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MANUAL DE

CONSTRUÇÃO

Tender 11'
Projeto P155

Método: costure e cole


Ronaldo Fazanelli Migueis, D.Sc.
Eng.naval
SNAME Associate Member
http://www.arqnav.com.br/

Copyright © 1996-2014 Ronaldo Fazanelli Migueis. Este projeto é protegido por direitos autorias. Nos reservamos
o direito de alterar em parte ou no todo as informações contidas neste texto, em função das constantes atualizações
que fazemos no mesmo.
Apresentação

Barco de construção artesanal, construído com compensado naval, de fácil


construção e baixo custo.

O TENDER 11' é versátil, podendo ser usado como barco a remo, a motor ou à
vela.

Com ele é possível aprender os segredos da construção de barcos de madeira, de


uma forma divertida e barata. Para aqueles que nunca construíram antes, irão
descobrir o prazer de fabricar com as próprias mãos uma embarcação e nela
navegar. Para os que já são experts em construção, ele será mais uma experiência
de construção de um barco leve e rápido.

A construção de um barco é uma experiência para o resto da vida. É como um


filho que vemos crescer desde o nascimento. Quem constrói um barco não está
pensando apenas em ter um barco barato, mas algo bonito, personalizado e mais
leve do que os semelhantes construídos com fibra de vidro. Um veleiro de
madeira bem acabado, pintado e envernizado chama a atenção. Gostamos muito
da fibra de vidro e na realidade a maioria dos nossos projetos são projetados para
este material, porem é com madeira que conseguimos mostrar a beleza e leveza
destas criaturas flutuantes. Pense num piano ou violino. Já pensou um, construído
em fibra de vidro?

Boa construção e bons ventos.

Ronaldo Fazanelli Migueis


Niterói, 17 de maio de 2000

Manua155.doc -2- 24/2/2014


Índice

Introdução .................................................................................................................................................................... 4
Notas importantes ........................................................................................................................................................ 5
Documentos do projeto ................................................................................................................................................ 5
Relação de ferramentas ................................................................................................................................................ 5
Relação de materiais .................................................................................................................................................... 7
Vocabulário.................................................................................................................................................................. 8
Símbolos .................................................................................................................................................................... 11
Bancada de construção............................................................................................................................................... 12
Balisas........................................................................................................................................................................ 14
Risco das peças .......................................................................................................................................................... 15
Corte com tico-tico .................................................................................................................................................... 16
Chanfro dos painéis para as emendas......................................................................................................................... 17
Emenda dos painéis de compensado naval................................................................................................................. 19
Montagem do fundo, costado e cavernas ................................................................................................................... 20
Caixa da bolina .......................................................................................................................................................... 33
Montagem final .......................................................................................................................................................... 36
Cana do leme ............................................................................................................................................................. 38
Leme .......................................................................................................................................................................... 40
Mastro e espicha ........................................................................................................................................................ 42
Pintura e verniz .......................................................................................................................................................... 42
Montagem das ferragens e acessórios ........................................................................................................................ 43
Anexos ....................................................................................................................................................................... 44

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Manual de instruções

Introdução

Obrigado por você ter adquirido as plantas para construção do TENDER 11'. O valor pago por estas plantas, lhe dá
o direito de construir 1 (um) barco. Elas não poderão ser copiadas para terceiros, reproduzidas ou revendidas sem
prévia autorização, uma vez que estão protegidas por direito autoral.

Leia cuidadosamente as instruções antes de comprar o material necessário, para ter certeza de que não irá comprar
alguma coisa desnecessária ou errada.

Recomendamos que sejam lidos todos os anexos, pois contém informações importantes e complementam o texto
deste manual.

Nas descrições a seguir, são sugeridas algumas marcas de produtos. Não estamos fazendo propaganda, nem
recebemos nenhum valor por isso. Você pode usar outras marcas, porem as indicadas foram testadas por nós e darão
um bom resultado. As outras marcas deverão ser testadas antes de executar a construção do barco.

Quando comprar colas, tintas e vernizes, não se esqueça de ler as instruções atentamente para usar o produto de
forma adequada.

Chamamos a atenção para o fato de que não se deve comprar os materiais mais baratos. O compensado de cedro
naval tem que necessariamente estar estampado: COMPENSADO NAVAL no mesmo. Em alguns casos, está
estampado: A PROVA D’ÁGUA. Esta não serve. Muitas vezes os vendedores não atentam para este fato e vendem
outros tipos. A diferença entre o compensado naval e os comuns, está na cola que foi usada entre as lâminas de
madeira. O compensado naval, não descola quando em contato com a água. Um teste que pode ser feito é colocar
um pedaço pequeno para ser fervido por 15 minutos em água. Se descolar, descarte-o e compre de outra marca.

As ripas devem ser de madeira leve. Sugerimos o cedro por ser resistente aos cupins e bem leve. É uma das
melhores madeiras para construção naval. Compre somente ripas sem nó. Outras boas opções de madeiras pode ser
o Freijó e o Mogno.

