Ataque à

Dunatan
Felipe da Silva Faria
 SUPLE MENTOS

Ataque à Dunatan Autor

Felipe da Silva Faria

Revisor
Felipe da Silva Faria

Introdução Editor
Felipe da Silva Faria
A Costa do Arenque está
em Perigo! Arte
Felipe da Silva Faria (mapas)

janeiro/2018
“O ponto de maior perigo é o ponto de menor
medo” Distribuído sob licença
Will Smith Creative Commons Brasil
OLDDRAGON.com.br

Ataque à Dunatan é a primeira parte de três aventu-

ras onde os jogadores devem impedir os avanços de
monstros na região conhecida como Costa do Aren- Índice
que. Introdução ..... 02
Durante um festival, as criaturas chegam às vilas de O Festival do Arenque .......03
navio e invadem os lugares, levando objetos de va- O Ataque a Dunatan .......04
lor e sequestrando jovens aldeãs. Cabe os heróis Retirada .......05
rechaçarem essas invasões e descobrir o que esses Os Três Xerifes .......05
monstros estão planejando. Cerco a Narfolk .......06
Resolução .......09
O primeiro episódio é uma aventura de 1º Nível
Apêndice I: Os Jogos do festi-
para três ou quatro jogadores. Recomenda-se adap-
val...10
tações para grupos maiores ou menores para manter Apêndice II: Perseguições.....12
o desafio. Esta aventura pode ser usada em qual- Apêndice III: Mapas .......14
quer cenário normalmente e não há restrições de Apêndice IV: Monstros.......16
personagens ou raças.
Além do XP fornecido, usaremos o sistema de evo-
lução automática ao terminar uma parte importante
da história. Durante a aventura haverá desafios para
que os personagens ganhem XP a mais, podendo, Agradecimentos especiais a
assim evoluir um pouco além. Arthur Benite e Stefani de
Também trago algumas regras para jogos e competi- Souza pelas observações e
ções além de um sistema dramático de persegui- sugestões.
ções, que podem ser usados a critério do Mestre.
Bom jogo!
2 Ataque a Dunatan
Ataque à Dunatan
1. O Festival do Arenque
Dunatan é a maior vila entre três que
constituem a Costa do Arenque. As três
vivem da pesca do peixe que dá nome
ao lugar e é famosa pela maior festa
costeira daqueles lados: O Festival do
Arenque.
Os aventureiros se encontram na vila no
primeiro dia do Festival e estão lá por
diferentes motivos: seja para comprar
peixe salgado como suprimento para
viagem, comprar quinquilharias de co-
merciantes ambulantes, ou seja para
participar dos Jogos do Festival (ver
apêndice 1). De qualquer forma, os PCs
podem usufruir do evento durante toda
a manhã e parte da tarde, onde ocorrerá
o concurso de Menestréis. Nessa parte
do evento, o povo se reúne na praça
para ouvir as rimas dos poetas e rir um
pouco. É importante que os persona-
gens estejam próximos nessa parte.
Ataque a Dunatan
3
Cada um deles deve fazer um teste de
Sabedoria para notar um movimento
estranho perto do porto: Um Homem-
Lagarto e dois Drakolds puxam uma
garota que grita por socorro, grito esse
abafado pela música e risada. Caso os
personagens decidam interferir, eles
podem surpreender a criaturas. Os
monstros lutarão até certo ponto e tenta-
rão fugir quando estiverem feridos ou
se o homem-lagarto cair primeiro. Eles
correrão pela orla até alcançar os man-
guezais e despistarão os personagens.
Caso sejam feitos prisioneiros e interro-
gados, eles não serão de muita ajuda,
pois falam somente dracônico (se algum
personagem falar a língua, os drakolds
somente falam que “queriam levar a
garota para o navio”, e não falarão mais
nada, respondendo qualquer pergunta
com um sinal feito com as garras perto
do peito).
 Uma aventura para
2. Xerife Hamil
Hamil, o xerife da vila, vem correndo
assim que a confusão acaba. Ele agra-
dece os personagens e acha estranho
essas criaturas nos arredores. Ele não
conhece monstros, e não vai ser útil em
responder as dúvidas dos personagens.
Ele oferece como recompensa uma
noite na taverna com tudo grátis e 10
peças de ouro pra cada um. Os persona-
gens podem terminar os eventos e ir
dormir tranquilamente.
3. O ataque à Dunatan
Os personagens acordam com gritos
vindos do lado de fora da estalagem.
Caso eles resolvam averiguar, eles ve-
em pessoas correndo pela rua, e dra-
kolds tentando entrar em casas e cus-
pindo fogo em objetos inflamáveis. O
movimento vem de três lados da vila:
Praça, Templo e Estábulo. Os persona-
gens devem decidir para onde devem ir.
A. Praça
A praça na entrada da vila tem 6 Dra-
kolds. Três deles estão amarrando duas
garotas e os outros quatro estão vascu-
lhando as barracas a procura de comida.
Eles estão distraídos e podem ser sur-
preendidos. Eles tentarão fugir caso o
grupo se reduza a 3, e se espalharão
pelas ruas gritando algo em dracônico
(“para o capitão!”).
B. Templo
Se eles seguirem a leste, Verão o Tem-
plo da cidade: Um prédio de pedra cer-
cado por um muro de 1 metro de altura
e com janelas e portas de madeira. Do
lado de fora do templo, há um Homem
Lagarto de braços cruzados gritando
ordens a 4 Drakolds, que estão tentan-
do forçar uma das janelas para entrar no
templo. Pode-se ouvir o grito de pesso-
as vindo do prédio. Os Drakolds conse-
guirão entrar em instantes a menos que
sejam interrompidos. Neste caso, eles se
voltarão à distração e lutarão até a mor-
te ou a derrota do homem lagarto. Eles
darão suporte cuspindo fogo e depois
jogando suas lanças.
C. Estábulo
Os personagens chegam a tempo de ver
6 Drakolds cuspindo fogo no teto do
estábulo da vila. Os animais estão tran-
cados por lá e o xerife Hamil está no
local brandindo uma espada curta e
pede ajuda para apagar o principio de
incêndio e salvar os animais. Os PCs
podem usar a agua dos bebedouros dos

