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RILEASE

GRUPO SATS APRESENTA O ESPETÁCULO DEGRAUS.

CRIADO NAS RUAS DO RrO, NOVO TRABALHO DA COMPANHIA PROPÔE INTERVENÇÃO


PÚBLICA EM ESCADAS SIMBOLICAS DA CIDADE.

Subir aos céus, rolar escada abaixo: ascensão e queda, passagem e permanência, espaço
público e privado. Em Degraus, o Grupo SATS passeia por essas imagens arriscando-se a ocupar
a cidade dançando em escadarias públicas. A escada é um símbolo mítico no inconsciente
coletivo: uma imagem que move princípios religiosos, morais e éticos, ligados à ideia de
ascensão, hierarquia e justiça. Corresponde também a uma ideia de passagem, processo,
peregrinação. Espaço transitório, a escada é, em si, um entre-lugar.

E foi tambem a céu aberto que "Degraus" começou a ser criado no início de 2019, mas
precisamente na Rua Taylor, em uma escada que liga Santa Teresa à Lapa. Deisi Margarida e
Rodrigo Gondim, intérpretes e diretores, buscavam incorporar à pesquisa coreográfica iniciada
em UMAN - trabalho anterior do grupo - indagações sobre a ocupação do espaço público: O
que seria habitar este vazio simbolizado pela escada, este lugar propício a tropeços, a queda,
ao desequilíbrio? Quem tem direito ao trânsito na cidade? Olhando para outra direção, no
caso, para baixo: quem se deita no espaço público?

Na primeira imagem que nos vem à cobeço: os renegados do espaço privado. O chõo da cidade
e olgo sujo, que se posso, apenas. E o escada é este solo de risco, com percalços, improprio
pora o donça sofÍsticado do linoleo. Deste modo, refletírmos sobre método, o ideio de tecnico,
o ideio de coreogrofia e muitas outras questões - comenta Deisi.

Estar na rua abriu ao grupo novas formas de criar, mas também de se relacionar com a cidade
e seu entorno, inclusive com o outro. Durante o processo, trãnseuntes da escada que serviu de
"sala de ensaio" para a cornpanhia interferiram cotidianamente no processo, de corpo
presente - como os moradores de rua emocionados que abordavam os intérpretes - ou em
rastros de passagem encontrados no lixo deixado para trás e até mesmo ern furtos sofrídos
peios artistas. Tudo, garantem, contribuiu para engrandecer o trabalho.

Durante todo o processa estivemos na rua, tudo foi criodo com d escodo-cidade. A cada
instonte a nossa dança fai afetada pelo cantexto da cidode. A aspereza do concreto nos
obrigou o testar rnuitos formas de vestir e de se proteger contro os quedas e os entorses. Nôo
ficomos ilesos. Lidor com o cidade abriu frestos em nos e por elos estamos passondo - afirmo
Rodrigo.

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