O nosso projeto será todo construído com adesivo Epóxi. Tanto a colagem como a impregnação. Fique atento para o
período de validade, que é no máximo de 6 meses.

As borrachas de vedação deverão ser do tipo sintética para não deteriorarem-se sob a ação dos raios ultravioletas do
sol (UV).

Os vernizes e tintas devem ser de boa marca e serem usados dentro do período de validade.

O verniz de acabamento deverá ser do tipo brilhoso (preferencialmente) e obrigatoriamente possuir filtro solar. Sem
este filtro o verniz terá uma vida muito curta. Só aceite um verniz que tenha escrito na lata que possui filtro solar
(UV). Não aceite do vendedor um verniz dito para exterior.

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Notas importantes

• Este projeto é fornecido como é.


• O comprador está adquirindo o direito de construir apenas uma (1) embarcação.
• Caso deseje construir mais de uma unidade, solicitamos que entre em contato conosco por telefone ou e-
mail para futuras autorizações por escrito.
• O autor se reserva o direito de alterar este projeto em parte ou no todo, sempre que julgar necessário, sem
que com isso seja responsável por eventuais prejuízos alegados pelo construtor.
• Todas as alterações a serem feitas pelo construtor são de sua inteira responsabilidade.
• Solicitamos ao construtor que antes de efetuar uma alteração, nos consulte, para darmos um parecer
antecipado e desta forma garantir um resultado final tecnicamente correto.
• Este projeto é de propriedade do autor, engenheiro naval Ronaldo Fazanelli Migueis. Ele não poderá ser
vendido, doado, emprestado ou copiado sem a prévia autorização por escrito do autor.
• Este projeto está protegido por direitos autorais.

Documentos do projeto
Verifique se você recebeu os documentos abaixo:

• Lista de material: LM 155.pdf


• Lista de material do molde: LM 155 Molde.pdf
• Manual de construção: Manual 155.pdf. (Este manual que você está lendo)
• Relação de fornecedores: Fornecedores.xls
• Relação de desenhos:

desenho desenho versão Formato

Plano de linhas P155_100 A PDF


Planificação P155_103 0 PDF
Nesting 1:1 P155_105 0 DWG
Arranjo geral P155_200 0 PDF
Arranjo geral P155_201 0 PDF
Arranjo geral - remos e motor de 3 hp P155_202 0 PDF
Estrutura - convés P155_301 0 PDF
Estrutura - caixa de bolina P155_308 0 PDF
Estrutura - caixa de bolina P155_309 0 PDF
Estrutura - corte na linha de centro P155_322 0 PDF
Estrutura - cavernas P155_331 0 PDF
Estrutura - cavernas P155_332 0 PDF
Estrutura - interior P155_340 0 PDF
Estrutura - detalhes P155_391 0 PDF
Mastro e espicha P155_602 0 PDF
Bancada de montagem P155_950 0 PDF
Cavalete P155_951 0 PDF
Bancada de montagem com cavalete P155_952 0 PDF
Balisas do cavalete P155_953 0 PDF
Balisas do molde P155_954 0 PDF
Bancada de montagem P155_955 0 PDF
Bolina P155_965 0 PDF
Leme P155_975 0 PDF
Leme P155_976 0 PDF

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Relação de ferramentas
Elétricas - básico

· Furadeira 3/8”. Ideal: 1/2” com velocidade variável e reversível


· Serra tico-tico

Elétricas - adicional

· Lixadeira orbital
· Aspirador de pó
· Tupia portátil
· Compressor + pistola de tinta
· Plaina elétrica portátil
· Esmeril

Manuais - básico

. Virote
. Cavalete
. Peso
· Alicate
· Amolador de formão de plaina
· Arco de serra
· Bandeja para tinta
· Borracha para lápis
· Brocas chatas
· Brocas de aço rápido
· Brocas para madeira
· Chave de fenda
· Chave inglesa
· Compasso
· Escariador
· Espátula de aço (inox de preferência)
· Espátula de plástico
· Esquadro (par)
· Extensão elétrica
· Faca ou estilete
· Fita crepe
· Formão
· Giz
· Grampos
· Grosa
· Lápis de carpinteiro
· Lima
· Limatão
· Linha de pedreiro
· Lixa
· Lixadeira de mão
· Luvas
· Martelo
· Máscara contra poeiras e vapor
· Nível de bolha
· Nível de centro (cone)
· Nível de lado (cilindro)
· Óculos de proteção
· Parafusos
· Pincel barato de 2”

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· Plaina
· Ponta tipo chave de fendas para furadeira
· Potes para mistura de tinta, verniz, resina e massas
· Pregos
· Rolete de pintura
· Sargentos
· Serra copo
· Serrote
· Serrote de costas
· Tesoura
· Trena
· Vareta para misturar tintas, verniz, resina e massas

Relação de materiais
Veja as peças do barco detalhadamente na planilha em anexo. Repare que algumas dimensões estão com um *. Isso
significa que a dimensão é aproximada. Nestes casos nós especificamos uma dimensão maior do que a final. Após
os ajustes ela ficará do tamanho necessário.