COMBATE E MORAL
Na primeira parte desta série os personagens vão se deparar com muitos encontros
em períodos curtos de tempo. Isso pode ser fatal e frustrante para um grupo que
está tentando ajudar inocentes. É altamente recomendável usar a regra da Moral
nos casos que não estiver explicito que os inimigos lutam até a morte. Para aumen-
tar o drama, use a Moral também com os aldeões que irão lutar durante o Cerco a
Norfolk. Assim os resultados da batalha estarão mais incertos.

4 Ataque a Dunatan
 Uma aventura para
cavalos que se encontram do lado de
fora, mas precisam passar pelos dra-
kolds primeiro. Eles não lutarão até a
morte mas, se o combate passar de 3
rodadas, as chamas crescerão demais
(telhado de palha) e o fogo não poderá
ser controlado, matando os animais e se
tornando um incêndio na vila.
4. Retirada
Após esses eventos, os monstros come-
çarão a sua retirada. Eles correrão para
o mar e nadarão (eles são ótimos nada-
dores, acrescente +1 no movimento
deles na água) até um navio alongado
de velas verdes, onde serão recebidos
por mais monstros e o navio zarpará
para o alto mar. Eles conseguirão levar
2 garotas, cujos os pais darão falta mais
tarde. De qualquer forma, os persona-
gens evitaram o pior. Os moradores vão
contabilizar suas perdas e controlar os
estragos, por isso não têm animo nem
coragem para seguir os fugitivos.
O xerife agradece sua ajuda e pede aos
PCs para que eles ajudem a socorrer os
moradores. Eles ouvem os lamentos das
pessoas que perderam os bens, mas
podem notar que não há mortos, somen-
te feridos.
Após isso, os Personagens podem se
recuperar, e horas depois, à noite, eles
são convocados pelo xerife até sua casa.
5. Os Três Xerifes
a casa do xerife, outros dois homens,
vestidos com a mesma capa e broche
estão sentados à mesa. Eles se apresen-
tam como xerife Julien, de Narfolk e
xerife Francis, de Lundy. Eles cumpri-
mentam os heróis e vão direto ao assun-
to: a vila de Lundy também fora atacada
Ataque a Dunatan
5 D
nessa manhã, quando um navio atracou
nas praias do lugar e despejou drakolds
e homens lagartos pelas ruas. Eles per-
deram muitos bens materiais e quatro
moças. Julien relata que viu dois navios
navegando perto de Narfolk, e pede
ajuda para poder defender o lugar. Os
xerifes expõem que não podem dispor
homens para a tarefa, já que há muito
trabalho a fazer no conserto das casas e
tudo o mais. Hamil indica os PCs como
uma ótima ajuda, já que eles pratica-
mente salvaram Dunatan. Se os heróis
aceitarem a missão, Narfolk pode pagar
100 peças de ouro ao grupo, mas eles
têm de partir já, para ajudarem a prepa-
rar as defesas da vila. Os xerifes se ofe-
recem para ir junto.
Antes de partir, Hamil recompensa os
personagens com mais 10 peças de ouro
e 1 cavalo para cada (“um preço peque-
no a pagar por nossas vidas”) e eles
cavalgam até a vila de Narfolk, para
prepara-la para um cerco...
Neste ponto os heróis avançam um
nível.
EXPERIÊNCIA
25 de XP por cada vitória nos jogos
da Vila (não os de Taverna)
XP normal para os combates
50 de XP para o encontro “Praça”
80 de XP para o encontro “Templo”
80 de XP para o encontro
“Estábulo”
Ataque à Dunatan
6. O Cerco a Narfolk
Narfolk é uma vila muito menor que
Dunatan. Ela possui 10 casas e uma
taverna. A praia é uma faixa de areia
estreita e há estacas para amarrar barcos
pesqueiros ao longo da água rasa. As
pessoas recebem os heróis com ansieda-
