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Para o desenvolvimento desta pesquisa, adotei como referenciais teóricos Ghiraldini

(2012) que conceitua a ansiedade como um fator psicológico que desencadeia


sensações de apreensão e desconforto diante de situações difíceis, perigosas ou
desafiadoras e que é considerada um dos principais estados emocionais presentes no
contexto esportivo. Porém destaca que nem toda ansiedade é prejudicial, dissertando
sobre a existência de um nível ótimo de ansiedade, fator benéfico na vida
profissional de atletas que quando é atingido e não ultrapassado, mantém a emoção
em seu nível adequado, alertando e preparando o indivíduo para a ação, aumentando a
sua capacidade de realização e sua atenção à atividade desenvolvida, de maneira a
preparar o organismo para situações de perigo e acontecimentos inesperados.

Ghiraldini (2012) também ressalta que o preparo físico e o rendimento nos ensaios
também são fatores relacionados a ansiedade que manifestam resultados positivos ou
negativos, como por exemplo, em uma pré-apresentação

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Também adoto como referencial teórico o trabalho de conclusão de curso de SILVA


(2012) que nos diz que estudos confirmam a presença de alto nível de ansiedade em
bailarinos durante o período da pré-estreia de um espetáculo de dança, o que pode
levar a queda da performance durante a apresentação, além do desconforto emocional
vivenciado pelo mesmo. Segundo a autora, as pesquisas apresentam uma diferença
desses níveis de ansiedade relacionada ao gênero, na qual a mulher tem a
probabilidade de ter níveis mais elevados do que os homens e ainda afirma que
muitos autores apontam o trabalho da autoconfiança, da motivação, da respiração e
recuperação como formas de promover um equilíbrio da ansiedade para bailarinos.

Tenho também como referencial teórico desta pesquisa o artigo de ABREU, F. S.


(2008): Programa de Promoção de Competências Psicológicas para a optimização do
desempenho e promoção do bem-estar em alunos de dança para justificar a leitura de
materiais referentes à ansiedade e a psicologia relacionados ao Esporte visto a
escassez de pesquisas relacionadas à dança e ansiedade/psicologia.
Segundo Abreu (2008), dançarinos podem, ou não, ser considerados atletas, pois
“ambos desejam e tem como alvo a melhoria e/ou a otimização de competências como
flexibilidade, a força, a resistência cardiovascular, a coordenação motora, e a
consciência corporal” (ABREU, 2008, p. 7).
Além de ENUMO (2016) que relaciona a dança com o esporte pela mesma exigir um
treinamento físico rigoroso, além das competições, que quando somadas com a rotina
intensa das aulas, ensaios e espetáculos, podem resultar no estresse
psicofisiológico do dançarino, que somado a falta de tempo de recuperação, tanto
física quanto psicológica, pode levar ao overtraining.

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