hemorróidas.
Aliás, não há sequer evidências de que a fibra seja necessária na dieta humana. Muitas
culturas ao longo da história humana comeram dietas muito pobres em fibras e não
sofreram com essas condições gastrointestinais relativamente modernas.
Agora, algumas pessoas acham que comer farelo de cereais ou frutas e legumes ajuda a
aliviar a constipação que uma dieta pouco saudável pode causar, mas o fato é que isso não
resolve o problema subjacente.
Por isso, é improvável que essa ação proteja você do desenvolvimento de doenças
intestinais.
Adicionar fibras à uma dieta rica em açúcar e alto teor de farinha não pode salvar seu corpo
dos danos que a farinha e o açúcar podem causar. Mas remover a farinha e o açúcar traz
esse benefício.
A fibra vem das paredes das células das plantas. Ela fornece suporte de forma e arquitetura
para a planta. Animais não contêm fibra, já que usam osso e cartilagem para sustentação
dos corpos.
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É claro que queremos acreditar no poder da fibra, afinal é muito mais fácil e muito mais
atraente contemplar a adição de fibra, que é insossa e indigesta, do que contemplar a
subtração de carboidratos refinados, que são viciosamente deliciosos e divertidos de se
comer.
A maioria dos alimentos vendidos nas prateleiras contém uma mensagem de “contêm
fibras” para levar a crer que são muito saudáveis e amigos do seu intestino e coração.
Adicionar fibras à sua dieta não pode curar nenhum problema de saúde, porque não chega à
raiz do problema.
Portanto, se a fibra incomoda o seu sistema digestivo ou você não gosta de comer alimentos
que a contenham, pode evitá-la com segurança, já que não é imprescindível para a sua
saúde.
Inclusive, conforme falamos na pergunta acima, cortar fibras de sua dieta pode melhorar
seus problemas digestivos, o que restou comprovado em um estudo do World Journal of
Gastroenterology que analisou os efeitos da diminuição da ingestão de fibras em pessoas
que sofriam de constipação.
Os resultados mostraram que aqueles que não ingeriram fibras tiveram uma grande
melhora em seus problemas digestivos, incluindo menos inchaço e gases.
Importante destacar também que de acordo com o "Food and Nutrition Board do Instituto
de Medicina da Academia Nacional de Ciências", os carboidratos não são uma parte
essencial da dieta humana:
"O limite inferior de carboidratos na dieta compatível com a vida aparentemente é zero,
desde que quantidades adequadas de proteína e gordura sejam consumidas".
Se os carboidratos não são essenciais, isso significa que a fibra não é vital, já que a fibra é
um carboidrato.
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A fibra nunca demonstrou ser um componente essencial da dieta humana. Ela não é um
nutriente, não é absorvida, não é metabolizada e não nos nutre.
A fibra é recomendada para "aumentar o volume" das fezes, mas se o seu intestino já está
cheio de material que não está se movendo em tempo hábil, por que você gostaria que
houvesse mais dele?
(Isso não significa que a fibra provoca constipação, mas sim que, se você está com prisão de
ventre por algum outro motivo, tornar as fezes que já estão estagnadas ainda maiores não é
muito lógico).
Resumindo: Ao contrário da crença popular, uma alta ingestão de fibra dietética não é
necessária para ter evacuações saudáveis e pessoas que sofrem de certas condições
intestinais podem realmente melhorar com menos ou zero fibra.
No final de 1800, houve dois grandes avanços que mudaram significativamente o que as
pessoas comiam:
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Décadas atrás, os médicos notaram que quando as pessoas começaram a comer mais
alimentos açucarados e farinha processada, o risco de doenças digestivas aumentou
drasticamente.
Então alguns médicos chegaram à conclusão precipitada de que a razão pela qual a
chamada dieta "ocidental" era constipante e irritante para o trato digestivo só podia ser a
seguinte: o fato de que a dieta ocidental continha menos fibras do que as dietas
tradicionais.
Quando os grãos são refinados por modernos equipamentos de moagem, suas camadas de
fibra e óleos naturais são removidos e seu conteúdo interno é moído e transformado em um
pó ultrafino.
Bactérias no cólon podem digerir amido resistente fermentando-o, o que gera gases como
subproduto.
Esses amidos podem causar inchaço, cólicas e constipação em algumas pessoas. Farinhas de
grãos também contêm proteínas vegetais, das quais a mais infame é o glúten, uma família
de proteínas vegetais encontradas no trigo, centeio, cevada e triticale (cereal híbrido).
O glúten não é apenas muito difícil de digerir, como também pode danificar o revestimento
do trato intestinal, causando doença gastrointestinal em indivíduos suscetíveis.
Apesar de o senso comum dizer o contrário, não há evidências de que a fibra seja necessária
na dieta humana.
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A maioria das pesquisas que apóiam os benefícios da fibra alimentar vem de estudos
epidemiológicos que vinculam o consumo de frutas e vegetais ricos em fibras a um risco
reduzido de certas doenças, como obesidade, doenças cardíacas e câncer, principalmente
câncer de cólon — porém, estudos epidemiológicos servem para levantar hipóteses, mas
não estabelecem causa e efeito; eles estabelecem uma correlação.
Resumindo: Por décadas, a fibra tem sido apontada como um componente essencial de
uma dieta saudável. Os supostos benefícios de uma dieta rica em fibras foram incutidos em
nós através de recomendações de nossos médicos, governo e indústria de alimentos, mas
muitas dessas alegações de saúde não foram comprovadas por pesquisas. De fato, muitos
estudos demonstraram que o consumo excessivo de fibra pode ser realmente prejudicial,
principalmente para a saúde intestinal.
Uma das balelas espalhadas por aí para meter medo nas pessoas sobre carne vermelha é a
ideia de que comer carne aumentaria os riscos de se desenvolver câncer, em particular
câncer no cólon retal.
Logo, o sugerido seria fazer o que todo mundo parece sempre recomendar nesse caso:
cortar as gorduras e comer mais fibras.
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“Carne mata. Quanto mais comemos, mais provavelmente morreremos”. Pelo menos é isso
que a mídia tradicional parece promover. Mas isso é verdade? Estamos mais propensos a
morrer se comermos carne? Ou é possível que exista algo que torne a carne saudável?
Essa não é uma pergunta fácil de responder. No entanto, os opositores da carne fazem
parecer que se trata de um caso encerrado, com o veredito de culpada.
Também colocou carne vermelha fresca na categoria "grupo 2A", o que sugere que é
"provavelmente carcinogênica" para humanos.
Então precisamos parar de comer carne vermelha e/ou carne processada? Vamos dissecar
essa ideia com mais precisão.
Até onde sabemos, nenhum estudo de intervenção jamais foi feito testar o impacto de 50
gramas de carne processada por dia como uma intervenção isolada, ou qualquer quantidade
de carne processada ou vermelha como uma única intervenção para esse assunto.
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Os pesquisadores analisam os dados para tentar ver padrões. Sem padrão = sem artigo
publicado, então é preciso ficarmos ligados. Eles podem observar um padrão entre pessoas
que consomem carne processada e pessoas que desenvolvem câncer de intestino. Isso é
então relatado em um artigo de revista e são todos esses artigos que foram revisados pela
Organização Mundial de Saúde.
O primeiro ponto a notar, portanto, é que tudo isso é baseado em questionários dietéticos
notoriamente não confiáveis, sendo que muitos perguntam o que você comeu ontem ou
nos últimos sete dias.
Ao separar a carne vermelha/carne processada desta maneira, toda a dieta e estilo de vida
de uma pessoa não são levados em conta.
A linha de base para os consumidores de carne processada mostrou que eles eram muito
menos ativos, tinham um IMC mais alto, eram ainda três vezes mais propensos a fumar e
quase duas vezes mais chances de ter diabetes.
Isso faz da carne processada um marcador de uma pessoa insalubre, não um fabricante de
uma pessoa insalubre.
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O relatório da OMS descreve carne processada como "carne que tenha sido transformada
através de salga, cura, fermentação, defumação ou outro processo para realçar o sabor ou
melhorar a preservação", mas pensar que as formas naturais de conservar a carne de sejam
ruins para nós é ridículo.
Antigamente, era extremamente comum preservar a carne naturalmente com a salga, cura,
secagem ou defumação, pois não haviam geladeiras e frigoríficos.
As alternativas eram preservar a carne, ou devorar tudo o que foi caçado (e correr o risco
morrer de fome antes da próxima matança).
Seria de bom tom que o relatório da OMS tivesse separado as formas tradicionais de
conservação da carne daquelas fabricadas sob o processamento moderno (onde açúcares e
produtos químicos são adicionados).
Com relação ao câncer, se a carne é tão carcinogênica, por que o câncer era tão incomum
até o século passado? Não estamos comendo mais carne agora do que há cem anos, e ainda
assim a incidência de câncer está aumentando.
A verdade é que não há evidências científicas sólidas para apoiar a crença de que a carne
vermelha aumenta o risco de câncer.
Os estudos que ligam carne vermelha e câncer são atormentados pelo viés de usuários
saudáveis.
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isoladas para o controle da dieta, exercício e outros fatores do estilo de vida e depois um
grupo seria alimentado com mais carne vermelha e o outro com menos.
Infelizmente, isso nunca vai acontecer. O câncer pode levar décadas para se desenvolver,
então essas pobres almas ficariam internadas numa ala da hospital por pelo menos 20 anos.
Mesmo se pudéssemos encontrar pessoas para atuarem como voluntárias para esse estudo,
seria astronomicamente (e proibitivamente) caro.
O que a OMS fez, portanto, foi selecionar os estudos que apoiaram suas conclusões
anticarne, ignorando aqueles que não mostraram nenhuma conexão entre carne e câncer
ou até mesmo um efeito protetor da carne no risco de câncer de cólon.
Mas a ausência de evidências contra a carne não impediu a Organização Mundial da Saúde
(OMS) de proclamar ao planeta em outubro de 2015 que carnes vermelhas e processadas
causam câncer.
Lendo os estudos sobre os quais são feitas as proclamações anticarne da OMS, conclui-se
que simplesmente não há evidências científicas de que a carne cause câncer em humanos.
Por que todos os nutrientes que precisamos para viver (gorduras essenciais, todas as
proteínas, vitaminas e minerais) são encontrados na carne se ela estivesse tentando nos
matar?
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Uma pesquisa científica dessas comunidades também não revelou doenças tumorais. Uma
das pesquisas mais conhecidas está associada ao nome do clínico geral sueco Staffan
Lindeberg, que conduziu um estudo de um grupo de pessoas que levam uma vida quase
natural na Ilha Kitava, na Papua Nova Guiné, a partir do ponto de visão da doença. Ele
finalmente chegou à conclusão de que o povo Kitava, da mesma forma que outras
comunidades que permaneceram isoladas de outras civilizações, está totalmente livre
dessas doenças crônicas, incluindo o câncer.
Para os inuítes, como foi descoberto por antropólogos que estudavam seu estilo de vida, os
tumores e o escorbuto eram desconhecidos até os anos 60, quando também foram vítimas
da civilização e dos alimentos ocidentais, destruidores de saúde.
Os inuítes que mantiveram sua vida tradicional e os grupos nômades que vivem na Ásia e
acima da região do Ártico, vivem em nítido contraste com as recomendações nutricionais
oficiais do mundo ocidental, com uma dieta baseada em carne e gordura. Eles não têm
acesso a carboidratos, mas apreciam muito as miudezas dos animais. Eles atendem aos
requisitos de vitamina C principalmente com o consumo de fígado, cérebro e outros tipos de
miudezas.
Há algo no estilo de vida ocidental que favorece um grande número de doenças crônicas.
Coletivamente, são conhecidas como Doenças Ocidentais e incluem a obesidade, a
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A OMS resolveu ignorar a melhor ciência ao concluir que “a carne vermelha aumentaria o
risco de câncer”. Assim como resolveu ignorar a ciência ao propor uma dieta rica em grãos e
carboidratos refinados. Infelizmente, estamos vivendo num mundo cada vez mais obeso e
com maior incidência de câncer.
E seguir justamente na contramão das diretrizes oficiais parece ser a nossa melhor chance
de sobreviver com saúde a estes tempos tumultuosos.
O pensamento básico é que, como os rins "processam" a proteína, se você comer mais, eles
trabalham mais, de modo que dietas ricas em proteínas seriam difíceis para os rins. Porém,
não é isso que a evidência mostra.
Antes de mais nada, a grande maioria dos estudos que apontam uma conexão entre a alta
ingestão de proteína e danos nos rins foram conduzidos em animais de laboratório, e não
em pessoas.
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Se você olhar com atenção, verá que não há evidências sólidas de que uma dieta baseada
em gordura e proteína seja ruim para os rins de alguma forma.
Muitas doenças diferentes, drogas, toxinas e doenças hereditárias podem levar a danos nos
rins. No entanto, de longe, as duas causas mais comuns de doença renal são diabetes e
pressão alta, que podem danificar os delicados vasos sanguíneos e tecidos do rim.
Quando as causas raízes das duas doenças não são abordadas, a doença renal crônica e a
insuficiência renal podem ser o resultado.
No caso do diabetes, o açúcar elevado no sangue durante longos períodos de tempo pode
fazer com que a glicose se una a proteínas vitais na corrente sanguínea. Esse processo,
conhecido como glicação, resulta na formação de produtos finais de glicação avançada
(chamados AGEs).
Os AGEs podem causar alterações anormais nas proteínas e nos receptores que acabam por
lesionar os segmentos filtrantes do rim. Esta glicação cria um ciclo vicioso de lesões
adicionais aos tecidos que resulta em dano renal progressivo, chamado nefropatia diabética.
A conclusão é que a melhor maneira de prevenir danos e falhas nos rins é tratar e prevenir o
diabetes e a pressão alta.
Felizmente, há boas notícias: o diabetes e a pressão alta podem ser muito melhorados e até
revertidos com um estilo de vida com baixo teor de carboidratos, tal como é a dieta
carnívora.
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Existe uma referência que leve em consideração a dieta carnívora? Sim. Em um estudo feito
em 1930 com dois homens que comiam 100% de carne durante um ano inteiro não revelou
sinais de problemas renais. O teor de proteína variou de 100 a 140 gramas, a gordura de 200
a 300 gramas, o carboidrato, derivado inteiramente da carne, de 7 a 12 gramas, e o valor de
calorias entre 2.000 a 3.100.
Ainda, uma revisão sistemática de 28 ensaios clínicos randomizados com um total de 1356
pacientes não mostrou nenhuma diferença na taxa de filtração glomerular entre aqueles
que fizeram uma dieta hiperprotéica (maior que 1,5 g/kg/dia, mais de 20% da ingesta
energética ou mais de 100g por dia) em comparação com normo ou hipoprotéica.
Corroborando, um recente estudo clínico de 2 anos sobre os efeitos de uma dieta rica em
proteínas e pouco carboidrato na função renal em humanos com rins saudáveis descobriu
que era completamente seguro [Friedman 2012].
O medo das proteínas danificarem os rins é apenas outro caso em que a carne foi culpada
pelos pecados dos carboidratos. O diabetes e a pressão alta causam mais de dois terços de
todas as doenças renais crônicas. Prevenir, controlar ou reverter essas duas condições com
uma dieta baixa em carboidratos pode impedir o desenvolvimento futuro da doença renal.
Outra maneira de ganhar confiança quanto ao consumo de proteínas é olhar para o caso
dos fisiculturistas. Nenhuma seção da sociedade consome mais proteína do que eles, mas
não se vê altos índices de doença renal. Quaisquer problemas renais que tenham sido
observados estão entre os que usam altas doses de esteroides anabolizantes. A doença
renal é virtualmente desconhecida entre os fisiculturistas naturais.
Os seres humanos não evoluíram para lidar com grandes quantidades de carboidratos
refinados, o que já torna muito mais provável que os carboidratos refinados e de alto índice
glicêmico ponham em perigo o rim humano do que a proteína animal.
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Uma dieta carnívora é segura para pessoas com função renal normal, ajudando a prevenir o
diabetes e a pressão alta — uma vez que estas doenças são as maiores causas de danos nos
rins.
Ademais, uma dieta baixa em carboidratos não é apenas segura para os rins, como pode
realmente ajudar a prevenir danos nos rins em pessoas com função renal normal ou doença
renal em estágio inicial.
A única ressalva é para indivíduos com doença renal avançada, pois em tais casos é
imprescindível um acompanhamento cuidadoso de um especialista para que a pessoa possa
garantir que está recebendo quantidades adequadas de proteína dentro de uma faixa
estreita de segurança.
Pacientes com disfunção renal, principalmente quando mais graves, podem se beneficiar de
uma restrição de proteínas, afinal de contas os rins estão envolvidos diretamente no
metabolismo desse macronutriente. Apesar disso, não existe evidência suficiente para
determinar que isso seja uma regra para todos. Portanto, advertimos que pacientes com
doença renal avançada NÃO devem tentar uma dieta carnívora sem supervisão cuidadosa.
É verdade que, uma vez que a função renal de alguém já esteja substancialmente
comprometida pelas coisas que realmente prejudicam os rins (como diabetes e
hipertensão), pode ser um motivo para limitar a ingestão de proteínas. Mas só porque os
rins danificados podem não ser capazes de lidar com uma carga proteica "normal", não
significa que foi a proteína que causou o dano.
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Os pacientes com gota e excesso de ácido úrico tendem a ser pessoas com excesso de peso,
com gordura no fígado, com glicose no limite ou elevada, com triglicerídeos altos, com HDL
(colesterol bom) baixo.
Existem algumas pessoas que têm o ácido úrico geneticamente elevado, mas boa parte das
pessoas que têm ácido úrico elevado e gota, na realidade estão apenas apresentando mais
uma manifestação da síndrome metabólica.
A gota, uma das condições articulares mais dolorosas, é caracterizada por altos níveis de
ácido úrico no sangue (hiperuricemia). Existem duas causas possíveis de hiperuricemia:
Apenas cerca de 10% dos casos de hiperuricemia são causados pela superprodução de ácido
úrico e os outros 90% resultam de excreção prejudicada.
A maior influência na excreção renal de ácido úrico é a insulina. Mais e mais pesquisas
indicam que a gota está relacionada a níveis cronicamente elevados de insulina. A insulina é
muito mais do que apenas um "hormônio do açúcar no sangue". A alta insulina tem efeitos
poderosos sobre a função renal. A hipertensão é um resultado, proveniente dos rins que
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retêm mais sódio no sangue, e a hiperuricemia é outra, porque os rins retêm mais ácido
úrico, em vez de filtrá-lo para a urina.
A insulina alta leva ao ácido úrico elevado e o ácido úrico alto frequentemente leva à gota.
Embora um pouco de ácido úrico no sangue seja normal, fornecendo um nível de proteção
antioxidante, o excesso de ácido úrico é um pró-oxidante e o principal fator causador da
gota.
Indivíduos que reduzem a ingestão de proteína animal muitas vezes não sentem alívio da
gota, pois não é o consumo de purinas dietéticas que resulta em gota, mas sim o acúmulo
de ácido úrico. E como a insulina elevada é o que faz com que o corpo retenha o ácido
úrico, a solução mais eficaz a longo prazo não é diminuir a ingestão de purinas, mas
diminuir a insulina.
Com relação à ingestão de álcool, esta sim pode contribuir para a gota, e parece fazer isso
de forma dose-dependente — ou seja, quanto maior o consumo de álcool, maior o risco de
gota, sendo que a cerveja aumenta o risco mais do que destilados ou bebidas destiladas.
Além do álcool, evidências crescentes indicam que a gota pode estar relacionada ao
consumo de grandes quantidades de frutose.
Mesmo que a frutose não pareça ter efeitos imediatos sobre a insulina, a exposição crônica
— ou seja, consumir muito dela em uma base regular durante um longo período de tempo
— pode indiretamente causar níveis elevados de insulina.
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Embora a frutose não tenha o mesmo efeito agudo que a glicose exerce sobre a secreção de
insulina, com o passar do tempo — por exemplo, consumindo suco de frutas, refrigerantes
açucarados e lanches com alto teor de açúcar — a frutose pode desempenhar um papel
importante no desenvolvimento de resistência à insulina.
Dietas com maior teor de proteínas e mais baixas em carboidratos têm mostrado reduzir os
níveis de ácido úrico e ataques de gota.
Devido aos efeitos da insulina na retenção do ácido úrico, as pessoas que sofrem de gota
podem querer experimentar uma dieta pobre em carboidratos.
Advertimos apenas que nos estágios iniciais de uma dieta muito baixa em carboidratos, tal
como é a dieta carnívora, os indivíduos propensos a crises de gota podem experimentar um
aumento nos ataques. Isso ocorre porque as cetonas competem com o ácido úrico pela
excreção.
Como o corpo excreta cetonas em excesso nos primeiros dias e semanas de uma dieta
cetogênica, o ácido úrico pode se acumular no corpo, resultando potencialmente em um
ataque de gota. No entanto, isso é apenas temporário. A probabilidade de ataques de gota
diminui ao longo do tempo, à medida que o corpo se torna mais eficiente na utilização de
cetonas e o ácido úrico é excretado normalmente.
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Para mais informações, uma dica é escutar o podcast do Senhor Tanquinho com o Dr. José
Neto (basta digitar no Google “senhor tanquinho podcast jose neto” ou então
senhortanquinho.com/podcast-066).
Resumindo: comer carne vermelha não causa gota. Os alimentos propensos mais propensos
a causar gota são:
● Bebidas açucaradas;
● Óleos vegetais;
● Carboidratos refinados;
● Álcool excessivo (cerveja em particular).
Tenha certeza de que uma dieta cheia de alimentos ricos em nutrientes, como por exemplo:
carne vermelha, fígado, mariscos e peixes gordurosos não está colocando você em risco de
desenvolver essa condição.
Essa lógica de “carne tem ferro e estou com ferritina alta; logo estou comendo carne
demais” está errada, apesar de fazer sentido.
As pessoas entendem facilmente essa lógica e acham que esse é o fim da discussão, mas
não é tão simples assim.
Nosso sangue é muito rico em ferro. Quem já mordeu a língua sentiu aquele gosto
característico de ferro no sangue. O ferro transporta oxigênio dos pulmões até os tecidos,
mas se tivermos excesso de ferro no organismo, isso aumenta as chances de termos
oxidação no corpo.
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Oxidação em excesso não é uma coisa boa. Na realidade, nós vivemos num equilíbrio entre
precisarmos do oxigênio (porque extraímos energia através da oxidação da glicose, da
gordura e dos alimentos) e a toxicidade das reações de oxidação.
Nós temos no organismo antioxidantes e mecanismos que ajudam a controlar o dano que o
oxigênio provoca no corpo, porém se tivermos um excesso de ferro, esse balanço pode ficar
desequilibrado.
Por que a ferritina estaria alta? É comum que as pessoas acreditem que a ferritina (que é
uma proteína que se liga ao ferro) está alta porque a pessoa está comendo muita carne. A
carne é, de fato, rica em ferro. Ela é vermelha pelo mesmo motivo pelo qual o sangue é
vermelho. A carne é a melhor fonte de ferro da nossa dieta.
A grande maioria das pessoas que têm ferritina elevada não têm ferritina elevada porque
estão consumindo muito ferro. Elas têm ferritina elevada por dois motivos.
A hemocromatose é quando o corpo absorve ferro com muita afinidade. Nós temos formas
de absorver o ferro, mas não temos formas eficientes de eliminar o ferro. Nas mulheres em
idade reprodutiva a menstruação facilita a eliminação do ferro, mas o homem não tem esse
mecanismo. Então, se o ferro se acumular, ele pode se acumular no fígado, no baço. Em
situações de hemocromatose homozigota (a mais severa), isso pode levar à cirrose hepática
por excesso de ferro no fígado. Suspeita-se de de hemocromatose quando a ferritina está
muito alta.
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Então, a hemocromatose não tem muito a ver com a dieta. Se a pessoa portadora dessa
doença comer uma dieta mais pobre em ferro terá a ferritina elevada da mesma forma.
Ou também pode estar relacionada com doenças inflamatórias crônicas como artrite
reumatóide e doenças autoimunes mais graves que produzem a elevação da ferritina.
Com isso, a gordura no fígado começa a diminuir e aí a ferritina tende a normalizar também.
Agora naqueles casos onde tudo isso já foi excluído e a ferritina segue alta, aí pode ser o
caso de reduzir um pouco a carne vermelha, mas a pessoa não precisa eliminar a carne
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vermelha da sua dieta. Além disso, é possível doar sangue em média a cada 60 dias até a
ferritina normalizar. Assim, a pessoa ajuda a si mesma e ao próximo, e não deixa de
saborear um filé.
E é esse o motivo pelo qual nós humanos não conseguimos produzir proteínas a partir de
carboidratos, gorduras ou colesterol.
Podemos viver uma vida inteira sem comer carboidratos e podemos viver por 6 meses ou
mais sem comer qualquer gordura (dependendo da quantidade de gordura que temos em
nossos corpos no começo).
Como não podemos produzir proteínas do zero e não podemos armazenar o excesso de
proteína, a proteína é o único macronutriente que devemos comer regularmente para
podermos prosperar.
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Sem proteína suficiente na dieta, o corpo não terá escolha a não ser quebrar as fibras
musculares para liberar a proteína de que precisa para sobreviver.
Tenha em mente que gramas de proteína não são iguais a gramas de carne, porque a
carne não é proteína pura.
Por exemplo, 100 gramas de peito de frango cozido possuem cerca de 30 gramas de
proteína e 100 gramas de hambúrguer cozido, cerca de 24 gramas de proteína.
(A carne bovina contém menos proteína do que o frango porque a carne bovina contém
mais gordura).
Proteína deriva da palavra grega πρωτεῖος (proteios), a qual significa "na liderança" ou "a
que está à frente".
Não há provas de que exceder as suas necessidades diárias mínimas de proteína seja
perigoso para a sua saúde.
Por isso, quando em dúvida, é mais indicado que se coma a mais do que a menos.
Não há evidências de que um alto consumo de aminoácidos apresente algum risco para a
saúde.
Além do mais, existem uma série de culturas (os esquimós são um bom exemplo), que
prosperaram com quase 100% de suas dietas formadas por alimentos de origem animal,
ricos em proteínas e gorduras e pobres em carboidratos.
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Qualquer proteína extra de que seu corpo não precise é transformada em uma das quatro
seguintes substâncias:
● ureia (urina);
● glicose (açúcar no sangue);
● gordura;
● amônia (urina).
Quando as células estão com proteínas extras, de que não precisam, as enviam para o
fígado, onde elas são transformadas em glicose ou ureia.
1) Ureia
Sob condições padrão, 90% do excesso de proteína é transformado em ureia (um produto
residual não tóxico) e excretado na urina.
2) Glicose
Só porque os aminoácidos podem ser convertidos em glicose não significa que eles serão.
A gliconeogênese não acontece "apenas porque pode".
Em um corpo bem regulado, a gliconeogênese não acontece porque pode; mas acontece
quando é necessário. O processo é orientado pela demanda, e não pela oferta.
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O que isso quer dizer? Só porque há aminoácidos entrando no corpo, e alguns desses
aminoácidos podem ser convertidos em glicose não significa que eles serão. A proteína que
ingerimos não se transforma automaticamente e instantaneamente em glicose.
O que sinaliza se o corpo precisa de glicose — isto é, os "fatores que regulam diretamente a
atividade da(s) enzima(s) limitante(s) da produção de glicose" — que normalmente são os
únicos determinantes da taxa de produção, são hormônios.
Ele vem de outras coisas sendo transformadas em glicose e então armazenadas como
glicogênio. Graças a Deus pela gliconeogênese, não é? Se ela não acontecesse numa dieta
baixa em carboidratos, você não apenas não seria capaz de se exercitar, mas também
provavelmente morreria.
No mais, se por um lado é possível que o excesso de proteínas cause um aumento nos níveis
de açúcar no sangue (e isso é algo que varia de pessoa para pessoa), por outro, as elevações
de açúcar no sangue que podem ocorrer em algumas pessoas não são páreas para os
grandes picos que podem ser causados pelo excesso de carboidratos (especialmente
carboidratos refinados e de alto índice glicêmico).
3) Gordura
4) Amônia
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A amônia é outra maneira de o corpo se livrar das proteínas. Bactérias quebram proteínas
não digeridas em nossos alimentos, excretando amônia tóxica como subproduto, que é
absorvido pela corrente sanguínea.
O fígado rapidamente retira essa amônia de circulação para que o seu nível permaneça
muito baixo. Os rins também são capazes de gerar amônia, mas eles excretam amônia na
urina (como forma de regular a acidez do sangue).
As referências científicas padrão (como a OMS e o IOM) não abordam essa questão, porque
a pesquisa de requerimento de proteína é realizada em pessoas que comem dietas como a
dieta ocidental padrão, que contém muito carboidrato.
Pessoas que comem uma dieta padrão fazem o açúcar no sangue vir dos açúcares e amidos
que comem.