de e nervosismo, uma vez que estão
cientes do possível ataque e esperam
instruções do que fazer. Ao longe, no
alto mar, dois barcos alongados de vela
verde estão parados de maneira agou-
renta.
Julien explica que ainda não evacuara a
vila com medo de as pessoas serem
atacadas na estrada e de a vila ser des-
truída. Ele esperava ter ajuda com as
defesas antes dos invasores chegarem a
praia.
A vila tem 40 habitantes, com doze
homens e dez mulheres adultos, seis
moças jovens e o restante de idosos e
crianças. Nenhum deles tem experiência
em combate, mas os homens estão dis-
postos a proteger seus lares e famílias,
sob o comando certo. Os xerifes pedem
aos personagens que averiguem os arre-
dores e preparem a defesa da vila. Eles
podem opinar nas decisões dos heróis,
mas acatarão quaisquer ideias que os
personagens podem vir a ter. Dê os jo-
gadores um momento para fazer seus,
planos, mas, duas horas após a chegada
dos heróis, um barco começa a se mo-
ver em direção a Narfolk. A partir daí
sobrará somente 30 minutos até eles
chegarem à praia.
O dracar possui 24 tripulantes: 20 dra-
kolds e 4 homens lagarto, sendo um
desses últimos o capitão. Ao chegarem
à areia, todos pulam do navio, menos o
capitão, que fica na proa observando a
evolução da incursão. A partir desse
momento os monstros se dividem em
quatro grupos menores e partem em
direções diferentes, com objetivos dife-
rentes. Os encontros abaixo ocorrerão
mais ou menos ao mesmo tempo, por-
tanto pode ser que os personagens não
passem por todos.
6 Ataque a Dunatan
 Uma aventura para
A.O Grupo de Vanguarda
Esse grupo corre na frente pela rua
principal até a entrada da vila, e vão
tentar matar qualquer um que estiver no
caminho. Chegando à entrada, eles
montarão guarda pra evitar fugitivos.
B. Os Saqueadores
Esse grupo avança devagar, vasculhan-
do as casas a procura de moças. Caso
eles encontrem alguma, os drakolds
avançarão sobre a vítima em grupo e a
imobilizará com cordas e a dará ao ho-
mem lagarto que imediatamente a leva-
rá ao navio. Enquanto isso, os drakolds
revistarão a casa a procura de objetos
úteis até o homem lagarto voltar.
C. Os Incendiários
Assim que desce do barco, esse grupo
avança até os fundos da vila e os dra-
kolds usam a habilidade de cuspir fogo
para incendiar os telhados de palha das
casas. Eles esperam as pessoas desespe-
radas saírem das construções e as ata-
cam impiedosamente. Eles poupam
somente alguma eventual jovem que
possa aparecer.
D. Os Vasculhadores
Eles andam pelas ruas, primeiro a pro-
cura de vítimas, e depois a procura de
bens úteis, como comida e ferramentas
de metal. Eles entram em combate com
qualquer um que aparecer.
Ataque a Dunatan
7
E. Sucesso ou falha
Caso o grupo invasor seja rechaçado,
ele tentará fugir para o barco novamen-
te e reagrupará com os remanescentes.
Se dois ou mais grupos conseguirem
recuar até a praia, o Capitão desce do
barco e entra em formação com os
monstros para avançar num último ata-
que. Para o Capitão, é a vitória ou mor-
te. Ele não é um Homem Lagarto co-
mum. Ele é mais forte e possui comple-
ta autoridade sobre o bando. Sob sua
liderança os monstros lutam até a mor-
te.
Mas, caso eles consigam levar quatro
jovens até o barco, o capitão toca sua
trombeta em forma de chifre e os mons-
tros correm até o navio para zarpar.
Todos os drakolds que não usaram sua
habilidade de cuspir fogo a usam nesse
momento para incendiar tudo no cami-
