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A Formiga Eletrica (Dick, Philip K)
A Formiga Eletrica (Dick, Philip K)
Philip K. Dick
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Eles assistiram o Capitão Kirk até o fim, e então foram para a cama.
Mas Poole sentou-se contra os seus travesseiros, fumando e meditando. Ao seu lado Sarah mexeu
inquieta, querendo saber por que ele não desligava a luz.
23:50. Poderia acontecer a qualquer momento agora.
"Sarah" disse ele. "Quero sua ajuda. Em poucos minutos algo estranho vai acontecer comigo. Não vai
durar muito tempo, mas eu quero que você me assista com atenção. Veja, se eu..." Ele fez um gesto. "Avise se
algo mudar. Se eu parecer adormecer, ou se começar a falar bobagem, ou..." Ele quis dizer, se eu desaparecer.
Mas não disse.
"Não farei nenhum mal a você, mas acho que seria uma boa idéia se você estivesse armada. Você trouxe
sua arma anti-assalto com você?"
"Na minha bolsa."
Ela ficou totalmente desperta agora, sentada na cama. Olhava para ele com medo, os ombros amplos,
bronzeados e sardentos, na luz vinda da sala.
Ele pegou sua arma para ela.
O quarto se imobilizou.
Em seguida, as cores começaram a escorrer. Objetos diminutos, até a fumaça, voaram para as sombras.
A escuridão cobriu os objetos do quarto como uma película.
O ultimo estímulos morria, Poole pensou.
Apertou os olhos tentando enxergar. Viu Sarah Benton sentada na cama: uma figura bidimensional como
uma boneca, então ela desbotou e encolheu.
Rajadas aleatórias de substância desmaterializada moveram-se em nuvens instáveis, os elementos
colhidos, desmoronaram em seguida, recolhidos novamente.
E então o último ardor, energia e luz dissiparam-se, a sala fechou-se dentro de si mesma, como se
isolada da realidade. E nessa escuridão absoluta que substituía tudo, o espaço sem profundidade não era escuro,
mas sim duro e inflexível.
E além disso ele não ouviu nada.
Tentou tocar alguma coisa. Mas não tinha nada a alcançar.
A consciência de seu próprio corpo partiu-se com tudo mais no universo. Ele já não tinha mãos, e
mesmo se tivesse, não haveria nada para sentir.
Estou certo sobre a forma como a maldita fita funciona, disse a si mesmo usando a boca inexistente para
comunicar uma mensagem invisível.
Será que isso vai passar em dez minutos? se perguntou. Estou certo sobre isso também?
Ele esperou... mas sabia intuitivamente que o seu senso de tempo se fora com todo o resto. Eu só posso
esperar, ele concluiu. E espero que isso não vá demorar muito.
Para acalmar-me, pensou, vou tentar lembrar tudo o que começa com "A". Vejamos. Pensou. Ameixa,
automóvel, acksetron, atmosfera, atlântico, anúncio... ele pensou assim por diante, categorias deslizando através
de sua mente assustada.
De uma vez só a luz surgiu.
Ele estava deitado no sofá da sala, a luz do sol suave derramando através da única janela. Dois homens
estavam curvados sobre ele, suas mãos cheias de ferramentas.
O pessoal da manutenção, ele percebeu. Estão trabalhando em mim.
"Ele está consciente" um dos técnicos disse.
Ele se levantou. Sarah Benton, lutando com a ansiedade, o abraçou.
"Graças a Deus!" disse ela respirando aliviada na orelha de Poole. "Tive tanto medo, chamei Mr.
Danceman..."
"O que aconteceu?" Poole interrompeu-a asperamente. "Comece do começo e pelo amor de Deus, fale
devagar para que eu possa assimilar tudo isso."
Sarah se recompôs, parou de esfregar o nariz e depois disse nervosa:
"Você desmaiou. Ficou ali deitado como se estivesse morto. Esperei até as duas e meia e você não
recobrou. Liguei para Mr. Danceman, acordando-o infelizmente, e ele chamou a manutenção para formigas
elétrica... quero dizer, o pessoal de manutenção dos robôs biológicos, e esses dois homens chegaram cerca de
quatro e quarenta e cinco, e estão trabalhando em você desde então. E agora são seis e quinze da manhã e eu
estou com muito frio e quero ir para a cama, não posso ir ao escritório hoje, realmente não posso." Ela afastou-
se fungando. O som o irritou.
Um dos homens uniformizados da manutenção disse:
"Você esteve brincando com sua fita de realidade."
"Sim" disse Poole.
Por que negar? É óbvio que eles haviam encontrado a fita inserida.
"Eu não deveria ter ficado fora por tanto tempo" disse Poole. "Inseri uma tira de dez minutos apenas."