No entanto, uma dieta com muito pouco carboidrato tornará necessário que se faça glicose
sanguínea a partir de proteínas, por meio do processo chamado gliconeogênese. Isso
acontece porque só conseguimos produzir quantidades muito pequenas de glicose a partir
da gordura.
Então, se você não ingerir proteínas suficientes para manter o açúcar no sangue, seu corpo
vai “roubar” proteínas dos seus músculos para realizar essa tarefa.
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Vamos dar uma olhada em algumas das funções vitais das proteínas e dos aminoácidos
individuais:
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Segundo a OMS, a definição da exigência diária de proteína é: "O nível mais baixo de
ingestão de proteína na dieta que irá equilibrar as perdas de nitrogênio do corpo e, assim,
manter a massa de proteína do corpo, em pessoas em equilíbrio energético com níveis
modestos de atividade física".
E quando se trata exatamente de quanto de cada aminoácido essencial precisamos por dia:
"No momento, nenhum método é totalmente confiável para determinar a necessidade
dietética de aminoácidos indispensáveis".
Sabe-se que por dia, 300 a 400 gramas de proteína percorrem livremente o corpo humano,
mas isso não significa necessariamente que temos que ingerir 300 a 400 gramas de proteína
todos os dias — pois podemos obter a maior parte dessa quantidade diária simplesmente
reciclando proteínas usadas.
Contudo, não podemos reciclar todas as proteínas que ingerimos, porque algumas são
desperdiçadas devido a ineficiências no metabolismo e algumas são perdidas por meio de
atividades naturais da vida diária, tais como:
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● sêmen;
● gliconeogênese.
Como perdemos algumas proteínas todos os dias, temos que ingerir proteínas para
substituir essas perdas.
A ingestão média diária mínima de proteína para o adulto médio deve ser de 0,8 gramas de
proteína por kg de peso corporal. No entanto, julgamos que o mínimo é um número
excessivamente baixo.
Antes que surja a dúvida, vamos esclarecer o que "gramas de proteína" realmente significa,
já que este é um mal-entendido muito comum.
Exemplificando, uma porção de carne de 100 gramas, mas contém apenas 24 gramas de
proteína real. Da mesma forma, um ovo grande pesa 50 gramas, mas contém apenas 6
gramas de proteína.
Tenha em mente que 0,8 gramas de proteína por kg de peso corporal é a recomendação
mínima — sendo importante mencionar que algumas pessoas podem se beneficiar de uma
ingestão consideravelmente maior.
Se seu trabalho é fisicamente exigente, como garçons, carteiros, pedreiros; se você anda
muito, corre, nada ou faz qualquer tipo de exercício, precisa comer mais proteína.
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Mesmo pessoas mais maduras, que sejam saudáveis, precisam de mais proteína do que
quando eram mais jovens para ajudar a preservar a massa muscular.
As pessoas que se recuperam de lesões também podem precisar de mais proteína, assim
como as mulheres grávidas precisam de proteína adicional para crescer seus bebês e as
mães que amamentam também.
Porque, para ganhar músculos, seu corpo deve sintetizar mais proteínas musculares do que
se decompõe.
Em outras palavras, é necessário que haja um saldo positivo positivo de proteínas em seu
corpo — geralmente chamado de “balanço de nitrogênio”, já que a proteína é rica em
nitrogênio.
Por esse motivo, as pessoas que desejam ganhar músculos precisam ingerir uma quantidade
maior de proteína (e levantar pesos, é claro). Está bem documentado que uma maior
ingestão de proteínas ajuda a construir músculos e favorece ganhos de força.
As pessoas que desejam manter os músculos que já construíram podem precisar aumentar
sua ingestão de proteínas ao perder gordura corporal, pois uma alta ingestão de proteínas
pode ajudar a prevenir a perda de músculos que geralmente ocorre durante a dieta.
É importante comer proteína suficiente se você deseja ganhar e/ou manter músculos. A
maioria dos estudos sugere que 1,6-2,2 gramas por kg são suficientes.
De todo modo, é improvável que em uma dieta estritamente carnívora alguém vá consumir
menos gramas de proteínas que o mínimo recomendável, já que a base da dieta são
alimentos ricos em proteína de qualidade.
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Um mito muito frequente é o de que seria necessária uma restrição de proteína na dieta
para que houvesse benefícios a respeito da longevidade.
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No entanto, um dos principais problemas com a literatura que cerca a restrição de proteínas
para a longevidade é que ela vem principalmente de estudos em camundongos, que não são
modelos apropriados para extrapolar os efeitos em humanos.
Outra razão pela qual os camundongos são usados, especialmente para pesquisas sobre
envelhecimento, é porque sua expectativa de vida média é de cerca de 24 meses (máximo
de 48 meses).
Isso é muito menos do que a média de 80 anos dos seres humanos (máximo de 120 anos).
Fazendo um comparativo, 1 dia para ratos equivalem a 40 dias para humanos.
Os ratos atingem a puberdade em torno de 42 dias, em comparação com 11,5 anos para
crianças humanas, de modo que 1 dia de camundongo são como 100 dias de uma criança.
Os ratos se tornam adultos após 8-12 semanas (média de 10), em comparação com 20 anos
para um ser humano, então 1 dia de camundongo = 104 dias de adolescência.
Os ratos tornam-se inférteis em torno de 15 meses, em comparação com 51 anos para uma
mulher humana (menopausa), então 1 dia de camundongo = 41 dias de adulto.
Os ratos são "idosos" por cerca de 6 meses, em comparação com 29 anos para a mulher na
pós-menopausa, então 1 dia de camundongo = 58 dias de idade.
Não importa em que fase da vida você olha, é claro que qualquer intervenção em
camundongos mostrando um efeito exigirá uma quantidade significativa de tempo para
ocorrer em humanos, se ocorrer.
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Uma razão para essa diferença no tempo de vida é devido às diferenças no metabolismo. Os
ratos têm uma taxa de gasto de energia por unidade de massa corporal que é sete vezes
maior que os humanos. Os ratos perdem 12-17% do seu peso corporal depois de um 18/12
horas de jejum; até 30% do peso corporal após 72 horas; e morrem depois de 5 dias de
jejum.
Existem muitas causas de danos; o dano oxidativo é uma fonte que desempenha um papel
importante. A restrição proteica reduz os níveis de dano oxidativo, ajudando a explicar sua
ligação com a longevidade. Este é o racional por trás da teoria.
Então, você consome uma dieta de 12% de proteína, ou cerca de 60 gramas, se você comer
2.000 calorias por dia, o que é cerca de 0,8 g/kg para o adulto típico.
Adultos mais velhos exigem, pelo menos, 1,2 g / kg de proteína por dia, sendo que várias
autoridades agora recomendam que os mais velhos consumam 1,2-1,5 g/kg.
Os idosos necessitam de mais proteína para compensar a sarcopenia, que é definida como
um comprometimento da função física (medida popularmente pela velocidade de
caminhada e/ou pela força de preensão) combinado com uma perda de massa muscular.
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Uma baixa ingestão de proteína está associada à fragilidade e pior função física do que uma
maior ingestão de proteína. Assim, não faz sentido restringir a ingestão de proteínas para a
longevidade, uma vez que aumenta o risco de morte prematura.
Além disso, mesmo que a expectativa de vida fosse aumentada, valeria a pena a perda de
função física, a qualidade de vida reduzida e o medo de quedas e fraturas?
Quando se trata de estudar o envelhecimento e os meios para retardá-lo, os ratos não são
equivalentes a pequenos seres humanos.
Existem testes de longevidade em macacos rhesus, que certamente são um modelo melhor
que os ratos. No entanto, muitas das mesmas limitações se aplicam.
Os macacos rhesus amadurecem sexualmente aos 3–5 anos de idade, têm uma esperança
média de vida de 25 anos e têm uma vida útil máxima de 40 anos.
Assim, os macacos rhesus têm uma estabilidade metabólica mais fraca do que os humanos,
o que significa que qualquer efeito observado na longevidade ainda será significativamente
mais pronunciado do que as alterações que poderiam ocorrer em humanos.
Mesmo assim, entre os dois estudos realizados, a expectativa de vida média foi aumentada
entre apenas um deles.
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No entanto, se esses resultados pudessem ser traduzidos para humanos, isso significaria que
nenhum efeito benéfico da restrição calórica pode ser esperado em pessoas com peso
normal ou magras.
No entanto, uma potencial implicação seria a de que pessoas com sobrepeso e/ou obesas
poderiam se beneficiar em certa medida de uma diminuição na ingestão excessiva de
alimentos.
Todavia, já sabíamos que a perda de peso em pessoas com sobrepeso e obesas beneficia a
expectativa de vida e a saúde. E adivinha? A ingestão de proteína necessária para otimizar a
perda de gordura e a composição corporal nesta população é maior (1,2 a 1,5 g/kg de peso
corporal) do que a promovida para a longevidade (0,8 g/kg ou menos).
Dessa forma, é sensato postular que os benefícios vêm mais da restrição do excesso de
energia (carboidratos e gorduras de má qualidade) em indivíduos acima do peso do que da
restrição proteica — sendo que um aumento da ingesta proteica pode favorecer a obtenção
deste resultado favorável.
Sendo assim, os dados que suportam a restrição proteica para a longevidade não são fortes.
Camundongos não são modelos apropriados para extrapolação para humanos devido a
diferenças no tempo de vida e no metabolismo, os dados em macacos não suportam um
benefício de restrição de energia ao longo da vida, e há influências desconhecidas da
genética.
Os dados de longevidade fracos que temos devem ser contrastados com os dados muito
mais fortes que mostram os efeitos da restrição proteica com o envelhecimento, como a
sarcopenia e a fragilidade, a qualidade de vida reduzida e a morte prematura.
Resumindo: Simplesmente não existem dados em humanos que dêem suporte a esta teoria.
Ela é baseada em especulação com o que acontece em outras espécies, porém os desfechos
da restrição proteica que são de fato observados em humanos (como maior perda de massa
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muscular, e menor saciedade) não sugerem uma relação positiva com a longevidade (muito
pelo contrário).
Dietas do terceiro mundo são muitas vezes muito baixas em calorias de todos os tipos, não
apenas calorias de proteína.
Ingestão inadequada de calorias pode levar à queima de proteínas para energia em vez de
usá-las para produzir moléculas importantes do corpo.
As dietas do terceiro mundo são frequentemente pobres em vitaminas essenciais, que são
necessárias para construir, utilizar e reciclar proteínas adequadamente.
As dietas do terceiro mundo são muitas vezes muito altas em alimentos vegetais, porque
são menos caros que os alimentos de origem animal.
As fontes animais de proteína são ideais, porque contêm todos os 20 aminoácidos que as
nossas células usam para construir proteínas e porque são mais fáceis de digerir e absorver.
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E, conforme já falado, não há evidências de que ingerir proteína em excesso (isto é, além
das necessidades diárias estimadas) seja prejudicial à saúde.
Esperamos que esta seção tenha sanado as dúvidas sobre o consumo de proteínas, sendo o
mais importante lembrar que o consumo de proteínas não deve ser temido na dieta
carnívora.
Agora, a proteína não é o único nutriente que causa dúvidas em pessoas carnívoras — pois a
gordura saturada e o colesterol também são alvos comuns. Vamos aprender sobre eles
agora.
Um dos principais argumentos contra a carne é o fato de que ela costuma apresentar
elevados valores de gordura saturada e de colesterol.
E este fato é real. Porém, o mito é que você deveria se preocupar com isso – porque a
ciência mais recente tem demonstrado que tanto a gordura saturada quanto o colesterol
tendem a ser inofensivos.
E, falando mais sobre o colesterol, saiba que ele é na verdade uma molécula fundamental
para a saúde do corpo.
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Não é o colesterol que você come que aumenta o colesterol do sangue. Essas coisas
aparentemente fazem sentido racional: “comeu gordura, armazenará gordura”, mas isso
não faz sentido nenhum biológico e essa simplicidade de raciocínio é muito perigosa.
Então, o que acontece quando ingerimos muito colesterol através da dieta? Nesse caso, o
fígado simplesmente produz menos, de modo que seu nível total não se altere muito.
Inclusive, para a grande maioria das pessoas, estima-se que o colesterol ingerido na dieta
tem efeito praticamente nulo nos níveis de colesterol sanguíneo.
Já para uma parcela mínima da população, o que ocorre é uma elevação sutil nos níveis de
colesterol LDL – porém, concomitante a uma elevação do HDL.
Sendo que a elevação sutil do LDL devida à ingestão de gordura saturada e/ou de colesterol
geralmente não é problemática: porque ela transforma as partículas de LDL pequenas e
densas em partículas de LDL grande (o qual também tem efeito protetor).
Estudos indicam que pessoas cujo LDL consiste majoritariamente em partículas grandes
possuem um risco menor de doença cardíaca.
Por isso, em estudos populacionais realmente amplos, que incluem centenas de milhares de
pessoas, foi apontado que a ingestão de gorduras saturadas e colesterol não está associada
com risco superior de doença cardíaca.
E, em alguns estudos, foi apontado que gordura saturada está associada a um menor risco
de derrame – outra causa comum de morte nos dias atuais.
As gorduras saturadas são fontes de combustível preferida para o coração, são reguladores
genéticos que podem ajudar a prevenir o câncer, usadas para fornecer estrutura para
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células de todos os tipos (pulmões, ossos, fígado, cérebro, etc.), necessárias para absorver
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e assimilar o cálcio, atuam como um agente antiviral,
antimicrobiano e antibacteriano, dentre inúmeras outras funções.
O suporte cerebral do colesterol é provavelmente o motivo pelo qual notamos nossos níveis
aumentarem naturalmente com a idade.
Porém, o mito é que você teria que se preocupar com isso, já que não apresentam efeitos
adversos no colesterol sanguíneo nem aumentam o risco de doença cardíaca.
Uma vez que cada célula animal contém colesterol, todos os alimentos de origem animal
contêm colesterol.
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As carnes musculares (frango, peixe, carne, porco, etc.) contêm uma quantidade
praticamente igual de colesterol por porção.
Enquanto certos alimentos de origem animal — fígado, gema de ovo, gorduras lácteas,
carnes glandulares e cérebro — são especialmente ricos em colesterol.
A gordura do leite contém muito colesterol porque o animal em crescimento precisa disso
para construir novas células.
Carnes de órgãos glandulares (pâncreas, rins, etc.) contêm mais colesterol porque as
glândulas produzem hormônios e os hormônios são feitos de colesterol.
O colesterol é sem dúvida uma das substâncias mais incompreendidas. Durante décadas, as
pessoas evitaram alimentos saudáveis, mas ricos em colesterol, como ovos, devido ao medo
de que esses alimentos aumentassem o risco de doenças cardíacas.
No entanto, consumir alimentos saudáveis com alto colesterol não prejudica sua saúde.
Além disso, alguns alimentos ricos em colesterol são carregados com nutrientes importantes
que faltam na dieta de muitas pessoas.
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Afinal, como poderiam a gordura saturada e o colesterol — que temos ingerido há centenas
de milhares de anos — estarem na raiz das doenças cardíacas, que são um fenômeno
relativamente novo?
Por mais de meio século, nos alertaram que o colesterol é ruim: “se você olhar o interior de
uma artéria entupida, você encontrará colesterol”.
Como a doença cardíaca é o assassino nº 1 do mundo atual, nos disseram que colesterol =
doença cardíaca = morte.
Por causa dessa linha de raciocínio, a indústria farmacêutica desenvolveu estatinas, uma das
classes de drogas mais lucrativas da história. As estatinas ajudam a reduzir a quantidade de
colesterol que o corpo produz.
Acontece que o colesterol não apenas ajuda a prevenir a demência, mas também protege
contra doenças infecciosas, sem causar doenças cardíacas, e ainda reduzindo a chance de
morte por todas as causas.
O cérebro detém 25% de todo o nosso colesterol corporal, o que acontece por um bom
motivo.
Por isso, não é de surpreender que o colesterol baixo aumente o risco de problemas
cerebrais como demência, depressão e doença de Parkinson.
É cada vez mais consensual o fato de que os carboidratos refinados (como açúcar e farinha),
dos quais só comemos quantidades significativas há cerca de cem anos, são fatores
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alimentares de risco mais relevantes para ataques cardíacos e outras doenças como
demência, depressão etc. O excesso deles interfere no equilíbrio autorregulado do nosso
sistema metabólico.
A crença de que o "colesterol é ruim" é tão difundida que você pode se perguntar como
tudo isso aconteceu. Como todos esses médicos podem estar errados?
Para entender como chegamos a esse ponto, é preciso remontar quase aos primórdios da
moderna ciência da nutrição. Em 23 de setembro de 1955, Dwight Eisenhower sofreu um
ataque cardíaco. Em vez de fingir que nada tinha acontecido, o presidente norte-americano
fez questão de tornar públicos os detalhes de sua enfermidade.
No dia seguinte, seu médico, Dr. Paul Dudley White, deu uma entrevista coletiva na qual
instruiu os americanos sobre como evitar doenças cardíacas: parar de fumar e reduzir tanto
a gordura como o colesterol. Num artigo posterior sobre o mesmo assunto, White citou a
pesquisa de um nutricionista da Universidade de Minnesota, Ancel Keys.
Em 1953, um médico chamado Ancel Keys manipulou alguns dados para concluir que as
gorduras animais estavam causando doenças cardíacas. Ele oferecia uma resposta para a
doença: a “hipótese dieta-coração”.
Trata-se da ideia de que uma alimentação rica em gordura saturada — provinda de carne
vermelha, queijo, manteiga e ovos — aumenta o colesterol, que, ao se solidificar no interior
das artérias coronárias, torna-as mais rijas e estreitas, até que o fluxo de sangue se estanca
e o coração para.
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Notou também que, embora os seres humanos sempre tenham consumido carne em
abundância, os carboidratos só passaram a frequentar nossas refeições há 10 mil anos, com
o advento da agricultura em massa. O açúcar, um carboidrato puro, sem fibras ou valor
nutritivo, faz parte da alimentação ocidental há meros 300 anos.
A gordura saturada, pelo contrário, encontra-se intimamente atrelada a nossa evolução: ela
é abundante, por exemplo, no leite materno. Para Yudkin, era mais provável que
adoecêssemos não pela substância pré-histórica, mas pela inovação recente.
Ancel Keys publicou sua "pesquisa" mostrando 6 países com alta ingestão de gordura animal
e seu maior risco associado de morte por doença cardíaca. (Hoje sabemos de muitas outras
fraquezas do estudo dos 6 países. O consumo de gordura era calculado pela quantidade de
gordura disponível no país, dividido pelo número de habitantes [independentemente de a
gordura virar comida ou sabão], e as doenças eram avaliadas pelos atestados de óbito [uma
fonte de informação extremamente pouco confiável]. Se hoje já criticamos os estudos feitos
com questionários alimentares, o que dizer disso?)
Este foi o catalisador para as recomendações de baixo teor de gordura e alto teor de
carboidratos do século passado — e é um dos maiores contribuintes para as nossas
crescentes epidemias de obesidade, diabetes e doenças cardíacas.
A carne se tornou ruim e grãos e óleos vegetais (gorduras saudáveis) tornaram-se bons.
O que se perde na história é que Keys excluiu outros 16 países do estudo — aqueles que não
apoiaram sua hipótese. Se tais países houvessem sido incluídos na análise, a correlação caía
por terra.
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universal que persiste até hoje: “a gordura é ruim, porque aumenta o colesterol; e o
colesterol é ruim, porque obstrui as artérias”.
Outro estudo naquele ano, contando com quase 60.000 pessoas, chegou à mesma
conclusão, e encontrou uma relação inversa com o derrame — ou seja, quanto mais gordura
consumida, menor a probabilidade de sofrer um derrame.
Coma todas as gemas que quiser, e o seu colesterol total no sangue provavelmente não
mudará muito.
Entenda que as plantas não contêm colesterol e que apenas alimentos de origem animal
fornecem colesterol, sendo que não há motivos para evitá-los. O colesterol é tão importante
que o seu corpo produz independentemente de você comê-lo ou não.
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É um erro confundir o que é levado à boca com o que resultará depois da ingestão. O corpo
humano, longe de ser um recipiente passivo de tudo aquilo que jogamos dentro dele, é uma
indústria química em pleno funcionamento, que transforma e redistribui a energia recebida.
O princípio que o governa é o da homeostase, ou o da manutenção do equilíbrio energético
(se o exercício nos aquece, o suor nos refresca). O colesterol, presente em todas as nossas
células, é produzido pelo fígado. Há tempos os bioquímicos sabiam que, quanto mais
colesterol o sujeito ingere, menos o fígado produz.
Como vimos, é um mito a ideia de que a gordura, a carne e o colesterol na dieta causam
doenças cardíacas.
E isso é apoiado pelo fato de que algumas das dietas mais saudáveis da história da
humanidade apresentam alto consumo de carne e de gordura animal.
As doenças cardíacas têm sido um grande problema para nós apenas há cerca de 50 anos. O
maior culpado é, portanto, algo que é novo em nossas dietas e a evidência atual aponta
mais fortemente para os carboidratos refinados e de alto índice glicêmico — e não para a
gordura, a carne ou o colesterol.
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Não há evidências de que carne, gordura saturada ou colesterol sejam prejudiciais à saúde
humana.
O foco negativo nos alimentos de origem animal fez com que as pessoas fugissem
desnecessariamente de alimentos naturais, nutritivos e não processados (ovos, carnes,
laticínios) e os substituíssem por “comida” processada, tendo como critério a gordura
saturada, cuja presença não tem relação com o surgimento de doenças.
Já os carboidratos de alto índice glicêmico (alimentos doces e ricos em amido que fazem
com que o açúcar no sangue suba rapidamente) são, de longe, os mais importantes fatores
de risco alimentar na doença arterial coronariana e de outras muitas doenças.
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sangue). Todas essas mudanças de marcadores estão associadas a maiores riscos de ataques
cardíacos.
Doenças que assolam a modernidade não podem ser atribuídas a alimentos ancestrais —
como a carne. É contra-intuitivo que uma dieta que restringe os carboidratos que nos
engordam faça mal para o sistema cardiovascular. Afinal, a obesidade é um fator de risco
para doença cardiovascular, bem como para diabetes e síndrome metabólica, que, por sua
vez, também são fatores de risco.
Para proteger seu coração, evite açúcar, farinha e outros carboidratos refinados o máximo
que puder.
Um estudo realizado na Escola de Saúde Pública de Harvard [2012] afirmou que comer
carne vermelha aumentaria o risco de morte por todos os tipos de doenças, incluindo
doenças cardíacas e câncer.
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O The New York Times publicou em 12 de março de 2012: "Riscos: mais carne vermelha,
mais mortalidade - Comer carne vermelha está associado a um aumento acentuado do risco
de morte, de acordo com um novo estudo, e quanto mais você comer, maior será o risco".
Portanto, mesmo que fosse o melhor estudo epidemiológico já feito no planeta, seria
impossível para os autores concluir que a carne vermelha causa a morte.
Neste estudo, haviam dois grupos enormes de pessoas: o Nurses' Health Study (mais de
120.000 mulheres) e o Health Professionals Follow-up Study (mais de 50.000 homens).
A cada dois anos, as enfermeiras foram perguntadas com que frequência tinham comido
carne vermelha nos últimos dois anos.
A cada quatro anos, perguntava-se aos profissionais de saúde do sexo masculino com que
frequência tinham comido carne vermelha nos últimos 12 meses.
Naturalmente, esses questionários não nos dizem com que frequência as pessoas
esquecem, subestimam ou até mesmo mentem sobre o que estavam realmente comendo.
(Se você ainda não iniciou a dieta carnívora, pense por um momento: “quantas vezes você
comeu carne vermelha nos últimos 12 meses?” É difícil responder de maneira precisa esta
pergunta — e este tipo de questionário está caindo em descrédito justamente pela pouca
acurácia que possui).
Acontece que as pessoas que relataram comer mais carne vermelha por dia também tinham
maior probabilidade de:
● fumar cigarros;
● ser sedentárias;
● pesar mais;
● ter diabetes;
● tomar aspirina regularmente;
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Mesmo que todos os dados fossem precisos, como podemos realmente saber se as pessoas
que comeram mais carne vermelha tinham maior probabilidade de morrer por causa da
carne vermelha ou por causa de um ou mais desses outros problemas?
Os pesquisadores podem sugerir que a razão mais provável para essas pessoas terem níveis
diferentes de morbimortalidade é a quantidade de carne que comem; mas é apenas porque
é nisso que precisam acreditar para justificar as décadas de trabalho e dezenas, senão
centenas, de milhões de dólares gastos nesses estudos.
Não porque é a explicação mais provável. É muito mais provável que a diferença seja
causada por todos os comportamentos associados ao consumo de carne ou ao
vegetarianismo eficaz.
Estudos observacionais, como o que deu origem à manchete citada, podem apresentar a
hipótese correta de causalidade, tanto quanto um relógio parado fornece para você a hora
certa.
Tudo o que um estudo como esse pode esperar alcançar é sugerir uma relação entre duas
coisas. Saltar de uma associação observada para causa ou risco é errôneo. Este estudo
comete esse erro - como todos os outros que revizamos demonizando carne vermelha ou
processada. A verdade é que a carne tem uma má reputação e maioria das pessoas pensa
em carne, especialmente carne vermelha, como perigosamente insalubre.
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No entanto, a carne tem propriedades únicas que a tornam um dos alimentos mais
nutritivos do planeta Terra. Vamos revisitar esse ponto ao longo do livro.
Antes de mais nada, apenas um esclarecimento: as proteínas animais são proteínas que
podemos obter com a carne, os laticínios, os ovos e os frutos do mar.
Algumas das fontes mais populares de proteína animal incluem: laticínios, como queijo,
leite, iogurte e soro de leite; ovos, peixes, mariscos e outros tipos de frutos do mar, aves
como frango, pato e peru, carne vermelha como carne bovina, além da carne de cordeiro,
de bode, de porco — dentre muitas outras.
A proteína vegetal é toda a proteína na dieta de fontes não-animais. Por exemplo, aqui
estão alguns dos tipos mais populares de proteínas vegetais: feijões, proteínas isoladas de
trigo, ervilha, arroz, proteína de ervilha, soja, tofu, vários produtos vegetarianos e veganos
etc.
Em primeiro lugar, a maioria dos alimentos vegetais contêm menos proteína por porção do
que os alimentos de origem animal.
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Em segundo lugar, a qualidade de uma fonte de proteína varia de acordo com o perfil de
aminoácidos contida nela.
Sendo que as melhores fontes de proteína em uma dieta contêm todos os aminoácidos
essenciais em proporções adequadas para os seres humanos.
Grande parte da preocupação com a nutrição tem sido com deficiência de vitaminas, mas
um estado de deficiência se deve não só à falta de vitaminas, mas também à falta de
aminoácidos.
Devemos obter o suficiente desses aminoácidos essenciais para manter as células do nosso
corpo em bom estado — e o fato é que a maioria dos alimentos vegetais carece de pelo
menos um dos nove aminoácidos essenciais.
Sendo assim, enquanto os alimentos de origem animal — carne, leite, ovos, peixe — são
fontes completas de aminoácidos essenciais, as plantas não são.
Por sua vez, os alimentos vegetais tendem a ser mais baixos em lisina, treonina, cisteína e
metionina.
Além do mais, algumas proteínas vegetais são menos digeríveis (menos biodisponíveis) do
que as proteínas animais.
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Em resumo, isso significa que podemos absorver e digerir algumas proteínas melhor que
outras.
Por esse motivo, 20g de proteína de alguns alimentos podem ser melhores do que 20g de
proteína de outros.
É importante estar ciente de como a biodisponibilidade proteica dos alimentos pode afetar
a ingestão total de proteínas.
Por exemplo, escolher apenas fontes de proteína de baixa qualidade pode resultar em uma
deficiência de proteína.
De acordo com as classificações do PDCAAS, método utilizado para medir a qualidade das
proteínas, todos os alimentos animais têm uma alta classificação de qualidade proteica.
Todas as proteínas animais são de alta qualidade, enquanto a maioria das proteínas vegetais
são de baixa a média qualidade.
Por isso e não à toa, os requisitos essenciais de aminoácidos não costumam ser satisfeitos
em dietas veganas.
Veganos podem exigir 25% mais proteína por dia do que os carnívoros, porque as proteínas
vegetais são mais difíceis de digerir e absorver do que as proteínas animais.
Por fim, as proteínas vegetais também são mais propensas a causar alergia e sensibilidade
alimentar do que as proteínas da maioria das carnes de animais.
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(Os outros quatro são proteína do leite, proteína do ovo, marisco e peixe.)
Sendo que pode ser difícil montar uma dieta vegana rica em proteínas ao se excluir os
alimentos acima.
No entanto, é fácil atingir todos os requerimentos proteicos na dieta carnívora sem nenhum
risco de alergia — pois a carne vermelha é quase que universalmente bem tolerada.
É também por este motivo que a dieta carnívora pode ser uma poderosa estratégia de dieta
de eliminação (algo que inclusive vamos abordar nesta obra).