nho e evitar perseguidores. O barco
parte e não há mais ataques às vilas
durante meses.
F. O dracar
Se os heróis matarem os monstros, so-
brará o dracar. O navio longo está intac-
to, e dentro há provisões, e algumas
joias toscas de pedras preciosas (valor
total de 500 po ). E há um mapa dese-
nhado em couro animal da costa local e
de uma ilha a um ponto distante ao sul.
 Uma aventura para
G. Kith
Os sobreviventes contabilizam suas
perdas. Hamil e um dos alguns persona-
gens vasculham uma casa e acham um
aldeão caído. Ao olhar com cuidado
eles percebem que há algo se mexendo
embaixo do corpo. Sob o cadáver, há
um drakold que, ao avistar os heróis
começa a implorar pela vida em Co-
mum. Hamil insiste em poupar a vida
da criatura, para averiguações e vai
tentar impedir de alguém mata-la.
O drakold se apresenta como Kith, e
fala rápido com um sotaque puxado. Se
ele for questionado sobre os ataques,
ele fala que eles estão capturando jo-
vens humanas para seu deus, como uma
forma de sacrifício. Ele não dá detalhes
sobre o deus ou a natureza do sacrifí-
cio, mas fala que eles vêm de uma ilha
a três dias de viagem, além do Nevoei-
ro. Ele também não fala muito sobre
isso, fazendo um sinal com as garras
toda vez que é questionado sobre o
assunto.
Kith coopera com toda sua capacidade,
mas se cala quando é maltratado ou
ameaçado.
H. O plano de resgate
Quando os heróis procuram os xerifes,
eles estão conversando em um canto da
taverna em voz baixa e cessam a con-
versa ao ver os PCs. Eles agradecem a
ajuda e pagam a quantia combinada. E
enquanto os personagens dividem o
montante, os xerifes tocam em outro
assunto.
Eles conversaram entre si, e estão dis-
postos a levantar fundos para pagar um
resgate das jovens.
Como eles estão em poder de Kith e/ou
o mapa, é possível acha-las e trazê-las
de volta as suas famílias.
Se os personagens aceitarem, os xerifes
passam para a próxima parte: a prepara-
ção. Eles observam que os barcos das
vilas não são grandes o suficiente para
uma viagem longa, apesar de os pesca-
dores poderem ser uma tripulação razo-
ável. A população está disposta a aju-
dar, apesar do medo.
A alternativa é usar o dracar. Ele está
em condições de uso para a viagem.
Tudo o que eles precisam agora é de um
velejador experiente em viagens em alto
mar. Francis menciona que em Pedra
Alta, uma cidade vizinha, há um veleja-
dor que pode fazer o serviço. Eles pe-
dem que os heróis vão até lá e encon-
trem o Capitão Ripert (eles podem paga
-lo na mesma quantia ofertada aos PCs)
enquanto eles abastecem o barco e con-
seguem a tripulação.
Pedra Alta fica a algumas horas de via-
gem a cavalo.
EXPERIÊNCIA
XP normal para os combates
80 XP Se nenhum aldeão morrer
50 XP Pra cada grupo eliminado
sem combate direto
25 XP Se o incêndio for evitado
25 XP Por cada grupo de monstros
D
impedido de realizar sua tarefa
50 XP Se conseguirem informações
de Kith sem violência
Nome da Obra
8 Ataque a Dunatan
 Uma aventura para
O QUE KITH SABE
Ao longo das próximas aventuras, Kith
terá um papel muito importante no de-
senrolar dos fatos. Note a forma como
o drakold é tratado para definir sua
cooperação para com os aventureiros.
Ele quer, primeiramente, voltar para
casa em segurança. Para tanto, ele cola-
borará para que o navio siga o curso
correto até a Ilha. Os drakolds tem um
senso de direção natural que os guia até
a ilha.
Mas, as informações abaixo só serão
