Dimensionamento estrutural de blocos e sapatas

03/08/2017
7. Dimensionamento Estrutural - Bloco

Segundo o Prof. Marcello C. Moraes, os blocos de
concreto simples são usados para carregamentos
não superiores a 50tf e para solos cujas taxas
admissíveis não sejam inferiores a 2 kg/cm2;
Para que os blocos tenham capacidade de absorção
das tensões de tração, deve-se utilizar o ângulo a.
SLIDES 05 – Dimensionamento estrutural -bloco e sapata

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Elementos de fundação – Prof. MSc. Daniel Carmo Dias

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7. Dimensionamento Estrutural -
Bloco

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8. Dimensionamento Estrutural - Sapata

 Sapata isolada
 Sapata corrida
 Sapata associada
 Sapata de divisa
 Viga de fundação
 Sapata com viga de
equilíbrio

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8. Dimensionamento Estrutural
Metodologia de cálculo:
 Dimensionamento como placa
 Peças flexíveis
 Verificação quanto ao puncionamento
 Dimensionamento pelo método das Bielas
 Peças rígidas e de grandes dimensões
 Ambos os métodos
 Pode-se considerar pressões de contato uniformes
 Exceto se for rocha
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Sapatas Rígida:
 Ocorre flexão nas duas

direções da sapata
 As armaduras são
uniformemente
distribuídas
 Há esforços cortantes,
mas a ruptura se dá por
compressão diagonal
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Método das Bielas:
 Surgiu a partir de ensaios realizados por Lebelle
(1936)
 A carga é transferida do pilar para a base da sapata a
partir de bielas de concreto comprimido que induzem
tensões de tração na base da sapata

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Sapatas são elementos de fundação rasa, executadas em
concreto armado, de altura reduzida em relação às dimensões
da base e que se caracterizam principalmente por trabalhar à
flexão.
Quando a sapata suporta apenas um pilar é denominada
sapada isolada.
Para as sapatas que não se apoiam sobre rocha, deve-se
executar uma camada de concreto simples de regularização, de
no mínimo 5 cm de espessura, ocupando toda a área da cava.
A área da base da sapata (Ab), quando sujeita apenas a uma
carga vertical, é calculada pela mesma equação definida para
blocos: P  pp
Ab 
s adm
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Pilar isolado
Considerando o caso mais simples de um pilar
retangular (a x b) carregado com uma carga (P), sendo
que o centro de gravidade da sapata coincide com o
centro de gravidade do pilar, tem-se:
1,05  P
Ab 
s adm
Onde: 1,05= é o coeficiente que leva em conta o peso
próprio da sapata
σadm = tensão admissível do solo

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Obs.:
1) no caso de pilar quadrado ou circular, tem-se simplesmente
que A=B;
2) sempre que possível a relação entre os lados
‘A’ e ‘B’ ≤ 2,5;
3) deve-se usar dimensões mínimas da ordem de 60cm em
pequenas construções e de 80 a 100cm para edifícios;
4) no caso de fundações adjacentes apoiadas em cotas
diferentes, a NBR 6122:2010 estabelece que a reta
passando pelos bordos deve fazer, com a vertical, um
ângulo α que dependerá da natureza do terreno;
5) A fundação situada na cota mais baixa deve ser executada
em primeiro lugar.
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Fundações em cotas diferentes:
Valores de α
Solos pouco resistentes: α ≥ 60º Executar a fundação mais
Solos resistentes: α = 45º profunda primeiro:
- Segurança;
Rochas: α = 30º - Evitar alívio de tensões.
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Sapatas isoladas:
 Definir a sapata com centro geométrico
coincidente com o CG do pilar
 Sapata econômica x
b  2 x  a  2 x   Área da base  A b
A a x
b  a  b  2 x  a  2 x  4 x 2  Ab
4 x 2  b  a  2 x  b  a  Ab   0
Resolver a equação do 2º grau para
obter o valor de “x”