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Vocabulário

Adernar Movimento efetuado pela embarcação ao inclinar-se para um bordo

Amina Substancia eliminada pela resina epóxi durante o processo de polimerização

Balisa Ver baliza

Baliza Freqüentemente confundida com caverna. As balizas definem a forma do casco e fazem
parte do molde. O espaçamento entre elas pode ser fixo ou variável.

BB Abreviatura de bombordo. Se você estiver dentro do barco olhando para a proa o lado de
bombordo é o da esquerda.

BE Abreviatura de boreste. Se você estiver dentro do barco olhando para a proa o lado de
bombordo é o da direita.

Bolina Acessório móvel que alguns veleiros usam para aumentar á área lateral submersa e permitir
que naveguem contra o vento.

Brandal Cabo lateral de suporte do mastro

Calado Profundidade do casco com um determinado carregamento. É medido entre a linha d’água
e o ponto mais baixo do casco.

Carenar Tornar a superfície do casco com uma curvatura perfeita, sem depressões ou elevações.

Catraca equipamento de força para tensionar os cabos do barco

Caverna Reforço estrutural transversal do costado e liga geralmente a quilha ao convés.

CEL Centro de esforço lateral. Lugar geométrico onde atua a força hidrodinâmica no casco

CEV Centro de esforço vélico. Lugar geométrico onde atua a força aerodinâmica nas velas.

Cintado Região da emenda do costado com o convés.

CN Abreviatura de Compensado Naval. Ex. CN 15 = compensado naval de 15 mm de


espessura.

Colagem Ato de unir 2 peças permanentemente.

Combiner Aparelho eletrônico cuja função é carregar as baterias de forma uniforme

Convés ao centro Linha longitudinal que passa no meio da linha de centro da embarcação

Convés ao lado Linha longitudinal que passa pela união do casco com o convés

Deslocamento Peso de água doce ou salgada (deslocamento em água doce ou salgada) equivalente ao
volume submerso do casco. Em outras palavras, é o peso completo do barco com
combustível, passageiros e carga.

Epóxi Resina usada para encapsular, colar e laminar.

Estai Cabo para suportar o mastro

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Esticador Acessório para dar tensão aos estais e brandais, principalmente.

Fuzil Ferragem fixada ao barco para permitir o acoplamento do esticados dos estais.

FV Abreviatura de fibra de vidro

Impregnar Ato de aplicar resina epóxi na madeira com o objetivo de isolá-la da água.

Laminação Ato de aplicar camadas de tecido de reforços estrutural uma sobre a outra.

LAP Linha D'água de Projeto. Linha d'água definida nas condições de cálculo.

LB Linha de base. Linha que passa na parte mais baixa do casco.

LC Linha de centro. Passa pelo centro de uma seção

Leme Parte (apêndice) da embarcação responsável pelo governo. -

Lixadeira longa lixadeira fabricada, destinada a fase de modelagem do casco. Possui as dimensões em torno
de 800 x 100 mm. A lixa de calafate e grampeada ou colada.

Macaco O mesmo que esticador

MDF Abreviatura de Micro Density Fiber. É um painel fabricado com micro fibras de madeira.

Microesfera Carga adicionada à resina para torná-la mais encorpada e fácil de lixar

MIG processo de soldagem

Moitão Acessórios para ser usado com os cabos e permitir redução de força e direcionamentos.

Moldado -

NACA Entidade americana dedicada ao estudo de perfil aero e hidrodinâmicos

Obras mortas Região localizada acima da linha d’água.

Obras vivas Região localizada abaixo da linha d’água. Região submersa.

OSB Abreviatura de Oriented Strand Board. É um painel construído com lascas de madeira,
coladas e prensada a quente.

Pau de lixa Lixadeira longa, usada para lixar o casco.

Pé do mastro Ferragem ou peça onde o mastro se apóia.

Poliéster Resina poliéster. Pode ser do tipo ortofitálica ou isofitálica

Popa Região traseira da embarcação

Proa Região dianteira da embarcação

Quilha Região central do fundo

Rizar Ato de reduzir a área vélica

Seção mestra Corte transversal efetuado no ponto médio da linha d'água de projeto

Superfície carenada o mesmo que superfície com curvatura perfeita, sem vales e depressões.

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TIG processo de soldagem

Timão Equipamento destinado a controlar o leme

Tosamento É a distancia entre a linha do convés ao lado e linha do convés ao centro. O tosamento é
geralmente expresso em termos de relação boca/constante. Ex. Boca/50 ou Boca /30. Ver
desenho.

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Símbolos
= seção mestra

= Linha de base.

= Linha de centro.