dadas se ele se sentir bem tratado e que
pode confiar nos heróis:
Na ilha há várias tribos de homens
lagarto;
As garotas passarão por vários locais
até o dia do sacrifício;
Os drakolds vivem no pé de uma
montanha, perto de seu deus;
Alguns navios chegam até a ilha, mas
invasores são prontamente mortos;
Na ilha habitam feras enormes;
A corneta de chifre do capitão pode
afastar as feras, se tocada corretamen-
te;
Os ataques acontecem a cada suas
luas (meses), para satisfazer o deus, e
sempre são em locais diferentes
Como dito anteriormente, Kith não
quebra o tabu para falar da natureza de
seu deus, se limitando a fazer o gesto
com a garra no peito quando questiona-
do a respeito.
Ataque a Dunatan
9
RESOLUÇÃO
Agora que os aventureiros ajudaram o
povo das vilas a se defender dos ataques
dos monstros, há muito trabalho a fazer.
Eles devem ir até Pedra Alta e procurar
por um velejador experiente para guiá-
los até a Ilha da Névoa, para onde as
garotas raptadas foram levadas. Será
uma viagem árdua, cheia de desafios, e
o resgate também não é uma missão
fácil.
No próximo episódio, os heróis terão
que reunir informações acerca do Capi-
tão Ripert e encontra-lo, mas haverá
problemas. Se eles tiverem sucesso, eles
viajarão em mar aberto por águas des-
conhecidas tendo apenas como guia um
mapa impreciso e as informações de um
drakold.
Eles não tem muito tempo: a medida em
que o tempo passa mais próxima é a
cerimônia de sacrifício para deus da
Ilha.
Os monstros terão pelo menos um dia
de vantagem em relação aos aventurei-
ros. Então as garotas serão levadas até
um covil enquanto o ritual está sendo
preparado e executado.
Será tarde demais para salvar as garo-
tas? Nos vemos em A Jornada Além
da Névoa!
Ataque à Dunatan
Apêndice 1: Os Jogos do
Festival
Os jogos na feira estão abertos a qual-
quer um que quiser participar, e garante
prêmios pomposos para os competido-
res. Além dos prêmios em dinheiro, o
vencedor pode ganhar algum prêmio a
critério do mestre.
Tiro ao alvo: A competição acontece
em um cercado e participa um arqueiro
de cada vez. A inscrição é de 10 peças
de ouro.
O arqueiro se posiciona atrás de uma
linha com um arco curto e cinco flechas
e pode escolher entre três alvos, dispos-
tos em distancias diferentes:
O primeiro alvo está a 15 metros e po-
dem ser atingidos sem redutor. Cada
acerto vale 3 pontos.
O alvo intermediário está a 30 metros e
podem ser atingidos com um redutor de
-2. Cada acerto vale 5 pontos.
O último alvo está a 45 metros e podem
ser atingido com um redutor de -4. Ca-
da acerto vale 12 pontos.
O arqueiro que acumular mais pontos
ganha a competição e o prêmio, que é
80% do total da taxa de inscrição de
todos os participantes.
Arremesso de peso: A prova acontece
na rua principal, liberada para os arre-
messos. A inscrição é de 10 peças de
ouro.
O competidor tenta arremessar uma pe-
dra arredondada de 6 kg o mais longe
possível. Para tal, ele deve rolar 1d6 e
somar o resultado à sua Força. A soma é
igual a distância alcançada (exemplo, um
competidor de Força 14 tira 4 no sua
rolagem, arremessando o peso a 18 me-
tros de distância). Ganha o competidor
com a maior marca e prêmio é de 80%
do total da taxa de inscrição de todos os
participantes.
Roleta Anã: é um jogo de taverna. Pode
ser jogado entre 2 e 6 pessoas. Eles fa-
zem suas apostas, e o garçom traz uma
bandeja com 6 copos opacos. Há rum em
5 dos copos, e mijo em um. Cada perso-