Resumindo: A proteína vegetal não se compara à proteína animal: ela é muito menos
biodisponível e possui menos de cada aminoácido.
Mas será que nós fomos “feitos” para comer carne? É isso que investigamos na próxima
pergunta.
Os seres humanos são onívoros, com a capacidade de comer uma grande variedade de
plantas e animais. Por quase 2 milhões de anos, nossos ancestrais caçadores-coletores
comeram uma dieta de animais e plantas, em várias proporções e combinações,
dependendo da época e da localização geográfica.
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Em termos evolutivos, isso não é muito tempo. É provavelmente por isso que a intolerância
a laticínios e grãos é tão comum (porque não houve uma pressão seletiva forte o suficiente,
por tempo suficiente, para selecionar apenas indivíduos adaptados a estes alimentos).
A evidência antropológica nos diz que nossos ancestrais eram mais saudáveis antes da
agricultura do que depois da agricultura.
Portanto, evolutivamente, nossos corpos estão bem adaptados a uma dieta que pode
consistir na ingestão de carnes, aves, ovos, frutos do mar, com ou sem frutas e vegetais —
ou seja, bem diferente do que a humanidade vem consumindo.
Note que muitas frutas e vegetais são amplamente aceitos pelo organismo da maioria dos
indivíduos (embora possam existir sensibilidades individuais, que vamos inclusive explorar
na seção de ensaios), enquanto a carne e os peixes são quase que universalmente aceitos.
Por isso, faz muito sentido que a base da alimentação humana seja de carnes, ovos, peixes,
sendo complementada com frutas e vegetais (e possivelmente laticínios) se você gostar
desses alimentos, e lidar bem com eles.
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Mas existe um grupo de alimentos que deveria ser quase que universalmente excluído. Um
grupo que, ironicamente, é o que as diretrizes nos dizem para usarmos como base da nossa
dieta: os grãos.
Não. Não há evidências de que grãos integrais sejam bons para o ser humano.
Pelo contrário: há boas razões para acreditar que comer grãos coloca nossa saúde em risco.
Em primeiro lugar, merece destaque o fato de que os seres humanos não precisam de grãos
em sua dieta.
Em segundo lugar, note que os estudos que falam sobre os benefícios dos grãos integrais
sofrem todos do mesmo viés, porque eles se limitam a comparar dietas ricas em grãos
integrais com dietas ricas em grãos refinados e açúcares.
Esses estudos mostram que grãos integrais são mais saudáveis para nós do que grãos
refinados (farinha).
No entanto, isso não significa que grãos integrais são saudáveis. Para provar isso, você teria
que comparar uma dieta que contenha grãos a uma dieta que não contenha grãos.
Praticamente qualquer alimento é mais saudável para nós do que os carboidratos refinados.
Então, tentar provar que os grãos integrais são melhores que os carboidratos refinados é
fácil — mas este raciocínio oculta o fato de que os grãos integrais também são ruins.
O que faz mais sentido é pensar assim: quanto mais refinado é um grão, pior é para a saúde
humana.
E sempre é válido lembrar a questão evolutiva: os seres humanos e seus ancestrais têm
comido carne há dois milhões de anos; sendo que algumas culturas até comiam quase 100%
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de dieta de carne durante o ano todo, e ainda eram muito mais saudáveis do que nós, que
fomos equivocadamente induzidos ao consumo de grãos integrais como se fossem
saudáveis e necessários.
Não precisamos de grãos para sobreviver, muito menos para prosperar. Eles são
completamente e totalmente inúteis no contexto de uma dieta saudável. De fato, se uma
pessoa pouco saudável pedisse nosso conselho sobre as três principais coisas a serem
evitadas, diríamos para ela parar de fumar, parar de beber suas calorias (como refrigerantes
ou sucos) e parar de comer grãos.
Não. Algumas pessoas dizem que “o cérebro precisa de carboidratos”. A verdade é que seu
corpo pode fabricar toda a glicose necessária a partir de gordura e proteína (num processo
chamado de gliconeogênese).
(Sendo a única exceção o período de amamentação, uma vez que os bebês bebem leite
materno, que contém açúcares naturais.)
Ou seja: uma vez desmamado do leite materno, um ser humano pode viver uma vida inteira
sem comer um único carboidrato.
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Você pode seguir uma dieta "zero carbo", como é a dieta carnívora, mas isso não se aplica
para proteína ou gordura. Os seres humanos devem ter acesso a proteínas e gorduras
durante toda a vida para serem saudáveis.
O cérebro é feito quase inteiramente de gordura (57%) e proteína (38%), contendo muito
pouco carboidrato (5%). Nossos cérebros modernos cresceram em um ambiente de baixo
índice glicêmico.
Por 2 milhões de anos de nossa evolução, comemos muito menos carboidratos do que
comemos agora, sem carboidratos refinados ou processados. Hoje, a maioria dos seres
humanos come uma dieta com mais de 60% de carboidratos.
Ao longo dos milhões de anos de evolução humana, tivemos pouca exposição a refeições
com alto teor de carboidratos e nenhuma exposição às dietas super altas de açúcar de hoje.
Os nossos sistemas simplesmente não são projetados para lidar com as grandes oscilações
nos níveis de açúcar no sangue causadas pela dieta ocidental padrão (rica em farinha, grãos
e açúcar).
A razão pela qual tantas pessoas sentem que precisam ingerir carboidratos a cada poucas
horas para se sentirem calmas, felizes e produtivas se deve justamente a essa “montanha-
russa” de açúcar no sangue.
Uma vez vencido o vício no açúcar e nos carboidratos refinados, é normal perceber, dentre
vários benefícios, uma incrível melhora no humor e na capacidade cognitiva.
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Apenas algumas células do corpo necessitam de glicose (isto é, glóbulos vermelhos e certas
células do sistema nervoso central/cérebro), e essa pequena quantidade pode ser
facilmente produzida pelo corpo a partir das proteínas.
Cerca de 80% do sistema nervoso central pode usar cetonas, o que deixa menos de 30g de
glicose ao dia realmente necessária ao cérebro. Esses 30g podem ser facilmente obtidos por
meio da gliconeogênese.
O macronutriente que os humanos não precisam comer é justamente aquele que as pessoas
comem com maior abundância.
Dietas com baixo teor de carboidratos tornaram-se populares nas últimas décadas pelo Dr.
Atkins — mas o conceito de dieta low carb existe há mais de um século.
Há muito tempo é sabido pelos cientistas que dietas com muito pouco carboidrato são
eficazes não apenas como uma estratégia de perda de peso, mas também como uma
maneira de tratar e/ou prevenir diabetes, epilepsia e outras doenças crônicas comuns
causadas pela resistência à insulina.
Contudo, devido a interesses políticos e financeiros, dietas com baixo teor de carboidratos o
tempo todo recebem críticas completamente infundadas — sendo que você pode pesquisar
muito sobre dietas low carb no site do Senhor Tanquinho (senhortanquinho.com).
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Aliás, como poderiam os esquimós e inuits sobreviverem (com muito mais saúde que a
maioria de nós) durante séculos comendo uma dieta livre de carboidratos, se dietas com
baixo teor de carboidratos não fossem seguras?
A dieta low carb tem efeitos poderosos (e muito positivos) em seu corpo.
E é justamente por isso que pode ser necessário ajustar as dosagens de medicamentos com
o auxílio do seu médico: para evitar efeitos colaterais da medicação.
Alguns alimentos de origem animal até contêm carboidratos, mas em pouca quantidade
(por exemplo, um ovo contém cerca de 0,5 grama de carboidrato apenas).
Desta forma, a dieta carnívora pode ajudar você a obter todos os benefícios das dietas low
carb — sem que você tenha de comer plantas.
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Vamos começar com um pouco de contexto: numa estratégia alimentar de muitos baixos
carboidratos (como a dieta carnívora), o nosso corpo é capaz de entrar de entrar num
estado metabólico chamado cetose.
Nesse estado, o nosso corpo passa a usar as gorduras (parte da alimentação, e parte do seu
corpo — a depender da sua ingestão calórica) para produzir corpos cetônicos. Em suma,
esses corpos cetônicos passam a ser o combustível preferencial do corpo.
Tradicionalmente, as dietas usadas para atingir cetose são bem altas em gorduras, e
moderadas em proteínas — além de serem baixas em carboidratos.
Assim, algumas pessoas receiam que a dieta carnívora, por ter uma ingestão alta de
proteínas, poderia interromper este processo.
Pois o nosso corpo é capaz de produzir glicose por meio dos aminoácidos ingeridos (que
vêm das proteínas). O nome desse processo é gliconeogênese.
Mas só porque os aminoácidos podem ser convertidos em glicose não significa que eles
serão. Em um corpo bem regulado, a gliconeogênese não acontece porque pode — mas sim
quando se precisa. O processo é orientado pela demanda e não pela oferta.
O que isso quer dizer na prática? Que, só porque há aminoácidos entrando no corpo, e
alguns desses aminoácidos podem ser convertidos em glicose, não significa que eles serão.
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Da mesma forma que a cetose não acontece apenas porque alguém ingere muita gordura,
a gliconeogênese não acontece apenas porque alguém ingere muita proteína.
O corpo fará a glicose conforme necessário. Gliconeogênese não é nada a se temer em uma
dieta baixa em carboidratos, como a carnívora.
Na verdade, é em parte por causa dela que as pessoas conseguem fazer uma dieta baixa ou
isenta de carboidratos a longo prazo, sem que haja dano por insuficiência de glicose no
corpo.
E é interessante fazer o contraste: pois, como já vimos acima, é a falta de proteínas que
pode ser problemática, e não o seu “excesso”.
Se você está usando uma dieta baixa em carboidratos (low carb), cetogênica, carnívora —
ou qualquer outra dieta com o objetivo de perder gordura — a proteína é sua melhor amiga.
Independente da dieta que você faça, coma uma quantidade adequada de proteína para
manter a sua massa magra.
Agora, saiba que é possível que essa maior ingestão de proteínas tire você da cetose mais
profunda, mas você não deve se preocupar.
Isso acontece porque o corpo não criará muitas cetonas quando houver uma quantidade
excessiva de energia derivada de outros substratos (como a oxidação de glicose, ou mesmo
de aminoácidos).
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Mas é fato que a sensibilidade individual aos efeitos da proteína na insulina varia, e a
maioria das pessoas pode ingerir uma quantidade razoavelmente alta de proteína sem
interromper a queima de gordura ou tirar alguém da cetoadaptação.
Algumas pessoas podem ver o seu nível de cetonas diminuir ligeiramente devido a uma
grande ingestão de proteínas, mas como alcançar e manter a cetose não é o objetivo de
uma dieta carnívora, isso não é um problema. A cetose sozinha é apenas um fator em uma
dieta saudável.
É importante entender que um nível menor de cetonas não significa que alguém ainda não
está queimando gordura.
As pessoas que precisam manter níveis terapêuticos de cetonas para ajudar a gerenciar uma
condição médica, como a epilepsia, talvez precisem observar a ingestão de proteínas.
Para algumas pessoas, os efeitos benéficos de uma dieta carnívora podem ser o resultado
da cetose, mas considerando que muitas pessoas chegam à carnívora vindo da cetogênica,
existem outros mecanismos pelos quais a dieta carnívora pode estar exercendo seus efeitos.
O principal deles é a eliminação de alimentos vegetais, aos quais muitas pessoas não
percebem que são sensíveis.
Além disso, dependendo dos alimentos de origem animal que alguém consome em uma
dieta carnívora, é possível que sua dieta tenha uma qualidade nutricional maior do que
quando faziam low carb ou cetogênica — e quase certamente maior do que quando
estavam consumindo uma dieta padrão ocidental.
Em resumo, cetose não é um objetivo na dieta carnívora. Aceita-se que a maioria esteja em
cetose, embora geralmente não seja tão "profunda" quanto a procurada por quem está em
uma dieta cetogênica. Independentemente disso, muitos dos benefícios à saúde, se não a
maioria, parecem não depender de cetose, e são igualmente experimentados por aqueles
que relatam cetonas baixas ou inexistentes.
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Mas isso não é verdade. E, se o seu objetivo é a perda de gordura, você simplesmente não
precisa se preocupar com isso.
Porque você não precisa estar em cetose para perder gordura corporal.
“Os corpos cetônicos são o resultado da quebra de gordura — e não a causa desse
processo.”
Entenda: se você estiver usando uma dieta cetogênica como terapia médica e precisar de
manutenção de um certo nível de limiar de cetonas para eficácia clínica, essa é uma situação
diferente.
No entanto, sabemos que este não é o caso da enorme maioria das pessoas que começa
uma dieta cetogênica ou carnívora — elas não estão fazendo por terapia, e sim para
melhorar sua saúde e emagrecer.
Nesse caso, simplesmente não se importe com as cetonas: em vez disso, meça o que
importa para você. Por exemplo: fotos, medidas corporais, como você se sente, ao invés de
de perseguir um nível mágico de corpos cetônicos. Vamos falar mais sobre isso neste livro.
Por ora, saiba que estar em cetose é útil para quem precisa dela por motivos terapêuticos —
e não necessariamente para quem deseja apenas emagrecer e se sentir bem.
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Sim! E aliás, talvez devesse fazer isso ainda que medir cetonas te fosse importante.
As fitas de urina dizem apenas uma coisa para você: se há acetoacetato na sua urina. Nada
além disso.
Ou seja: a fitinha está indicando um roxo profundo, mas será que você está perdendo
gordura corporal?
Sendo que as outras formas de medição de cetose são superiores: isso inclui medições via
sangue (com aparelhos medidores de glicose, mas com fitas específicas) ou respiração (com
aparelhos como o uaiKeto).
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Mas, em ambos os casos, note que os aparelhos serão superiores para medir a sua cetose —
mas eles ainda assim não poderão dizer se você está perdendo gordura corporal ou não.
Mas é fundamental notar que estar em cetose não garante perda de gordura.
Para a perda de gordura, é muito mais importante manter um déficit calórico, com baixa
ingestão de carboidratos, comendo proteína adequadamente e não temer a gordura
naturalmente presente nos alimentos. Isto é muito mais importante do que perseguir
cetonas altas o tempo todo.
Aliás, não conhecemos um único estudo que compara uma dieta contendo vegetais a uma
dieta sem vegetais.
Felizmente, os laboratórios científicos não são nossas únicas fontes de informações valiosas
sobre o mundo.
Acontece que sabemos que várias populações ao longo da história comeram dietas
contendo praticamente ou absolutamente nenhum vegetal — e relatos históricos nos dizem
que essas pessoas eram muito saudáveis.
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Os inuítes são os exemplos mais claros desse fenômeno. Não temos plantações, árvores,
frutas, nem nada assim no ártico. Logo, essas pessoas não tinham escolha senão comer uma
dieta essencialmente animal.
E eles têm uma saúde muito melhor do que a nossa sociedade ocidentalizada.
A razão pela qual somos levados a acreditar que vegetais são bons para nós é que existem
milhares de estudos epidemiológicos comparando dietas com alto teor de vegetais a dietas
com baixo teor de vegetais.
E, muitas vezes, as pessoas que comem dietas com alto teor de vegetais parecem mais
saudáveis.
Errado.
Por exemplo, praticamente todas as pessoas acreditam que vegetais são saudáveis.
Assim, as que não comem vegetais (mesmo acreditando que eles sejam saudáveis) são as
que têm tendência de não cuidar tanto da saúde em outras esferas também.
Reciprocamente, as pessoas que comem mais vegetais tendem a ser as pessoas com uma
maior consciência sobre a saúde em geral e que, por isso, também tendem a fazer muitas
outras coisas de forma diferente da média, como comer menos alimentos processados,
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beber menos álcool, fumar menos, comer menos açúcar, se exercitar mais, dentre outras
atitudes.
Dessa forma, a única maneira de isolar esse viés, e realmente descobrir se os vegetais são
saudáveis é comparar uma dieta com vegetais a uma dieta sem vegetais — mas não
conhecemos nenhum estudo científico que tenha feito isso.
Portanto, ainda não existe prova científica de que os vegetais sejam essenciais para nós: e a
ideia de que os vegetais são bons para nós continua sendo uma hipótese não comprovada.
Por um lado, a maioria das verduras é baixa em calorias e, portanto, pode ser uma
alternativa útil para junk food, doces, assados, laticínios e grãos (como cereais, feijões,
nozes e sementes) ao tentar controlar o peso.
Por outro lado, os vegetais de alto índice glicêmico, muito doces e ricos em amido, não
ajudam no contexto da perda de peso.
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(Este contraste entre os diferentes vegetais fica óbvio quando comparamos um morango
com um grão como o trigo, por exemplo.)
Agora, mesmo no caso dos vegetais de baixa caloria, como verduras e hortaliças, alguns
problemas podem acontecer.
Por exemplo, devido ao alto teor de fibras, os vegetais podem ser difíceis de digerir
(especialmente se ingeridos crus).
Além do mais, os nutrientes vegetais são mais difíceis de absorver e utilizar do que os
nutrientes dos alimentos de origem animal.
As leguminosas contêm produtos químicos defensivos naturais que são projetados para
protegê-las das criaturas que tentam comê-las — estes são os chamados antinutrientes.
Alguns destes compostos (por exemplo, oxalato, salicilato, solanina, goitrogênicos, ácido
fítico e saponinas) podem ter efeitos adversos na saúde.
O oxalato e o ácido fítico se ligam a certos minerais, dificultando sua absorção — e assim
reduzindo o teor nutritivo utilizável dos alimentos que os contêm.
Estes produtos químicos são muito tóxicos para as células vivas. No entanto, as
concentrações que existem na maioria dos tipos de vegetais inteiros podem ser
relativamente seguras para a maioria das pessoas para se comer com moderação.
Como regra geral, é mais provável que as toxinas estejam concentradas nas cascas dos
vegetais, de modo a proteger a planta em sua superfície externa. Portanto, indivíduos
sensíveis podem querer descascar vegetais antes de comer.
Nós e a maioria dos nossos ancestrais temos comido leguminosas há 2 milhões de anos, por
isso nossos corpos adaptaram algumas formas de lidar com as toxinas naturais que podem
reduzir o risco para a saúde.
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Isso provavelmente não se aplica a alimentos evolutivamente “mais novos”, como grãos
(5.000 a 10.000 anos), carboidratos refinados (100-150 anos) e aditivos alimentares
artificiais (cerca de 70 anos).
Portanto, vegetais provavelmente são escolhas superiores quando comparados aos novos
alimentos.
Contudo, convém ressaltar que os alimentos de origem animal não possuem antinutrientes,
sendo superiores aos alimentos de origem vegetal.
(Além de, como falamos, eles fornecem micronutrientes que os alimentos vegetais não
possuem).
Sim, podemos — e com um raciocínio bem simples: o de lembrar que as plantas (como
todos os seres vivos) desejam crescer, se desenvolver, e se reproduzir.
As plantas vivem no planeta Terra há cerca de 600 milhões de anos, então as que ainda
estão por aí evoluíram e sobreviveram devido às incríveis maneiras que possuem de
combater animais, insetos, bactérias e fungos.
Como as plantas se protegem daqueles que querem comê-las? Com pesticidas. As plantas
possuem substâncias químicas naturais que criam sua primeira linha de defesa contra
agressores e entidades famintas.
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Os vegetais, ao contrário dos animais, não podem fugir dos predadores. Em vez disso, eles
têm toxinas para envenenar os agressores.
Os vegetais — alimentos que muitos de nós tanto odiamos quando éramos crianças, mas
nossos pais nos forçaram a comer porque são “saudáveis” — são na verdade tóxicos.
O gosto pelo doce e a aversão ao amargo refletem a biologia básica das crianças. As crianças
nascem preferindo os gostos doces, que as atraem para o leite materno. Em contraste com
o sabor doce, elas não gostam e rejeitam o sabor amargo, que as protegem da ingestão de
venenos.
Para que você entenda melhor, já que as plantas não podem lutar usando garras, nem
podem fugir correndo ou nadando, elas desenvolveram outros mecanismos para deter os
predadores.
Se você pensou até hoje que elas querem ser comidas, acostume-se com a ideia de que as
plantas não querem ser comidas por você.
Plantas vivem uma vida estacionária. Para gerenciar as muitas ameaças representadas pela
vida móvel, bem como o calor, a seca e outros estresses ambientais, elas desenvolveram um
número notável de produtos químicos defensivos.
Acompanhe o raciocínio. Finja agora que você é uma planta. Você não pode fugir de animais
que param para comer em você, certo? Você não pode rosnar para assustar os predadores,
concorda?
Você não pode passear para conhecer outras plantas, nem para se reproduzir — e não
existe um “Tinder para plantas”.
Você não pode eliminar os insetos que param para te morder. Então, como você se protege
e garante a perpetuação de sua espécie? Usando armas químicas muito sofisticadas.
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As plantas podem parecer inocentes e indefesas, mas estão armadas com armas químicas
silenciosas e sofisticadas, além de compostos específicos projetados para suas próprias
finalidades egoístas de sobrevivência e reprodução.
Como todas as outras criaturas terrenas, elas são egoisticamente motivadas a sobreviver e
se reproduzir a todo custo.
Coisas como lectinas, saponinas, flavonóides e alcalóides são todos mecanismos de defesa
para dissuadir os animais de comê-las.
Afirmar que existem perigos para a saúde com uma dieta à base de plantas incomoda a
sabedoria convencional e sacode os paradigmas de alguns especialistas em nutrição que nos
dizem que precisamos comer frutas e vegetais por conta de suas vitaminas e minerais
essenciais, pelos “potentes antioxidantes” dos mesmos e pelo “importante” papel da fibra.
O que talvez você e eles não saibam é que 99% de todas as plantas são completamente não-
comestíveis. Enquanto quase 100% dos animais são comestíveis, o oposto é verdadeiro para
as plantas. Elas são boas para a decoração, e boas para o meio ambiente — mas não tão
boas para a nossa saúde.
Por milhões de anos, as plantas, como todos os organismos vivos, vêm lutando pela
sobrevivência.
E as plantas têm milhões de anos de vantagem evolutiva sobre nós seres humanos.
As plantas não evoluíram para ser uma fonte de alimento para os predadores — e, para
elas, nós somos os predadores.
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De fato, 99,99% de todos os pesticidas em nossa dieta são produtos químicos naturais que
as plantas produzem para deter os predadores.
Elas produzem toxinas para se proteger de fungos, insetos e predadores. Existem dezenas
de milhares desses pesticidas naturais e cada espécie de cada planta contém seu próprio
conjunto de toxinas. Diferentes partes de cada planta contêm diferentes toxinas em
diferentes quantidades.
As plantas sentem perigo quando ameaçadas e seu sistema nervoso responde aumentando
a liberação de substâncias químicas defensivas. Poderiam alguns de nós ter níveis elevados
de reações negativas a esses produtos químicos após o consumo? Certamente.
As plantas não contêm nutrientes não disponíveis em alimentos de origem animal, não nos
protegem de doenças intestinais, doenças cardiovasculares ou câncer, e contêm numerosas
toxinas naturais que podem causar sérios problemas de saúde para algumas pessoas.
Esses produtos químicos atacam predadores de várias maneiras. Algumas dessas toxinas de
plantas penetram nas células e matam as mitocôndrias, algumas usam enzimas para
interferir no metabolismo, e algumas atacam diretamente nosso DNA.
As plantas são melhor entendidas como comida de sobrevivência e/ou como remédio.
Inclusive, as culturas e tradições humanas em todo o mundo têm usado as plantas locais
como remédio por milênios, com base em um conhecimento adquirido sobre quais são
seguras e quais são venenosas, e como prepará-las.
Em vez de tentar manipular plantas para torná-las comestíveis e de alguma forma satisfazer
nossas necessidades nutricionais, pode ser mais fácil nos concentrarmos em uma dieta
baseada em animais e derivados (carnes de todos os tipos, vísceras, órgãos, ovos, queijos),
congruente com a forma como somos projetados para comer.
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Você já pensou em tomar suplementos antioxidantes (ou extratos de plantas) porque eles
prometem benefícios?
O que já era uma indústria de 2,9 bilhões de dólares em 2015 deve subir para 4,5 bilhões até
2022. Esse crescimento econômico é alimentado pela ingênua esperança humana de que
podemos melhorar nossa saúde simplesmente adicionando algo mágico a nossa dieta.
Isso significa que eles são muito difíceis de absorver, são transformados em outra coisa
antes da absorção e/ou são rapidamente eliminados do corpo antes que possam chegar às
nossas células.
Sim, é verdade que o excesso de radicais livres e a oxidação podem causar problemas de
saúde ao longo do tempo.
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Ninguém vai ficar rico dizendo para você parar de comer alguma coisa. E ninguém quer que
lhe digam que parem de comer algo tão delicioso, conveniente, barato e viciante como
carboidratos refinados como açúcar e farinha.
Uma mensagem muito mais doce para engolir é: continue comendo açúcar, pegue este
produto de “planta mágica”, basta comer muitos vegetais e frutas e tomar sucos “detox”.
Muitas pessoas gastam seu suado dinheiro em antioxidantes vegetais (sucos, shakes, pílulas,
farinhas, chás e afins) simplesmente porque acreditam que isso reduz seu risco de doenças
no futuro por combater os radicais livres e a oxidação.
Mas não há evidências para apoiar essa prática — e existem maneiras muito mais eficazes
para melhorar o seu equilíbrio antioxidante, como consumir adequadamente alimentos de
origem animal e comer só comida de verdade.
Uma vez que alguma quantidade de oxidação é normal e natural, a Mãe Natureza em sua
sabedoria armou nossas células com seu próprio antioxidante interno chamado glutationa,
sempre pronto, disposto e capaz de limpar esses incômodos radicais livres.
Em circunstâncias normais, a glutationa é suficiente para nos proteger dos níveis naturais de
oxidação, mantendo as forças de oxidação e antioxidação em equilíbrio.
Esses açúcares e amidos anormalmente concentrados dominam as vias químicas das células,
gerando muito mais radicais livres do que glutationa.
Os alimentos processados podem ser a fonte mais importante de excesso de radicais livres
em nossas vidas modernas, mas certamente há outros, incluindo o consumo de álcool e o
tabagismo.
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Seja inteligente sobre sua saúde. Você não precisa de um mago impostor que quer vender o
que você já tem dentro de você mesmo. Confie na capacidade de seus próprios
antioxidantes internos.
Pare de desperdiçar o seu dinheiro em extratos impotentes — a ciência é bastante clara que
os pozinhos vegetais de alta tecnologia e as garrafas de suco de frutas não o salvam.
Grande parte dela vem de estudos epidemiológicos, mostrando que o consumo de frutas e
vegetais está "associado a" boa saúde e longevidade.
Reza a lenda que “precisamos das antocianinas das framboesas e mirtilos, do sulforafano do
brócolis, da alicina do alho e da curcumina do açafrão”.
Será mesmo?
Este é mais um caso em que, quando você começa a investigar um pouco mais, a ciência é
menos atraente do que costuma ser relatada.
Os efeitos que os extratos isolados e ultra-concentrados desses compostos têm nas células
cultivadas em placas de petri podem não ser os mesmos efeitos observados em seres
humanos vivos que consomem quantidades razoáveis de alimentos de verdade — e que
ainda precisam passar pelo trato gastrointestinal antes que seus metabólitos atinjam a
corrente sanguínea.
Alguns dos nossos antioxidantes mais poderosos são produzidos dentro de nós. E eles são
proteínas, feitos de aminoácidos.
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Consumidos em formas altamente concentradas, alguns deles podem ter um tipo de efeito
farmacológico — ou seja, agem quase como medicação e podem induzir, regular ou inibir
vários processos bioquímicos.
Porém isso não significa que precisamos consumir grandes quantidades deles para manter
uma boa saúde.
Em sua descrição das 10 características definidoras de uma dieta cetogênica bem formulada
(que eles chamam de well-formulated ketogenic diet ou WFKD), os pesquisadores de PhD da
Virta Health não alegam que os vegetais sejam um aspecto essencial de uma dieta
cetogênica.
Com base nos critérios que eles listam, seria possível construir uma WFKD desprovida de
alimentos vegetais.
(Para sermos claros, em nenhum lugar eles recomendaram ou endossaram uma dieta
carnívora; apenas que os seus critérios para uma WFKD não incluem um consumo mínimo
específico necessário de alimentos vegetais.)
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E, se nem para estas o nível de consumo diário de fitonutrientes foi estabelecido, para uma
dieta rica em alimentos nutritivos, pouco inflamatórios, e pouco processados (e a dieta
carnívora atende a todos esses requisitos) é provavelmente ainda menor ou nenhum.
Resumindo: Não existe uma dosagem estabelecida de requerimento para fitonutrientes (ou,
mais adequadamente, fitoquímicos). Todos os resultados que temos são especulativos e/ou
associativos. Até onde sabemos, parece ser completamente possível viver e ter saúde sem o
consumo destes compostos.
No entanto, ela não se parece com os antioxidantes que ingerimos de frutas e chá verde.