[09] = indica que trata-se da peça com código 09, descrita na lista de material. Nos desenhos, este item aparece
como um número dentro de um círculo e uma seta. [imagem].

[X09] = indica que trata-se da peça com código 09, porem a letra X informa que é um item usado apenas na
montagem do barco. Ele não faz parte do mesmo e será retirado até o final da construção. Todos os itens
que possuem a letra X serão removidos do barco

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Bancada de construção
Antes de iniciarmos a construção, precisamos dispor de uma base para a construção do barco, que seja o mais
nivelado possível, e que esteja em um local com boa iluminação e ventilado.

Sugerimos que seja construída uma bancada como ilustrado na Fig 2. O barco será construído invertido, ou seja,
com o fundo para cima, para facilitar a construção da estrutura básica, como cavernas, fundo, costado e espelho de
popa. Em um determinado instante, ele deverá ser desvirado para que se monte o restante, como banco,
acabamentos, caixa de bolina, lemes, etc.

O tampo de mesa pode ser construído com uma placa de MDF, OSB ou compensado comum (não precisa ser
compensado naval) entre 20 e 25 mm de espessura. Pesquise os preço e veja o que está mais barato.

A bancada que usamos nas ilustrações mede 3,600 x 1,000 m, porem essas dimensões pode variar em função do
material que você tiver disponível. O importante é que todas as balisas estejam apoiadas na bancada.

As pernas são feitas com perna de 3” x 3”, usadas na construção civil. Pode ser uma madeira barata, como o pinus,
A única condição é não estejam empenadas.

Por comodidade, a nossa bancada está a 800 m do piso. Esta altura é confortável para trabalhar no costado e fundo
do barco. Dependendo da sua estatura, ela poderá ter outra altura.

Corte as pernas conforme mostrado no desenho P155_950, P155_951 e P155_952. Faça os encaixes com formão.
Esta é uma oportunidade de treinar alguns encaixes (poucos na realidade) que existem no barco.

Esses encaixes devem estar bem justos para que a mesa não fique instável.

Unindo essas pernas, existem 4 reforços, também feitos de perna de 3” x 3” que serão unidos às pernas, com cola
branca (a base de PVA) e parafusos de latão, inox ou aço, para madeira medindo 50 x 4 mm.
Esta também será uma oportunidade para você praticar com o escariador, acoplado na furadeira.

Fig 1

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Fig 2

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Balisas
Por definição as balisas são peças estruturais que ajudam a dar forma ao casco, mas não fazem parte do mesmo,
quando ele estiver pronto. Elas serão removidas. Muita gente confunde balisa, com caverna e antepara. Neste nosso
barco não existem anteparas, apenas cavernas.

Fig 3

As balisas podem ser feitas com qualquer painel barato, como a bancada. Pode ser MDF, OSB ou compensado
comum.

As balisas devem ser cortadas segundo o desenho P155_954. Elas são as peças [X18], [X19], [X20] e [X21]. Corte
também os sarrafos [X09].

Use parafusos de latão para madeira 25 x 4 para fixar os sarrafos [X09] nas balisas. Use no mínimo 3 em cada peça.
A função deste sarrafo é poder manter o painel do costado na posição correta, encostado nas balisas. Para fixar as
peças [X09] na bancada, ver Fig 3, deixe a cabeça dos parafusos do lado de baixo para poder desparafusar mais
facilmente no momento de retirar o casco para desvirá-lo. Fig 19.

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Risco das peças

Fig 4

O fundo [1] e o costado [2] deverão ser cortados conforme mostrado na Fig 4. Após marcar todos os pontos das
peças vamos uni-los com a ajuda de uma régua ou ripa flexível chamada de virote e pesos para segurá-la.

ATENÇÂO: os painéis devem, ter um excesso de 50 mm na região da emenda chanfrada. Ver a descrição de
chanfro a seguir. Este tipo de emenda é o melhor em termos de carpintaria naval, produzindo uma emenda na
mesma espessura do compensado e resistente. Tanto o painel da proa como da popa devem ter este excesso. Nos
desenhos estão indicadas as medidas finais, ou seja, dos painéis já colados!
O chanfro que se faz para a emenda dos painéis tem como finalidade uma emenda de madeira em que se tem a
melhor continuidade das fibras promovendo dessa forma a melhor resistência estrutural que uma emenda de madeira
pode proporcionar.

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Fig 5

Corte com tico-tico


Todas as peças que forem cortadas (Fig 6) devem ter o corte sempre por fora do risco para posterior acerto com a
plaina e finalmente com a lixa.

Fig 6

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Chanfro dos painéis para as emendas
Para fazer o chanfro de emenda nos painéis, em primeiro lugar, marcamos a área com largura de 50mm em cada
peça que será chanfrada. Vamos então posicionar todas as peças umas sobre as outras, verificando o lado certo de
encaixe do chanfro de cada peça.