"Isso desligou o transporte da fita" explicou o técnico. "A fita parou de se mover, ficou presa, e o
mecanismo automaticamente desligou para evitar rasgar a fita. Por que você quer mexer com isso? Você não
sabe o que você poderia fazer?"
"Não tenho certeza" disse Poole.
"Mas você teve uma ideia."
Poole disse amargo: "É por isso que eu estou fazendo isso."
"Sua brincadeira" o homem de manutenção disse "vai lhe custar noventa e cinco sapos. Pode pagar em
prestações, se assim o desejar."
"Tudo bem", disse ele sentando-se tonto, esfregou os olhos e fez uma careta. Sua cabeça doía e seu
estômago estava completamente vazio.
"Raspe a fita da próxima vez" disse o técnico principal para ele. "Dessa forma ela não causará
obstrução. Não lhe ocorreu que havia um fator de segurança embutido? É melhor parar do que..."
"O que aconteceria" Poole interrompeu-o com sua voz baixa e intencionalmente cuidadosa. "Se
nenhuma fita passar pelo leitor-scanner? Nenhuma fita... nada. A fotocélula brilhando sem impedância?”
Os técnicos se entreolharam. Um deles disse:
"Todos os neurocircuitos seriam acessados e ocorreria um curto-circuito."
"O que significa?" Poole disse.
"Significa o fim do mecanismo."
Poole disse: "Examinei o circuito. Ele não carrega voltagem suficiente para isso. Não iria fundir sob tais
cargas de corrente, mesmo se os terminais se tocassem. Estamos falando de um milionésimo de um watt por um
canal de césio, talvez o décimo sexto de uma polegada de comprimento. Vamos supor que existe um bilhão de
combinações possíveis em um instante, decorrentes dos furos na fita. A saída total não é acumulativa, a
quantidade de corrente depende da bateria para esse módulo, e não é muita. Com todas as portas abertas e sendo
acessadas."
"Está dizendo que estamos mentindo?" um dos técnicos perguntou cansado.
“Por que não?” Poole disse. "Tenho a oportunidade de experimentar de tudo. Simultaneamente. Para
conhecer o universo e seus elementos, para estar momentaneamente em contato com toda a realidade. Algo que
nenhum ser humano pode fazer. Uma partitura sinfônica entrando em meu cérebro de fora do tempo, todas as
notas, todos os instrumentos soando de uma vez. E todas as sinfonias. Percebe?"
"Isso vai te destruir" os técnicos disseram juntos.
"Eu não penso assim" disse Poole.
Sarah disse: "Você gostaria de uma xícara de café, Sr. Poole?"
"Sim" ele disse, se abaixou flexionando, pressionou os pés contra o chão frio e estremeceu. Então
levantou-se. Seu corpo doía. Estivera deitado durante toda a noite no sofá, pensou. Pensando bem, eles
poderiam ter feito melhor do que isso.
Na mesa da cozinha, no canto distante da sala, Garson Poole experimentou do café em frente a Sarah. Os
técnicos há muito haviam ido embora.
"Você não vai tentar outras experiências com você, não é?" Sarah pediu melancolicamente.
Poole respondeu gentil: "Eu gostaria de controlar o tempo. Para revertê-lo."
Vou cortar um segmento de fita, pensou ele, e colá-lo de cabeça para baixo. As seqüências de
causalidade então, fluirão de outra maneira. Eu vou andar para trás no telhado, de volta para minha porta,
empurrar uma porta trancada, andar para trás até a pia, onde eu vou fazer crescer uma pilha de louça suja.
Sentarei nesta mesa diante da pilha, preencherei cada prato com alimentos produzidos a partir de meu
estômago... Eu, então, transferirei os alimentos a geladeira. No dia seguinte, eu vou levar a comida da geladeira,
embalar em sacos, carregar as sacolas de supermercado, distribuir a comida aqui e ali nas prateleiras da loja. Na
caixa registradora vão me pagar para isso. Os alimentos serão embalados com outros alimentos em grandes
caixas de plástico, transportadas para fora da cidade, para as fabricas hidropônicas no Atlântico, onde voltarão
para as árvores e arbustos ou para os corpos de animais mortos ou empurradas profundamente dentro do solo.
Mas o que tudo isso prova? Uma fita de vídeo em execução para trás... Gostaria de saber mais do que eu sei
agora, e que não é suficiente.
O que eu quero, ele deu-se conta, é a final e a absoluta realidade, mesmo que por um microssegundo. Depois
disso, não importa, porque tudo será conhecido, nada será deixado para entender ou ver.
Eu poderia tentar outra mudança, disse para si mesmo. Antes de tentar cortar a fita.
Vou fazer novos buracos na fita e ver o que acontece. Vai ser interessante, porque eu não sei o que os
buracos que eu farei significarão.