Para aumentar nossos níveis de glutationa, precisamos criar as condições ideais para apoiar
sua síntese.
Nosso corpo produz naturalmente glutationa, mas podemos ajudar dando a ele mais
precursores necessários para construí-lo.
Também podemos encontrar glutationa pré-formada em certos alimentos, sendo que uma
grande variedade de alimentos contém uma fonte dietética de glutationa, especialmente
alimentos de origem animal.
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Para aumentar nossos níveis de glutationa através da dieta, precisamos perguntar quais
alimentos contêm glutationa?
Podemos citar alguns, com vitela, costeleta de porco, presunto cozido, fígado de galinha,
hambúrgueres, carne bovina.
Ou seja, em uma dieta carnívora, estamos ingerindo alimentos que vão ajudar a
aumentarmos os níveis de glutationa, um antioxidante com inúmeros benefícios à saúde, e
que protege nosso corpo do estresse oxidativo.
As diretrizes alimentares são um fenômeno relativamente novo, já que antes do século XX,
nenhum governo fazia documentos tentando ensinar à população o que ela deveria comer.
Em 1847 uma mulher recém-casada de 21 anos de idade, de aparência simples, está deitada
no chão de uma igreja, inconsciente e trêmula. Isso não era novidade para Ellen G. White,
que tinha convulsões desde que foi atingida na cabeça por uma pedra aos 9 anos de idade.
Segundo ela, nesses ataques recebeu visões da palavra de Deus, muitos dos quais a
advertiram contra comer carne.
Ellen mais tarde seria fundamental na fundação da 12ª maior religião do mundo, a Igreja
Adventista do Sétimo Dia (SDA), uma religião que agora possui 25 milhões de pessoas em
mais de 200 países.
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Com base quase exclusivamente nessas visões, comer uma dieta sem carne se tornou um
princípio da igreja que muitos adventistas ao redor do mundo ainda aderem hoje.
Um dos principais canais dessa influência foi através de um jovem adventista chamado John
Harvey Kellogg, que se tornou tipógrafo das publicações adventistas do sétimo dia (SDA) por
volta de 1866, quando era adolescente.
A mente do rapaz foi tão profundamente influenciada pelas publicações da Igreja sobre
saúde, castidade e pureza que ele se tornou médico e mais tarde dirigiu o primeiro hospital
adventista, o Sanatório de Battle Creek, a fim de promover a causa.
Ele defendia que muitas das doenças que acometem a humanidade poderiam ser
amenizadas através de mudanças na flora intestinal e argumentava que as bactérias do
intestino poderiam produzir toxinas patogênicas durante a digestão das proteínas, assim
envenenando o sangue.
Por isso, o médico recomendava uma dieta livre de carnes, com moderada quantidade de
proteínas, laxativa, e com alimentos ricos em fibras.
Kellogg e a igreja da SDA promoveram uma agenda sem carne de várias maneiras brilhantes,
se não totalmente desonestas. Os hospitais da igreja primitiva, conhecidos como sanatórios,
ofereciam assistência médica e, é claro, defendiam e serviam uma dieta sem carne.
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de hospitais dos EUA que criaram, além de condicionar médicos missionários a transmitir a
mensagem de "saúde através da dieta" em todo o mundo.
Ela tornou-se uma “autoridade” no campo da nutrição e foi consultada por várias
instituições, em sua maioria hospitais e casas de repouso, além do exército e também o
governo americano. Era apadrinhada por John Harvey Kellogg e sua esposa, e com eles
trabalhou por muitos anos.
Lenna também escreveu vários livros-texto para cursos de enfermagem e nutrição ao redor
do mundo e foi “a voz da nutrição durante décadas”.
Desenvolveu, juntamente com seus pares, várias receitas que buscavam alternativas à
proteína animal, utilizando nozes, castanhas, amendoim, trigo, soja e outros cereais.
Em outras palavras, é o maior grupo de lobby sobre dieta do mundo e hoje é extremamente
ativo para influenciar a política alimentar em direção a uma agenda sem carne.
Desde a fundação da primeira de várias associações que passariam a exercer forte influência
sobre as escolhas alimentares das pessoas (e posteriormente replicadas em vários países ao
redor do mundo, ao longo do último século), a indústria alimentícia e a ideologia
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vegetariana já estavam presentes e foram ganhando, ao longo do tempo, cada vez mais
poder e influência.
Não é de se espantar, portanto, que várias opiniões parecem ser, entre quase todos os
nutricionistas, consensos generalizados (como por exemplo, a ideia de que “grãos são
essenciais e indispensáveis em uma alimentação saudável”), arraigados e revestidos de um
“todo mundo sempre soube disso”.
O que vemos como resultado é que, por conta da demonização das carnes e produtos de
origem animal, sofremos com a perda dos nutrientes do solo pelas monoculturas regadas a
agrotóxicos e fertilizantes químicos, deficiências nutricionais decorrentes da falta do
consumo de produtos animais e uma epidemia de síndrome metabólica pelo consumo
exacerbado de grãos, cereais, açúcares e carboidratos refinados, o que por sua vez gera um
desastre econômico para os governos no manejo da saúde pública.
Carnes não são responsáveis por doenças cardíacas, câncer, diabetes e outras doenças
modernas, que na verdade estão intimamente relacionadas com uma alimentação
composta de carboidratos refinados, grãos, trigo, açúcar — sendo que essas chamadas
“doenças ocidentais” não eram um problema até o século XX.
Ou seja, essas são doenças novas, mas o consumo de carne é antigo: o ser humano (e seus
ancestrais) come carne há milhões de anos.
E, obviamente, apontar uma comida ancestral como causadora de novas doenças não faz
muito sentido — assim como a maioria das orientações nutricionais atuais.
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Seguem abaixo algumas vantagens notadas por nós e por outros adeptos desta estratégia
alimentar:
O fato é que artigos sobre a dieta contêm memes estereotipados de um homem das
cavernas comendo um lombo de osso no estilo “Flintstone”.
E se puder ajudar a restaurar a saúde de maneira que nenhuma outra dieta pode?
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Quando essas pessoas começam a receber quantidades mais elevadas de ferro e zinco
biodisponíveis, vitamina B12, vitamina A, ômega-3 do tipo EPA e DHA, não é de admirar que
elas se sintam muito melhores, física e mentalmente.
Podemos dizer que sim. Algumas desvantagens notadas por nós e por outros adeptos são:
● fica mais difícil de comer na rua, a não ser em restaurantes por quilo ou churrascaria;
● geralmente em restaurante por quilo você encontra muitas carnes com molhos, em
que certamente usaram temperos prontos e óleos vegetais;
● as refeições acabam sendo feitas em casa para que seja possível comer em maior
quantidade e escolhendo carnes adequadas;
● algumas pessoas sentem falta da variedade de vegetais e frutas, já que basicamente
boa parte da alimentação se resume ao consumo de carnes e ovos como
acompanhamento;
● fica mais difícil de se alimentar em locais públicos, festas, confraternizações,
eventos;
● na rua, a carne costuma ser servida em porção menor do que um adepto da
carnívora está acostumado a comer (e repetir o prato para consumir mais carnes
pode deixar o orçamento apertado);
● a depender da quantidade consumida por mês e da escolha dos alimentos, as
compras podem custar um pouco mais do que o habitual.
Contudo, ainda assim não ouvimos ninguém dizer que as vantagens não compensam as
possíveis desvantagens e a realidade é que "não existe essa coisa de almoço grátis", ou seja,
é impossível conseguir algo (sua saúde restaurada) sem abrir mão de nada.
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Na nossa experiência, é melhor começar com uma dieta carnívora mais restrita e se desejar,
passado algum tempo, expandir com cuidado conforme tolera ou deseja.
Dessa forma, se ou quando a comida for reintroduzida, você poderá identificar os culpados
que causam problemas.
Caso não faça opção por manter uma dieta carnívora de forma estrita por toda a vida, você
poderá personalizar a sua dieta, incluindo alimentos que julgar conveniente. Sugerimos
obviamente que, se você for reintroduzir alimentos, sejam alimentos reais em vez de
processados e ultraprocessados.
De repente, você pode experimentar adicionar de volta alguns vegetais e frutas, observando
como o seu corpo reage. Em se tratando de reintroduções, a melhor maneira de obter um
feedback preciso é adicionar um alimento de cada vez e não vários ao mesmo tempo.
Por exemplo, você pode comer uma porção de morangos como sobremesa e prestar
atenção para ver se seu corpo enviará algum sinal indesejado de reação. Porém, se você
fizesse uma salada de frutas e logo em seguida se sentisse mal, não teria como isolar qual
foi a fruta que causou a resposta negativa.
O mesmo vale para os vegetais. Uma situação seria a de preparar um “arroz de couve-flor”
como acompanhamento para uma carne, ao invés de fazer um ratatouille, com vegetais
diversos.
Recomendamos que os alimentos que eventualmente você possa querer reintroduzir sejam
os mesmos que são “permitidos” nas dietas low carb e cetogênica, ou seja, baixos em
carboidratos e de baixo índice glicêmico, excluídos os alimentos processados,
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Destacamos por fim que embora a maioria das pessoas alcance ótimos resultados após 30,
60 e 90 dias de dieta carnívora, para outras pode levar até anos para que sejam revertidos
os danos causados por dietas ruins feitas no passado.
O melhor indicador que você terá para saber se esta dieta é adequada para você é analisar
como fica a sua saúde física e mental após o período de adaptação. A nossa suspeita é que
muito provavelmente a dieta carnívora será a última dieta da sua vida.
Lembre-se de que você pode mudar sua dieta quantas vezes quiser — assim como a sua
ideologia — mas você não pode mudar a biologia evolutiva humana. E todos nós
dependemos do consumo de alimentos de origem animal para prosperarmos.
Vamos direto ao ponto: não é possível dizer que uma estratégia exclusivamente carnívora
seja a melhor para todas as pessoas.
Também não podemos dizer que uma dieta carnívora vai curar uma doença, eliminar um
sintoma ou transformar sua vida.
Porém — antes de testar — é impossível dizer que ela categoricamente não vai.
E por quê? Porque a comunidade carnívora cresce a cada dia. E, nela, vemos cada vez mais
relatos de pessoas que sofriam com problemas de saúde misteriosos e difíceis de serem
resolvidos, mas que foram melhorados ou sanados na dieta carnívora.
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Dentre outras.
O que é muito óbvio, mas precisa ser dito, é que uma dieta que tem se mostrado eficaz para
curar diversas doenças, não pode causar doenças. Ou seja, são boas as chances de você ter
respostas positivas com a dieta carnívora, mas é ilógico que em virtude de a ter adotado
possa desenvolver uma porção de doenças.
Se você tem alguma condição de saúde, como as acima relatadas, pode tomar a decisão de
testar uma dieta carnívora e ver como seu corpo reage.
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Porque pode ser que a carnívora não melhore — mas pode ser que sim. E o teste é simples e
gostoso de se fazer. Por que não se dar esta chance?
Dizem-nos que estas plantas podem combater o câncer e fortalecer o nosso sistema
imunológico.
Se elas precisarem de nós para ajudá-las a dispersar suas sementes, elas vão embalar as
sementes em uma fruta colorida e atraente e enchê-la com os açúcares doces que amamos
comer.
No entanto, elas não querem que comamos seus talos, raízes, caules e folhas — pois estas
são as partes vitais que mantêm a planta viva.
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Mas, como elas não podem correr, rosnar, morder ou arranhar criaturas que querem se
banquetear com elas, elas evoluíram, ao longo de centenas de milhões de anos, algumas
armas químicas para afastar transeuntes famintos.
Por que só ouvimos falar do lado dos super-heróis do brócolis , e não do seu lado sombrio?
Podemos dizer com segurança: quando se trata de comida e saúde, acreditar é ver.
Se acreditamos que algo é bom para nós, só vemos evidências que apóiem essa crença e
somos quase incapazes de enxergarmos evidências em contrário.
A crença de que os vegetais são bons para nós vem inteiramente de estudos
epidemiológicos, que só são capazes de gerar teorias não testadas sobre alimentação e
saúde.
Não existe nenhuma evidência clínica convincente para apoiar os benefícios para a saúde
das crucíferas — mas existem evidências científicas interessantes o suficiente para pelo
menos questionar seus benefícios à saúde.
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A maioria dos estudos clínicos disponíveis no PUBMED, foram “negativos” — o que significa
que os pesquisadores não encontraram o benefício de saúde que procuravam.
A primeira vista, pode-se pensar que comer mais frutas e verduras é uma boa ideia.
No entanto, após um exame minucioso, tornam-se óbvias as falhas que tornam impossível
saber se os resultados são realmente devidos aos frutos e vegetais e não a algum outro
fator.
Isso significa que o grupo de pessoas que comeu mais frutas e vegetais pode ter sido mais
saudável porque estava ingerindo carboidratos menos refinados do que o grupo que ingeria
menos vegetais.
Portanto, não sabemos se as pessoas que comiam mais frutas e legumes eram mais
saudáveis por causa dos vegetais ou por algum outro aspecto da intervenção.
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Você quer dizer além das populações como os inuítes — que sobrevivem numa dieta
essencialmente carnívora há gerações?
Sim, ela já foi testada em estudos — sendo que um dos mais interessantes foi inspirado
justamente pelos inuítes.
Além disso, sua mãe, nascida na Islândia, também disse que em sua infância eles não tinham
idéia do que era dor de dente.
Ao longo dos anos de sua pesquisa polar, observando e adotando o estilo de vida dos povos
do norte, Vilhjalmur Stefansson estava convencido de que — a despeito das visões que a
ciência havia estabelecido sobre “uma dieta equilibrada” como a única possível para a
sobrevivência humana — comer apenas carne não causa nenhum dano.
Isto é: Stefansson viveu por 4 anos entre os Inuit, seguindo uma dieta na qual consumiam
apenas carnes e peixes por até 9 meses do ano.
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Na ausência de pesquisas clínicas e laboratoriais nessa área na época, Stefansson propôs sua
candidatura a um estudo mais controlado — sendo assim, ele concordou voluntariamente
em comer exclusivamente alimentos de origem animal por um ano.
Em 1927, no Russell Sage Institute (Instituto de Patologia, Bellevue Hospital Center, NY), um
comitê especial foi formado por Raymond Pearl (da Universidade Johns Hopkins), que
incluía especialistas em medicina, dieta, biologia e fisiologia.
Sendo assim, este é um único estudo que avaliou os efeitos de uma dieta exclusivamente
carnívora por um ano — sem suplementos, nem hormônios, nem vitaminas: realmente, só
carne — e que viu que os praticantes estavam muito bem, obrigado.
Não houve nenhuma deficiência, os dois homens ficaram perfeitamente saudáveis, suas
evacuações permaneceram normais (apenas se tornaram menores, e sem cheiro forte).
A gengivite de Stefansson havia desaparecido ao fim do estudo, e ele optou por comer
principalmente carnes mais gordas a maior parte do tempo (sem medo da gordura
naturalmente presente na carne), comendo entre 2000 e 3100 kcal por dia, com quase 80%
delas vindas das gorduras.
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Não, não temos. Simplesmente não existem estudos de longo prazo que randomizem um
grupo de pessoa para uma dieta carnívora, outro para onívora, e outro para vegetariana
(embora nós adoraríamos ver este estudo algum dia).
Dado que não existem estudos deste tipo, tenha em mente o seguinte: a teoria de que a
carne vermelha é ruim para a saúde humana e causa obesidade, diabetes, doenças
cardíacas, câncer e até mesmo morte prematura não é comprovada pela evidência
científica.
Este é o tipo de ciência fraca sobre a qual o relatório EAT-Lancet se baseia. O fato é que não
há evidências para sustentar alegações de que a carne vermelha é ruim para a saúde.
Ensaios clínicos randomizados e controlados em humanos, considerados o padrão ouro da
pesquisa científica, não sustentam a ideia de que a carne vermelha cause qualquer tipo de
doença.
Vamos ver os principais estudos sobre os tópicos em questão (todas as referências usadas
se encontram no material bônus na sua área de membros, na seção de referências
bibliográficas).
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Uma grande meta-análise de todos os ensaios clínicos sobre gorduras saturadas chegou à
mesma conclusão.
Sobre carne vermelha e câncer: 2 grandes ensaios clínicos multicêntricos financiados pelo
NIH envolvendo mais de 50.000 homens e mulheres que reduziram significativamente o
consumo de carne vermelha (enquanto aumentavam frutas, verduras e grãos) não viram
nenhuma redução de risco para recidiva do pólipo, para qualquer tipo de câncer.
Ou seja: de todos os ensaios clínicos que temos, nenhum deles conseguiu indicar malefícios
nem da gordura saturada, nem da carne vermelha.
Se você busca evidência forte para tomar suas ações, saiba que a evidência forte está do
lado da comida pouco processada — especialmente, do lado da carne.
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Segue uma lista com as maiores fontes de selênio por 100 gramas. O percentual é referente
às recomendações diárias.
É por este motivo que muitas pessoas comem uma ou duas castanhas por dia.
Infelizmente, elas também têm fitato, e muitas pessoas não lidam bem com elas.
E, para quem segue uma dieta carnívora não faltam boas alternativas: 16 das 20 melhores
fontes são de origem animal.
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Se você não pretende comer rim de porco nem caracol num futuro próximo, veja como
porções pequenas, de até 200g de peixes e frutos do mar (como cavala, salmão, peixe-
espada, mexilhões, polvo, lula, ostras, atum, ou anchovas) já mais do que são suficientes
para a sua meta diária de selênio.
Sendo que a própria carne vermelha também contém esse nutriente: com as centenas de
gramas que você comerá por dia, sua ingestão de selênio está garantida.
Não apenas os carboidratos refinados e os vegetais ricos em amido que qualquer pessoa low
carb ou cetogênica evitaria, mas também os que normalmente são considerados totalmente
ok, como cogumelos, abacates, nozes, sementes e afins.
A dieta carnívora não deixa de ser uma forma de dieta low carb, próxima do “zero carb”.
E mesmo que os óleos puros possam ser considerados "zero carbo", carnívoros estritos
também evitam o azeite de oliva, o óleo de coco e outras gorduras de origem vegetal (além,
obviamente, dos óleos vegetais refinados — que qualquer pessoa preocupada com a saúde
deveria evitar).
Alguns são um pouco mais flexíveis e fazem exceções para café, chá, vinho, destilados e
temperos.
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Outros incluem ovos e laticínios, mas a maioria prefere basear a dieta na carne de animais,
especialmente carne bovina gorda, porco, cordeiro, peixe gordo (salmão, cavala, sardinha,
arenque) e frutos do mar.
Também existem os que comem apenas carnes de músculo, enquanto outros incluem
vísceras e caldo de ossos.
Daqueles que comem exclusivamente carne, muitos optam apenas pela bovina, enquanto
outros consomem carneiro, porco, aves, frutos do mar, caça selvagem e outros alimentos de
origem animal, além da carne bovina.
De toda forma, a carne de animais ruminantes forma a base da dieta carnívora — e que, por
ser nutricionalmente completa, pode servir como uma ótima “dieta de eliminação”.
Inclusive, estima-se que algo entre 2 a 20% de todas as pessoas no mundo sofram com
alguma intolerância alimentar.
Nesse caso, uma das medidas padrão é fazer uma “dieta de eliminação”, que remove certos
alimentos que são conhecidos causadores de sintomas desagradáveis — para depois
reintroduzi-los, um a um, testando quais causam sintomas.
Se você está com algum problema de saúde intratável que parece não melhorar — mesmo
depois de adotar dietas saudáveis como uma dieta cetogênica baseada em comida de
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verdade, o carnivorismo é uma maneira direta de eliminar a grande maioria dos alérgenos
alimentares mais comuns.
Pense no seguinte: pode ser bem complexo descobrir se você é sensível ao glúten, oxalatos,
salicilatos ou algum outro composto em alimentos vegetais.
Mas a dieta carnívora simplifica tudo isso: pois você simplesmente elimina todos os
potenciais alérgenos de uma vez.
Algumas pessoas são sensíveis a ovos ou laticínios, alérgicas a crustáceos, e algumas podem
ser sensíveis a histaminas (que são compostos que podem estar presentes em alimentos de
origem animal, particularmente aqueles que são curados ou envelhecidos, como carnes
curadas e queijos envelhecidos).
Desse modo, a dieta carnívora não elimina automaticamente todos os potenciais irritantes
da dieta, mas se alguém suspeitar de uma dessas sensibilidades alimentares, pode conceber
a sua dieta como isenta de ovos e produtos lácteos, e baixa nos produtos de carne com
histamina alta.
Nesse sentido, a dieta carnívora é semelhante à dieta cetogênica — pois ela tem certos
princípios orientadores, mas, dentro deles, é altamente personalizável.
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Enquanto muitas pessoas que mudam para a dieta low carb ou para a cetogênica têm
melhorias quase milagrosas em uma série de condições de saúde, algumas descobrem que a
cetogênica não é suficiente. Pois elas têm melhorias notáveis, mas persistem sintomas
pequenos e outros não tão pequenos.
Entre esse grupo, alguns que deram o salto da keto para carnívora relataram a resolução
completa de problemas que não foram totalmente resolvidos com a dieta cetogênica
convencional.
Para alguém que segue uma dieta cetogênica e ainda lida com sinais e sintomas incômodos,
idealmente, o primeiro passo seria trabalhar com uma nutricionista experiente ou
profissional de saúde atualizado que possa ajudar na solução de problemas.
Talvez haja uma mudança relativamente simples que ela possa fazer e que ela simplesmente
não pensou. Mas, para aqueles que já seguiram esse caminho e não viram melhorias
naqueles problemas remanescentes, pode valer a pena dar uma chance à dieta carnívora.
Se os depoimentos publicados no site "Meat Heals" são alguma indicação, uma dieta
carnívora parece ser especialmente útil para pessoas com instabilidade de humor, distúrbios
digestivos e condições dermatológicas.
Todavia, deve-se notar que, por enquanto, esses relatos pessoais são anedóticos e não
possuem o mesmo peso científico que os ensaios clínicos rigorosos.
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Dito isto, talvez o crescente número dessas histórias pessoais poderosas estimule o
interesse dos pesquisadores em começar a investigar isso com mais seriedade.
Alguém aderindo diligentemente a uma dieta cetogênica aparentemente perfeita pode não
experimentar uma melhora em uma condição específica até que elimine os alimentos aos
quais é sensível.
Para uma pessoa que suspeita que tem um problema que uma dieta exclusivamente
carnívora pode tratar de uma maneira que uma cetogênica restrita não pôde, ela pode
experimentar a carnívora por algum tempo e então, sistematicamente, reintroduzir
alimentos vegetais um de cada vez para ver como ela reage a eles.
Sendo assim, a carnívora pode ser vista como uma forma de “dieta de eliminação” para
quem está na cetogênica — falamos sobre dieta de eliminação um pouco acima.
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Em geral, as Dietas Zero Carbo têm uma série de benefícios para a saúde. Muitos deles
semelhantes aos benefícios de uma Dieta Cetogênica.
4. Melhora no perfil lipídico: as dietas LCHF promovem aumento dos níveis de HDL, e
redução dos triglicerídeos;
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Lembrando que isto não significa que estes resultados necessariamente ocorrerão (e nem
que vão ocorrer ao mesmo tempo) — mas sim que suas chances de obtê-los aumentam
drasticamente ao seguir a estratégia carnívora.
Os cães que conhecemos são descendentes dos lobos, e compartilham muito de seu DNA
com eles. Mas como se deu essa separação?
Isso é assunto de muita discussão. É provável que lobos menos agressivos viram vantagens
em ficar perto dos humanos para ganharem os restos da sua comida (carnes) e foram
ficando — assim forjando a aliança que marca a relação entre ambos.
Não foi uma amizade com um começo fácil, mas era um jogo de interesses para ambas as
partes.
As teorias apontam que alguns lobos andavam atrás dos homens para se aproveitarem dos
restos de comida.
Instintivamente, eles perceberam que ao lado das tribos teriam alimento fácil e passaram a
dividir o território.
Com os lobos por perto, os homens viram que estavam mais protegidos de ataques de
outros animais e permitiram a aproximação.
Com o tempo, os filhotes das gerações futuras dos lobos não caçavam mais sozinhos e
tinham o homem como fonte de fornecimento de alimentos.
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O advento dos canídeos ao lado do homem inclusive apressou a extinção dos grandes
animais gordurosos que haviam dado ao homem da caverna suas proezas físicas e
resistência a doenças.
O cão também teria ajudado o caçador a entrar em sua fase neolítica, reunindo ovelhas
selvagens, gado e cabras e ajudando a mantê-las em rebanhos, para que sua carne e leite
gordurosos estivessem disponíveis durante todo o ano.
Era preciso cruzar somente os cães que tinham menos propensão de comer os rebanhos, e
foi isso que foi feito.
Pode não parecer, mas seu peludo é um carnívoro oportunista. O cão descende do lobo e
compartilha com essa espécie 99,9% do seu DNA mitocondrial — e, embora os lobos
também devorem frutas, raízes e gramíneas, eles se alimentam predominantemente de
presas.
Os cães comiam dessa maneira antes da invenção dos alimentos processados para eles e
eram notavelmente mais saudáveis, com expectativa de vida mais longa e menos doenças.
Cães são animais carnívoros e o mesmo tem sido dito a respeito dos seres humanos. O fato
de podermos consumir outros alimentos não significa que os de origem animal não sejam a
melhor forma de nutrição ao corpo.
Quando os lobos e os seres humanos se aproximaram, foi a carne que os uniu: não foi o
brócolis, nem as migalhas de pão, tampouco a soja.
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O fato de cães e donos não estarem mais se alimentando desta forma só mostra o quão
estamos desconectados de nossa real natureza.
Os modernos alimentos servidos para ambos, sejam “rações humanas” ou caninas, apenas
aceleram nosso declínio.
Embora existam diferenças entre cães e humanos, existem muitas semelhanças nos
problemas de saúde que enfrentam.
Eles também sofrem de artrite, IBS, pancreatite, doenças autoimunes, doenças de pele,
problemas hormonais, câncer, diabetes, obesidade etc.
Os cães também sofrem até mesmo mentalmente por comerem a dieta errada.
Ingerir alimentos que causam inflamação pode levar à depressão, permeabilidade intestinal,
doenças autoimunes, ansiedade, e letargia.
Uma rápida olhada nos principais ingredientes de qualquer grande marca de alimentos para
animais de estimação mostra que os principais ingredientes são: trigo, soja, milho, e até
xarope de milho — seguidos por uma longa lista de produtos químicos que não
conseguimos soletrar ou pronunciar.
A indústria tenta confundir alegando que os cães são onívoros, mas é muito importante
enfatizar que isso não é verdade.
Os ingredientes citados são utilizados pela indústria meramente por serem baratos.
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A quantidade de amilase (uma enzima que inicia a digestão do amido) na saliva do cão é
quase insignificante e os canídeos apresentam intestinos delgados curtos, inadequados para
a digestão de carboidratos complexos, como grãos.
Os cães são capazes de digerir e aproveitar vegetais, como legumes e frutas. Contudo, toda
a sua morfologia e metabolismo indicam que são animais carnívoros, preparados
especialmente para uma alimentação natural crua com ossos.
Os alimentos de origem animal crus são alimentos reais, nutricionalmente densos, que não
precisam de vitaminas e minerais adicionais.
Ossos carnudos crus são como o esqueleto da presa que o cão selvagem abate e come.
O esqueleto é formado por ossos, que fornecem cálcio e outros minerais, mas também por
articulações, que são ricas em colágeno e condroitina.
Dentro dos ossos há ainda gordura, medula e sangue, e os ossos carnudos contêm também
um pouco de carne, fornecendo também proteína, elemento tão valioso para os carnívoros.
O lugar de carboidratos como milho, soja, trigo (ingredientes de baixo custo amplamente
empregados por fabricantes de ração seca) absolutamente não é na vasilha do seu cachorro.
A dieta que a natureza preparou o cão para consumir é pobre em carboidratos e rica em
proteína, tendo consequentemente uma baixa carga glicêmica.
Um cachorro alimentado com ração à base de grãos é mais predisposto a ficar obeso porque
esses alimentos têm uma carga glicêmica mais elevada.
Em contrapartida, uma dieta mais dentro dos moldes do que prescreve a natureza mantém
a silhueta esguia muito mais facilmente e ainda previne o aparecimento de doenças.
Cães são projetados para o consumo de proteína e gorduras saturadas de origem animal,
que são uma importante fonte de calorias e nutrientes, incluindo ácidos graxos essenciais.
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A alimentação natural crua com ossos ajuda a prevenir e até a combater a doença
periodontal, já que a mastigação dos ossos carnudos crus desorganiza a placa bacteriana e
raspa o tártaro já formado.
Ossos no seu estado natural (crus) têm sido a fonte de cálcio de canídeos selvagens de todos
os portes e idades há milênios.
A dieta também contém pouco carboidrato, um elemento que adere fortemente aos
dentes, onde fermenta e leva ao aparecimento de gengivite e tártaro.
