Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Princípio de Funcionamento
U=KxBxvxD
Onde:
U = F.E.M.
K = constante do instrumento
As bobinas eletromagnéticas são energizadas por tensão alternada senoidal ou por um trem de
pulsos, de tensão contínua pulsante.
A tensão U induzida neste meio é diretamente proporcional à velocidade média do fluxo "v". A
indução magnética B (intensidade de campo magnético) e a distância entre os eletrodos D
(diâmetro nominal do tubo) são constantes. Logo a F.E.M induzida é função da vazão
volumétrica do processo. Na medição indutiva de vazão o fluido em movimento constitui o
condutor móvel, porém sua condutividade precisa ser no mínimo 5 μS.cm-1. O transmissor de
vazão instalado na tubulação entre flanges é composto basicamente do tubo cilíndrico
revestido de material isolante, duas bobinas fixadas no tubo, face a face, para geração do
campo magnético e dois eletrodos fixados perpendicularmente às bobinas.
O sistema é constituído do :
1. Elemento primário;
2. Transmissor;
3. Cabo de ligação.
Elemento Primário
1. tubo medidor;
2. bobinas de excitação;
3. eletrodos;
As duas bobinas de excitação, colocadas externamente ao tubo e opostas entre si, para gerar o
campo magnético. Geralmente as bobinas são enroladas com fio de cobre isolado por esmalte
em um núcleo de ferro laminado, para concentrar as linhas de força do campo magnético,
focalizando o campo na direção perpendicular ao fluido. A potência típica de consumo está
entre 10 W a 100 W.
Eletrodos
Os dois eletrodos atravessam o revestimento isolante para fazer contato com o fluido e
tangenciam a superfície interna do tubo. Eles são colocados perpendicularmente ao plano das
bobinas para detectar a força eletromotriz induzida pelo fluido condutor que se move no
campo eletromagnético.
Deve haver o revestimento isolante justamente para evitar que a tensão induzida captada
pelos eletrodos entre em curto circuito. Os eletrodos são disponíveis em vários materiais: aço
inoxidável não magnético, para fluidos não agressivos e tântalo, tungstênio, monel, Hastelloy,
platina, titânio e zircônio para fluidos agressivos.
Embora a superfície de contato dos eletrodos com o fluido do processo seja pequena, o
material dos eletrodos deve ser compatível com o fluido de modo que não haja corrosão
química. A cabeça dos eletrodos tem um formato especial para se conformar com a superfície
interna da tubulação. Na outra extremidade estão as conexões elétricas.
Caixa de ligação
As bobinas devem estar contidas em uma caixa, com duas tampas protetoras, provendo uma
classe de proteção mecânica para uso externo e a prova de tempo (NEMA 4 ou IEC IP 65) e
opcionalmente resistente a corrosão, resistente a submersão.
A caixa possui duas conexões elétricas separadas, uma para a alimentação das bobinas e outra
para o sinal de saída do tubo medidor.
A tensão de alimentação pode ser de 120 ou 240 V, 50 ou 60 Hz. A tensão induzida é da ordem
de mV.
Elemento Secundário
O transmissor pode ser montado diretamente no tubo magnético ou afastado dele. Como o
sinal gerado pelo tubo e manipulado pelo transmissor é alternado e de baixo nível (poucos
milivolts) ele deve ser rigorosamente blindado contra interferências internas e externas. Há
blindagem até no circuito impresso.
a) Excitação senoidal
Historicamente, a primeira tecnologia empregada usa uma tensão alternada senoidal para
excitar as bobinas. As vantagens da excitação senoidal são a maior homogeneidade e a melhor
estabilidade do campo eletromagnético criado. A grande desvantagem é o problema da
quadratura que aparece, provocando o desvio do zero.
A tensão de excitação das bobinas deve ser variável com o tempo, para que não haja
polarização nos eletrodos. Além da excitação senoidal clássica, atualmente se emprega a
excitação de corrente continua pulsada.
Partículas duras no fluido podem criar um ruído de baixa frequência no sinal de vazão, devido
a raspagem dos eletrodos e reações eletroquímicas na superfície dos eletrodos. Este ruído de
baixa frequência, que afeta a estabilidade do medidor tipo cc pulsada é efetivamente
eliminado do tipo ca senoidal por causa de sua maior relação sinal/ruído. Para resolver o
problema de fluidos sujos, os fabricantes do tipo cc pulsada introduziram recentemente um
circuito avançado de redução de ruído e modificaram os esquemas de excitação das bobinas.
Instalação
A continuidade entre o fluido condutor e o tubo metálico é necessária, para prover uma
referência para o sinal de medição. Deve se aterrar o tubo medidor a tubulação metálica local
ou ao líquido, se a tubulação for não condutora.
Vantagens e limitações
a)Vantagens
1. O tubo medidor é totalmente sem obstrução e não possui peças moveis. A perda de pressão
permanente através do cabo medidor é igual à perda de um pedaço de tubulação de mesmo
comprimento. Os custos de bombeamento são baixos por causa da pequena perda de carga;
3. O medidor pode manipular Fluidos mal comportados, como ácidos, bases, águas e soluções
aquosas, por causa da boa resistência à corrosão e erosão apresentada pelos diversos tipos de
revestimento, como teflon, cerâmica e plásticos especiais e pelos diversos materiais dos
minúsculos eletrodos, como aço inoxidável, Monel, titânio, Hastelloys, platina e tântalo;
4. O medidor pode ser usado em aplicações com Fluidos sujos e com sólidos em suspensão,
por causa de não ter obstrução e da alta resistência física dos revestimentos;
5. O medidor pode medir vazão muito pequenas e muito elevadas, sendo comercialmente
disponíveis com diâmetros entre 3 mm e 3 m;
b) Desvantagens
Como nada é perfeito, o medidor magnético de vazão possui limitações específicas de uso:
1. O medidor só funciona com fluidos que tenham uma condutividade elétrica mínima, típica
de 5 μS/cm. Ele não mede algumas substâncias puras, incluindo hidrocarbonos e não mede
gases;
4. O custo do sistema total varia de moderado para caro, sendo justificado seu uso quando se
tem problemas de fluido;
5. O medidor precisa estar sempre cheio, mesmo quando não há vazão, para não gerar
voltagens espúrias e deve ter o ajuste de zero periódico.