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EELI06

AULA 3

Eletricidade Aplicada II

Profa. Gabriela da Fonseca de Amorim


http://lattes.cnpq.br/1721632038360134

gabi@unifei.edu.br
Eletricidade Aplicada II - EELI06

Exercícios da Aula 2

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Exercício
1. Assinale a capacitância equivalente do circuito a seguir:

3
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Exercício - resolução
1. Assinale a capacitância equivalente do circuito a seguir:

C1

= C2 = Ceq

𝑪𝟏 = 3𝞵𝐹 + 3𝞵𝐹 = 6𝞵𝐹 1 1 1 1


= + +
𝑪𝟐 = 2𝞵𝐹 + 2𝞵𝐹 + 2𝞵𝐹 = 6𝞵𝐹 𝑪𝒆𝒒 6𝞵𝐹 6𝞵𝐹 12𝞵𝐹

Repare o seguinte: A capacitância equivalente de 𝑪𝒆𝒒 = 𝟐, 𝟒𝞵𝑭


capacitores em paralelo aumenta
... e a capacitância equivalente de
capacitores em série diminui 4
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Exercício
2. Assinale a indutância equivalente do circuito a seguir:

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Exercício - resolução
2. Assinale a indutância equivalente do circuito a seguir:

𝑳𝟏 𝑳𝟐 𝑳𝒆𝒒

𝑳𝟏 = 80𝞵𝐻 + 70𝞵𝐻 = 150𝞵𝐻 1 1 1 1


= + + = 𝟕𝟎𝞵𝑯 𝑳𝒆𝒒 = 60𝞵𝐻 + 70𝞵𝐻
𝑳𝟐 150𝞵𝐻 1050𝞵𝐻 150𝞵𝐻
𝑳𝒆𝒒 = 𝟏𝟑𝟎𝞵𝑯
A indutância equivalente de
Repare também:
indutores em série aumenta
... e a indutância equivalente de
indutores em paralelo diminui. 6
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Hoje (17/9)

Aula 3 – Corrente Contínua x Corrente Alternada

. A guerra das correntes


. Princípio de funcionamento da CA
. O sinal alternado senoidal

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A guerra das correntes

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A guerra (ou batalha) das correntes


O
O que s lha que recen
ão 140 te
humani anos na !
da história
a energ de? E pra gen da
i a el ét r te pare
i ca se m c
pre est e que
eve aí..
.
No fim do século XIX (188...),
segunda fase da Revolução Industrial,
começaram a discutir qual seria a melhor forma de
abastecer as residências americanas com energia elétrica:
Corrente Contínua (CC) ou Corrente Alternada (CA)?
CC surgiu por volta de 1880
e a CA por volta de 1887.
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Isso se transformou em uma disputa acirrada entre


dois renomados cientistas:
Thomas Edison e Nikola Tesla

Team CC
Ele acreditava que os Team CA
bairros usariam energia de “pequenos”
geradores localizados nas proximidades. Ele imaginou um sistema com grandes
Pra atender a demanda que temos hoje, por exemplo, geradores que enviariam energia através
seria necessário uma usina geradora de CC a cada 1km2... de longas linhas de transmissão.
Inviável para os geradores usados naquela época, E é isso que temos até hoje!
mas possível para placas solares, heim? 10
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Thomas Alva Edison


(1847-1931)

Edison era um homem de negócios, um empreendedor,


mas não era muito bom com teorias e matemática... E para
entender o funcionamento da CA é necessário bastante
conhecimento matemático e físico, como veremos em EELI06.

Tesla era um excêntrico e, inclusive, trabalhou para Edison


antes de toda a polêmica em torno dos tipos de eletricidade.
Na época, foi contratado para resolver problemas sobre o uso
da CC em geradores e motores (e conseguiu), mas foi
enganado e até subestimado por Edison.

Nikola Tesla
(1856-1943) 11
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FOFOCA

Edison falou que se Tesla resolvesse um problema específico que tinham


na empresa, daria a ele o equivalente hoje a 1 milhão de dólares.

Tesla resolveu o problema e quando foi cobrar o prêmio, ouviu:


”Ai, Tesla, era só brincadeira... Você não entende o humor americano"

OUTRA FOFOCA

Uma vez perguntaram para Albert Einstein como era ser


o homem vivo mais inteligente do mundo, e ele respondeu:
“Não sei, pergunte ao Nikola Tesla.”