Alimentação crua significa comida não cozida; proteínas animais, carne, ossos, cartilagem
etc.
Esta é a forma que os cães evoluíram para comê-la, mantendo uma variedade de bactérias
potencialmente benéficas para o microbioma do cão, sendo mais fácil de digerir e tornando
os ossos menos propensos a lascar.
Ovos e peixes entram nessa categoria, contribuindo com uma infinidade de outros
elementos valiosos.
Não há como enfatizar o bastante a importância de fontes de proteína animal de alto valor
biológico (como ovos, carnes de frango, porco, boi, cabrito, rã, codorna, coelho, peixes,
dentre outros) para a saúde dos cães.
Na alimentação natural crua com ossos, algumas vísceras também são oferecidas como se
fossem carnes, tais como moela, língua, coração e bucho.
Essas peças são musculosas, se assemelhando mais a carnes do que a miúdos como o fígado
ou rim. E ainda têm a vantagem de serem mais em conta que carnes como músculo, peito
de frango etc.
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As vísceras, também conhecidas como miúdos ou órgãos, são uma indispensável reserva de
vitaminas e minerais para carnívoros.
O fígado bovino por exemplo é a melhor fonte de vitaminas e minerais. O fígado de frango,
cordeiro e porco também é bom, mas uma porção (aproximadamente 100g) de fígado
bovino pode fornecer quase uma semana de vitamina A pré-formada (saúde imunológica) e
B12 (produção de energia celular).
O fígado também possui muito zinco para a produção de hormônios, colina para a saúde
cognitiva, folato para reparo do DNA, ferro para a produção de glóbulos vermelhos e cobre
para aumentar a absorção de ferro no intestino.
São exemplos de vísceras os seguintes órgãos, de qualquer animal: fígado, rim, baço,
pulmão, cérebro, pâncreas.
Para saber como alimentar de maneira correta o seu cão, procure um profissional de sua
confiança e peça para ser orientado a respeito da “alimentação natural crua para cães”, pois
esta é uma dieta evolutiva específica que se encaixa na biologia do cão; ajuda a diminuir a
inflamação, melhora a longevidade, melhora a função mitocondrial, é acessível, fácil de
digerir e também fornece todos os nutrientes essenciais específicos às necessidades de cada
cão.
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O metabolismo felino é tão carnívoro que simplesmente não consegue aproveitar certos
nutrientes presentes em alimentos vegetais. Felinos não são capazes, por exemplo, de
converter o betacaroteno da cenoura em vitamina A, o que os obriga a consumir a vitamina
A pronta, como aquela presente no fígado.
Nomes técnicos à parte, basta oferecer ao gato saudável uma dieta predominantemente
carnívora, variada e devidamente balanceada que seus requerimentos específicos serão
bem atendidos — assim como ocorre na natureza.
Observação importante: Alertamos para que você nunca inicie uma dieta caseira para seu
gato sem consultar um veterinário. Em longo prazo, os danos da deficiência ou do excesso
de alguns nutrientes podem ser irreversíveis, portanto peça ajuda para um profissional na
hora de tomar esta decisão.
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Os inuítes do Ártico canadense — que prosperaram com carne de peixe, foca, morsa e
baleia.
O povo Chukotka do Ártico russo vivia de carne de caribus, animais marinhos e peixes.
Os guerreiros Masai, Samburu e Rendille da África Oriental sobreviveram com dietas que
consistiam principalmente de leite e carne.
Importante notar que problemas como excesso de peso e obesidade não existiam entre os
povos mencionados acima.
Ressaltamos este fato porque ele corrobora todos os argumentos que fizemos
anteriormente no livro: se carne, gordura saturada e colesterol supostamente causam
doenças cardíacas, e se frutas e vegetais ricos em fibras supostamente nos protegem de
doenças cardíacas, por que essas pessoas que estavam comendo muito mais carne e bem
menos vegetais do que a maioria de nós não sofreram de doenças cardíacas e de todos os
problemas de saúde que associaram às carnes?
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Esses grupos únicos de pessoas foram objeto de intensa investigação médica há várias
décadas e tem havido numerosos artigos científicos escritos sobre sua dieta e excelente
saúde.
A carne é a base da nutrição humana, tanto que podemos prosperar exclusivamente nela,
seguindo a dieta carnívora.
Por 99% da nossa existência como espécie isso tem sido verdade e nenhuma pressão por
parte de empresas de alimentos processados ou estudos epidemiológicos ridículos vão
mudar quem somos enquanto espécie.
O Dr. Weston A. Price passou 10 anos estudando as dietas dos últimos povos saudáveis da
Terra.
Esses povos estavam livres das doenças crônicas que assolam o mundo moderno.
O Dr. Price não leu apenas estudos, ele viajou e conviveu diretamente com as pessoas que
estudou e as observou pessoalmente. Dr. Price encontrou várias semelhanças nas dietas
dessas pessoas:
Abrace o fato de você ter evoluído consumindo alimentos de origem animal — em vez de
temer seu consumo.
O corpo humano é muito mais sábio e competente do que nós lhe damos crédito e você
pode ter uma dieta completamente saudável sem vegetais e frutas, desde que haja
consumo apropriado de proteína e gordura em sua dieta.
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Vamos explorar um pouco sobre as dietas desses povos nas próximas perguntas.
São como se fossem os nossos índios daqui, tendo optado por manterem as tradições e
cultura de seus antepassados.
A vida deles gira em torno do gado, que provê a base da sua dieta: carne, leite e sangue.
Caso um dia você visite a tribo, terá o privilégio de testemunhar um ritual comum entre o
povo da tribo mais colorida e famosa do mundo: beber o sangue fresco e comer a carne
crua do gado.
Para retirar o sangue sem sacrificar o boi, amarram um torniquete no pescoço comprimindo
a veia jugular para que ela fique em evidência.
Com uma pequena lança, o líder deve perfurar a veia e coletar o jato de sangue numa
vasilha especial de madeira. Solto o torniquete, o sangramento é estancado e a ferida
tratada.
Em razão desta dieta rica em proteína, os massais possuem uma envergadura fora dos
padrões africanos. Homens e mulheres são altos, esguios e fortes.
Os Massais estão entre os povos com o menor risco de doenças cardíacas, além dos Inuit,
Rendille e Tokelau.
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Na década de 1960, o médico George V. Mann estudou os massais, no Quênia, que ingeriam
apenas carne, sangue e leite e notou que eles consideravam frutas e hortaliças como
alimentos para vacas.
Ele observou ainda que os jovens massais da casta guerreira (murran) não consumiam
produtos vegetais.
A gordura era fonte de mais de 60% das calorias ingeridas, e toda ela era de origem animal,
o que significa que era, em grande parte, saturada. Apesar disso, a pressão sanguínea e o
peso dos massais eram cerca de 50% mais baixos que os dos norte-americanos – e, mais
importante, os índices não aumentavam com a idade.
O cozimento era feito apenas na refeição da noite e os caçadores costumavam comer peixe
fresco cru ou, caso o peixe fosse maior, comer os intestinos e guardar o restante para outra
refeição. Porém, mesmo cozinhando, alguns alimentos eram preferidos crus, como é o caso
da gordura das baleias.
Também era costume dos esquimós ingerir o animal inteiro, incluindo ossos, fígado e
miolos. A estimativa do pesquisador é que de 80% das calorias da dieta dos esquimós
vinham de gorduras.
(Inclusive, eles davam as partes mais magras da carne (o filé mignon entre elas) para os
cachorros.)
Note que Stefansson não viu, entre eles, nem obesidade nem doenças.
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Eles também comem peixe branco cru congelado, cortado em fatias finas. Os mais velhos
gostam de “stinkfish”, peixe enterrado em sacos vedados e deixados para fermentar.
É surpreendente ver o quão bem os inuítes se saem com uma dieta de altos teores de
gordura e proteína.
“O que a dieta do Norte Distante ilustra”, diz Harold Draper, um bioquímico e especialista
em nutrição esquimó, “é que não existem alimentos essenciais – somente nutrientes
essenciais. E os seres humanos podem obter esses nutrientes a partir de fontes diversas e
reveladoras”.
Não é preciso dizer que as dietas de subsistência do extremo norte não se parecem em nada
com aquilo que as pessoas do ocidente comem quando “fazem dieta”.
Os inuítes comeram uma dieta diametralmente oposta àquela recomendada pela maior
parte dos médicos hoje. Eles comiam carne sem restrição. Cada refeição era carregada com
gordura saturada e colesterol. Comiam pouco ou nada de frutas ou legumes. Sua dieta era
ausente de fibra. No entanto, eles viviam livres de doenças cardíacas, câncer e doenças
crônicas mais modernas.
Ao contrário da crença popular, pássaros árticos, renas, focas, morsas, ursos polares e
peixes fornecem nutrição completa — todos os macro e micronutrientes necessários — em
suas formas naturais e mais biodisponíveis.
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Enquanto comiam pouco ou nenhum alimento à base de plantas — sem frutas, sem
vegetais, sem fibra —, e subsistindo em dietas ricas em gordura e colesterol de gordura de
foca, morsa e peixe, os esquimós não só sobreviveram, mas os primeiros exploradores
médicos descobriram que estavam praticamente livres de câncer.
Foi a chegada dos alimentos modernos que deu início à derrocada da saúde dos inuítes.
As pessoas em clima temperado que tinham acesso a alimentos vegetais (antes da invasão
agrícola) também os rejeitaram em favor da carne.
Conhecidos como algumas das pessoas mais altas do mundo com bons físicos, os índios
nativos americanos caçavam grandes animais como veados, búfalos, carneiros selvagens,
cabras, antílopes, alces, alces, caribus e ursos.
E não apenas tinham boa aparência, mas tinham um histórico notável de saúde e sucesso.
Antes do período colonial, quando os índios foram dizimados e empurrados para reservas,
havia cerca de 25 milhões de índios demonstrando uma saúde notável. Seus músculos eram
fortes e seus ossos evidenciavam a ausência de artrite, deformidades ósseas e cárie
dentária.
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A razão é óbvia se você olhar para uma área antes da agricultura e industrialização. Esses
povos seguiam a "teoria de forrageamento ótimo" (Optimal Foraging Theory, um modelo
ecológico que ajuda a prever o comportamento de espécies) — que explica que não faz
sentido cavar 1 metro de profundidade para obter um inhame que forneça 100 calorias, se
este processo exige 300 calorias de trabalho.
De acordo com esta teoria, os povos indígenas dão preferência a alimentos que gerem o
maior retorno possível — então comiam carne porque era isso que tinham evoluído para
capturar, comer e digerir.
Os nativos americanos Pima do Arizona, anteriormente conhecidos por sua saúde, força e
tamanho são agora conhecidos pelas maiores taxas de diabetes no mundo.
A história dos Pima é uma história trágica que se repetiu em todo o mundo. Os europeus
trazem a agricultura e farinha branca; logo, o açúcar e outros alimentos processados se
tornam alimentos básicos na dieta. Sua tradicional dieta à base de carne é abandonada. O
resultado: a saúde das populações nativas é destruída.
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Muitos afirmaram que essa longevidade e saúde se devem a uma dieta baixa em gorduras,
sem carne e com alto teor de vegetais, mas a verdade é que as pessoas saudáveis e longevas
de Okinawa comem uma dieta fortemente baseada em carne, principalmente porco gordo.
Os okinawanos por tradição não confiam nos médicos quando ficam doentes, mas nos
remédios baseados em alimentos que consistem em vísceras de carne de porco.
Na verdade, a carne de porco é tão vital para a cultura de Okinawa que os habitantes de
Okinawa costumam se referir à sua terra como a "Ilha da Carne de Porco".
Muitas das porções de carne de porco são compostas quase inteiramente de gordura, como
pele de porco, orelhas de porco e barriga de porco. Todos os órgãos internos do porco são
comidos regularmente, como o fígado, os rins, o estômago e os intestinos, que também
estão cheios de gordura.
Banha de porco é a gordura de escolha para cozinhar, e muitos alimentos são fritos em
banha de porco. Todas as outras partes do porco também são comidas, incluindo partes
mais familiares, como costeletas, ombro de porco e lombo de porco. A pele geralmente é
comida sempre que possível.
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A cabra também é apreciada pelos okinawanos, embora a carne de porco seja muito mais
comum. O interessante é que grande parte dessa carne de cabra é consumida crua, e há
restaurantes especializados na preparação de carne de cabra crua.
Um dos pratos mais comuns de Okinawa é um refogado de carne de porco, legumes e tofu,
frito em banha de porco. É possível que os fatores de proteção na banha de porco evitem o
dano que frequentemente ocorre quando se come soja.
Os okinawanos não comem tantos mariscos, o que é surpreendente, dado que Okinawa é
uma ilha relativamente pequena. A explicação é que Okinawa tem um clima tropical e os
peixes estragam muito rapidamente. A ilha tem terreno muito acidentado, o que dificulta o
transporte de peixes antes que eles estraguem. Os peixes são fermentados e transformados
em salsichas, que formam uma parte pequena, mas importante, da dieta.
A crença tradicional era que a doença era causada por um desequilíbrio em um órgão, e o
desequilíbrio poderia ser corrigido pela ingestão da parte correspondente de um animal.
Alguém com dificuldade respiratória comeria os pulmões de um porco. Alguém com
problema de audição comeria os ouvidos. Alguém com um problema digestivo comeria o
estômago de um porco e/ou os rins, e assim por diante.
Este sistema não é exclusivo de Okinawa. Ele foi seguido por muitos povos tradicionais,
incluindo os nativos americanos e por muitos médicos ocidentais, antes que os
medicamentos prescritos se tornassem o remédio de escolha.
Esse sistema funcionou tão bem que muitos okinawanos ainda seguem essa tradição e não
procuram ajuda médica.
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Esta é uma resposta um tanto quanto especulativa, cuja intenção maior é te deixar com
uma “pulga atrás da orelha”, e não trazer a verdade definitiva sobre os mecanismos
envolvidos (até porque a ciência não os desvendou completamente).
Muitas pessoas começam a dieta carnívora e se sentem extremamente bem, vendo sua
cognição, saúde e bem estar melhorarem quase que imediatamente.
Conforme dissemos, só podemos especular — mas algumas possíveis razões estão listadas a
seguir. Note que algumas delas não estão presentes apenas em dietas carnívoras. No
entanto, a combinação poderosa de todos esses possíveis mecanismos, sim.
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Talvez proteína alta promova melhor reparo da estrutura muscular e manutenção da massa
magra?
Maiores quantidades de gordura animal e colesterol permitem uma síntese dos hormônios
necessários de forma mais eficiente? Ou talvez a redução da inflamação geral?
Todos esses são cenários possíveis, e o mais provável é que seja uma combinação deles —
ou ainda, uma combinação de todos acima, e ainda de outros.
O que fica claro é que estamos presos em corpos da Idade da Pedra, em um mundo de fast
food.
Corpos da idade da pedra que são projetados para comer carne hoje vivem em um mundo
fast-food que é dominado por alimentos vegetais processados baratos, como grãos,
açúcares e óleos vegetais.
À medida que a comunidade carnívora cresce por todo o mundo, alguns de nós irão tentar
responder essas questões, enquanto outros irão somente continuar a colher os benefícios.
De qualquer forma, o crescimento dos adeptos por todo o mundo está acelerando e sem
perspectiva de parar.
O de que, mesmo enquanto não descobrimos cada detalhezinho de por que a carnívora
funciona, podemos seguir colhendo seus benefícios e melhorando a nossa qualidade de
vida.
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Sim. É possível emagrecer ou ganhar peso com inúmeras dietas (até mesmo com dietas
baseadas em shakes malucos e alimentos inadequados à espécie) — então com a carnívora
(que se baseia em alimentos nutritivos e adequados aos humanos) também é
completamente possível.
Isto é evidenciado pelos inúmeros relatos de pessoas que usam a carnívora para emagrecer
e/ou para ganhar massa magra.
No entanto, é importante que sejam feitas algumas considerações. Porque, se tudo o que
você busca na carnívora é mais uma “dieta milagrosa”, lamentamos informar que não é isso
que vai encontrar.
Nesse caso, pode ser que a dieta carnívora seja para você.
Mas entenda: o mais importante é encontrar um dieta que seja possível seguir como estilo
de vida.
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Pois é possível perder peso, e é possível ter ganhos de massa magra em uma dieta baixa em
carboidratos, cetogênica, ou mesmo carnívora.
Mas, independente da dieta que você adote, jamais coloque a perda ou o ganho de peso
como a ÚNICA variável a ser considerada.
Perda de peso e ganhos de massa magra podem ocorrer em inúmeras dietas, e o ideal é que
você encontre uma que seja fácil de ser adotada como estilo de vida.
Lembre-se de que você vai ter de se alimentar pelo resto da sua vida. E fica muito mais fácil
fazer isso se for algo que é alinhado com seus objetivos — e não que vai em direção
diametralmente oposta a eles.
Se você gosta de carnes, e busca melhorar sua saúde, o carnivorismo é uma forte opção.
Mas nossa recomendação é que jamais coloque estes objetivos acima da sua saúde.
O período de adaptação pode levar alguns meses, porém em 30 dias a maioria das pessoas
já consegue decidir se pretende continuar seguindo a dieta carnívora ou não — mas
somente testando é que você pode saber.
● dificuldade de concentração,
● dor de cabeça,
● calafrios,
● dor de garganta,
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● problemas digestivos,
● tontura,
● irritabilidade,
● mau hálito,
● gosto ruim na boca (metálico),
● boca seca,
● desejos por açúcar,
● aumento da sede,
● dor muscular,
● dor na mandíbula,
● náuseas,
● diarréia,
● diminuição da energia,
● cólicas,
● ritmo cardíaco acelerado,
● insônia,
● suores noturnos,
● noctúria (fazer xixi muito à noite),
Dentre outros.
Note que vários destes sintomas estão presentes na transição de uma dieta ocidental
padrão (cheia de carboidratos refinados) para uma dieta baixa em carboidratos ou
cetogênica (a chamada gripe low carb).
É possível que você passe por um período de desequilíbrio de fluidos. Como você está
ingerindo menos carboidratos, seus níveis de insulina diminuem, o que envia um sinal aos
rins para liberar sódio do corpo.
À medida que o seu corpo muda da queima de açúcar para gordura como fonte de energia,
seu corpo precisa se adaptar a isso.
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Sua quantidade de sofrimento (ou falta dela) depende da sua flexibilidade metabólica.
Se você está acostumado a ingerir muitos alimentos com alto teor de carboidrato, a
sensação pode ser parecida com a de deixar outros vícios (nicotina, álcool, etc.).
Estes sintomas são um resultado do seu corpo passando por grandes mudanças metabólicas
e hormonais.
Para passar por tudo isso de maneira menos sofrida, algumas dicas são as seguintes.
Muitas pessoas têm medo de engordar ao “comer carne demais”. Isso simplesmente não
existe: se você “exagerar” nas carnes nos primeiros dias, logo seu corpo dará o sinal de que
isto está acontecendo, e seu apetite diminuirá naturalmente — para depois retornar a um
patamar saudável.
O corpo possui fortes sistemas regulatórios de apetite e peso quando comemos uma dieta
adequada à espécie (carnes, órgãos, vísceras e frutos do mar). Simplesmente não pense em
calorias e macronutrientes agora: isso só vai fazer você se sentir pior na adaptação.
Você não precisa contar calorias ou macros. Coma quando estiver com fome. Coma até a
saciedade.
Dica #2 — Hidrate-se
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Esqueça medidas como “2L de água por dia” — algumas pessoas precisam de mais, outras
de menos.
No calor e com exercícios você precisa de mais, no frio e no sedentarismo você precisa de
menos. 2 litros por dia é algo completamente arbitrário.
Simplesmente beba quando tiver sede. Na adaptação, isto é ainda mais importante.
Sempre nos perguntam sobre como fica a questão do “doce” na dieta carnívora.
Bom, não existe sobremesa carnívora, porque não há necessidade fisiológica alguma para
para tal. Fato. Alguns podem achar que isso é um problema, mas não é.
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Acontece que o desejo por doces desaparece por completo — ou ao menos diminui
consideravelmente — em uma dieta carnívora.
Se você está em uma dieta onde precisa contar exclusivamente com o famoso trio: "força",
"foco" e "fé", então existe boa chance de você estar em uma dieta equivocada, que precisa
ser corrigida.
Alguns, mesmo sem terem essa vontade por doces latente, resolvem se render ao consumo
de doces em alguma ocasião.
É aqui que o negócio fica interessante. Pois as pessoas consomem açúcar e agora passam
mal.
Não é incomum ver nos fóruns de discussão sobre a dieta carnívoros relatarem que tiveram
experiências terríveis após consumirem açúcar e carboidratos refinados, incluindo
formigamento no corpo, dor de cabeça, suor excessivo, fraqueza, ânsia de vômito, como se
fosse uma “bad trip”.
Em termos do que a ciência sugere e para que não haja deficiências na sua alimentação, as
melhores carnes para basear a dieta devem ser de animais ruminantes.
Por definição, os ruminantes incluem bovinos, ovinos, caprinos, búfalos, veados, alces,
girafas e camelos. Todos esses animais têm um sistema digestivo que é diferente do nosso.
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Sendo que um conceito importante é o de comer “da cabeça aos pés”, ou “do focinho à
cauda”: isto é, incluindo vísceras (coração, rins, língua, fígado, tendões e ligamentos, caldo
de ossos, etc. Também seria interessante a ingestão de frutos do mar, peixe e mariscos.
Comer animais do focinho à cauda fornece todos os nutrientes que os humanos precisam
para funcionar de forma ideal, nas proporções adequadas e nas formas mais altamente
biodisponíveis.
São exemplos de alimentos que podem entrar no seu cardápio em uma dieta carnívora:
contrafilé, picanha, lagarto, alcatra, filé mignon, coxão mole, maminha, fraldinha, cupim,
coxão duro, cupim, costela, ponta de agulha, bisteca, filé mignon suíno, panceta, pernil,
lombo, paleta de cordeiro, carré de cordeiro, salmão, sardinha, lula, coxinha de frango, asa
do frango, salmão, peixe branco, sardinha, atum, linguiças artesanais, bacon, leitão, dentre
muitos outros.
E claro: sem esquecer os órgãos como o fígado — que é o assunto da nossa próxima
pergunta.
Mas você sabia que o fígado é um dos alimentos mais ricos em nutrientes da natureza? O
fígado não só apresenta quase todas as vitaminas e minerais essenciais, como também as
traz nas formas mais digeríveis para o nosso corpo.
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Embora não tenha recebido a mesma atenção de antes, o fígado é possivelmente o alimento
mais denso em nutrientes do planeta.
O fígado costumava ser uma iguaria extremamente popular antes que as pessoas
começassem a favorecer carnes musculares por seu sabor. Muitas vezes, caçadores-
coletores iam direto para a carne do órgão antes de qualquer outra coisa.
Os nutrientes que compõem o fígado bovino são os elementos básicos da saúde metabólica,
imune, hepática, cutânea, ocular, reprodutiva e mental. Esses nutrientes vitais também
tendem a ser deficientes em nossa dieta moderna.
Não há como negar que o fígado é extraordinário. Tente consumir fígado semanalmente,
pois realmente é o superalimento perfeito da natureza — possivelmente o alimento mais
denso em nutrientes e biodisponível que podemos obter.
Trazemos o relato de uma das observações do Dr. Weston Price sobre o consumo do fígado
naquela tribo:
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Aprendi que eles têm uma crença de que para eles é sua religião, a saber, que
todo homem e mulher tem uma alma que reside no fígado e que o caráter e o
crescimento físico de um homem dependem de quão bem ele alimenta essa
alma ao comer o fígado de animais. O fígado é tão sagrado que não pode ser
tocado por mãos humanas. Por conseguinte, é sempre manuseado com a lança
ou sabre ou com pauzinhos bifurcados especialmente preparados. É comido cru
e cozido.
Um dos alimentos básicos deste Povo era um prato que consistia principalmente no fígado e
na cabeça do bacalhau.
Essa dieta, que incluía um suprimento liberal de peixe, incluía também o uso de
fígado de peixe. Um prato importante de peixe era a cabeça de bacalhau
assada, recheada fígado de bacalhau picado. Esta foi uma inclusão importante
nas dietas das crianças em crescimento.
3 — Comanches
Os Comanche eram uma das tribos indígenas americanas mais poderosas da história e sua
dieta consistia em grande parte de búfalos e carne. O fígado também era super valorizado.
As crianças corriam para um animal recém morto, implorando por seu fígado e
vesícula biliar. Elas então esguicham a bílis salgada da vesícula biliar no fígado
e a comem no local, quente e pingando sangue.
No livro “Maneiras de minhas avós” , a autora Beverly Wolf descreve como eles preparavam
a vaca inteira, do nariz ao rabo e como o fígado era importante para eles:
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Todo o interior, como coração, rins e fígado, foi preparado e comido, assado ou
exposto ao sol para secar. Os pulmões não estavam cozidos.
5 — Inuítes
6 — Nenets (Povo de etnia samoieda que vive na Nenétsia, região autônoma do norte da
Rússia)
A refeição favorita dos Nenets é carne e sangue de renas, comidos e bebidos crus
diretamente da carcaça de uma rena recém-morta.
As mulheres abrem as renas, todos se sentam ao redor dela no chão e começam a arrancar
fígado, rim, carne, garganta, pulmões, coração e comê-las ali mesmo.
Um de seus maiores segredos: eles comem do nariz à cauda. Os nenets comem quase todas
as partes do animal e até mesmo as crianças valorizam o fígado cru.
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As toxinas que o corpo não pode eliminar têm chances de se acumularem nos tecidos
gordurosos e no sistema nervoso do corpo. Por outro lado, o fígado é um órgão de
armazenamento de muitos nutrientes importantes (vitaminas A, D, E, K, B12 e ácido fólico e
minerais como cobre e ferro). Esses nutrientes fornecem ao corpo algumas das ferramentas
necessárias para se livrar das toxinas.
Muitas pessoas acreditam que é isso que o fígado faz. Quando você menciona comer fígado,
elas dizem: "Não vou comer algo que filtre toxinas", como se todas essas toxinas estivessem
realmente no fígado.
Mas não é isso que o fígado faz. O fígado não filtra toxinas. Em vez disso, o fígado as
modifica para torná-las menos tóxicas e para torná-las mais fáceis de excretar. Isso leva à
sua eliminação nas fezes e na urina, não na retenção no fígado
O fígado é rico em vários nutrientes benéficos, B12, niacina, riboflavina, folato, selênio,
zinco, ferro e vitamina B5 e por isso recomenda-se que seja consumido periodicamente.
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O queijo não é o alimento mais denso em nutrientes do mundo, mas é uma excelente fonte
de nutrientes benéficos — especialmente cálcio.
Devido ao uso de sal no processo de produção, o queijo é uma das fontes alimentares de
sódio mais significativas e o sódio é um nutriente essencial que desempenha numerosos
papéis vitais na saúde humana.
Por "alta qualidade" queremos dizer que nem todos os alimentos são iguais no que diz
respeito à digestibilidade da proteína que eles oferecem — mas o queijo é uma das
melhores fontes de proteína na dieta.
O queijo é uma das melhores fontes alimentares de vitamina K2 e pesquisas mostram que a
vitamina K2 é mais biodisponível que a vitamina K1 (plantas), e acredita-se que ela possa
desempenhar um papel protetor na saúde cardiovascular e esquelética.
Com relação à gordura saturada, é importante notar que a totalidade das evidências não
sugere que a ingestão de queijo seja prejudicial à saúde cardiovascular.
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Inclusive porque que revisões sistemáticas — o mais alto nível de evidência científica — não
encontram associação entre queijo e doenças cardiovasculares.
Por um lado, o queijo é rico em calorias e pode ser relativamente fácil de consumir em
excesso.
Outro problema é que os peptídeos do leite podem ter propriedades opióides naturais que
podem fazer com que os laticínios pareçam viciantes e sedativos. Já teve a sensação de que
você não consegue parar no primeiro pedaço de queijo? Para quem está tentando
emagrecer, pode ser necessário observar se os queijos não estão fornecendo calorias extras
que podem impactar o resultado pretendido.
Além do mais, os laticínios são uma das maiores causas de alergia no mundo hoje.
Alguns indivíduos com sensibilidades ou alergias a laticínios podem não ser capazes de
consumir queijo. Os problemas mais comuns que podem ser causados por laticínios incluem
distúrbios digestivos, asma, infecções do trato respiratório superior, dores musculares e
articulares, irritação do trato urinário, enxaqueca, acne e eczema.
No entanto, não há nada no queijo que o torne parte essencial de nossa dieta, e a maioria
dos nutrientes está disponível em outras fontes. Os laticínios de modo geral não faziam
parte da dieta humana até cerca de 10.000 anos atrás , quando o gado foi domesticado pela
primeira vez.
Por outro lado, para quem gosta de queijo e não percebe problemas relacionados ao seu
consumo, é um alimento saboroso e razoavelmente nutritivo.