nagem deve beber de um copo direto,
sem cheirar, e aquele que beber o mijo
perde a aposta e o dinheiro é distribuído
entre os restantes.
Sistema: os personagens rolam 1d6 e
quem tirar 1 no dado primeiro, bebeu o
mijo. Se o jogo for para os copos finais,
quem tirar o menor resultado perde.
Queda de braço. Jogado na Taverna. Os
jogadores devem fazer jogadas resistidas
de Força. Deve se anotar a quantidade de
vitórias e ganha aquele que conseguir
uma vantagem de 2 vitórias nos testes a
mais que seu oponente. A aposta de cada
partida é combinada entre os jogadores.
10 Ataque a Dunatan
 Uma aventura para
Boxe: Luta corpo-a-corpo, sem arma-
duras e com as mãos nuas. O sistema
aqui é diferente do combate normal,
pois busca simular o esporte. A inscri-
ção é de 20 po.
O personagem faz o ataque normalmen-
te e, se acertar, causa 1d4+modificador
de força de dano, que não consta como
dano real. O lutador continua agindo
normalmente até levar uma quantidade
de dano igual sua Constituição. Após
isso, ele deve fazer um JP modificada
pela Constituição. Se ele falhar, ele é
nocauteado. Se passar, ele continua
lutando, mas o dano agora passa a des-
contar dos PVs reais do lutador. Para
cada soco que ele levar nessa situação,
ele deve fazer um novo teste, com um
redutor de -4, até cessar seus PVs reais.
Algumas manobras são possíveis du-
rante a luta:
Golpe Rápido: um soco para pegar o
oponente com a guarda baixa. Tem um
bônus de + 2 no ataque, mas só causa
1d4 de dano.
Golpe Forte: Um soco poderoso, mas
que deixa a guarda aberta. Causa dois
pontos a mais de dano, mas reduz a CA
em -2 no próximo ataque.
Golpe Duplo: dois socos, um leve e um
pesado. O primeiro tem um redutor de -
2 no ataque e 1d4 de dano e o segundo
-4 no ataque e dano normal.
Guarda: O lutador abdica do ataque
para melhorar a defesa. Ele ganha +2
na CA enquanto mantiver essa manobra
Ataque a Dunatan
10
Finta: O lutador finge um ataque para
abrir a guarda do oponente para o ata-
que verdadeiro. Deve ser feita uma jo-
gada resistida de DES vs. SAB. Se o
atacante vencer, seu oponente tem -2 na
CA no próximo ataque. Se o defensor
vencer, ele percebeu o truque e recebe +
na CA no próximo ataque.
O vencedor leva 80% do bolo de inscri-
ção.
Treze: Jogo de taverna. Os jogadores
devem marcar 13, ou o mais próximo
possível, jogando o dado quantas vezes
quiserem e somando os números
jogados. Um jogador que totaliza mais
de 13 está fora do jogo. O jogador cujo
total é mais próximo de 13, depois de
cada jogador ter tido uma rodada, ganha
o jogo. No caso de um total igualmente
alto, um desempate é feito. A aposta de
cada partida é combinada entre os
jogadores, que podem ser de 2 a 4 por
vez. O Mestres deve tomar cuidado com
grupos de PCs na mesma partida, pois
corre o risco de quebrar a banca. Se ele
quiser, pode-se fazer o jogo com
somente 2 jogadores, ou com metade da
mesa sendo formada por NPCs
Ataque à Dunatan
Apêndice 2: Perseguições
Em algumas situações os personagens e
monstros podem vir a fugir e você quer
transformar essa fuga em uma cena de
perseguição. As regras abaixo apresen-
tam essa alternativa.
Primeiro precisamos de um Número
Alvo para fazer os testes. O Número
Alvo base é sempre 5, mas há mais dois
fatores a se considerar: a natureza da
fuga e a distância relativa dos envolvi-
dos.
Cada envolvido deve alcançar esse nú-
mero alvo durante a perseguição.