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Edison e Tesla em seus laboratórios

Nikola Tesla

Thomas Edison

* Tesla sempre era


a própria cobaia
nos experimentos
que realizava 13
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George Westinghouse Jr.


(1846-1914)

Westinghouse era engenheiro, empreendedor, inteligente


e, principalmente: MUITO RICO.

Hoje ele é considerado o pai da rede elétrica moderna.

Na batalha das correntes, ele escolheu investir no sistema em CA de Tesla, além de


apresenta-lo e defende-lo para outros investidores, indo contra os ataques do Edison.
Por isso, hoje temos eletricidade em CA padronizada e segura em todo lugar,
mas essa batalha das correntes ficou para a história....

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... E foi uma batalha acirrada mesmo,


virou até filme!

O filme “A Batalha das correntes”, em inglês: “The current war”


foi lançado dia 19/12/2019 (novinho!) e mostra a disputa entre
Edison e Westinghouse para convencer a todos sobre a melhor
forma de gerar, transmitir e distribuir a energia elétrica.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=LKH9wJTH5yc

Dica boa para o fds, heim?


Tem no Prime vídeo!
... e tem também uma versão completa
no YouTube que dá pra achar
se procurar direitinho hehe J
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RESUMO DA ÓPERA:

Edison patenteou a lâmpada elétrica e já começou a traçar uma estratégia para


gerar energia e vender para quem quisesse (e pudesse $$$) ter luz em casa.

Naquela época, a energia era usada praticamente só para lâmpadas mesmo.

Por volta de 1880, Edison investiu muito dinheiro na ideia de gerar CC localmente
com um dínamo gigante e distribuir a energia por cabos subterrâneos.
Isso inclusive chegou a ser implementado em NY.

Quando Tesla introduziu o sistema de geradores, transformadores, motores, fios e


luzes em CA (1887), tornou-se claro que esse tipo de corrente era o futuro para a
distribuição de energia elétrica.

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RESUMO DA ÓPERA:
Com a tecnologia daquela época:

- A eletricidade em CC não podia ser facilmente transformada em uma tensão menor ou maior.
Assim, para prover energia aos aparelhos que funcionavam em diferentes tensões (por ex: a
iluminação e os motores elétricos), as linhas elétricas tinham de ser instaladas separadamente.
Isso levou a um grande aumento no número de cabos a serem instalados e sustentados.
Ou seja: era caro e trazia riscos desnecessários. Inclusive algumas mortes na Grande Nevasca de
1888, em NY, foram atribuídas ao desabamento de cabos suspensos de eletricidade em CC.

- Já a eletricidade em CA podia ser conduzida a longas distâncias em altas tensões e baixas


correntes, utilizando condutores mais finos (portanto, com maior eficiência de transmissão), e
depois, para a utilização em residências e fábricas, poderia ser convenientemente diminuída
através dos transformadores para baixas tensões.
Hoje em dia
Já estão recomeçando a discutir as vantagens da geração local e uso da CC,
principalmente porque muitos equipamentos funcionam em CC.
Inclusive, a energia solar gera CC e é convertida em CA para ser
distribuída nas redes que existem. i a d i sso?
sab
Você 17
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RESUMO DA ÓPERA:

Ou seja: sistema de Tesla usava cabos mais finos e leves, alcançava tensões mais
altas e podia transmitir energia a distâncias muito maiores com menos perda.
No entanto, era um sistema mais complexo de ser entendido.

Quando soube das ideias do Tesla a respeito da transmissão de energia por CA,
Edison afirmou: “Tesla tem ideias magníficas, mas não são práticas”

Tesla dizia que via suas ideias funcionando em clarões e por isso fazia
vários projetos mentalmente, sem um protótipo sequer.
Quando perguntado sobre como ele sabia que ia dar certo, ele respondia:
"Simples, eu estou vendo funcionar".

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RESUMO DA ÓPERA:

O sistema CA de Tesla recebeu críticas duríssimas de Edison:


“ineficiente”, “não deve ser levado a sério”.

Então, Edison deu início a uma campanha de convencimento popular para


desestimular o uso da CA de Tesla.

Inclusive, matou vários animais na frente do


público para mostrar como a CA era perigosa...