Resumidamente, o queijo pode ser uma adição bem-vinda na dieta carnívora, caso você lide
bem com ele. No entanto, ele jamais deve ser a base da sua alimentação — seu lugar é
complementar, para dar sabor. A sua nutrição deve vir das carnes.
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Não. Estudos mostram que comer laticínios não fortalece nossos ossos.
Pensamos nos laticínios como boas fontes de cálcio, e nos dizem que o cálcio é a chave para
ossos fortes e saudáveis. No entanto, estudos não conseguiram mostrar que comer
laticínios ou tomar suplementos de cálcio fortalece os ossos de crianças e adolescentes,
nem que protege mulheres pós-menopausadas de osteoporose.
Durante a maior parte da história da humanidade, as pessoas não bebiam o leite de outros
animais, mas tinham ossos e dentes muito saudáveis (muito mais saudáveis do que os
nossos).
Para saber mais sobre dietas sem laticínios, recomendamos a leitura do artigo completo:
senhortanquinho.com/dieta-sem-laticinios.
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De maneira resumida, você pode beber água — pois foi assim que evoluímos: bebendo
água. Além disso, uma ótima opção de bebida é o caldo de ossos.
Apesar de o paradigma evolutivo ser claro, no sentido de que você deveria beber apenas
água durante pelo menos 90% do tempo, sabemos que no mundo real isso não acontece,
sendo que café e chás são opções aceitáveis e bem toleradas pela maioria das pessoas.
Porém, para algumas pessoas, pode fazer diferença experimentar um período sem elas,
especialmente as que lidam com transtornos relacionados ao humor, oscilação de energia
durante o dia e problemas com o sono.
O café é um extrato vegetal e a cafeína é um inseticida natural, mas o café é uma exceção
"OK' para a maioria dos carnívoros.
Existem mais de 1.000 compostos químicos no café. A cafeína, que é um deles, é uma toxina
alcalóide da planta (como nicotina e cocaína) e as plantas a usam para matar insetos.
Embora a maioria das pessoas se dê bem com o café, para algumas pessoas o corte faz toda
a diferença e vale a pena descobrir se o café faz bem ou mal à você.
A Jade, co-autora do livro, relata que tomou café durante mais de um ano e meio de dieta
carnívora, em baixa quantidade (1 ou 2 xícaras por dia), mas que removeu o café
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Caso deseje fazer o teste, depois de removê-lo por um tempo, se desejar, você poderá
reintroduzi-lo mais tarde e avaliar como se sente.
Sabemos que perguntas sobre bebidas alcoólicas vão surgir (e já trataremos delas). Antes
disso, veja um pouco mais sobre o caldo de ossos na próxima pergunta.
Embora este provérbio seja um tanto quanto exagerado (temos certeza de que o caldo de
ossos não ressuscita ninguém), o bone broth é uma bebida incrivelmente nutritiva e que
apresenta vários benefícios à saúde.
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gelatina. Embora o conteúdo nutricional exato varie com base nos ossos utilizados, no
tempo de cozimento e no método de cozimento, os seguintes nutrientes são
consistentemente encontrados na maioria dos caldos de ossos: colágeno, gelatina,
glicosaminoglicanos, glicina, prolina, glutamina, medula óssea, minerais (cálcio, magnésio,
cobre, ferro, manganês, fósforo, potássio, sódio, zinco).
Para fazer seu caldo de ossos, tudo que você precisa são ossos de qualquer animal (como
porco, vaca, vitela, peru, cordeiro, bisão, búfalo, veado, frango ou peixe), sendo que
também podem ser usados a medula e tecidos conjuntivos (como pés, cascos, bicos, moelas
ou barbatanas).
O caldo de osso é obtido fervendo os ossos e o tecido conjuntivo de animais e, para tornar o
seu caldo de ossos ainda mais nutritivo, você pode usar ossos variados: ossos de medula,
rabo, juntas e pés, como o famoso caldo de mocotó.
Você pode até mesmo misturar e combinar os ossos de vários animais na mesma receita.
Há um número incrível de benefícios do caldo de osso, e essa bebida quente está enraizada
em uma longa história de uso humano. É um excelente complemento para qualquer dieta e
pode ser usado em diversas refeições.
E As Bebidas Alcoólicas?
Vamos responder esta questão com a seguinte mentalidade: nossos leitores são adultos
saudáveis, e querem consumir álcool de maneira responsável e inteligente, da forma que
faça menos mal para a saúde.
O álcool não é um nutriente essencial em nossa alimentação, mas caso você tenha intenção
de ingeri-lo, sugerimos que faça opção pelas bebidas com menos carboidratos (e menos
ingredientes adicionados).
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Algumas opções viáveis são: vinho seco; whisky, vodka, cachaça, gin, tequila e outros
destilados, sendo que você deve evitar misturar essas bebidas a energéticos, refrigerantes
ou sucos de frutas.
Atenção ao fato de que você provavelmente vai ficar muito mais sensível ao álcool nesta
dieta, isto é: vai sentir os efeitos da bebida com uma ingestão muito menor dela, por isso,
recomendo a precaução e a moderação.
Além disso, um outro detalhe é o fato de que muitas pessoas, após o consumo de uma
quantidade significativa de doses, tendem a tomar decisões alimentares não muito
favoráveis ao seu objetivo. Isto é: tendem a terminar a noite pedindo pizza e sorvete e no
dia seguinte se arrependendo.
Então, se for beber, sugerimos cautela e calma. Uma taça de vinho para acompanhar seu
bife angus numa ocasião especial pode combinar muito bem, mas não precisamos contar a
você que tomar muita bebida alcoólica não é ideal para sua saúde — nem na dieta
carnívora, nem em nenhuma outra.
Sim, e se você quer seu filho o mais saudável possível, alimente-o com carnes.
Você já tentou alimentar uma criança? Os nutricionistas elogiam as crianças por sua
capacidade natural de ouvir seus corpos e comer intuitivamente.
Bem, nós nunca conhecemos uma criança que naturalmente gostasse de legumes. Mas se
você pegar uma criança quando estiver com fome, ela sempre comerá carne.
Com legumes, você tem que cozinhar e temperar, trazendo sabores para enganar as
crianças para comê-los. As crianças acabam sendo condicionadas a comer vegetais
enquanto perdem lentamente a capacidade de ouvir seus corpos.
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Se devemos confiar nas habilidades intuitivas de nossos filhos com alimentos, deveríamos
estar comendo vegetais? Talvez nossos filhos tenham acertado o tempo todo, talvez eles
não gostem de verduras porque não devemos comê-las.
As crianças pequenas podem receber uma variedade de alimentos, incluindo carne, o mais
rápido possível. A não ser que haja motivos específicos de saúde e uma recomendação
médica, não é necessário que sejam excluídos alimentos de verdade como frutas, vegetais
e oleaginosas da dieta das crianças.
O que deve ficar claro aqui é que a carne vermelha é, em uma dieta saudável, um dos
alimentos mais importantes na dieta de uma criança logo após o desmame.
Incluir carne vermelha é de longe a maneira mais eficiente e natural de se certificar que as
crianças recebam a nutrição de que precisam.
Quando somos crianças, o corpo fabrica células cerebrais. Isso implica em maiores
exigências para proteínas e ácidos graxos essenciais. O corpo não os produz, deve ser
trazido via proteínas animais. Estamos falando aqui de atraso no crescimento e atrasos
psicomotores, desnutrição, anemia significativa. Alguns desenvolvimentos devem acontecer
em um momento específico da vida e, se não ocorrerem, podem causar danos difíceis de
reverter.
Resumidamente: crianças não precisam seguir uma dieta carnívora a não ser que haja algum
motivo para isso, porém certamente as carnes podem e devem fazer parte dos alimentos
que são oferecidos após o desmame.
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A gordura regula nosso apetite. Isso nos ajuda a nos sentirmos satisfeitos. A gordura
também é uma excelente fonte de energia — as pessoas que pensam que “precisam de
carboidratos para ter energia” simplesmente estão negando a realidade.
Um dos maiores efeitos colaterais da mania de baixo teor de gordura — além de triplicar a
obesidade infantil em apenas uma década nos EUA — é seu impacto no declínio mental.
A gordura é essencial para a absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), que são vitais
para a saúde.
Existem três tipos de gorduras que você deve incluir em sua dieta: saturada,
monoinsaturada e poliinsaturada. Apesar do que ouvimos no passado, a gordura saturada e
o colesterol são necessários para a síntese dos hormônios esteróides no corpo, incluindo a
testosterona. Sob todas as circunstâncias, evite as gorduras trans artificiais.
Como regra geral, estudos mostraram que uma ingestão de gordura que representa menos
de 15% das calorias totais na dieta pode diminuir significativamente os níveis de
testosterona.
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Se você estiver em uma dieta low carb (como a dieta carnívora), certifique-se de incluir uma
quantidade razoável de gordura saturada e monoinsaturadas, pois elas são boas para o
metabolismo energético.
Um objetivo razoável seria uma proporção de 1:1. Isto pode ser conseguido por meio de
boas escolhas de alimentos, por exemplo, carne bovina, porco, frango, peixes, ovos — e,
numa dieta carnívora, você não tem que se preocupar com essa proporção. Pois a natureza
cuida disso para você.
Além de músculos fracos e ossos fracos, a maior ameaça à remoção de carne da dieta é um
cérebro deficiente.
A incorporação de quantidades cada vez maiores de produtos de origem animal na dieta foi
essencial para o desenvolvimento do grande cérebro humano.
Isso vai irritar algumas pessoas, mas vamos lhe dizer o que a pesquisa sugere: quanto mais
carne você comer, mais saudável será, melhor será sua cognição e capacidade de
aprendizado e, provavelmente, viverá mais.
Existe uma forte correlação entre consumo de carne e boa saúde, alta inteligência e
longevidade. Enquanto dietas de baixa carne (como as dietas à base de plantas) se
correlacionam com doença e QI mais baixo.
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Um exemplo devastador que destaca isso é a pelagra, uma doença causada pela falta de
carne na dieta, resultando em atrofia cerebral (demência) e subsequente baixo QI e mau
comportamento social (também resultando em disbiose intestinal e inúmeras deficiências
físicas).
Além do mais, deficiências de vitaminas A, D, K, B1, B3, B6, B12, folato, e de minerais iodo,
potássio, ferro, magnésio, zinco, cromo e manganês podem contribuir para instabilidade
mental e comportamento violento, de acordo com um relatório publicado na Wise
Traditions, a revista da Weston A. Price Foundation.
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As dietas veganas são deficientes em ácidos graxos ômega-3 , que, entre outras coisas,
contribuem para esse declínio na capacidade cognitiva.
A carne fornece nutrição completa. Plantas, não. Isso é crítico quando se trata de abastecer
o cérebro.
O cérebro tem 60% de gordura. E a gordura animal é diferente das gorduras vegetais. O
cérebro contém 25% de todo o nosso colesterol corporal. As plantas não fornecem
colesterol. Pesquisas mostram que o colesterol na dieta promove o reparo de lesões
desmielinizadas no cérebro. Portanto, não é surpreendente ver que o colesterol alto ajuda a
prevenir a demência.
A mídia popular gostaria que você acreditasse que o colesterol é ruim. Mas o colesterol não
apenas ajuda a prevenir a demência, mas também protege contra doenças infecciosas, não
afeta as doenças cardíacas e reduz até 30% a chance de morte por todas as causas.
A vitamina B12 é vital para fazer nosso DNA, RNA e células do sangue. E só pode ser obtida
através de alimentos de origem animal. Uma deficiência por falta de carne pode levar a
cansaço e fraqueza, anemia megaloblástica e pode devastar o sistema nervoso — implícito
em depressão, confusão e demência.
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A carnosina, como a carnitina, tem a raiz "carn", que significa "carne" — e ela é encontrada
principalmente em alimentos de origem animal. Este peptídeo neurológico mostrou
suprimir o estresse, melhorar o comportamento, a cognição e o bem-estar em humanos.
Pesquisas sugerem uma ligação bioquímica entre carnosina inadequada e fenômenos
associados à depressão (assim como o envelhecimento — já que é um dos mais potentes
agentes antiglicantes conhecidos).
A taurina é encontrada apenas em produtos de origem animal, e sabe-se que baixos níveis
de taurina levam à diminuição do desenvolvimento cognitivo em crianças pequenas.
Caso você queira ter uma excelente saúde mental, inclua alimentos de origem animal em
sua dieta, independente de adotar uma dieta estritamente carnívora ou não.
Estudos com humanos indicam que a adequada ingestão de ferro, da infância até a vida
adulta, é importante para se atingir o potencial cognitivo. Pesquisas emergentes apóiam o
papel benéfico do zinco no desenvolvimento e na função cognitivos. Escolhas alimentares
pobres em nutrientes, incluindo baixa ingestão de produtos de origem animal, como carnes
vermelhas, contribui para as deficiências destes nutrientes.
O fato é que o cérebro pode usar uma variedade de combustíveis, como glicose e cetonas.
Mas, mesmo ele necessitando de alguma glicose, isso não significa que você precisa comer
carboidratos. Pois o corpo pode produzir toda a glicose necessária de gordura e proteína.
Não existe um carboidrato essencial.
Assim, chances são que você vá perceber uma melhor cognição numa dieta sem
carboidratos do que numa dieta rica em carboidratos (especialmente os refinados).
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Parte 3
Ensaios E Considerações
Nesta seção, agrupamos ensaios cuja leitura é recomendada: eles complementam os pontos
abordados na fundação e na parte de dúvidas respondidas.
Quando comemos batatas e cenouras, estamos comendo raízes de plantas que crescem no
subsolo.
Comendo aipo e brócolis, estamos comendo caules de plantas. Uma salada com espinafre e
couve é de folhas de plantas.
Quando comemos maçãs e bagas, estamos comendo os frutos dessas plantas. E quando
comemos grãos, nozes ou feijões, estamos comendo sementes.
E claro: farinhas, açúcares, óleos vegetais, e bebidas alcoólicas - tudo isso vem das plantas.
Estamos todos em uma dieta baseada em vegetais, e nem por um momento nos damos
conta disso.
Quase tudo que comemos hoje vem de uma planta — comer plantas virou a base da dieta.
Escrevendo com todas as letras: praticamente todas as pessoas no mundo ocidental estão
vivendo em dietas plant-based.
Interessante é que as plantas produzem produtos químicos naturais para se defender. E não
são apenas uma ou duas plantas que têm esse super poder. São todas elas.
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Mas a carne era uma constante. E durante a maior parte da evolução, nenhuma civilização
humana sobreviveu sem comida de origem animal.
Foi apenas no período mais recente da evolução que mudamos radicalmente a dieta
humana.
Desde o advento da agricultura e a transição gradual de uma dieta à base de carne para uma
planta baseada em dieta, a saúde humana se deteriorou.
Hoje nos adaptamos a esse "novo normal." Asma e alergias são quase esperadas em
crianças. Síndrome do intestino irritável, indigestão, refluxo ácido são considerados digestão
normal. Depressão, diabetes, demência e anormalidades dentárias? Normal.
Uma dieta à base de carne foi substituída por — o que é agora normal — uma dieta à base
de plantas.
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Quaisquer alergias que tenham sido registradas são devidas a uma picada de carrapato ou
ácaro (que transfere para o corpo uma molécula de açúcar reativa cruzada chamada alfa-
gal).
Como a saúde mental e física, existem inúmeros fatores que levam a uma vida longa. Um
desses fatores é, sem dúvida, dieta. E a evidência sugere que, quanto mais carne você come,
mais jovem você fica e mais você vive.
Houve um estudo sobre carne vermelha que encontrou uma "relação inesperada" entre a
frequência do consumo de carne vermelha e o comprimento dos telômeros. Mais do que o
exercício ou qualquer outro fator, o consumo de carne vermelha correlacionou-se com os
telômeros mais longos.
Mas os telômeros mais longos resultam em vida mais longa? Tentar isolar para "comedores
de carne pura" hoje é quase impossível, mas Hong Kong é o mais próximo que podemos
chegar. Eles comem cerca de 1 kg de carne por pessoa/dia — é a maior média do mundo.
Acontece que eles também têm a mais longa expectativa de vida do mundo.
O Japão também atingiu recentemente uma alta na expectativa de vida em conjunto com o
consumo de carne.
As pessoas na Índia comem a menor quantidade de carne do mundo. Eles também têm uma
das expectativas de vida mais curtas.
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Especialmente (ao contrário das alegações populares) numerosos estudos mostram que as
dietas baseadas em vegetais não apresentam benefícios de longevidade.
Ele defendia o consumo de grãos integrais, verduras, legumes e frutas — uma combinação
que, na sua perspectiva, representava a dieta humana ideal.
Kellogg defendia que muitas das doenças que acometem a humanidade poderiam ser
amenizadas por meio de mudanças na flora intestinal. Ele argumentava que as bactérias do
intestino poderiam produzir toxinas patogênicas durante a digestão das proteínas, assim
envenenando o sangue.
Por isso, Kellogg recomendava uma dieta livre de carnes, com moderada quantidade de
proteínas, laxativa, e com alimentos ricos em fibras.
“A carne, o cigarro e o álcool são venenos para o intestino. E todos os males começam no
intestino”, declarava Kellogg.
John Harvey Kellogg tinha argumentos para os mais diferentes públicos quando questionado
sobre o motivo de reprovar o consumo de carne. Citava referências da Bíblia, contava
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histórias sobre animais que não consumiam carne e dissertava sobre o fato de que ao
homem jamais foi concedido o direito de matar animais – qualificando tal ato como imoral.
Embora hoje não seja tão lembrado, John Harvey foi o responsável pela popularização e
conscientização da população dos Estados Unidos no que diz respeito à importância de se
comer frutas e vegetais.
A carne vem sendo demonizada desde muito tempo, sendo que é crescente o apelo para
que as pessoas deixem de consumir carne e permaneçam consumindo produtos
alimentícios ou mantenham uma alimentação rica em grãos, vegetais e frutas.
Não há argumento científico histórico ou válido para impedir a ingestão de carne da dieta
humana, e um número substancial de razões sugere que ela deve ser a maior parte, senão a
totalidade de nossas dietas.
Nós falamos sobre o álcool anteriormente, mas vamos expandir sobre alguns dos malefícios
dele.
O consumo de álcool tem sido associado com pressão alta, acidente vascular cerebral,
doença hepática, muitos tipos de câncer, cardiomiopatia (disfunção muscular do coração) e
outros problemas de saúde.
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A Mãe Natureza provavelmente não previu que sairíamos do nosso caminho para criar
grandes garrafas de álcool para consumo voluntário, porque não fomos projetados para
poder lidar com grandes quantidades de álcool.
Nossas enzimas podem processar apenas 7 gramas de álcool puro (etanol) por hora, ou seja,
cerca de uma bebida (uma cerveja, uma dose de 1,5 oz [44,36 ml] ou 5 oz [147,86 ml] de
vinho) a cada 2 horas.
Se sua tolerância é média e você bebe mais de uma bebida a cada 2 horas, suas enzimas
ficam sobrecarregadas. O álcool será derramado em um sistema de desintoxicação de
emergência, sequestrando moléculas antioxidantes críticas necessárias para o
funcionamento normal do corpo.
A oxidação danifica o DNA saudável, que é o primeiro passo no caminho para o câncer. O
álcool é um agente cancerígeno conhecido, aumentando o risco de muitos tipos de câncer.
Não há estudos que comprovem que o álcool é benéfico para a saúde humana.
Portanto, nosso corpo desenvolveu uma maneira de nos proteger dele. Nossos ancestrais
teriam encontrado pequenas quantidades de álcool em alimentos vegetais fermentados
naturalmente, como frutas.
Por exemplo, quando a pele de uma fruta é danificada, as leveduras invadem para comer os
açúcares da fruta.
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Abaixo, você pode ver o processo de duas etapas que nossas enzimas usam para
transformar álcool (tóxico) em acetato (inofensivo):
O produto final, acetato, é então queimado para obter energia (mais comum) ou
transformado em gordura (mais raro).
De toda forma, enquanto seu corpo metaboliza o acetato, ele para de queimar gordura,
glicose, e qualquer outro combustível. Desta forma, é altamente provável que o consumo de
álcool sem moderação leve ao ganho de peso e impeça o emagrecimento.
De maneira resumida, o álcool não é benéfico para sua saúde. Diversas civilizações
consumiram álcool ao longo do tempo, e acreditamos que adultos responsáveis têm
condições de decidir por si mesmos se (e quanto) álcool eles desejam consumir.
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Mas é importante que você tenha acesso a todas as informações para tomar esta decisão.
Então não tenha ilusões de que o álcool seria positivo para a saúde (nem mesmo o
resveratrol do vinho — o qual já foi mencionado no tópico de antioxidantes).
Em vez disso, pese os prós e contras e decida por você. Apenas o conhecimento e a
responsabilidade sobre si mesmo é que podem te libertar.
No ensaio anterior, falamos do álcool do ponto de vista de saúde — que é sempre nossa
preocupação primária.
Sendo que existe um fato de que você provavelmente não vai gostar: o de que existem 7
calorias em cada grama de álcool.
Para muitas pessoas, o consumo de álcool é algo que faz parte de suas vidas. Elas não
querem se manter abstêmias pela vida toda — e já sabemos que uma dieta que não se
segue não adianta nada.
Além das calorias do álcool em si, ele também costuma ser acompanhado de
carboidratos (residual das uvas, como no vinho; ou de lúpulo/trigo/cevada no caso
da cerveja; ou ainda açúcares de drinks que levam refrigerantes e sucos).
Quando se bebe com moderação, é possível adequar a ingestão de álcool sem estragar seus
resultados.
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Pesquise sobre o drink que você está bebendo e veja quantas calorias ele contém — e
prefira sempre bebidas de baixo carboidrato.
Saiba que o excesso de álcool atrapalhará tanto um processo de perda de peso, quanto de
hipertrofia — especialmente se ele for responsável por fazer você perder seus treinos ou
não conseguir treinar no dia seguinte com o empenho que deveria.
Para aqueles que pretendem perder peso, tudo que você não quer é sair acrescentando
calorias extras e desnecessárias.
Sabendo que o álcool não é essencial para a vida humana, a abstenção pode ser indicada
(ou ao menos o consumo deve ser moderado) para não atrasar os seus resultados.
Lembre-se de que, quanto mais frequentes e mais intensas forem suas exceções (sejam
alimentares ou etílicas), mais lento será o seu progresso.
Nós fomos ensinados que a carne é insalubre, causa entupimento de artérias, engorda,
causa aumento de colesterol, ataque de coração, constipa, causa tumores e, como corolário,
que uma dieta baseada em planta é o “Santo Graal” da saúde.
Exemplos de pessoas reais comendo principalmente dietas baseadas em carne, por longos
períodos de tempo nos dão informações muito mais poderosas sobre carne e saúde do que
estudos científicos convencionais.
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Pois estes são conduzidos por curtos períodos de tempo, e neles um grupo de pessoas come
um pouco mais de carne (ou algumas porções extras de vegetais) do que outro grupo de
pessoas.
● Os inuits do Ártico canadense prosperaram com carne de peixe, foca, morsa e baleia.
● O povo Chukotka do Ártico russo vivia de carne de caribus, animais marinhos e
peixes.
● Os guerreiros Masai, Samburu e Rendille da África Oriental sobreviveram com dietas
que se consistiam principalmente de leite e carne.
● Os nômades das estepes da Mongólia comiam principalmente carne e laticínios.
● Os Sioux da Dakota do Sul desfrutavam de uma dieta de carne de búfalo.
Esses grupos únicos de pessoas foram objeto de intensa investigação médica há várias
décadas, e tem havido numerosos artigos científicos escritos sobre sua dieta e excelente
saúde.
Sendo que, para nós, o importante não é descobrir o que cada um desses povos fazia, como
vivia, sua rotina e seus costumes: nós respeitamos a validade dessas informações, mas não
somos antropólogos.
Em vez disso, o que queremos é ter a validação de que comer carnes é bom para nós — algo
tão primitivo, tão saudável, e tão poderoso. E que, ironicamente, apenas recentemente tem
sido reconhecido e confirmado pela ciência que pauta o pensamento ocidental.
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Estudos indicam que o ser humano come carnes há mais de 2 milhões de anos. E que esta
mudança nutricional foi parte importante do que nos trouxe até aqui.
Para qualquer um que esteja seguindo (ou considerando) uma dieta vegana, é crucial estar
ciente das deficiências nutricionais específicas de uma dieta sem alimentos de origem
animal.
Em primeiro lugar, lembre-se de os alimentos de origem animal são há muito tempo uma
fonte de nutrientes nas dietas humanas, e isso inclui alguns nutrientes únicos não
encontrados em outros lugares.
Vitamina B12. A vitamina B12 é vital para a formação e manutenção de glóbulos vermelhos
e DNA saudáveis. A deficiência de vitamina B12 pode causar algumas condições
potencialmente perigosas, incluindo: depressão, anemia, problemas nervosos, inflamação
do estômago, defeitos do tubo neural (DTN) durante a gravidez, fraqueza.
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Vitamina D3. A vitamina D3 só está disponível em alimentos de origem animal, como ovos,
peixes oleosos e carnes de órgãos.
Existem duas formas diferentes de ferro na dieta: o ferro heme, e o ferro não-heme.
Por esta razão, a ingestão diária de referência (IDR) para o ferro em veganos é 1,8 vezes
maior do que para pessoas que consomem uma dieta incluindo alimentos de origem animal.
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Vale lembrar que o ferro heme é mais biodisponível que as fontes não-heme do mineral. As
dietas veganas não contêm ferro heme.
Taurina. Apesar de sua classificação como não-essencial, pode haver vários benefícios da
ingestão de taurina na dieta. Por exemplo, a depleção de taurina pode causar uma série de
condições graves, incluindo insuficiência renal, cardiomiopatia e mau funcionamento de
células beta, o que pode levar ao diabetes tipo 2. As dietas veganas não fornecem taurina,
disponível apenas em alimentos de origem animal.
As dietas veganas não fornecem taurina, que é um aminoácido não essencial, mas benéfico.
Os veganos têm níveis plasmáticos mais baixos de carnosina, que é um composto anti-
glicação encontrado em alimentos de origem animal.
Existem muitos nutrientes e compostos benéficos não disponíveis nas dietas veganas, além
de vários nutrientes que podem ser difíceis de consumir em quantidades suficientes.
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Comer alimentos com triptofano (um aminoácido essencial) pode ajudar a produzir mais
serotonina. No entanto, você precisa de niacina (vitamina B3) para ajudar a aumentar o
triptofano. Você também precisa de vitamina B6 para converter o triptofano em
serotonina.O ácido fólico (vitamina B9) também ajuda o corpo a produzir serotonina.
Quais alimentos têm vitamina B e vitamina D? Todos os tipos de carnes e produtos lácteos.
Além da saúde mental, a carne é muito mais biodisponível, ou seja, é mais fácil para o seu
corpo quebrar e absorver os nutrientes da carne. O ferro heme é muito mais biodisponível
na carne do que no espinafre de ferro não-heme.
A principal razão pela qual devemos nos alimentar com carnes é que elas fornecem o
equilíbrio perfeito de proteínas e gorduras da natureza.
Elas não devem comer uma dieta rica em carboidratos refinados e açúcar.
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De fato, nossos corpos provavelmente prefeririam o salmão sobre a laranja. Carnes têm
antioxidantes, cálcio e vitamina C e comendo bife, ovos, fígado e/ou peixe teremos as bases
nutricionais cobertas.
É completamente possível ganhar massa magra em uma alimentação low carb, como é a
dieta cetogênica e a dieta carnívora.
Isto não te impede de treinar na academia (na verdade, é excelente treinar com pesos na
fase de emagrecimento). Pois este é um ótimo momento para dominar a execução.
Para o ganho de massa muscular, o primeiro passo a seguir é se adaptar à dieta carnívora.
Se tentar pular esta etapa, nada vai funcionar.
Pois, durante a adaptação, há inúmeras mudanças. O corpo está se curando e você precisa
deixar o processo de cura e equilíbrio acontecer primeiro.
Depois que sentir que está adaptado à dieta carnívora, você pode focar no ganho muscular.
Para isso, você precisa entender os princípios básicos para construção de músculos.
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4. Descanso, pois é no descanso que seu corpo se recupera dos danos e estresses
causados pelo treinamento, e é quando ocorre a supercompensação.
Supondo que você tenha dado ao seu corpo o tempo necessário para se adaptar à dieta
carnívora e atingir um ponto de referência homeostático, vamos mostrar como criar
músculos na dieta carnívora, num processo de 4 passo.
Falamos um pouco dos princípios no ensaio acima, agora vamos ver o passo a passo que
você pode adotar.
Este é o ponto em que muitas pessoas que começam com planos de hipertrofia erram.
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Elas simplesmente não comem refeições suficientes. Isso resulta em falta de calorias para
apoiar os exercícios pesados e o treinamento de força.
