ÉTICA 1. Chrystian Gabriel Rodrigues da Silva Rosa. 2º. Semestre de 2021.
A fim de demonstrar a relação entre os termos solicitados anteriormente no trecho
retirado da Fundamentação da metafísica dos costumes de Kant, analisaremos de forma a amarrar ambos os conceitos dentro de uma lei moral a priori e universal: o imperativo categórico Kantiano. Essa lei moral como citado anteriormente ordena a conformidade da ação como dever, ora, a partir desse conceito é preciso analisar calmamente dentro da filosofia kantiana como observamos essa ação, analisaremos essa ação de forma a priori, anteriormente a experiência, pois a busca maior em Kant é o que fundamenta essa ação, como e onde surge a intenção do agente. A partir desse princípio, Kant define que somente a motivação será o “caráter” principal para que o agente possa agir de forma moral, ele pode possuir a intenção de fazer a ação, mas deve possuir a motivação para que possa agir conforme a fórmula kantiana do imperativo categórico. É importante pensar: o que será essa motivação? A motivação é a boa vontade, pois somente a boa vontade deve ser considerada como bom sem limitação. Tendo considerado isso, para além da motivação do agente, é preciso que ela seja a priori, o indivíduo deve agir anteriormente à experiência, ou seja, o agente moral em Kant precisa agir por dever, e principalmente deve possuir a vontade de agir por dever. Agir por dever é agir condicionado a uma lei moral, é preciso que o agente da ação tenha essa motivação (oculta) de agir por dever. A motivação oculta nada mais é do que a vontade, (faculdade de se determinar a agir conforme a ação moral) sendo ela que inclinará o indivíduo a agir por dever. Como podemos pensar o dever? Pelo imperativo categórico; o imperativo categórico se apresenta como uma obrigação moral incondicional, para que seja mais claro, dever moral incondicional, pois na ética kantiana não “depende de”, não penso na consequência da ação, a ética em Kant é anti consequecialista, e ao pensar a Ética Kant analisa de forma a pensar no anterior a ação, a priori. Posto isso, analisaremos da seguinte forma: o agente moral deve pensar a priori; ao pensar deve possuir a vontade da ação; possuindo a vontade deve agir - de que forma? - por dever; o que condicionará o agente a lei moral do imperativo categórico é a vontade de agir por dever, em conclusão: 1devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal. Por fim, é necessário entender que a fórmula kantiana do imperativo categórico deve ser entendido de caráter a priori e universal, será vista também como a lei moral, e como bem define Kant: a lei moral deve abrigar a todos universalmente, pois a lei moral encerra uma necessidade absoluta.
1 (KANT, Fundamentação da metafísica dos costumes, trad. de Paulo Quintela, Lisboa, Ed. 70, 2007, p. 33).