As peças irão formar uma “escadinha”, deixando a parte marcada a descoberto. Dessa forma, fixaremos todas juntas
numa bancada com grampos ou pregos fora da área de chanfro. Com isso poderemos executar o chanfro com a
plaina manual de todas, ao mesmo tempo, fazendo com que fiquem iguais para uma boa colagem.

Continue aplainando as peças até que, passando a mão sobre elas, não sinta mais nenhum degrau de uma peça para
outra, saberá então que o chanfro está bem feito. Use uma plaina bem afiada e tenha atenção redobrada com as
pontas dos painéis, pois são mais frágeis e quebram com facilidade.

Fig 7

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Fig 8

O alinhamento é outra preocupação que devemos ter durante a emenda dos painéis, caso contrário, o desenho
original do barco e suas características principais serão alteradas.

Quando for proceder à colagem com grampos proteja-os com pedaços de sacolas de polietileno (bolsas de plástico
usadas por lojas e supermercados), pois caso suje as roscas eles não funcionarão nunca mais.

Sempre que sobrar resina de uma colagem use-a para impermeabilizar as peças do barco por dentro e por fora.

Fig 9

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Emenda dos painéis de compensado naval
Corte os painéis do fundo e do costado. Cada painel é composto de 2 partes, uma vez que o compensado naval mede
2,200 m e o barco mais do que isso. Corte com uma folga de aproximadamente 10 mm para corrigir possíveis erros.
Acerte as bordas com uma plaina elétrica ou manual. Ver desenhos P155_103.PDF e P155_105.DWG

IMPORTANTE: o fundo [1] está desenhado pela metade. Ele é simétrico em relação à linha de centro. Desta
forma é preciso passar do desenho para o compensado um lado do fundo. Em seguida virar o desenho do avesso,
ajustar a linha de centro e desenhar o outro lado, ou bordo. Só aí então é que iremos cortar.

Os painéis do fundo e do costado devem ser cotados exatamente como plotado no desenho 1:1. No desenho apenas
mostramos a metade. Corte com a serra tico-tico.

Emende os painéis conforme ilustrado na Fig 9.

Para melhor visualização nas ilustrações desse manual, algumas peças estão com a textura de madeira e outras com
cores vivas para contrastar.

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Montagem do fundo, costado e cavernas
Como os painéis do fundo [1] e costado [2] são mais longos do que o compensado naval (que mede 2,200 x 1,600
m), os mesmos devem ser emendados conforme descrito anteriormente.

Deixe para retirar o excesso de material das bordas desses 3 painéis (1 do fundo e 2 do costado) somente quando for
montar no cavalete. Se você ajustar o painel agora, com o uso da plaina ou lixadeira, poderá retirar mais material do
que preciso, inutilizando o painel.

Instale provisoriamente o fundo [1] como mostrado na Fig 10. Repita para os dois painéis do costado como na Fig
11.

Fig 10

Manua155.doc -20- 24/2/2014


Fig 11

Instale as longitudinais do fundo [45], tomando o cuidado de encaixá-las com precisão nas 4 balisas. Ver Fig 12.
Fixe primeiro com parafusos a cada 300 mm e quando for colar, usar parafusos a cada 100 mm ou grampos para
retirar o excesso de cola e permitir uma boa colagem.

É possível usar-se o método costure-e-cole e não utilizar a longitudinal do fundo [45]. Neste caso veja o anexo no
fim deste manual.

Construa o espelho de popa [3] colando duas peças idênticas de CN de 6 mm. Caso você tenha um pedaço de
compensado naval de 12 ou 15 mm, melhor ainda, pois nesse caso não precisa colar.

Instale os dois paus-de-canto do espelho de popa [19]. Fixe com parafusos no costado. Com a plaina, retire o
excesso de madeira das peças [19] fazendo com que o espelho de popa [3] fique com a maior área de contato
possível com as peças [19]. Uma vez ajustadas as peças [19], aparafuse o espelho de popa [3] nas peças [19].

Lembre-se de que todos esses parafusos sairão após a colagem. Eles servirão apenas para fixar provisoriamente
algumas peças.

Manua155.doc -21- 24/2/2014


Fig 12

Aproveite que o espelho de popa está instalado no lugar e instale o pau-de-canto [75] conforme mostrado nas Fig
13.

Fig 13

Manua155.doc -22- 24/2/2014


Corte, ajuste e instale agora as cavernas [10], [11], [12], e [13] com parafusos, sem colar. Repare que elas ficam
entre as balisas, para facilitar a instalação. Ver Fig 14 e Fig 15

Instale também a roda de proa [14] com parafusos para que a forma do costado fique apoiada na proa e popa, dando
a forma do casco.