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Sapatas com carga centrada e momento
fletor em um plano

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Sapatas com carga centrada e momento
fletor em um plano

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Sapata com momento fletor e força horizontal

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Sapatas com carga centrada e momentos
fletores em planos ortogonais

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 Zona 1: A resultante passa pelo núcleo
central de inércia, todas as tensões são de
compressão e das pelas expressões:
1,05P 6 e 6e
f  (1  1  2 )
a1  a2 a1 a2
1,05P 6e 6e
f máx  (1  1  2 )
a1  a2 a1 a2

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 Zona 2: O centro de gravidade da sapata
está na zona tracionada deixando em
parte de estar em contato com o solo,
neste caso a sapata precisa ser
redimensionada.
 Zona 3: A zona comprimida da base da
sapata é representada por um quadrilátero

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 Zona 4: A zona
comprimida da
base da sapata
é um
quadrilátero.

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 Zona 5: A zona comprimida da base da sapata é
representada por um pentágono.

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Profº Daniel Carmo Dias de| fundação
Elementos engdanieldias@gmail.com
– Prof. MSc. Daniel Carmo Dias
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 Cargas Horizontais
 Consideração do Empuxo Passivo com redução
de 50% para blocos de fundação
 Normalmente desprezado
 Atrito na base:
  a  s n  tan  1 / 2c  a  2 / 3c
 Fat    área da base Usar
1 / 3f    2 / 3f
 Fat  a  s n  tan   B  A
 Fat  a  B  A 
PB A
 tan  Fat
B A Fat,adm 
 Fat  a  B  A  P  tan  1,5
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 Recomendações
 As armaduras devem ser uniformemente distribuídas ao longo das
dimensões (A e B) da sapata com uso de espaçadores;
 concreto magro = 5cm;
 10cm ≤ espaçamento ≤ 20cm;
 comprimento reto mínimo da dobra = 8f;
 Edificações de baixo porte:
 Ferro de 6,3mm com 15cm
 Edificações de grande porte:
 Ferro de 10mm com 15cm
 fck igual ao fck do projeto estrutural;
 Altura útil (d) maior ou igual ao comprimento do arranque do pilar.

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 Altura útil (d) maior ou igual ao comprimento de ancoragem (Lb)
do arranque do pilar.

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Cálculo do rodapé (h0):

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Informações relevantes:
 Dimensão mínima = 60cm
 Rodapé mínimo = 20 cm
 Volume da sapata (VS)
VS  Ab  R 
H  R   A  Ap  Ab  Ap 
b
3
Ab = área da base
Ap = área do pilarete
H = altura da sapata
R = altura do rodapé
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Determinação do momento fletor
atuante na sapata

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Determinação do momento fletor
atuante na sapata

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Dimensionar uma sapata sob um carregamento atuante de 500tf
advindo de um pilar 20cm x 120cm, assente em um solo cuja
sadm=4kg/cm2, fck=30MPa e aço CA50.
1º) Calcular a área da base (Ab);

2º) Determinar altura útil (d);
3º) Obter os esforços de tração Tx e Ty ;
4º) Calcular a armadura nas duas direções X e Y;
5º) Calcular o volume de concreto.

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 Dimensionamento
 Dimensionar a sapata centrada
Esforços
s max  s adm
 P = 350 tf
permanentes 
 Fx = 5 tf  s min  0
 Fy= -1tf
 Mx = 10 tf.m
Esforços
s max  1,3s adm
 My = 40 tf.m 
temporários
 σadm = 4 kg/cm 2  s min  0
 Pilar = 20cm x 80cm, fck=30 MPa
 Vento: ação variável principal

P 6M x 6M y
s max   
B A A2  B B 2  A

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b) sapata associada:
O dimensionamento estrutural da sapata associada através do Método das

