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COMO A AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL PODE AJUDAR O

COTIDIANO DOS IDOSOS

LETÍCIA CONSTANTI SIMMER 1

RESUMO

Este artigo apresenta meios de benefício e conforto para idosos através de automação
de determinadas ações e/ou tarefas diárias. Visto o crescente número de idosos e a
necessidade de independência dos mesmos, um problema surge, algumas limitações
podem impedir que os mesmos se desloquem ou tenham conforto em suas ações
diárias, são fatores determinantes que a tecnologia nos dias atuais pode suprir através
da automação da residência em que o indivíduo se encontra melhorando a qualidade
de vida do usuário. Este documento tem como objetivo principal apresentar ao leitor
conceitos de automação residencial.

Palavras-chave: Automação Residencial; Idosos; Qualidade de vida; Tecnologia.

ABSTRACT

This article presents means of benefit and comfort for the elderly through the
automation of certain actions and/or daily tasks. Given the increasing number of elderly
people and the need for their independence, a problem arises, some limitations may
prevent them from moving or have comfort in their daily actions, are determining
factors that today's technology can supply through the automation of residence in
which the individual is improving the quality of life of the user. This document has as
main objective to present to the reader concepts of residential automation.

Keywords: Residential Automation; Seniors; Quality of life; Technology.

1
Estudante do 10º período do curso de Arquitetura e Urbanismo, pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás, na disciplina de Tecnologia da Arquitetura, orientada pelo Professor Me.
Marcelo Acar.
INTRODUÇÃO

Ao longo deste artigo será relatado sobre os tipos existentes de automação de


forma analítica e aplicada à residência para idosos. O objetivo principal é analisar as
rotinas utilizadas e facilitar o dia a dia destes em várias áreas e momentos.

Com o avanço da tecnologia em todos os ramos, uma área vem buscando a


comodidade de seus usuários através de equipamentos integrados e desenvolvidos
para o monitoramento de eventos, ou possivelmente da não necessidade de
intervenção humana para determinadas ações, estas são empregadas na automação
de lares, que é o tema proposto e abordado de forma descritiva adiante.

A intenção da automação é criar um projeto ou local que torne tarefas diárias


repetitivas em algo simples, rápido e prático, direcionado ao bem-estar e que remova
qualquer necessidade de intervenção humana posterior.

O mercado atual de automação residencial está passando por um processo de


universalização e focando na adaptação aos vários equipamentos e aplicativos
existentes, podendo assim configurar toda a residência de acordo com suas
necessidades e não mais ter que se adaptar à sistemas de terceiros ou à utilizar de
esforço físico para tal.

Durante este trabalho serão apresentados alguns exemplos de automação para


uso em residências onde o maior beneficiado será o idoso.

1. O IDOSO

Nos últimos anos, a população brasileira têm vivenciado uma grande mudança
no cenário do país. Isso porque sua população, que sempre foi de maioria jovem, está
envelhecendo e se tornando uma população sexagenária (figura 1).

Figura 1: Pirâmide etária e projeções etárias

Fonte: IBGE (adaptado pelo autor)


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A figura 1 apresenta três gráficos com as pirâmides etárias e as quantidades,
em milhões, de pessoas em cada idade, sendo o primeiro em 2013 e com projeções
para 2040 e 2060. Pode-se perceber que o número de idosos para os anos seguintes
mostra um significante crescimento. Daqui, aproximadamente, 40 anos a quantidade
de jovens será igual ou menor do que a quantidade de adultos e idosos, o que significa
que os recursos para esse público estão sendo aprimorados desde já e melhorando
sua qualidade de vida.

O que a velhice significa? Apenas ter cabelos brancos e a falta de “ativez” de


antes? Pode-se definir a velhice como um conjunto das condições biológica, social,
econômica, cognitiva, funcional e cronológica. Dizem que alguém está ficando velho
quando começam a aparecer os primeiros sintomas de falhas no corpo, como
problema de memorização, orientação e concentração.

Sendo assim, o Brasil e outros países em desenvolvimento têm o interesse


pela qualidade de vida na velhice. Mas, apesar disso, a população idosa deve crescer
juntamente com os cuidados médicos, que não são poucos, de longa duração e com
elevado custo. Há também uma grande preocupação em torno da solidão e depressão
dentre a população idosa, sendo ocasionada por vários motivos.

“Estima-se que 14 milhões de brasileiros vivem a velhice sob condições


desfavoráveis” (ADRIANA MASCHIO, 2012, p.26). Esta é uma fase de impedimentos e
constrangimentos, assim o envelhecer é visto como negativo na sociedade, já que
aparenta uma fase de enfraquecimento e declínio. Assim, os idosos, com suas perdas,
sofrem com efeitos que se tornam traumatizantes.

A sociedade exige uma compreensão cada vez maior sobre o envelhecer,


principalmente quando se convive com uma constante valorização do novo e do belo.
Há também a dificuldade de os indivíduos de “idade normal” se imaginarem velhos e
tratarem os velhos, seja com respeito, seja com empatia, o que complica a sintonia
entre a compreensão do envelhecer e do morrer, quando seu físico conserva, ainda, o
vigor da juventude.

Assim, a OMS adotou o termo “envelhecimento ativo”, que expressa o


processo de conquista dessa visão, como a busca de uma melhor qualidade de vida.

Desse modo, foram criados três pilares do envelhecimento ativo, que são a
saúde, segurança e participação (figura 2), assegurando ao idoso a possibilidade de
envelhecer com baixos riscos de adoecimento, participação ativa e segurança do
indivíduo.