Fig 14

Fig 15

Manua155.doc -23- 24/2/2014


Retire a peça [14] do barco e complete sua construção. Monte com parafusos para madeira e cole em separado a
roda de proa [14] e a base do mastro [24]. Em seguida cola a peça [85]. Ver Fig 16

Aproveite para fazer os furos da ferragem do pé do mastro, agora que está tudo desmontado, pois quando o costado
estiver no lugar. Não será mais possível fazer a furação. Se desejar pode usar a ferragem do pé do mastro, usada no
veleiro Optimist, que já é vendida pronta (Nautos). Monte e desmonte a ferragem para ter certeza de que tudo está
correto. A ferragem será montada definitivamente somente após o barco estar com a estrutura terminada e pintada
ou envernizada.

Antes de colar reinstale o conjunto [14], [24] e [85] no barco. Instale novamente o fundo [1] e verifique se as peças
[24] e [85] estão “tocando” o painel do fundo em toda a sua área de colagem.

Caso não esteja, desmonte e ajuste com o auxílio de uma plaina ou lixadeira.

Fig 16

Na Fig 17 mostramos o barco sem o bordo de BB para facilitar a visualização das peças na proa..

Fig 17

Manua155.doc -24- 24/2/2014


Verifique se todo o conjunto está bem alinhado. Retire as rebarbas. Desmonte todas as peças e repita a seqüência até
aqui só que colando com epóxi.

Fig 18

Instale o verdugo [4] e a quilha [9] como mostrado na Fig 19. Antes de colar o verdugo verifique cuidadosamente
para certificar-se que o casco está simétrico e um bordo no mesmo nível do outro em diversas seções.

Se achar melhor, o verdugo [4] pode ser instalado mais tarde, com barco desvirado.

Fig 19

Manua155.doc -25- 24/2/2014


Chegamos agora no final da primeira fase da construção. Concluímos a construção de tudo aquilo que podíamos
fazer com o casco virado.

Construa o cavalete da Fig 20 usando as peças [X10], [X11], [X12], [X13], [X14] e [X15]

Fig 20

Retire os parafusos das peças [X09] desparafusando do lado de baixo da mesa.

Com o auxílio de mais duas pessoas, desvire o barco e coloque-o sobre o cavalete que você acabou de construir.

Manua155.doc -26- 24/2/2014


Fig 21

Retire os parafusos que prendem as 4 balisas ao casco através das peças [X09]. Ver Fig 22

Fig 22

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Instale agora os dois verdugos internos [5]

Fig 23

Manua155.doc -28- 24/2/2014


Na Fig 24 mostramos a seqüência de construção de algumas peças da proa. Ajuste a aparafuse as duas peças [76].
Repita o processo para a peça [64]. Ajuste e instale a peça [15].

Fig 24

Cole os paus de canto [64] e em seguida as duas peças [76].

Ajuste o banco da proa [15]. Quando ele estiver perfeitamente ajustado, faça o furo do mastro com uma serra copo
(preferível em função do diâmetro reduzido) ou tico-tico com um diâmetro de aproximadamente 10 mm maior do
que o copo da base do mastro.

Ajuste e cola a borboleta da proa [17] conforme a Fig 25

Manua155.doc -29- 24/2/2014


Fig 25

Na região da popa, corte as peças [5] e [19] para ajustarem-se as peças [18]. Ver Fig 26

Fig 26

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Cole a borboleta [63] na popa conforme a Fig 27.

Fig 27

Instale os sarrafos de apoio [65], [69] e [74] do banco de popa [16]. Ver Fig 28

Fig 28

Cole a base das forquetas [46] ao casco. Fig 33

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Fig 29

Na proa, cole o acabamento [46] indicado aqui na cor ver para facilitar a identificação. Ele será arredondado com
plaina. Fig 30

Fig 30

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Caixa da bolina
Fabrique a caixa de bolina após a construção da bolina [20]. Faça um gabarito da seção e desbaste um pedaço de
CN de 20 com plaina e lixadeira. Se a bolina for ser revestida de fibra de vidro, lixe até que a espessura máxima
fique em 18 mm. Aplique uma camada de tecido de fibra de vidro de 326 g/m2 de cada lado. No final ela terá 20
mm de espessura.

Se ela não for revestida com FV, deixe-a com 20 mm de espessura e aplique duas camadas de resina epóxi para
impermeabilização.

Construa a caixa de bolina com a lateral da caixa da bolina [6] e as colunas [67]. Fig 31 A peça [22] deverá ser
cortada com um excesso de cerca de 50 mm na parte inferior. Motivo. Ela será inserida futuramente em um rasgo
feito no painel do fundo, atravessando o casco. O excesso será cortado pelo lado de fora e na etapa de montagem
final. Por ora ela deve apenas ser maior do que a medida final.

Fig 31

Aparafuse e cole os paus-de-canto [7]. Erro! A origem da referência não foi encontrada.

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Corte a cole a peça [66].Fig 32

Fig 32

Verifique se o banco [26] se encaixa no conjunto da caixa de bolina. Fig 33. O banco não deve ser fixado ainda. Ele
será instalado definitivamente após a instalação da caixa da bolina no fundo do barco.