E foram essas exibições que “inspiraram” o desenvolvimento da


cadeira elétrica para ser usada na execução de penas de morte.

O real motivo?
Edison não estava disposto a perder os rendimentos
de suas patentes e investimentos em CC!
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Como a energia elétrica chega hoje nas nossas casas?


Quem venceu a batalha?

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A eletricidade chega em forma de Corrente (ou tensão) Alternada - CA
Alternating current - AC

E através do
Sistema Elétrico de Potência (SEP),

que é responsável pela geração,


transmissão e distribuição de
energia elétrica.

... É sobre isso que teremos


uma visão geral ao longo
do curso de EELI06 J

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Princípio de
funcionamento da CA

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Desde os filósofos gregos, acreditava-se que o Magnetismo e a Eletricidade não


estavam relacionados e, portanto, esses sempre foram temas estudados separadamente.

Somente em 1819 que Christian Ørsted enxergou e comprovou a relação entre


eletricidade e magnetismo com o uso de uma bússola.

Eletromagnetismo!
Um fio percorrido por uma corrente elétrica
gera ao seu redor um campo magnético.

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ve nci
on
nt ec
re
Hans Christian Ørsted Cor
(1777-1851) Sentido do campo magnético:
Regra da mão direita 23
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Antes de continuar, uma informação interessante:


Você sabe qual é a diferença entre o campo elétrico (𝑬) gerado pela diferença de
potencial elétrico entre cargas elétricas e o campo magnético (𝑩) intrínseco aos
materiais magnéticos ou gerado a partir da passagem da corrente elétrica em um fio?

R.: Convencionalmente, o campo elétrico começa no pólo de maior potencial elétrico (+) e
termina no pólo de menor potencial (–), já o campo magnético é circular, não tem início ou fim.
O campo magnético vai do pólo norte (N) para o pólo sul (S) no exterior do ímã ou da bobina e
de S para N no interior, fechando um círculo.

Veja as ilustrações no próximo slide

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ímã
bobina
Cargas elétricas 𝑩

S
N
𝑬
Essas são ilustrações de campos magnéticos.
Repare que são circulares, indo de N para S no exterior
Essa é a ilustração do campo elétrico e de S para N no interior, tanto do ímã quanto da bobina.
entre duas cargas.
Repare que ele tem um início (+)
e um fim (-).
Obs.: A bobina é um fio condutor moldado
em forma de espiral (conjunto de espiras).
Ao passar uma corrente pela bobina, gera-se
o famoso eletroímã.
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Eletricidade x Magnetismo

Sabemos, então, que a partir da eletricidade é possível gerar um campo magnético.


E o oposto é verdadeiro?
Através de um campo magnético é possível gerar eletricidade?

Sim!!!
... E esse é justamente o
princípio de funcionamento da CA.

Definição:
Os geradores de eletricidade em CA transformam a energia mecânica (movimento) em eletricidade
e os motores transformam a eletricidade em energia mecânica (movimento).
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Como gerar tensão/corrente alternada a partir de um campo magnético?


R.: A partir do movimento do campo e da indução eletromagnética.

• Movimento do ímã aproximando e OU • Movimento de uma espira girando


afastando de uma espira/bobina dentro de um campo magnético
(ou girando perto dela) Movime
nto rela
tivo!
Ess
ei
n
me stru
ga diçã men
lva o é to
nô d
me um e
tr o
.

... e a indução eletromagnética, Faraday-Lenz, eletromag, lembra? 27


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Galvanômetro: mede a tensão/corrente entre


dois pontos e mostra sua polaridade (+ ou -)
Todos esses aparelhos são diferentes
modelos de galvanômetros 28
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Princípio de funcionamento da CA

-> Se um ímã ficar parado próximo a uma bobina, o que acontece? Nada!
-> Se uma espira ficar parada dentro do campo magnético entre um par de polos
opostos de um ímã, o que acontece? Nada!

PARADO, o campo magnético não gera/induz nada na bobina.

Para induzir a tensão e a corrente elétrica alternada na bobina,


é preciso que haja MOVIMENTO (do campo magnético)!

Movimento originado da água, do vento,


da força humana/de animais, de explosões nucleares,
do vapor em caldeiras, etc etc.

A origem do movimento é o que determina o tipo de geração da energia elétrica. 29


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Então, vamos lá, imagine o circuitinho: um galvanômetro


ligado em uma bobina com um ímã próximo a eles...