Bielas se faz de acordo com as seguintes equações:
 b  bw
Determinação da altura útil (d):  3

d 
1, 44. q , em que s a  0,85. f ck
 sa 1,96
q.(b  bw )
Determinação do esforço de tração (T): T 
8.d
Determinação da armadura por metro linear de comprimento (As):
1,61.T
As 
f yk
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Pilares próximos
Na existência de pilares adjacentes muito próximos de modo a
inviabilizar a adoção de duas sapatas isoladas (efeito de
superposição), pode-se adotar uma viga de fundação ou uma
sapata associada.
Na sapata associada a ligação entre os dois pilares é feita por
meio de uma viga (denominada viga de rigidez) de modo a
permitir que a sapata trabalhe com tensão uniforme. Sendo P1 e
P2 as cargas dos dois pilares próximos, a área da base da sapata
(Ab) é dada por:
1,05  ( P1  P2 )
Ab 
s adm
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Pilares próximos
Deve-se procurar ter o centro de carga coincidindo com o
centro de gravidade da sapata.

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Pilares próximos
Deve-se procurar ter o centro de carga coincidindo com o centro de gravidade da
sapata.
A/2
A
P2 A/2
x .d1
P1  P2
y
d2
B/2
P2
y .d 2 B
P1  P2 B/2
x
d1
O lado ‘A’ da sapata associada deve ser paralelo ao eixo da viga de rigidez, enquanto o
lado ‘B’, sempre que possível deve ser perpendicular, evitando assim, a torção da viga.

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Sapata de divisa

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Pilares de divisa
É comum ocorrer o caso do pilar estar situado na divisa do terreno. Assim, a sapata,
por não poder invadir o terreno vizinho, fica posicionada de forma excêntrica em
relação ao pilar. Para absorver os esforços provenientes desta excentricidade, pode-
se usar uma viga alavanca (viga de equilíbrio) unindo este pilar a outro próximo. A
figura apresenta uma sapata de divisa com a viga de equilíbrio.

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Pilares de divisa
Fazendo o equilíbrio do momento em relação ao ponto de aplicação da carga
P2, obtém-se o valor da reação R7.
 d 
 M  0  P .d  R .(d  e)  0  R  P .
2 1 1 1 1 
d e

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43 Elementos de fundação – Prof. MSc. Daniel Carmo Dias
Pilares de divisa
Adota-se que a1=2b1 e calcula o valor de b1 desprezando o problema da excentridade.
O valor de b1 será arredondado para um múltiplo de 5cm superior.
P1 1,05.P1 1,05.P1
A1  a1.b1  2.b12  1,05.  b12   b1 
s adm 2.s adm 2.s adm
Calcula-se a excentricidade ‘e’, em seguida, o valor da reação R1:
b b
e 1 0
2
A área da base da sapata real será dada por:
1,05.R1
A1 
s adm

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Pilares de divisa
Verifica-se, com o valor da área calculada, se a relação A/B é menor
que 2,5, caso não for, deve-se aumentar o valor de ‘b1’ e a partir daí,
recalcular até que seja atendida esta condição.
Obs.:
1) na situação de não haver um pilar disponível para servir de apoio
para a viga alavanca; pode-se fazer um bloco de contrapeso, ou
utilizar estacas de tração.
2) o centro de gravidade da sapata de divisa deve estar sobre o eixo da
viga de equilíbrio.
3) as faces laterais (no sentido da menor dimensão) da sapata de divisa
devem ser paralelas ao eixo da viga alavanca.

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Dimensionar uma sapata associada para atender o carregamento
dos pilares P1 e P2 com carregamento de 30tf e 40tf
respectivamente. Dados: fck=25MPa, aço CA50 e σadm= 2kg/cm2.

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Dimensionar a viga de rigidez do exercício anterior?

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Dimensionar uma sapata para uma pilar de divisa com
carregamento de 100tf. Dados: fck=25MPa, aço CA50 e
σadm= 3 kg/cm2.

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7. Dimensionamento Estrutural - Bloco

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 Ocorre flexão nas duas

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1º) Calcular a área da base (Ab);

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 Vento: ação variável principal

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