A maioria não ingere a quantidade de comida necessária para obter toda a energia,
aminoácidos e minerais necessários para construir um novo tecido muscular.
Isso tende a se agravar ainda mais nas pessoas que são “naturalmente magras”, que tendem
a ter menos apetite. E, em menor grau, naquelas pessoas que já emagreceram, que podem
ter medo de comer bastante e, com isso, “voltar a engordar”.
Mas é importante planejar adequadamente as refeições para você obter o resultado que
almeja.
Não importa qual é a sua composição corporal, ou o que você está buscando, você não pode
conseguir muita construção muscular sem certos minerais e vitaminas.
Eles são vitais para o sistema imunológico e a saúde geral, mas muitos outros processos
também dependem deles.
Zinco, magnésio e ferro são três dos minerais essenciais que seu corpo precisa quando se
trata de apoiar o crescimento muscular.
A boa notícia é que a carne, especialmente a carne bovina, é uma excelente fonte de todos
esses micronutrientes, o que significa que você provavelmente nunca precisará suplementá-
los.
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De toda forma, pode ser importante monitorar o que você come (pode fazer isso por meio
de aplicativos como o myfitnesspal), para ter uma noção de quanto ingere numa base diária.
Adicione um pouco mais de comida, como carnes e ovos, ao que você já come.
Não precisa ser muito porque não é comendo que você cresce, é com o treino. A comida
apenas possibilita isso.
Então, você pode pensar em adicionar entre 200 e 300 kcal por dia.
Não se preocupe em contar — apenas estime. Um exemplo é adicionar 3-4 ovos por dia ao
que você já comia.
Não existe uma carne que seja “a melhor para a hipertrofia”, mas evite os cortes muito
magros, que têm pouca ou nenhuma gordura. Pois, em uma dieta carnívora, você precisará
de toda a energia da gordura para alimentar seu treinamento de força.
A recomendação absoluta é a carne bovina, pois contém uma grande quantidade de calorias
e uma excelente mistura entre gordura e proteína.
Em processo de ganho de peso o ideal é que você faça ajustes lentos da dieta e vá
acompanhando o seu resultado, especialmente se está fazendo a dieta sem cálculos
específicos.
Se está tentando ganhar massa magra sem ter feito cálculos, uma opção seria ir
acrescentando aos poucos mais refeições e/ou mais alimentos em cada refeição que
normalmente já faz.
Caso no processo de ganhos perceba que está ganhando muita gordura corporal ou
ganhando peso muito rapidamente, é hora de rever a estratégia.
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Lembre-se que você não pode mudar o que não acompanha e o que não rastreia.
Muitas vezes as pessoas falham em sua intenção de ganhos pelo fato de não saberem se
estão comendo o quanto precisam comer para a finalidade.
Especialmente em uma dieta carnívora onde há muita saciedade na ingestão dos alimentos,
é muito fácil se manter em déficit calórico sem perceber, o que não é indicado para aqueles
que querem ganhar peso (de massa magra, claro, mas ainda é um ganho).
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Quando perceber uma estagnação nessas métricas — por exemplo, 2 semanas seguidas sem
aumentar o rendimento nos treinos, e sem ganhar peso, mesmo dormindo bem e
descansando adequadamente — pode aumentar um pouco mais sua ingestão de alimentos
novamente.
Não importa muito quantas semanas leva entre um aumento e outro — o mais importante é
progredir ao longo do tempo (nos treinos e nos resultados). É só que você provavelmente
vai ter de ingerir mais comida uma hora ou outra.
E, se ficar bastante tempo em hipertrofia (ou bulking), isso vai acontecer mais de uma vez.
Cada uma delas, com um pouco de aumento — 200 kcal ou algo assim.
A chave para o sucesso reside na progressão lenta. Um grande salto que não respeite isso
provavelmente resultará em mais ganho de gordura do que você deseja.
O segredo aqui é manter o ganho de gordura sob controle. Tenha paciência e não
aumente a ingestão calórica de uma vez. Para ter ganhos consideráveis, sem
ganhos de muita gordura, vá subindo as calorias aos poucos e monitorando o
resultado. Caso algo dê errado, será muito mais fácil reverter o processo.
Sendo que muitas pessoas têm a crença errada de que você precisaria de carboidratos para
ter ganhos musculares.
Porém isso revela apenas uma coisa: que essas pessoas não entendem como funciona a
construção muscular.
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E que não viram, na prática, pessoas em dieta cetogênica e carnívora ganhando massa
muscular — como a fisiculturista Claudia Vilaça, que segue uma dieta cetogênica de comida
de verdade durante 100% do tempo.
O básico para construir músculos são o treino (intenso e progressivo), a alimentação (com
proteína suficiente e excedente calórico), e o descanso (adequado).
As pessoas ainda pensam que o colesterol é ruim e que os vegetais são essenciais para você.
Mas cada vez mais pessoas estão sendo despertadas para a verdade e o mito do carboidrato
ser necessário para a construção muscular precisa morrer.
Somos máquinas adaptadas à gordura, e a gordura é uma substituta perfeita para a glicose
como nossa fonte de combustível.
Ainda, carnes musculares e produtos de origem animal são uma excelente e completa fonte
de aminoácidos para a massa muscular.
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O Dr. Stuart Phillips mostrou que, com ingestão diária de pelo menos 1,6 g de proteína/kg
de peso corporal, até 2,2 g de proteína/kg de peso corporal é ideal para a síntese muscular.
O mito de que os carboidratos são necessários para o ganho muscular foi dissipado.
Você pode parar de comer carboidratos agora e obter resultados absolutamente incríveis ao
comer bife e ovos, como fez o famoso Vince Gironda.
O Sr. Gironda era um fisiculturista profissional do século XX, e ele é citado com frequência
dizendo que o fisiculturismo é 85% de nutrição.
Gironda foi um dos primeiros defensores da dieta pobre em carboidratos e viveu na dieta de
bife e ovos por anos.
Outro ponto chave, recomendamos que você encontre um treinador que possa te auxiliar
com duas coisas: execução (executar corretamente para maximizar o crescimento muscular
e evitar lesões) e progressão (exemplos: aumentar o peso, tempo sob tensão, densidade do
treino, etc).
Você pode construir músculos com a dieta carnívora, e mais e mais pessoas estão chegando
à conclusão de que é a melhor dieta para ganho muscular.
Portanto, atenha-se a comer a melhor dieta possível, aquela que maximiza os nutrientes
benéficos que você pode ingerir.
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Com a combinação perfeita de gordura, proteína e toneladas de energia, você terá tudo o
que precisa para obter melhores resultados em seu treinamento.
Uma dieta carnívora pode ser muito boa para o ganho de massa magra, inclusive trazendo
uma melhor composição corporal, com menos ganho de gordura corporal, quando
comparada a dietas com alto teor de carboidratos, que tendem a trazer maiores ganhos de
gordura junto a hipertrofia.
Então treine pesado, coma animais (do focinho à cauda), e você vai se sentir mais forte do
que nunca.
Porém, é essencial reforçar que não se pode mudar o que não está sendo rastreado. Isto é:
se você não estiver perdendo peso ou não estiver ganhando massa magra, mesmo se
alimentando corretamente e treinando, então é hora de você fazer cálculos ou buscar um
profissional para te auxiliar com isso.
Ainda, quanto mais específico e minucioso for o seu objetivo estético, mais acertado deverá
ser o seu plano nutricional para que você atinja o resultado pretendido.
Tenha como exemplo atletas, bodybuilders, esportistas dentre outros. Pois essas pessoas
não comem de forma aleatória, é tudo porcionado, contato, calculado, determinado.
Finalmente, leve em consideração que a construção muscular é "uma maratona, não uma
corrida" — ou seja, leva tempo. Confie no processo e comprometa-se com a "maratona".
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Aqui estão alguns fatores dignos de nota quando se trata de ganhar massa muscular com
uma dieta carnívora. Estes são pontos a favor da adoção de uma dieta carnívora para
hipertrofia.
Também há muita proteína na dieta (uma boa quantidade proteica). Porque praticamente
todos os alimentos da dieta são ricos em gordura e proteína.
E por que ressaltamos a proteína? Porque ela é crucial para seus ganhos.
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Densidade de nutrientes
A dieta dos carnívoros tem uma densidade de nutrientes realmente alta, o que significa que
possui grandes quantidades de micronutrientes de uma forma realmente biodisponível.
A razão pela qual isso é crucial para ganhar músculos com uma dieta carnívora é a seguinte:
você precisa de muitos micronutrientes para manter um corpo saudável — mas, quando
você quer construir músculos, precisa de ainda mais deles.
Sono melhorado
Como a dieta carnívora aumenta a qualidade do sono através de vários mecanismos,
também podemos incluir este ponto.
O sono é uma parte extremamente importante para ganhar músculos com a dieta carnívora,
porque é no descanso que reparamos os danos causados ao nosso corpo no treinamento (e,
durante esse processo, construímos e reparamos nossos músculos).
(Quando suas vias aéreas são bloqueadas, o que pode acontecer quando você está
comendo alimentos aos quais é levemente alérgico, seu sono sofre muito. A dieta carnívora
pode remover esses alimentos da sua dieta e indiretamente melhorar seu sono, o que pode
ajudar a aumentar seus ganhos musculares).
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Hormônios
Os hormônios são um assunto que merece muito destaque, pois eles basicamente
influenciam quem somos.
Por causa disso, a otimização dos hormônios é crucial quando se trata de ganhar músculos
com uma dieta carnívora.
Quando você come uma dieta ocidental moderna, você se envenena com óleos vegetais,
grãos, açúcar e carboidratos em geral.
A remoção completa desses grupos de alimentos por si só corrigirá muitos problemas, mas a
dieta dos carnívoros é como um esteróide natural para o seu corpo.
Quando seu corpo está em constante luta contra essa inflamação, ele não descansa o
suficiente para construir músculos de maneira ideal, ou os blocos de construção para ter um
bom equilíbrio hormonal.
A falta total de carboidratos e a baixa gordura corporal são fatores chave para uma melhor
sensibilidade à insulina, e a estratégia carnívora endereça ambos os pontos.
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Agora, te convidamos a refletir um pouco sobre a tara por suplementos que se desenvolveu
na sociedade ocidental — buscando salvar as pessoas de seus estilos de vida totalmente
inadequados por meio de pós, pílulas e cápsulas mágicas.
Goste ou não, o homem (no que diz respeito às suas características biológicas) faz parte
inequivocamente do Reino Animal. Portanto, as mesmas regras que se aplicam ao reino
animal também se aplicam a ele.
As espécies animais que vivem hoje representam, sem exceção, o nível mais alto de
adaptação ao ambiente. Esta é a fundamentação da seleção natural de Darwin.
Podemos tomar como certo que nenhuma espécie emergiu ao longo da evolução
dependendo de suplementos artificiais.
Como ocorre com os demais animais, ao comer uma dieta adequada à espécie, obtemos a
nutrição adequada para que sejamos sadios — sem dependermos de suplementos.
E te garantimos uma coisa: a dieta adequada à nossa espécie certamente não se baseia em
ingestão massiva de carboidratos e óleos vegetais refinados.
As pessoas perdem a noção das coisas sempre que aparece algum atalho que
prometa resultados rápidos com um mínimo de esforço.
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Sempre que alguém lhe apresentar algo que contrarie o quadro evolutivo do ser
humano, o seu “detector de baboseiras interno” deve soar o alarme.
Em dieta carnívora bem formulada, até mesmo suplementos com eficácia comprovada
tornam-se desnecessários, pois a dieta por si só fornece tudo que o corpo precisa via
alimentação.
(Dizemos “pode apresentar” porque a ciência mostra que uma parcela da população não
responde a suplementos de creatina — isto é, eles não têm eficácia nessas pessoas.)
(Além da carne vermelha, peixes como salmão e atum também são ricos em creatina.)
Este exemplo ajuda a mostrar por que suplementos não são necessários para
transformar seu físico e, em muitos casos, são apenas um dreno de dinheiro.
Qualquer artigo ou propaganda com o qual você cruze que contradiga o exposto
acima provavelmente está mirando a sua carteira.
O foco deve ser na ingestão de alimentos que possam fornecer tudo que você precisa sem
ter que se socorrer aos suplementos, tendo em mente que não se precisa suplementar o
que pode ser obtido facilmente pela ingestão de comida.
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A hipertrofia muscular também não será prejudicada pela falta de carboidratos (falamos
disso noutra questão).
Então você quer ter um tanquinho, certo? Nada de errado com isso. Mas saiba que
ficar com um corpo definido o tempo todo envolve componentes genéticos,
ambientais e de força de vontade.
Apesar disso variar de pessoa para pessoa, podemos dizer que um percentual de
gordura em torno de 7 a 12% seja sustentável para uma pessoa comum (homem),
enquanto talvez 14-20% seja uma boa métrica para mulheres (elas tendem a ter
mais gordura corporal).
É verdade que existem exceções para essa regra: indivíduos com uma genética
excelente, atletas, ou pessoas que fazem uso de drogas para fins estéticos.
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Mas vamos focar nossa resposta em pessoas normais, com vidas normais.
Isso não fará a mínima diferença em como as pessoas vão lhe tratar, e você irá
acabar com essa associação.
É bem comum que, para entender isso, você realmente tenha de sofrer e ficar bem “seco”
— para aí experienciar em primeira pessoa essa verdade.
Então você poderá ficar mais relaxado em aceitar convites para restaurantes, beber
algumas bebidas de baixo carboidrato a mais sem se preocupar. E a satisfação que
obterá disso será maior do que qualquer sensação de tristeza devido aos 2 ou 4%
de gordura corporal extra que você estará carregando.
E que é possível ser uma pessoa com um físico magro/definido/atraente e sarado em uma
dieta carnívora, desde que sejam aplicadas as noções básicas sobre perda de peso e ganho
de massa magra.
Talvez o maior erro das pessoas esteja em aplicar o que faziam para perder peso quando na
verdade querem ganhar massa magra, bem como aqueles que querem perder peso, mas
desejam fazer isso tão rapidamente que desconsideram totalmente passos que devem ser
observados para que essa perda de peso ocorra de forma saudável.
Precisa ficar claro também que é possível perder peso e ganhar massa magra sem tantos
cálculos e diretrizes a serem aplicadas.
Porém se lembrando de que, quanto mais “extraordinário” for o resultado que você estiver
buscando, mais extremas tendem a ser as medidas necessárias.
Por exemplo: para sair da obesidade/sobrepeso e ter um corpo normal e saudável, você
precisa comer carnes conforme seu apetite, e treinar ocasionalmente.
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Mas, para ter um corpo de modelo fotográfico, você talvez tenha de treinar muito mais, e
fazer dieta com muito mais consciência e intenção do que isso. Com menos exceções, e mais
deliberação a cada escolha.
Sendo assim, antes de mais nada, pense o quão longe está disposto a ir para atingir seus
objetivos.
Pois, independente de eles serem de perda de peso ou de ganhos, você terá que abrir mão
de algumas coisas (ou de muitas).
Sem sacrifício, sem comprometimento, sem paciência e sem consistência, você sempre
estará apenas se distanciando de seus resultados.
A tendência da nossa bioquímica é armazenar lipídios no nosso tecido adiposo como fonte
de energia que pode ser utilizada posteriormente, por exemplo durante o processo de
jejum.
Por que armazenamos lipídeos ao invés de uma grande quantidade de carboidrato? Por que
a natureza escolheu a gordura para nós?
Nós armazenamos a nossa maior parte de fonte de energia em forma de lipídios porque os
lipídios são compostos insolúveis em água, eles não carreiam água consigo, ou seja, são
compostos anidros, então nós não temos um peso extra em água quando esse composto é
armazenado.
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Para se ter uma ideia, entre 15 e 20 quilos de gordura de uma pessoa com sobrepeso
conseguem fornecer energia para ela durante meses! Para alcançar a mesma eficiência com
os polissacarídeos, essa mesma pessoa teria que ter entre 80 e 120 quilos extras por causa
da água que viria junto.
Outro aspecto de armazenarmos lipídeos como fonte de energia, é que eles quando são
quebrados produzem o dobro de energia que os carboidratos.
Ainda, a gordura, além de ser uma excelente fonte otimizada de energia, é um ótimo
isolante térmico, tendo fundamental importância para os mamíferos.
Como diminuir demais a ingestão calórica, e adicionar sessões longas e cansativas de treino,
impossíveis de manter na sua rotina.
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Acontece que, se você diminuir demais a ingestão calórica, corre o risco de perder
massa muscular.
Além do mais, você terá menos energia para treinar e, sem uma intensidade
suficiente de treino, a sua capacidade de manter a sua massa muscular ficará
prejudicada.
Se você inicia a dieta carnívora comendo pouco propositalmente, logo ficará sem ter
onde cortar calorias para poder continuar progredindo e comer menos do que você
poderia — vai afetar, principalmente, os seus hormônios.
Entenda isso como: a sua libido vai desaparecer, e os ataques de fome e a irritabilidade
serão grandes. Nada bom.
Você também ficará tão esfomeado que estará no caminho certo para comer
desesperadamente (com uma predileção por um monte de porcarias) e ganhar
novamente todo o peso perdido.
Entenda:
No seu processo de perda de peso, faça as coisas com calma e tenha paciência: os
resultados consistentes não aparecem do dia para a noite.
Se você estiver tomando as atitudes certas hoje, daqui a um ano vai estar em ótima forma e
saúde.
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Se estiver tomando as atitudes erradas, talvez patine sem sair do lugar, e daqui a um ano vai
estar mais velho — mas sem resultados para mostrar.
Mas isso não significa que você deva se desesperar. Porque chances são de que você está
sim perdendo gordura e que o peso que você vê não é devido a tecido adiposo: em vez
disso, ele é devido (em menor parte) a ganhos musculares e (principalmente) a retenção de
líquidos.
Isso acontece porque as células adiposas podem absorver água conforme forem perdendo
gordura, o que mascara a queima de gordura.
Isso acontece com mais frequência com aqueles que têm um sono ruim e/ou uma vida
muito estressante.
Lembre-se: a perda de gordura não irá começar ou parar de uma hora pra outra, a
não ser que o balanço calórico tenha mudado.
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repente o ponteiro da balança parou de se mexer, você tem um bom indício de que
o seu corpo está retendo água.
Nesse caso, a melhor coisa a fazer é ter paciência. E, se a qualidade do sono estiver ruim, ou
o estresse estiver alto, então tratar de endereçar estes aspectos.
Por fim, lembre-se de que pode ser útil acompanhar o progresso se baseando em mais do
que apenas o peso.
O melhor a fazer é tomar medidas corporais, bem como acompanhar a qualidade do sono e
o nível de estresse semanalmente, conforme a dieta for progredindo.
Os platôs podem acontecer, mas o pânico nunca é uma solução — paciência e ações
pensadas são mais inteligentes, assim como a aceitação de que ele é parte do processo.
Antes de contar como acompanhar seu progresso, veja o que a maioria das
pessoas faz — e que sugirimos que você não faça: apenas se olhar no espelho.
Segundo porque você provavelmente não vai notar a evolução com clareza — pois
vê o seu próprio corpo todos os dias (e, às vezes, várias vezes ao dia). (Então, as
mudanças graduais serão percebidas primeiramente pelas outras pessoas.) Este
fenômeno é conhecido como “adaptação perceptiva”.
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Terceiro, porque a iluminação vai variar, e sua condição vai mudar dependendo da
quantidade de sal e carboidratos presentes nos alimentos que você tiver comido
(caso saia da rotina da dieta carnívora).
Por tudo isso, tentar acompanhar o seu progresso olhando-se no espelho é uma
receita para o desastre, — porque no curto prazo o espelho simplesmente vai
bagunçar a sua cabeça.
Aqui está um resumo rápido de todas as coisas que podem causar flutuações no
peso:
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#2 — Tirar fotos
Tire fotos a cada 4 semanas. Tire duas fotos, uma de frente e outra de perfil. Use as
mesmas condições de iluminação, câmera, ângulo, hora do dia e pose.
Tirar fotos com mais frequência pode ser contraproducente, pois geralmente as
mudanças são muito pequenas para serem motivacionais.
E ela complementa a balança: se você manteve o mesmo peso, mas ganhou bíceps e perdeu
cintura, certamente está perdendo gordura e ganhando massa magra.
● Peito;
● Cintura;
● Quadril;
● Coxa;
● Panturrilha;
● Bíceps e
● Antebraço.
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Para mais informações sobre como tirar suas medidas, sugerimos a leitura do artigo:
senhortanquinho.com/medidas. Nele, também disponibilizamos um vídeo mostrando como
tirar as medidas de forma fácil.
Também no caso da fita métrica, valem as mesmas regras que para quaisquer outros
métodos de medição de gordura corporal, ou mesmo de pesagem, sendo que a principal
delas é ter consistência nas medidas.
Neste caso, isso significa não só tentar reproduzir todas as medições em condições similares
(não vale medir depois do treino só pra ficar “inchado”), mas também sempre posicionar a
fita métrica no mesmo lugar.
O ideal seria sempre usar a maior circunferência possível para um dado local, mas como
sabemos que as vezes é difícil manter a posição semana a semana, recomendamos que pelo
menos meça sempre com a fita no mesmo lugar.
Resumindo: Não use apenas o espelho para acompanhar seus resultados. Acompanhe seu
peso (ao longo do tempo), tire fotos de antes e depois, e anote suas medidas corporais. Isso
vai refletir seus resultados de forma mais precisa.
Em qualquer dieta de perda de peso, um déficit calórico deve existir para que haja a queima
de gordura.
No entanto, ele também coloca em risco a massa muscular que suamos tanto para
conquistar.
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Além disso, não faz sentido “esperar até que você esteja magro” para começar a treinar.
Procure fazer treinamento de força que estimula o músculo com sobrecarga progressiva e
causa hipertrofia muscular.
Sendo que, quanto mais emagrecemos, menos gorduras teremos disponíveis como fonte de
energia — o que aumenta a possibilidade do organismo catabolizar os músculos para
converter os aminoácidos em energia.
Então, se o nosso déficit energético diário estiver além da capacidade do corpo de obter
energia a partir da gordura, perderemos massa muscular.
O que isso significa na prática? Que, em geral, pessoas mais gordas podem perder peso mais
rapidamente do que pessoas mais magras — e que é normal reduzir a velocidade da perda
de gordura conforme emagrecemos.
Dessa forma, temos 4 bons motivos para não causar déficits muito agressivos.
A nossa habilidade de fazer isso diminui conforme progredimos com o treino, e conforme
emagrecemos (isto é, quanto mais magros somos) — bem como diminui com déficits
calóricos mais agressivos.
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Além disso, a transição para uma dieta de manutenção se torna bem mais fácil.
Isso acontece porque a velocidade com que você perdeu peso foi maior do que a velocidade
com que a sua pele encolheu.
A elasticidade da pele diminui com a idade e com o número de vezes em que ela teve que
esticar e encolher novamente.
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Em qualquer dieta, inclusive na dieta carnívora, é importante que haja um déficit calórico
para a perda de peso.
Sabemos que é necessário um déficit calórico semanal de cerca de 3500 kcal para perder
aproximadamente meio quilo de gordura. Isso representa um déficit diário médio de 500
kcal.
Para causar esse déficit, você pode manter inalterada a ingestão de proteínas — pois esse é
o macronutriente que dá mais saciedade, e que preserva os músculos.
Para quem está perdendo peso com a dieta carnívora, pode-se montar a dieta consumindo
carnes mais magras e mantendo a ingestão da gordura alimentar mais baixa — porém nunca
em limites inferiores ao que o corpo precisa para seu correto funcionamento.
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Algumas pessoas estão lutando para perder gordura corporal em uma dieta low carb,
cetogênica, ou carnívora, mas não estão tendo sucesso.
Embora haja muitas razões possíveis para isso, a mais comum é que estão comendo gordura
e calorias demais.
Lembre-se: quando você reduz sua ingestão de carboidratos ao ponto de seu corpo passar a
usar principalmente gordura como combustível, você passa de “queimador de açúcar
(carboidratos)” a “queimador de gordura”.
Isso não significa que a gordura que você está queimando virá necessariamente da sua
gordura corporal armazenada.
Pois a gordura utilizada pelo corpo pode estar vindo exclusivamente da sua alimentação —
e, quanto mais gordura você ingere, menor será a necessidade de seu corpo utilizar a sua
gordura armazenada como combustível.
Você pode ingerir mais gordura e ainda assim manter seu peso.
Mas se está lutando para a perda de gordura em carnívora, apesar de “fazer tudo certinho”,
há uma enorme chance de você estar exagerando na gordura.
Se você estiver usando a gordura de sua comida, você não estará usando a gordura de seus
quadris ou barriga.
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Afinal, é para isso que existe a gordura corporal armazenada: para suprir energia quando
não há alimentos.
Logo, se você ingenuamente bebe uma xícara de café com 400 calorias de manteiga, seu
corpo não tem motivo para usar seu suprimento de reserva de gordura.
Ao contrário da opinião popular, você não pode ingerir gordura de maneira completamente
ilimitada e ainda perder gordura corporal com uma dieta baixa em carboidratos,
cetogênica/carnívora.
O ideal é ingerir a gordura natural dos alimentos (por exemplo, a gema do ovo). Mas não
colocar gorduras de maneira artificial e processada (por exemplo, excesso de manteiga).
O objetivo de alguns é tentar fazer com que suas medições de cetonas sejam as mais altas
possíveis, o que não faz sentido se estiverem fazendo dieta para perder gordura corporal.
Quando se visa perda de gordura corporal, o foco deve ser o consumo de proteínas.
Gordura tem apenas um efeito térmico de 1-2% de alimentos ("TEF") , ou seja, você recebe
um total de 9 calorias por grama consumida.
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Por outro lado, a proteína tem um TEF de cerca de 20-30% — portanto, quanto mais
proteína em sua dieta, aproximando-se de 50% das calorias, maior o TEF (efeito
termogênico da comida).
Isso significa que, ingerindo 500 kcal de gordura, você terá cerca de 480 kcal disponíveis
para seu corpo.
Mas, ao ingerir 500 kcal de proteínas, você terá apenas 400 kcal disponíveis.
Mais um exemplo numérico para esclarecer esta questão: se a sua ingestão é de cerca de
15% das calorias de proteínas em uma dieta de 2000kcal, e você passa a 50% das calorias,
apenas isso já causa um déficit diário adicional de quase 200 kcal a mais.
Na prática, é como se você estivesse comendo 10% a menos — mas comendo a mesma
quantidade de calorias.
Sendo que provavelmente ficará ainda mais saciado com essa elevada ingestão proteica.
Pois uma ingestão mais alta de proteínas será mais saciante do que de gordura, e permitirá
mais prontamente a manutenção de um déficit calórico significativo.
Se você está usando uma carnívora com o objetivo de perder gordura corporal, você não
precisa comer uma dieta super rica em gorduras.
Se você usa essa maneira de comer para gerenciar uma condição médica específica que
pode exigir um alto nível de cetonas para a eficácia, daí é uma história diferente.
Se seu objetivo for a perda de peso, mas você está com dificuldades, aqui estão algumas
dicas para reduzir a ingestão de gordura:
Estes são os dois culpados mais notórios que atrapalham o caminho da perda de gordura.
O problema não está nesses alimentos, por si só, mas sim no fato de que a maioria exagera
na ingestão.
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Se você consegue controlar suas porções, tudo bem ingeri-los. O problema está no
descontrole.
É muito melhor comer a gordura que se encontra naturalmente em sua comida (carnes,
ovos) do que adicionar uma porção de óleo a uma bebida.
Se você sabe o suficiente para não beber mais açúcar líquido (sucos de fruta, isotônicos,
refrigerantes), agora você pode progredir para não beber gordura também (cafés com
manteiga, nata, creme de leite).
Só porque você pode adicionar manteiga, creme de leite e queijo à comida, isso não significa
que você precise.
Se você está usando essa maneira de comer para perder gordura corporal, então você não
precisa adicionar montes de gorduras aos alimentos. De fato, fazer isso pode ser
diretamente contraditório ao seu objetivo.
A maior armadilha que vemos em pessoas que se propõem a fazer dietas para perda de
gordura é que elas consomem mais gordura à custa de proteína inadequada. Não faça isso.
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Isso se torna cada vez mais importante quanto mais magro você estiver.
Quando dizemos “pausa na dieta”, estamos nos referindo a uma pausa completa na
contagem de calorias ou tentativa de monitorar a ingestão de comida por alguns
dias.
Mas não se trata de voltar a consumir alimentos como açúcar, fast food e carboidratos
refinados.
Além das razões fisiológicas, fazer pausas periódicas na dieta também é uma boa ideia
devido aos benefícios psicológicos.
Após um período de cutting (déficit calórico), pode haver uma pausa na dieta, incluindo-se
mais alimentos (volume maior) — ou mesmo a adição de carnes mais gordas, umas porções
de bacon, torresmos e alguns queijos.
Todo tipo de estresse é contraproducente: treinar em excesso, dormir pouco ou brigar com
o chefe e, no caso que estamos destacando, fazer uma restrição calórica muito severa.