Olha o galvanômetro aqui de novo!

Esse é um galvanômetro de zero central.

Ainda tem curiosidade sobre o galvanômetro?


https://www.youtube.com/watch?v=M7pjbF6eHe0
Assista esse vídeo de 15 min no YouTube com experimentos físicos
que mostram o funcionamento do galvanômetro,
e deixe a Edelma muito orgulhosa!

(A Edelma e o Ernesto, o Evandro, o Yasuda, ...


a galera toda da Física pira! J)
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... E vamos monitorar a tensão 𝑣 [𝑉] entre as pontas de prova do


galvanômetro em função do tempo 𝑡 [𝑠].

Repare que quando a grandeza varia no tempo, usa-se geralmente


uma letra minúscula cursiva para identificá-la.

Por exemplo: 𝒗(𝒕) para a tensão alternada (em CC usávamos V),


mas a unidade de medida é a mesma: volt [V].

𝓲(𝒕) para a corrente alternada (em CC usávamos i),


𝑣(t) mas a unidade de medida é a mesma: ampère [A].

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(a) No instante inicial, o ímã está PARADO e, portanto, a diferença de potencial


entre os polos conectados ao galvanômetro é nula, não há tensão e nem
corrente no circuito.
(a)

𝑣(t)

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(b) Inicia-se o MOVIMENTO de aproximação do ímã. O ímã parte do repouso, vai


acelerando em direção à bobina, chega no ápice do movimento (valor de pico) e
começa a reduzir a velocidade até parar (tensão nula) bem próximo da bobina.
(a) (b)

𝑣(t)

t Começa a parar
Ápice do movimento
Começa a aproximar 33
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(c) O ímã PARA próximo à bobina. Parado, a tensão e a corrente são nulas.

(a) (b) (c)

𝑣(t)

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(d) Inicia-se o MOVIMENTO de afastamento do ímã. O ímã parte do repouso, vai


acelerando para longe da bobina, chega no ápice do movimento (valor de pico no
sentido contrário) e começa a reduzir a velocidade até parar (tensão nula) novamente.

(a) (b) (c) (d)

𝓲 * repare que a
mudança de
polaridade é indicada
no galvanômetro
𝑣(t)

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(e) O ímã para distante da bobina. Novamente: parado, a tensão e a corrente são nulas.
A partir daí, inicia-se um novo ciclo, um novo período, e tem-se a formação
de uma onda senoidal.

(a) (b) (c) (d) (e)

𝑣(t)

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Desafio do isolamento
Imagine, agora, a formação da onda senoidal a partir do movimento circular
de uma espira dentro de um campo magnético.

𝑣(t)

t
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Dica 1: nessa posição, a corrente e a tensão têm seus Dica 2: Aqui não passa campo magnético
valores de pico pois é quando a maior quantidade de por dentro da espira e, portanto,
campo elétrico passa pelo interior da espira. a tensão e a corrente são nulas.

Obs.: Qual é o período da onda que você desenhou?


R.: T = 8 [s]
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Sinal alternado
senoidal

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Por que “senoidal”?


Porque sen(0) = 0, então a
onda começa na origem e fica
parecendo mais “certinha”.

E se fosse “cossenoidal”?
cos(0) = 1, então a onda
começaria em y=1 ao invés de 0.

Seria um problema?
Não... Mesmo porque as duas ondas
são iguais, só que a senóide está 90º
atrasada com relação à cossenóide.
Consegue enxergar?
A cossenóide atinge um ponto
e 90º depois a senóide chega
nesse mesmo ponto da onda. 40
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Já vimos anteriormente, no Ensino Médio e nas disciplinas básicas de MAT,


que ondas senoidais podem ser representadas na forma gráfica e descritas
em função de parâmetros como período, frequência, valor de pico,
valor de pico a pico, ângulo de fase, velocidade angular, etc etc...

Todos no Anexo 3
(pra matar a saudade):
- Jáááá vimos siiiim!!!

E como ficam todos esses parâmetros


nas ondas senoidais que representam a
corrente ou a tensão elétrica alternada?
Veja nos próximos slides!