Usando a ponta de uma microferramenta, fez vários buracos, ao acaso, na fita. O mais próximo do
leitor-scanner que podia... não queria esperar.
"Eu me pergunto se você irá ver também" disse para Sarah. Aparentemente não iria, na medida em que
podia extrapolar. "Alguma coisa pode aparecer" disse para ela. "Só quero te avisar, não quero que tenha medo."
"Oh, querido" disse Sarah frágil.
Ele examinou o seu relógio de pulso. Um minuto passou, em seguida outro e um terceiro.
E então ...
No centro da sala surgiu um bando de patos verdes e pretos. Eles gritavam excitados, levantando-se do
chão, arremetendo-se contra o teto numa massa de penas e asas frenéticas na ânsia, guiada pelo instinto, de
fugir.
"Patos" disse Poole, maravilhado. "Eu furei um vôo de patos selvagens."
Agora outra coisa apareceu. Um banco de jardim com um homem, idoso e esfarrapado, sentado e lendo
um jornal rasgado e dobrado. Ele olhou para cima, mal enxergando Poole, sorriu brevemente para ele com
dentaduras feias, e depois voltou sua atenção ao seu jornal dobrado.
"Você o vê?" Poole perguntou a Sarah. "E os patos?".
Naquele momento, os patos e o mendigo do parque desapareceram. Nada restou deles.
O intervalo dos buracos feitos por ele, haviam passado rapidamente.
"Eles não eram reais" disse Sarah. "Eram? Então como eu..."
"Você não é real" Poole disse para Sarah. "Você é um fator de estímulo na minha fita de realidade. Uma
perfuração que pode ser coberta... Será que você também têm uma existência em outra fita de realidade, ou em
uma realidade objetiva?"
Ele não sabia, não podia dizer. Talvez Sarah não soubesse também. Talvez ela tenha existido em mil
fitas de realidade, talvez em cada fita já fabricada.
"Se eu cortar a fita" disse ele "você vai estar em toda parte e em lugar nenhum. Como tudo no universo.
Pelo menos o tanto quanto eu estou ciente disso."
Sarah hesitou: "Eu sou real."
"Eu saberei" disse Poole. "Para isso preciso cortar a fita. Se eu não fizer isso agora, vou fazê-lo outra
hora qualquer, é inevitável que, eventualmente, eu vá fazê-lo."
Então por que esperar? se perguntou. E há sempre a possibilidade de que Danceman tenha contado o
ocorrido ao meu criador, e que estejam se preparando para me tirar do comando. Porque, talvez, eu esteja
colocando em risco a sua propriedade... eu.
"Você me faz desejar voltar ao escritório, mesmo depois de tudo que aconteceu" disse Sarah com tristeza
e o rosto voltado para baixo.
"Pode ir", disse Poole.
"Eu não quero deixá-lo sozinho."
"Eu vou ficar bem" disse Poole.
"Não, você não vai ficar bem. Você irá desconectar-se ou algo assim, se matar, porque você descobriu
que é só uma formiga elétrica e não um ser humano."
"Talvez sim" ele diz. Talvez se resuma a isso.
"E eu não posso evitar que o faça" disse ela.
"Não". Ele balançou a cabeça em concordância.
"Mas eu vou ficar" disse Sarah. "Mesmo que eu não possa fazê-lo. Porque se eu sair e você se matar,
vou sempre perguntar-me para o resto da minha vida o que teria acontecido se eu tivesse ficado. Compreende
isso?"
Novamente ele concordou.
"Vá em frente então" disse Sarah.
Ele levantou-se.
"Não é dor o que vou sentir" disse para ela. "Embora possa parecer. Tenha em mente o fato de que os
robôs orgânicos têm o mínimo de circuitos de dor neles. Irei experimentar a mais intensa..."
"Não me diga mais nada" ela interrompeu-o. "Se for fazer então faça-o, senão não faça."
Desajeitado, porque estava com medo, ele remexeu com suas mãos as luvas de controle, e chegou a
pegar uma pequena ferramenta: uma lâmina afiada.
"Cortarei a fita dentro do painel do meu peito" disse enquanto olhava através do sistema de lentes
ampliadoras. Isso é tudo! Sua mão tremia quando levantou a lâmina de corte. Em um segundo poderia estar
feito, pensou. Tudo acabado. E...eu ainda terei tempo para colar as extremidades cortadas da fita. Meia hora
depois pelo menos. Se mudar de ideia.
Cortou a fita.
Olhando para ele, encolhida, Sarah sussurrou: "Nada aconteceu".
"Temos trinta ou quarenta minutos."
Ele sentou à mesa da cozinha, depois de ter retirado as luvas.
Sua voz, percebeu, estava alterada, sem dúvida. Sarah estava ciente disso, e ele sentiu raiva de si
mesmo, sabendo que havia alarmado-a.