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Fig 33

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Montagem final
Use o conjunto da caixa da bolina montado anteriormente para servir de gabarito para o corte do furo do fundo.
Posicione o conjunto na posição indicada nos desenho P151_300 e risque com um lápis pelo lado de fora da caixa
da bolina. Retire a caixa da bolina e corte com um tico-tico do lado de dentro da linha, para que a caixa entre bem
justa. Caso ela não entre, desbaste com uma grosa e/ou lixa. Fig 34

Fig 34
Após o corte, inseria a caixa de bolina, instale ainda provisoriamente o banco [26] junto com os sarrafos de apoio
do banco [83]. Fixe o banco e caixa da bolina com grampos. conforme a Fig 35. O banco deve ser posicionado junto
com caixa de bolina, razoa pela qual aconselhamos que todas essas peças sejam aparafusadas e fixadas com
grampos ou sargentos para facilitar o alinhamento; Elas serão coladas somente após a caixa da bolina estar cortada
na sua parte inferior e posicionada perfeitamente no barco. É um trabalho que exige atenção e precisão, pois se ela
ficar inclinada, o barco irá velejar melhor em um bordo do que no outro.

Fig 35

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Fig 36

Fixe provisoriamente a caixa da bolina Risque com um lápis do lado inferior do casco, retire a caixa da bolina e
corte com um serrote ou tico-tico.

Apor cortar o excesso cole todo o conjunto. O fundo do barco deverá ficar como mostrado na Fig 37

Fig 37

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Cana do leme
A cana de leme [22] deve ser fabricada 4 ripas medindo 44 x 11 mm de seção. Cole as ripas e espera por 24 horas
até a cola secar

A seguir mostramos passo a passo como fazer uma cana laminada e curva.

Comece riscado com um lápis, a curva da cana do leme na mesa ou em um pedaço de compensado naval.

Para efeito de ilustração, mostramos uma cana terminada na parte superior da Fig 38.

Fig 38

Fig 39

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Aparafuse alguns blocos cola que será usada em seguida não cola na bancada, sugerimos que se coloque por baixo
dos blocos, um plástico transparente para que você possa visualizar a linha riscada.

Fig 40

Aplique o adesivo epóxi entre as 4 ripas de madeira e aperte tudo com grampos ou sargentos conforme a Fig 40.
Espere secar por 24 horas antes de desmontar tudo.

Fig 41

Pronto. Você já tem a cana quase pronta. . Com o auxílio de plaina e lixadeira dê o formato desejado. Sugerimos
que ela seja redonda onde se põe a mão e quadrada no final (região em contado com a lâmina do leme [21]).

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Leme
Corte a lamina [21] de uma folha de compensado naval de 12 mm ou cole duas folhas de compensado naval de 6
mm e dê forma conforme o desenho P155_975.

Fig 42

Com o auxílio de um formão faça o encaixe entre a cana e o leme.

Instale as ferragens do leme [23] e [54] no leme a na popa do barco. Fig 43

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Fig 43

O leme montado ficará como mostrado na Fig 44

Fig 44

A cana do leme é removível, ficando presa ao leme pelas peças [47], [48], [49] e [50].

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Mastro e espicha
Construa o mastro [30] com dois sarrafos de 64 x 32 mm colados ao meio. Isso é para garantir que ela não irá
empenar com o passar do tempo.

Como o mastro é cônico, use uma boa plaina para desbastá-lo.

A espicha [31] poderá ser fabricada com uma peça de pinho de 32 x 32 mm. Use uma plaina e lixa para fazê-la
redonda, assim como o mastro.

Pintura e verniz
A durabilidade do nosso barco depende em grande parte da proteção externa e interna que iremos aplicar. De nada
adianta economizar nesta parte da construção. Existem itens nos quais é possível fazer economia e com certeza não
é aqui que deveremos fazê-la.

A resina epóxi possui enormes vantagens quando comparada com outros tipos, porém nem tudo é perfeito na vida.
O epóxi é vulnerável aos raios ultravioletas (UV) emitidos pelo sol e para proteger o epóxi a melhor proteção é a
tinta de poliuretano linear.

Para preparar a superfície do casco, devemos inicialmente prepará-la para retirar todas as imperfeições. Este
trabalho é um dos mais ingratos, mas deverá ser feito com bastante atenção, pois a qualidade final irá depender dela.
Quanto mais brilhosa a tinta, melhor deverá ser a qualidade da superfície. Para fazer este nivelamento, deveremos
fazer uma massa com resina epóxi e microesfera.

Após este nivelamento, deverá ser aplicada uma ou duas demãos de primer ou tinta de base. Esta tinta por ser muito
macia, ajuda no trabalho de nivelamento da superfície, Caso se perceba alguma irregularidade na superfície,
devemos corrigi-la nesta etapa. Após isso, devemos aplicar a tinta de poliuretano, na cor especificada.