O Mestre deve determinar a natureza da
fuga: curta, média ou longa. Cada uma
delas depende do tipo de terreno em
que a fuga acontece, pois, de acordo
com os obstáculos presentes no cenário,
pode facilitar ou dificultar o Fugitivo
de despistar o Perseguidor. Portanto,
uma perseguição em uma cidade lotada
tem mais obstáculos que numa na pla-
nície. Para isso, usamos os seguintes
dados abaixo:
A Fuga Curta dá +2 ao Número Alvo
(NA);
A Fuga Média dá +5 ao Número Alvo;
A Fuga Longa dá +7 ao Número Alvo.
Depois disso, deve-se determinar a dis-
tância relativa entre os envolvidos: Per-
to, Longe ou Muito Longe. Esse incre-
mento só se aplica ao Perseguidor:
Perto dá +4 ao Número Alvo
Longe dá +5 ao Número Alvo
Muito Longe dá +6 ao Número Alvo
Primeiro eles fazem uma Disputa de Veloci-
dade. Os dois então rolam 1d6 e somam esse
resultado à sua velocidade. Depois subtrai-se
o maior resultado do menor. O vencedor
anota esse número e soma com os testes
seguintes.
Caso o Fugitivo atinja o Número Alvo, sig-
nifica que o mesmo conseguiu distanciar-se
o suficiente do Perseguidor para tentar se
esconder. Caso o Perseguidor atinja o núme-
ro alvo relacionado à distância entre ele e o
Fugitivo, significa que ele o alcançou e pode
tentar realizar alguma ação para pará-lo
(Agarrá-lo [Teste de destreza], Empurrá-lo
[Teste de força], Atacá-lo [Ataque corpo a
corpo normal] ou qualquer outra ação que o
jogador pensar). Caso a tentativa não seja
bem-sucedida, continua-se fazendo os testes
e, caso o Perseguidor vença novamente o
Fugitivo, significa que, independente de
outros testes, ele conseguiu pará-lo.
Importante: Um personagem só aguentará
correr um número de rodadas a sua Consti-
tuição antes de ficar exausto.
Durante a Perseguição, ambos os envolvidos
podem executar manobras para dificultar o
movimento do outro. Eles podem usar ata-
ques à distância, derrubar objetos, tentar se
esconder no ambiente... Cabe ao Mestre
determinar um redutor dessas distrações no
Teste de Velocidade em ambos os lados.
11 Ataque a Dunatan
 Uma aventura para
Exemplo: “Dorgauth teve sua bolsa roubada por um trombadinha, mas percebeu a tem-
po de correr atrás do prejuízo. Dorgauth é um anão e está usando uma cota de malha,
portanto seu movimento é 5. O trombadinha é humano e não tem carga, ficando com
movimento 9. Eles estão a menos de 10 metros de distância em meio a uma feira na cida-
de. O mestre decide que a perseguição é Curta e eles estão Perto. Então o NA do trom-
badinha é 5 (NA Base) + 2 (Fuga Curta), totalizando 7. Já o NA de Dorgauth é 5 (NA
Base) + 2 (Fuga Curta) + 4 (Distância Perto), totalizando 11.
1ª rodada - Ambos rolam os dados. Dorgauth tira 6 e soma com seu movimento, totali-
zando 11. O ladrão rola e tira 1, somando 10 no total. Subtraindo 11 de 10, dá 1, que é
computado na contagem do NA do anão. Dorgauth corre em direção o ladrão, que es-
correga em um tomate, dando uma arrancada mal feita. A perseguição continua.
2ª rodada – Dorgauth tira 3, e soma com seu movimento. 8. O ladrão tira 6. Total: 15.
15-8 = 7. O ladrão se recupera do escorregão no tomate e bate em retirada, no meio da
mutidão, deixando Dorgauth para trás. Percebendo que já está a uma boa distância de
seu perseguidor, o trombadinha faz um teste de sabedoria e percebe um possível escon-
derijo. Ele vira em uma rua mais deserta e se esconde atrás de umas caixas velhas. E
pode, finalmente, contabilizar seu saque.”