"Sinto muito" disse ele irracionalmente. Ele queria se desculpar com ela.
"Talvez você devesse sair" disse em pânico e novamente se levantou.
Ela também o fez, repetindo-o, como se a imitá-lo; gorda e nervosa.
"Vá embora" disse ele grosseiramente. "Volte para o escritório, que é onde você deveria estar. Onde nós
dois deveríamos estar."
Vou colar a fita, disse para si mesmo, a tensão é grande demais para suportar.
Suas mãos alcançaram as luvas, e as puxou sobre os dedos esticando-a.
Perscrutando a tela da ampliação, viu o raio do brilho fotoelétrico apontado diretamente para o leitor-
scanner, ao mesmo tempo viu o final da fita a desaparecer sob ele... viu e compreendeu que estava muito
atrasado, pensou. Já havia acontecido.
Deus, pensou ele, me ajude.
A velocidade da fita acelerara em uma taxa maior do que a calculada.
Então é agora que...
Viu maçãs e paralelepípedos e zebras. Sentiu calor, a textura da seda de suas roupas, sentiu o oceano o
acertando e um grande vento do norte, como se a levá-lo para algum lugar. Sarah era tudo ao redor dele, e
Danceman... New York brilhava na noite, e os foguetes sobre ele saltavam através do céu noturno e diurno, e
inundações e secas. Relaxado tal líquido em sua língua, ao mesmo tempo em que odores repugnantes e gostos o
assaltavam: como a presença amarga de venenos e limões, e as lâminas de grama do verão.
Ele se afogou, ele caiu, estava nos braços de uma mulher em uma cama grande e branca que, ao mesmo
tempo soava estridente em seus ouvidos: como o sinal de alerta de um elevador com defeito em um dos antigos
hotéis abandonados do centro.
Eu estou vivendo, eu vivi, eu nunca vou viver, disse para si mesmo, e com seus pensamentos vieram
cada palavra, cada som; insetos guincharam e correram, e ele afundou parcialmente no complexo de máquinas
homeostáticas localizada em algum lugar nos laboratórios da Tri-Plan.
Ele queria dizer algo para Sarah. Abrindo a boca, tentou trazer palavras... uma seqüência específica
delas, da enorme massa de palavras iluminadas em sua mente, chamuscando-lhe com o seu significado total.
Sua boca queimou. Ele questionou o porquê.
Congelada contra a parede, Sarah Benton abriu os olhos e viu a coluna de fumaça subindo da boca semi-aberta
de Poole.
Em seguida, o robô caiu, firmando-se nos cotovelos e joelhos, para em seguida, espalhar-se lentamente,
quebrado, amassado.
Ela sabia, sem examiná-lo, de que tinha "morrido".
Poole fez isso a si mesmo, pensou. Não podia sentir dor, dissera. Ou pelo menos não muita, talvez um
pouco. De qualquer forma, agora estava acabado
Melhor chamar o Sr. Danceman e dizer-lhe o que aconteceu, ela decidiu.
Ainda abalada, caminhou através do quarto para o telefone, pegou-o e discou de memória.
Ele pensou que eu era um fator de estímulo em sua fita de realidade, disse para si mesma. Por isso,
pensei que iria morrer quando ele "morreu". Que estranho, pensou. Por que imaginar isso? Ele nunca estivera
ligado ao mundo real, "vivia" em um mundo eletrônico próprio. Que bizarro.
"Sr. Danceman" disse ela quando a conexão com seu escritório foi estabelecida. "Poole se foi. Destruiu-
se diante dos meus olhos. É melhor você vir".
"Então nós estamos finalmente livres dele."
"Sim, não vai ser bom?"
Danceman disse: "Vou enviar alguns homens da empresa."
Ele viu por detrás dela, a visão de Poole caído junto à mesa da cozinha.
"Você vai para casa e descanse" instruiu Sarah. "Deve ter sido desgastante tudo isso."
"Sim" disse ela. "Obrigado, Sr.Danceman".
Desligou e ficou parada de pé, sem rumo.
E então percebeu algo.
Minhas mãos, pensou. Ela segurou-as. Por que é que eu posso ver através delas?
As paredes da sala, também, tornaram-se mal definidas.
Tremendo, ela voltou-se para o robô inerte, ficou ao lado dele, sem saber o que fazer. Viu através de
seus pés o tapete, em seguida, o tapete tornou-se indistinto, e viu mais camadas de matéria desintegrar-se além.
Talvez se eu poder colar a fita novamente, pensou.
Mas ela não sabia como. E Poole já tinha se tornado vago.
O vento da madrugada soprou sobre ela. Ela não sentiu, ela tinha começado agora a deixar de sentir.
E o vento soprou.
FIM.
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