Para obtermos um bom resultado final, é aconselhável que a tinta de base, a de acabamento e o redutor, sejam do
mesmo fabricante. Não confie nos conselhos dos vendedores das casas de tinta se algum quiser vender-lhe um
produto semelhante ou mais barato.

A melhor maneira é você pedir a ele o catálogo com os esquemas de pintura do fabricante de tintas. Nesta
publicação, escolha a tinta de poliuretano desejável (existem algumas opções) e veja as recomendações quanto à
tinta de base e o redutor.

É muito comum as pessoas confundirem redutor com solvente.

Redutor é um produto químico usado para afinar a tinta, em quantidades pequenas, geralmente até 15 %. Quando o
mesmo evaporar, a tinta não sofrerá nenhuma degradação de qualidade. Para cada tipo de tinta existe um redutor
especifico!

Solvente é um produto químico usado para limpeza de pincéis, pistolas de pintura, etc. O solvente também afina a
tinta, porém, destruindo-a completamente. Se usarmos solvente para diluir a tinta, quando ela secar a sua qualidade
ficará seriamente comprometida. Dependendo do tipo de tinta e da quantidade de solvente usado, ela irá mudar de
cor, ficará quebradiça, não secará, não irá proteger dos raios ultravioleta, e outras coisas piores.

Após a madeira do barco estar toda revestida com pelo menos uma camada de resina epóxi, deveremos proceder a
etapa de modelagem.

Por modelagem, entende-se o preparo da superfície, feito com massa de resina epóxi e microesfera.

É sem dúvida o trabalho mais ingrato da construção, uma vez que a superfície deverá ser emassada e lixada diversas
vezes.

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Após essa etapa, o epóxi deverá ser revestido por uma camada de tinta que o proteja dos raios solares. A resina
epóxi possui vantagens enormes, porem uma das usas fraquezas é a pouca resistência aos raios ultravioleta do sol.

A melhor proteção contra isso é a aplicação de tintas de poliuretano. Esta tinta é cara, porém possui um brilho
excelente, grande durabilidade e é fácil de aplicar.

Uma boa tinta deverá obrigatoriamente custar mais que uma de qualidade duvidosa. A durabilidade, brilho,
resistência mecânica e proteção contra os raios solares não são o mesmo.

Siga os seguintes passos:

Lixe a superfície com lixa de gramatura 100. Não use lixas de gramaturas mais finas, pois precisamos ter uma
superfície de ancoragem, ou seja, a superfície deverá estar com um pouco de rugosidade. Se ela ficar muito lisa
teremos dificuldade para a tinta aderir à superfície.

Aplique uma ou duas demãos de primer epóxi. Veja o que o fabricante recomendou e siga as instruções.

Geralmente aplica-se o primer com pistola e espera-se um mínimo de 24 horas para aplicação da próxima demão.
Eu sugiro que entre uma demão e outra se lixe um pouco com lixa d’água 100. É só para retirar possíveis elevações
que irão aparecer, como pêlos, pequenos insetos voadores, sujeira trazida pelo vento e outros.

Se for preciso, use uma massa bem fina (compatível com o primer e a tinta de poliuretano) para tapar pequenas
depressões. Lixe em seguida para retirar o excesso. Nessa fase, sempre que utilizar massa, use uma espátula larga e
retire todo o excesso para minimizar a lixação seguinte.

Após a aplicação do primer, dê outra lixada com a lixa d’água 100.

Agora iremos prosseguir a aplicação da tinta. Dê preferência à aplicação com pistola, porém se desejar pode usar
rolo de espuma ou pincel.

Pinte sempre em dias com pouco vento ou em uma área protegida. Nunca pinte com a superfície exposta
diretamente ao sol. Não pinte quando a umidade relativa do ar estiver acima de 80%, o que ocorre em dias
chuvosos.

Para conseguir um acabamento profissional e por ser uma superfície nova, você deverá usar um mínimo de duas
demãos. Três é o ideal. Entre cada uma das demãos, espere pelo menos 24 horas. Use massa se for preciso reparar
pequenos arranhões ou defeitos e lixe bastante em seguida.

É importante nesta etapa não ter pressa. Um bom acabamento final é o somatório de bons produtos, bom
profissional, paciência e tempo!

Após a última demão de tinta de poliuretano a superfície deve estar perfeita. Não é preciso polimento, porém se
quiser pode fazê-lo.

Montagem das ferragens e acessórios


Instale o banco, base das forquetas e demais ferragens conforme o desenho P155_200.

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Anexos

• CHANFRO
• COLAS E ADESIVOS
• COMO COLAR
• ESQUEMA DE PINTURA – MADEIRA COM EPÓXI
• FILETE
• IMPREGNAÇÃO
• LAMINAÇÃO SOBRE MADEIRA
• MADEIRA COMO ELEMENTO ESTRUTURAL
• MÉTODO COSTURE & COLE
• PISO ANTIDERRAPANTE
• RISCO E CORTE DE COMPENSADOS
• SEGURANÇA NO TRABALHO
• VERNIZ

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