Claro que, a cada rodada, o Mestre deve “temperar” as rolagens com detalhes dinâmicos
da fuga, se não essa cena só será um amontoado de dados e contas.

Ataque a Dunatan
13
Apêndice 3: Mapas

14 Ataque a Dunatan
 Uma aventura para
para

Ataque a Dunatan
15
Ataque à Dunatan

Apêndice 4: Monstros

Os monstros Drakold e Homem-Lagarto estão sendo disponibilizados neste Apêndice pois

eles não se encontram no mesmo livro básico. Isso também facilita o trabalho de folhear
dois livros ao mesmo tempo para jogar esta aventura.

Também há a ficha do Capitão dos Homens Lagarto que aparece no episódio “Cerco a
Narfolk”. A ficha de Kith não está aqui, mas ele é um drakold comum, exceto pela sua alta
inteligência (14)

Homem Lagarto Drakold

Médio e Neutro Pântano Pequeno e Caótico Subterrâneo

Encontros 2D4 covil 6d6 Encontros 3d4 | covil 8d10

Prêmios 10% Prêmios 5% | Covil 10%
BÁSICO
BÁSICO

XP 75 XP 13
Movimento 6 metros Movimento 4 metros
Moral 11 Moral 8
FORÇA 14 CONSTITUIÇÃO 10 SABEDORIA 08 FORÇA 9 CONSTITUIÇÃO 10 SABEDORIA 10
DESTREZA 12 INTELIGÊNCIA 10 CARISMA 11 DESTREZA 11 INTELIGÊNCIA 12 CARISMA 08
COMBATE

13 (armadura)
COMBATE

CA 13 (armadura) CA
JP 16 JP 18
DV 2 (10/16) DV 1/2 (3/4)
1 machadinha +3 (1d6+2) 1 lança+0 (1d6-1)
Baforada de fogo: 1d2 de
dano, uma vez por dia.

16 Ataque a Dunatan
 Uma aventura para

Líder Homem-Lagarto
Médio e Neutro Pântano
O líder dos Homens-Lagarto tem uma autori-
dade quase sobrenatural sobre seus subalter-
Encontros Ver descrição
nos obrigando-os a lutar até a morte.
Prêmios Ver descrição
BÁSICO

XP 90
Ele está equipado com uma lança curta e um
Movimento 6 metros
Moral 16 escudo feito com casco de tartaruga, que ofe-
rece a mesma proteção de um escudo de aço,
FORÇA 16 CONSTITUIÇÃO 10 SABEDORIA 08 mas pesa 10kg. O comprimento da lança per-
DESTREZA 12 INTELIGÊNCIA 11 CARISMA 11 mite que ele ataque com somente uma mão.
COMBATE

CA 15 (armadura e escudo) Ele carrega consigo um colar de rubis e uma

JP 16 corneta feita de um chifre misterioso.
DV 2 (16)
1 lança +3 (1d6+3)

MOTIVAÇÃO DOS MONSTROS Os Homens-Lagarto, por sua vez, estão

A aliança entre Drakolds e Homens-
Lagartos é algo muito improvável. O que
os une é o medo de serem exterminados
pelo deus da Ilha da Névoa. Apesar des-
se sentimento em comum, as duas raças
tem pensamentos diferentes. Os drakolds
estão agindo por motivos religiosos. Eles
veneram o deus da ilha de forma fanáti-
ca, e toda sua sociedade revolve em tor-
no dessa veneração. Eles são favorecidos
pela divindade graças aos sacrifícios que
eles prestam, e os monstros pretendem
manter o status quo.
em uma luta pela sobrevivência. Eles são
um aglomerado de tribos unidas pelo de-
sespero e buscam uma forma de sobrepu-
jar os drakolds e conquistar a ilha. Eles
não temem os drakolds, mas tem uma
forte superstição sobre o que poderia
acontecer se houvesse um confronte mai-
or. Já os drakolds reconhecem a força de
seus compatriotas e mantém uma distân-
cia respeitosa, e fazem uso dessa força
quando convém à tribo ou ao seu deus.

Ataque a Dunatan
17