O ideal seria se atentar a todos esses tipos para maximizar seus resultados.
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Nós sabemos que todo processo de mudança de hábitos é trabalhoso, e por isso ficamos
felizes por você ter atingido seus objetivos.
1. Elas fizeram uma dieta de maneira cega e não planejada, sem nem mesmo pensar no
que aconteceria depois; ou
2. Fizeram uma dieta muito longa e severa, e depois simplesmente não conseguem
manter esse nível de restrição e fome.
Sendo assim, ao terminar sua dieta, você tem duas opções principais.
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Então, você provavelmente pode ser um pouco mais liberal com as exceções e/ou
quantidade de alimentos, mas mantenha um monitoramento (de peso, medidas corporais, e
fotos) para ajustar o plano conforme necessário.
Com isso em mente, acreditamos que é possível para maioria das pessoas manter a
condição sarada obtida com a dieta.
Você já ouviu falar que o bacon faz mal para a saúde, certo?
Primeiro, citava-se muito a gordura saturada, que teoricamente poderia entupir nossas
artérias e nos mataria. Isso já foi desmentido.
Depois, o medo era o sódio, que nos daria hipertensão e causaria mortalidade. Isso também
foi desmentido.
Agora, muitas pessoas temem carnes curadas com medo dos nitritos e nitratos usados no
processo de cura. Mas será que isso tem fundamento?
A crença de que os nitritos e nitratos causam sérios problemas de saúde está enraizada na
consciência popular e na mídia.
De fato, o estudo que originalmente conectou nitratos com risco de câncer e causou o susto
e espalhou o mito foi desde então desacreditado, após ter sido submetido à revisão por
pares (peer review).
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Tem havido grandes revisões da literatura científica que não encontraram nenhuma ligação
entre nitratos ou nitritos e cânceres humanos. E mesmo evidências que sugerem que eles
podem ser carcinogênicos.
Além disso, pesquisas recentes sugerem que nitratos e nitritos podem não só ser
inofensivos, mas também benéficos, especialmente para imunidade saúde do coração.
Pode surpreendê-lo saber que a grande maioria da exposição ao nitrato / nitrito não vem de
alimentos, mas de fontes endógenas no corpo.
Na verdade, os nitritos são produzidos pelo seu próprio corpo em quantidades maiores do
que as obtidas com alimentos, e o nitrito salivar é responsável por 70 a 90% da nossa
exposição total ao nitrito.
Em média, cerca de 93% dos nitritos que recebemos de alimentos vêm de vegetais.
Pode chocar você saber que 1 porção de rúcula, 2 porções de manteiga e 4 porções de aipo
ou beterraba têm mais nitrito do que 467 cachorros-quentes — e que a sua própria saliva
tem mais nitritos do que todos eles.
Humor à parte, não há motivo para temer nitritos em sua comida ou saliva.
Agora, vamos explorar alguns ensaios destacando alguns “perigos para a saúde” que o
consumo de plantas e vegetais podem ter.
Vale lembrar que não necessariamente eles são igualmente perigosos para todas as pessoas
(a sensibilidade e tolerância aos compostos é altamente individual).
Sendo que nossa intenção é explorar um pouco de possíveis problemas que alimentos tidos
quase que universalmente como “inofensivos” ou “saudáveis” podem apresentar.
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Todos sabem que as frutas são tidas como "alimentos saudáveis". De acordo com a
sabedoria popular, elas provêm de plantas, são alimentos completos e servem de comida a
humanos há muito tempo.
Algumas pessoas chamam as frutas de "fast-food natural" devido a sua praticidade, pois são
alimentos muito fáceis de transportar e de preparar.
Os estudos que se concentram nos benefícios das frutas são baseados principalmente em
pesquisas epidemiológicas.
Entretanto, algumas pessoas têm questionado nos últimos anos os efeitos que as frutas
causam na saúde, principalmente porque a maioria delas contém elevados teores de açúcar.
A maioria das pessoas pensa que a fruta é saudável porque é rica em antioxidantes, é uma
boa fonte de fibras, e contém vitaminas e minerais essenciais.
E, ao contrário de outras partes da planta (raízes, sementes, caules e folhas) que a planta
deseja desesperadamente proteger para sobreviver, a planta realmente quer que os
predadores comam seus frutos e espalhem suas sementes.
Então, aqui vamos explorar se existem perigos para a saúde ao comer frutas.
Com base na lógica de que as plantas pretendem que seus frutos sejam comidos, pode-se
pensar que essas são uma boa opção para alimentos.
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Além dos perigos associados à alta carga de lectina em frutas verdes, e à alta dose de açúcar
que poucas pessoas precisam hoje, existem outros fitoquímicos potencialmente tóxicos,
como: taninos, flavonóides, fenólicos que atuam como fotossensibilizadores, glicosídeos
cianogênicos, salicilatos.
O consumo de frutas aumenta, por exemplo, níveis de colesterol LDL, ácido úrico,
triglicerídeos, TSH, açúcar no sangue e insulina. Isso pode interromper a perda de peso ou
promover ganho de peso, aumentar o consumo e a retenção de água, pode causar inchaço
nos pés, pressão alta, pode causar sudorese anormal e, em muitos casos, prejudica a
qualidade do sono.
Os efeitos negativos dos vegetais são muito semelhantes aos das frutas.
Obviamente, não apenas a frutose tem um efeito negativo, mas também outros
ingredientes de frutas e vegetais.
O que contêm frutas e vegetais que não estão contidos em carne e gordura? Eles são partes
essenciais da nossa dieta?
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Esta substância pode levar a uma ampla gama de problemas , em todo o corpo, como:
danos nos rins, danos ao intestino, podem contribuir para o desenvolvimento de doença
celíaca e "intestino permeável", problemas respiratórios, produção de muco e congestão,
problemas cerebrais - sono, humor, comportamento, cognição, capacidade organizacional,
autismo, problemas urinários e dor genital, problemas de gengiva e dente, instabilidade
óssea e do tecido conjuntivo, contribuir para o envelhecimento e pode fazer você se sentir
velho prematuramente.
Esses problemas nem sempre causam sintomas óbvios. O início pode incluir um mal-estar
generalizado, baixa concentração, algum tipo de "-itis" (gastroenterite, tendinite), rigidez
articular, inchaço, dor muscular ou fraqueza.
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Muitas pessoas pensam que o espinafre é uma boa fonte de cálcio, mas a afirmação é uma
fraude. O cálcio no espinafre é completamente inútil.
No laboratório, podemos medir o teor de cálcio no espinafre, mas isso não significa que ele
esteja disponível como um nutriente para o corpo. Há uma grande diferença na nutrição
medida nos alimentos e na nutrição que o corpo pode realmente absorver e usar.
Oxalato não é apenas um antinutriente que esgota cálcio e ferro, roubando vitaminas e
minerais essenciais. Ele também é tóxico.
● couve;
● couve-flor e
● brócolis
Isso significa que, se alguém comer uma grande tigela de espinafre todos os dias para o
almoço, aumentará a necessidade de certas vitaminas e minerais.
O oxalato é encontrado em vegetais, algumas frutas, sementes e nozes. Para aqueles que
seguem a dieta low carb ou cetogênica e consomem grandes quantidades de farinha de
amêndoa, smoothies verdes e chocolate amargo, vale a pena ter cuidado: porque os
oxalatos podem ser encontrados também nesses alimentos.
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A melhor coisa que você pode fazer é limitar a quantidade de oxalatos que você come é
reduzir a ingestão de plantas.
De fato, graças aos oxalatos, praticamente nenhum ferro presente no espinafre é absorvido
pelo corpo do Popeye e, se ele queria ganhar força deveria estar comendo bifes e não um
vegetal.
Algumas estruturas das plantas são mais vitais do que outras para a perpetuação de suas
espécies. As sementes são uma dessas estruturas. E é por isso que existem perigos para a
saúde de comer sementes: como as sementes são plantas tão importantes, as plantas
desenvolveram medidas adicionais para garantir que suas sementes sejam protegidas e
espalhadas, com uma melhor chance de cultivar e produzir suas próprias sementes.
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De todas as várias partes da planta , as sementes são as mais propensas a prejudicar a saúde
humana. É como se a planta mãe fizesse de tudo para preservar a vida de seu bebê
semente.
Trigo, milho, aveia, arroz, ervilhas, lentilhas, soja e grão de bico, sementes de gergelim,
amendoim, sementes de papoula e sementes de girassol.
Corte qualquer uma dessas coisas pela metade e você encontrará a mesma estrutura básica
dentro.
É por isso que há tanta confusão sobre amendoim, castanhas de caju e amêndoas, que
algumas pessoas lutam para categorizar.
Um amendoim é uma noz ou uma leguminosa? Quinoa é um grão ou uma semente? Não se
preocupe com os detalhes botânicos — trate todas como sementes.
A primeira vez que grãos e grãos constituíram uma parte significativa da dieta humana foi
entre 5.000 e 10.000 anos atrás, quando a agricultura tomou conta.
Houve numerosas culturas ao longo da história (os esquimós Inuítes é um bom exemplo)
que, mesmo no século 20, comeram uma dieta completamente livre de grãos e eram
saudáveis.
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Um dos "perigos de uma dieta baseada em plantas" escondidos são as proteínas chamadas
lectinas. Os perigos para a saúde das lectinas podem ser numerosos e insidiosos.
Sementes como grãos, feijões e nozes abrigam o embrião da planta. Naturalmente, a planta
quer proteger esses descendentes e usa as lectinas como meio de fazê-lo.
A forma mais famosa de lectina é o glúten, e todos já ouvimos falar sobre o glúten milhares
de vezes.
Muitas lectinas são resistentes à digestão humana e podem danificar o intestino, inclusive
causando o vazamento dele — condição conhecida como "leaky gut" ou intestino
permeável.
O problema com a lectina do glúten é que elas são muito difíceis de digerir pelas enzimas.
Então elas são parcialmente digeridas criando peptídeos tóxicos de gliadina, assim como
gluteomorfinas.
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Comer alimentos à base de plantas que nem existiam até que a história humana moderna
agora compõem a maioria de nossas dietas. Além disso, nós modificamos geneticamente as
colheitas para expressar ainda mais lectinas.
Uma dieta sem lectinas basicamente eliminaria todos os alimentos à base de plantas. Sob
esta luz, não é de surpreender que a dieta carnívora seja tão eficaz.
O maior erro que cometemos é que assumimos que a nutrição de uma planta
(especialmente em suas sementes) é a nossa nutrição também.
No entanto, conforme falamos, a nutrição contida nas sementes destina-se a uma planta
bebê em crescimento. Quando tentamos roubar essa nutrição, isso vem com consequências
terríveis.
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O ácido fítico tem o trabalho de reter os minerais essenciais que a planta precisa para
crescer. Mas quando nós roubamos essa nutrição para nós mesmos, o ácido fítico se liga aos
nossos minerais como fósforo, ferro, zinco, magnésio e cálcio e impede a absorção.
O que acontece quando você tem deficiências minerais, é que se torna mais propenso a
doenças cardíacas, depressão, impotência, perda de cabelo, infertilidade e pode ter um
sistema imunológico comprometido.
Você pode encontrar o ácido fítico principalmente em nozes, legumes, grãos e sementes.
Animais como vacas e ovelhas têm bactérias em suas entranhas que decompõem os fitatos.
Suas entranhas são projetadas para dietas baseadas em vegetais.
Já os intestinos humanos não são projetados para lidar com ácido fítico. Ele passa pelo
nosso trato digestivo, roubando minerais enquanto percorre todo o caminho até o cólon.
Mas não são apenas minerais que o ácido fítico rouba. O ácido fítico pode inibir enzimas
digestivas como amilase, tripsina e pepsina. Isso faz com que os macronutrientes não sejam
digeridos adequadamente. Isto é um problema.
As maiores concentrações de ácido fítico estão nas sementes. Logo não comer alimentos à
base de sementes pode ser uma boa idéia.
Porém o ácido fítico também está presente em outras partes de plantas, como raízes, folhas
e frutos. Então, enquanto não comer sementes é um ótimo lugar para começar, isso não
resolve todo o problema.
Os grãos, feijões, nozes e sementes das quais as dietas veganas dependem para proteínas
são tecnicamente todas as sementes. Por exemplo, grãos são sementes de gramíneas. As
sementes são mais ricas em proteínas do que a maioria das outras partes das plantas, mas
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infelizmente também são ricas em ácido fítico, um ímã mineral que interfere na nossa
capacidade de absorver ferro, zinco, cálcio e magnésio.
As sementes usam essa molécula inteligente para manter minerais preciosos, para que não
possam ser lavados no solo enquanto esperam para brotar. Infelizmente, as sementes não
acumulam egoisticamente seus próprios minerais. O ácido fítico também rouba minerais de
outros alimentos inocentes que você pode comer com suas sementes, dificultando a
extração de minerais de tudo o que você come.
Uma observação interessante: alimentos à base de animais não têm ácido fítico.
Ninguém nunca nos disse que brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, couve,
rabanetes, rúcula, mostarda e etc, possuem um lado ruim.
Assim como outras plantas, esses vegetais colocam uma alta prioridade na sobrevivência e
isso significa proteger-se com fitoquímicos.
Os vegetais crucíferos, por exemplo, usam uma substância química especial chamada
glucosinolato para impedirem as pragas. Em uma analogia, a substância química em questão
seria “a bomba”.
Eles também têm outra substância química chamada mirosinase. Ela seria o “palito” que
acende a bomba.
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Se você comer brócolis, cerca de 75% do sulforafano será absorvido pela corrente sanguínea
e absorvido pelas células.
Uma vez dentro, o sulforafano pode danificar estruturas intracelulares importantes como
mitocôndrias e enzimas, deixando as células vulneráveis a danos oxidativos.
O fato de o corpo colocar uma importância tão grande em livrar-se do sulforafano o mais
rápido possível, acionando o antioxidante glutationa, demonstra que ele é um perigo.
O calor gerado ao ferver o alimento pode destruir a mirosinase (o palito de fósforo que
ilumina a bomba); no entanto, as bactérias no nosso intestino agem como o isqueiro, então
o sulforafano ainda será produzido.
Glicoalcalóides são pesticidas naturais produzidos por plantas da família nightshade (as
solanáceas).
Os glicoalcalóides são compostos amargos que são encontrados em toda a planta, mas suas
concentrações são especialmente altas em folhas, flores e frutos imaturos. Eles estão lá para
defender plantas contra bactérias, fungos, vírus e insetos.
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Alguns cientistas se perguntam se os glicoalcalóides poderiam ser uma causa potencial para
a síndrome do intestino irritável devido à sua capacidade de criar buracos nas células.
Você está comendo muita soja e vegetais crucíferos? Saiba que o consumo excessivo dessas
plantas pode levar à disfunção da tireoide. As plantas parecem inocentes, mas (conforme
estamos vendo ao longo desta seção) elas estão carregadas de armadilhas para matar
predadores.
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Esses produtos químicos goitrogênicos são muito tóxicos para a planta armazenar. Então
elas os armazenam na forma inativa de glucosinolato.
Mas, quando a planta é cortada, mastigada ou digerida, ela se combina com a enzima
mironase e uma "bomba nuclear de pesticidas vegetais" explode, transformando seu
intestino em um terreno baldio.
Assim, quando você tem problemas de produção hormonal, isso causa estragos por todo o
corpo.
Alguns problemas incluem: aumento do risco de demência, ganho de peso, prisão de ventre,
aumento do risco de doença cardíaca, fraturas ósseas, problemas para dormir, pele seca,
sensibilidade ao frio, depressão, dentre outros.
Se você já tem problemas de tireoide, a literatura vem mostrando que você pode querer
evitar os goitrogênicos.
Se você é saudável e não for seguir uma dieta carnívora, é bom comer apenas pequenas
quantidades de vegetais crucíferos.
Ademais, recomendamos à todos que evitem soja e mega doses de goitrogênicos na forma
de sucos crus e suplementos.
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Os alimentos com sementes contêm compostos que trabalham contra nossas enzimas
digestivas, dificultando a decomposição dos alimentos. Isso inclui inibidores de protease,
que bloqueiam a digestão de proteínas, e inibidores de amilase, que bloqueiam a digestão
de amido.
Essa hiperprodução de enzimas digestivas faz com que o pâncreas trabalhe mais, colocando
um estresse indevido no órgão e esgotando o corpo de nutrientes. Inibidores da enzima
digestiva são encontrados em grãos, pseudo-grãos e leguminosas.
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Mais uma vez, temos uma substância que pode interferir na função tireoidiana adequada e
perturbar as funções neurológicas.
Entomologistas (cientistas que estudam insetos) usam glicosídeos cianogênicos para matar
insetos. Essas toxinas estão presentes em várias frutas (mais de 2.500 espécies de plantas),
como cerejas e pêssegos.
Este também não é um problema insignificante: pois a mandioca (que é fonte desses
glicosídeos) é uma das principais fontes de calorias em regiões tropicais. Ela também possui
concentrações significativas de glicosídeos cianogênicos. Mais de meio bilhão de pessoas
comem mandioca regularmente, resultando em sérios impactos tireoidianos e neurológicos.
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Os flavonóides são uma grande família de compostos vegetais, e mais de 3.000 flavonóides
diferentes foram descobertos até agora.
O feto não nascido pode estar especialmente em risco, uma vez que os flavonóides
atravessam prontamente a placenta.
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Salicilatos são encontrados em muitas plantas, estando presentes nas frutas e legumes mais
comuns, e até em especiarias.
Muitas pessoas acreditam que os alimentos vegetais são necessários e benéficos para a
saúde humana.
No entanto, não apenas frutas e vegetais são desnecessários para a saúde humana, mas
também podem ser bastante prejudiciais para algumas pessoas.
Os salicilatos são derivados do ácido salicílico que ocorrem naturalmente nas plantas e
servem como hormônio imune e conservante natural, protegendo as plantas contra
doenças, insetos, fungos e bactérias nocivas.
Os sintomas mais comuns de sensibilidade ao salicilato são: dor de estômago, zumbido nas
orelhas, comichão na pele, urticária ou erupções cutâneas, asma e outras dificuldades
respiratórias, dores de cabeça/enxaquecas, inchaço das mãos, pés, pálpebras, rosto e lábios,
tosse persistente, alterações na cor da pele/descoloração da pele, fadiga, sinusite, diarréia,
náusea, hiperatividade, perda de memória e baixa concentração, e depressão.
Com algumas exceções, os salicilatos estão presentes (em maior ou menor grau) em
praticamente todos os alimentos vegetais. A única maneira de evitá-los em sua dieta é
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evitar os alimentos que os contêm. A maioria dos alimentos de origem vegetal possui níveis
médios a altos de salicilatos.
A carne, no entanto, é relativamente livre de salicilatos — desde que não tenha sido
submetida a conservantes ou temperos.
Como os alimentos são uma das maneiras mais significativas em que podemos nos expor
aos salicilatos, remover os alimentos que contêm salicilatos da dieta é uma das maneiras
mais fáceis de reduzir nossa exposição.
Por mais radical que isso possa parecer, remover todos os alimentos vegetais da dieta é a
abordagem mais simples.
Todos os alimentos vegetais contêm saponinas, compostos que possuem uma característica
distintiva tipo detergente, projetada para proteger as plantas do consumo de micróbios e
insetos. Seus compostos têm um sabor amargo, tornando a planta menos palatável.
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Parte 4
Materiais Bônus E Complementares
Nesta parte, vamos listar e explicar quais os materiais bônus que você ganhou ao adquirir
este livro.
Material Bônus #1
Planilha De Medidas Corporais
Conforme explicamos ao longo do livro, o uso de medidas corporais é uma maneira
inteligente de acompanhar sua evolução ao longo do tempo.
A planilha de medidas corporais que você ganhou contém espaços para preenchimento do
peso e das principais medidas ao longo do tempo.
Nossa sugestão é que você anote seu peso e medidas uma vez por semana.
Se quiser, fotos de antes e depois podem ser complementos úteis (estas podem ser tiradas
semanalmente ou mensalmente, como você preferir).
Material Bônus #2
Cardápio Para 15 dias De Dieta Carnívora
“Coma carnes, beba água.” Não fica mais fácil do que isso, certo?
Pode até ser — mas isso não te impede de ter variedade nos seus menus diários.
No cardápio modelo, mostramos uma das inúmeras possíveis maneiras de se fazer uma
dieta carnívora rica em nutrientes em sabor — sem deixar de comer do focinho à cauda,
consumir órgãos e vísceras, comer peixes e frutos do mar, e complementar tudo isso com
alguns ovos (e laticínios, se você os tolerar).
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Material Bônus #3
Lista De Compras Da Dieta Carnívora
Obviamente, vai ser muito difícil seguir a dieta carnívora se você abrir a sua geladeira e
encontrar apenas alimentos de origem vegetal.
Ao mesmo tempo em que é possível pedir comida (peça hambúrguer sem pão e sem
vegetais), ou comer fora de casa (restaurantes a quilo e churrascarias são boas pedidas), é
importante ter um freezer bem abastecido de carnes para facilitar sua adesão ao plano.
Sendo assim, elaboramos uma lista de compras básica para sua dieta carnívora — mas você
é livre para modificá-la conforme achar necessário.
Uma dica é montar a sua versão do cardápio primeiro, e depois a lista de compras
(organizando, assim, os alimentos que vai consumir ao longo dos próximos dias).
Material Bônus #4
Tabela De Nutrientes E Suas Fontes
Carnívoras
Um resumo simples que serve como lembrete dos principais nutrientes e suas fontes na
dieta carnívora.
Também serve para imprimir e mostrar para aquele parente chato que vai te importunar
sobre a dieta.
Material Bônus #5
Livro De Receitas Carnívoras
Você não precisa de receitas na dieta carnívora, mas pode ser que queira experimentar
algumas preparações.
Elas são interessantes para servir para outras pessoas, e até mesmo para “sair da rotina sem
sair da dieta”.
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Vale lembrar que as receitas deste livro contam com ingredientes de origem animal e são
nutritivas, mas não devem ser a base da dieta.
Diversas pessoas que ousaram avançar contra o senso comum, revirar a literatura científica
(descobrindo no processo que muitas vezes diretrizes e mesmo tabelas nutricionais estavam
erradas) e experimentar em si mesmas foram instrumentais para avançar o conhecimento
que hoje existe acerca da dieta carnívora.
Além disso, cada um de nós (Guilherme, Roney, Jade, e você que está lendo este livro) pode,
com base em suas experiências pessoais e relatos atentos, enriquecer cada vez mais este
conjunto de narrativas sobre qual é a maneira de se nutrir que mais faz sentido — para a
espécie humana (carne faz bem a virtualmente todos), para um conjunto de pessoas (dietas
baixas em carboidratos ajudam a tratar síndrome metabólica) e, mais importantemente,
para si mesmo.
Porque cada um de nós que experimenta e conta a história traz mais uma gotinha a este
oceano de informação.
Algumas pessoas que nos influenciaram enormemente nesta aventura (listadas na forma de
sites e perfis em redes sociais) foram as seguintes:
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Lista De Sites
Como a dieta carnívora tem ganhado um espaço cada vez maior, existem muitos recursos
online para você continuar aprendendo mais. Aqui estão nossos favoritos:
● Paleomedicina (paleomedicina.com);
● Diagnosis: Diet (diagnosisdiet.com);
● Just Eat Meat (justmeat.co);
● The Ketogenic Diet for Health (ketotic.org);
● Meat Heals (meatheals.com);
● Principia Carnivora (facebook.com/groups/PrincipiaCarnivora/);
● Protein Power (proteinpower.com);
● Tuit Nutrition (tuitnutrition.com);
● World Carnivore Tribe (facebook.com/groups/worldcarnivoretribe/);
● Zeroing in on Health (facebook.com/groups/zioh2/);
● Carnivore Aurelius (carnivoreaurelius.com);
● Meat Health (meat.health);
● Paleo Style (paleostyle.com);
● Nutrition With Judy (nutritionwithjudy.com);
● High Steaks (highsteaks.com);
● Zero Carb Health (zerocarbhealth.com);
● Jade Soller (jadesoller.com);
● Senhor Tanquinho (senhortanquinho.com);
● Estilo de Vida Carnívoro (estilodevidacarnivoro.com);
● Reddit: r/zerocarb; r/ketoscience; r/keto; r/KetoAF; r/PaleolithicKetogenic;
r/ketogains; r/meatogains.
Lá elencamos alguns dos estudos e recursos que usamos para elaborar este livro.
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Nosso agradecimento
Por fim, muito obrigado! Agradecemos por nos acompanhar nesta jornada contra o senso
comum em busca de mais saúde.
Quer você decida seguir com a carnívora para sempre, quer não, te convidamos a
experimentar este estilo de vida por pelo menos 30 dias.
E claro: pode nos manter informados do seu relato — pode mandar email, e nos marcar em
posts e stories no Instagram (@jade.soller e @senhortanquinho).
Sobre os Autores
Guilherme E Roney - Senhor Tanquinho
Guilherme e Roney são formados engenheiros pela USP, mas desde 2014 se dedicam a sua
paixão de ajudar as pessoas a melhorar sua saúde e forma física por meio de hábitos
saudáveis.
Motivados pelas frustrações pessoais nestas áreas que amealharam durante dezenas de
anos, quando descobriram que existia uma maneira melhor de se alimentar do que comer
grãos a cada 3 horas, sentiram um chamado para ajudar mais pessoas a se libertar dos
dogmas da velha escola da nutrição, sempre com foco em evidências científicas e mudança
de comportamento.
São os criadores do site Senhor Tanquinho, que já conta com mais de 10 milhões de acesso,
e do Podcast do Senhor Tanquinho, um dos Top 5 podcasts de saúde e fitness do Brasil, em
que entrevistam profissionais atualizados para difundir verdades científicas a cada vez mais
pessoas.
Jade Soller
Advogada, graduanda em nutrição, digital influencer, palestrante e colunista.
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Por muitos anos tentei ser saudável, mas como deve ter acontecido com muitos, vi a minha
saúde ser arruinada após seguir as orientações tradicionais.
Desde a infância o corpo me deu vários avisos de que a minha alimentação não estava
correta, mas infelizmente eu não tinha conhecimento o suficiente para interpretar os sinais
e estes também foram ignorados pelos profissionais da saúde.
Lembro que na infância os maiores problemas foram as aftas, rinite, alergias, gases e
inchaço abdominal. Já na adolescência, apareceu a acne cística e conglobata.
Minha saúde física e mental não iam bem e, se não fosse o bastante o problema da acne,
também sofria ocasionalmente com infecções urinárias, candidíase de repetição, fortes
cólicas menstruais, dores de cabeça e rinite.
Não tinha ânimo para nada, estava com baixa libido e me sentia cansada até para as
atividades do dia a dia. Comecei a observar que vivia com fome constante, com dificuldade
de me manter no peso, sem clareza mental e com perda de memória.
No final do ano de 2016 surgiu uma dor abdominal do lado direito do corpo. Achei que fosse
algo que iria passar, mas por mais de 1 ano sofri com isso.
Procurei todos os especialistas que podem imaginar e fui submetida à uma porção de
exames. No entanto, não recebi nenhum diagnóstico conclusivo. Nenhum dos remédios que
me receitaram foram capazes de sequer aliviar a dor, que era recorrente e incapacitante.
Quando a dor aparecia no decorrer do dia eu chegava a sentar na rua, no chão do metrô ou
onde estivesse e ficava ali, rolando de dor. Para dormir, por muitas vezes somente
conseguia pegar no sono colocando panos quentes ou bolsa de água quente sobre a barriga.
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Sem saber mais o que fazer e desiludida após inúmeras consultas, exames e remédios, ouvi
falar de uma tal dieta "paleo" e daquele dia em diante mudei toda a minha alimentação, ao
mesmo tempo em que estudava tudo que pudesse sobre.
Ao conhecer low carb, cetogênica e a praticar jejum intermitente, vi boa parte dos meus
problemas de saúde desaparecerem, mas somente após adotar uma dieta carnívora estrita,
do nariz à cauda é que vi todos os problemas de saúde inteiramente curados.
Quando essa mudança toda aconteceu na minha vida eu atuava como advogada,
representando principalmente indústrias do ramo alimentício e farmacêutico.
Desde o início de 2018 a minha alimentação é toda baseada em alimentos de origem animal
e de lá pra cá, com muito orgulho, lidero uma grande comunidade carnívora em nosso país.
Hoje são milhares de pessoas que decidiram mudar o estilo alimentar e, contrariando todos
os dogmas ultrapassados sobre nutrição e saúde, estão mais saudáveis do que nunca
fazendo a dieta carnívora.
A minha intenção é colocar o Brasil no ranking de países com o maior número de adeptos da
dieta carnívora, que hoje já é conhecida e seguida por várias pessoas do mundo inteiro.
Conto com a sua ajuda para isso, sendo muito importante que você também conte a sua
história e indique este livro para outras pessoas.
Me despeço com um forte abraço e desejando que você tenha muita saúde.
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