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Representação em função do tempo t [s]

Tanto a tensão alternada 𝑣, medida em volt [V], quanto a


corrente alternada 𝓲, medida em ampère [A], podem ser representadas graficamente
em função do tempo t, medido em segundo [s]:

Observe esse gráfico da tensão em função


do tempo (𝑣 [V] em função de t [s])

Quais parâmetros conseguimos observar nesse gráfico/


quais parâmetros precisamos para traçar essa onda?

• Valor de pico Vp [V]


Valor de pico a pico Vpp [V] = 2.Vp

• Período T [s]
Frequência f [Hz] = 1/T
Velocidade angular ω [rad/s] = 2𝜋𝑓

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Além de usar o tempo t [s], a representação gráfica do sinal senoidal


pode ser em função do ângulo 𝜗 [rad] ou [o]:
Esse símbolo é o teta (𝞱) variável Lembrando que
360 [º] = 2𝛑 [rad]

% de Vp

Girando um vetor de norma = Vp a uma velocidade angular ω é possível traçar o sinal senoidal.
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Representação em função do ângulo 𝜗 [rad] ou [o]:
Tanto a tensão alternada 𝑣, medida em volt [V], quanto a
corrente alternada 𝓲, medida em ampère [A], podem ser representadas graficamente
em função do ângulo 𝜗, medido em grau [o] ou radiano [rad]:

Observe esse gráfico da tensão e da Quais parâmetros conseguimos observar nesse gráfico/
corrente em função do ângulo quais parâmetros precisamos para traçar essa onda?
(𝑣 [𝑉] e 𝒾 [𝐴] em função de 𝜗 𝑜 ou 𝜗 𝑟𝑎𝑑 ) • Valor de pico da tensão Vp [V]
Valor de pico a pico da tensão Vpp [V] = 2.Vp
• Valor de pico da corrente Vp [A]
Valor de pico a pico da corrente Vpp [A] = 2.Vp
• Ângulo de fase da tensão 𝛂 [o] ou [rad]
• Ângulo de fase da corrente 𝛂 [o] ou [rad]
Sendo de um mesmo circuito, a corrente e a tensão variam na
mesma frequência. Repare que se o 𝛂 da corrente é 0 (zero)
pois tem início na origem, o 𝛂 da tensão é >0 (maior que zero).
Podemos dizer que, nesse circuito, a tensão está atrasada com
relação à corrente.
Como isso acontece? Pelo uso de capacitores e
indutores que veremos na aula 5. 44
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E se ao invés do GRÁFICO, quisermos representar


o sinal alternado usando uma EQUAÇÃO?

Aí usamos as equações
trigonométricas!

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Existem inúmeras formas trigonométricas para representar uma mesma onda.

Para facilitar e padronizar os cálculos e comparações, convencionou-se que


a tensão alternada senoidal é definida matematicamente por:

𝑣 𝑡 = 𝑉! . cos(𝜔𝑡 ± 𝛼)
𝑉K é o valor de pico [V]
Em que:
𝜔 = 2𝜋𝑓 é a velocidade angular [rad/s]
𝛼 é o ângulo de fase [rad] (avanço, atraso)

Avanço = ângulo positivo e atraso = ângulo negativo, dependendo se for


mais fácil empurrar a onda para a direita (adiantar) ou puxar a onda para
a esquerda (atrasar) para que o traço seja seja semelhante ao de uma
cossenoide, já que na equação vamos usar a função cosseno na equação.
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Igualmente, o sinal da corrente alternada senoidal é definido por:

𝑖 𝑡 = 𝐼! . cos(𝜔𝑡 ± 𝛼)

𝐼K é o valor de pico [A]


Em que:
𝜔 = 2𝜋𝑓 é a velocidade angular [rad/s]
𝛼 é a fase [rad]

Repare que a onda chama “Senoidal”, mas


usamos (seguindo o padrão estabelecido)
a função cosseno na equação do sinal.

Enfim, a hipocrisia. 47
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Exercício
1. Para o sinal senoidal abaixo, determine:

a) Valor de pico.
b) Valor de pico a pico.
c) Período.
d) Frequência.
e) Velocidade angular.
f) Equação de 𝑣(t).
g) Tensão em t = 2 [ms].

Como na semana passada, as respostas estarão no início do slide da próxima semana J 48


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Semana que vem


(24/9)

Aula 4 – Eletricidade em CA

Fiquem de olho,
semana que vem teremos
a primeira Tarefa a ser
entregue na disciplina!
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