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Figura 2: Envelhecimento ativo

Envelhecimento ativo

Segurança Saúde

Participação
Fonte: Próprio autor

Além disso, vale lembrar que a vida dos idosos fica mais fácil quando sua
família está por perto para auxiliar neste processo que causa tanto desconforto. A
compreensão dos filhos e netos é de extrema importância, além dos cuidados quanto
a medicação, o dia-a-dia pode ser melhor quando a casa ou o lar de idosos se volta
para suas necessidades e traz a tecnologia para auxiliá-los.

Entretanto, quando o idoso não tem sua família por perto, a automação é
inserida nas residências com o objetivo de facilitar e dar mais conforto a eles. Dessa
forma, deve-se analisar bem o cotidiano de cada um, para deixar a habitação o mais
funcional possível.

2. ANÁLISE DOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO

Para todo tipo de automação os seguintes elementos serão necessários para


proporcionar ao usuário conforto, são eles:

o Inteligência para exercer constante ação necessária diante de um evento, onde


será previamente estipulado pelo usuário, com a finalidade de obter o maior
conforto durante a ação. Atualmente os sistemas responsáveis são controlados
por um computador, uma central de informações, que cuida das ações.
o Equipamentos para realização de tarefas, em sua maioria inseridos no
cotidiano do usuário, como celular, tablet, controles em geral, deixando todo o
ambiente à palma da mão. O objetivo é remover toda a “burocracia” de
recursos antes utilizados a ação (figura 3).

A automação residencial emprega hoje recursos distintos como aplicativos e


equipamentos, de forma equilibrada. Seu alvo é o bem-estar do usuário e a retirada de
trabalhos manuais, economizando tempo e esforço, deixando o usuário focar outras
tarefas.

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Portanto um sistema de automação residencial é classificado de acordo com seu
nível de interação com o ambiente que está inserido, sendo definido em duas
vertentes: A primeira entre localização (local ou geral) e a segunda definida em
sistemas autônomos e a integração de sistemas.

 LOCAIS E GERAIS: Automação do tipo local irá executar ações apenas no


ambiente que for destinada, sem repassar informações a ambientes externos
para um futuro monitoramento ou verificação de necessidade do usuário.
Um exemplo são as salas de estar, tendo aparelhos de som, vídeo e televisão
integrados com os dispositivos móveis (controles) e limitados somente àquele
ambiente.
Figura 3: Sala de estar automatizada

Fonte: Fabi Cordero Design

Já automação do tipo geral irá receber uma integração com todos os


ambientes daquela residência, proporcionando um prévio conhecimento da
ação que o indivíduo irá tomar, e acionando determinada faixa de eventos para
proporcionar ainda mais conforto. Um exemplo deste tipo de automação são
casas que originaram o termo Smarth Home, seu objetivo é simplificar a vida
diária das pessoas, satisfazendo as suas necessidades de comunicação, de
conforto e segurança. Quando as casas Smarth Home surgiram (com os
primeiros edifícios, nos anos 80) pretendia-se controlar a iluminação,
climatização, a segurança e a interligação entre os 3 elementos.

 AUTÔNOMAS E INTEGRADAS: Sistemas de automação autônomas operam


sem a intervenção externa ao ambiente ou um subsistema ou dispositivo
específico, que, segundo Teruel (2008), “pode ser ligado ou desligado
conforme programado. Cada subsistema ou dispositivo é autônomo, desta
forma dois dispositivos não têm relação um com o outro”. Um exemplo claro

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disto é o acionamento de irrigação, que opera sozinho, sem estar ligado a
outras automações.

Sistema integrado “possui múltiplos subsistemas integrados a um único


controlador. A limitação deste sistema está no fato que cada subsistema deve
ainda funcionar unicamente na forma a qual seu fabricante pretendia” (TEZA,
2002, p.32). Quando vários subsistemas estão sob o controle de um sistema
operacional temos a integração deles, podendo haver uma limitação do
sistema, já que cada subsistema deve funcionar na forma especificada pelo
seu fabricante. Mesmo assim, essa integração permite uma série de benefícios
e máximo aproveitamento dos recursos empregados.

Dentro dos sistemas integrados há também a “domótica” (figura 4) que é,


segundo OLIVEIRA NETO (2015), “um sistema em que é possível controlar e realizar
fatos sem a necessidade de um pensamento consciente, tendo como objetivo principal
melhorar a qualidade de vida das pessoas, através de instalações tecnológicas nas
residências é possível aperfeiçoar desde simples tarefas até as mais complexas do
nosso dia-a-dia”.
Figura 4: Domótica

Fonte: http://omniapcp.com.br/site/tag/automacao/

Assim, a Domótica pode tornar a vida mais confortável, mais segura e até mais
divertida, permitindo a execução automática de tarefas repetitivas e entediantes.
Porém, BOLZANI (2013, p. 04) afirma que:

A integração de dispositivos eletrônicos a objetos comuns


transforma o modo como as pessoas lidam com esses objetos e
amplia os mecanismos de interação do corpo humano com eles e
com o ambiente. Várias predições extraordinárias têm sido feitas de
como os computadores revolucionariam nossas vidas, realizando

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tarefas da mesma forma como estamos habituados a fazer e,
possivelmente, excedendo a inteligência humana. Mas o que ocorre é
que o ambiente residencial tem se mostrado extremamente complexo,
seus atributos físicos e de contexto variam no tempo e no espaço. É
um lugar recheado de emoções e de interações sutis entre seus
moradores. E, apesar do significativo aumento da velocidade, do
poder de cálculo e memória, os computadores ainda apresentam uma
grande dificuldade em aprender simples tarefas humanas.

A inclusão de sistemas de comando de voz na automação residencial, no início


surgiu como uma inovação, o que continua até hoje e cresce cada vez mais
juntamente com o crescimento imobiliário e de diversos outros setores. Sua
confiabilidade e desempenho foram os principais pontos a serem enfrentados no início
desta inclusão, tornando-se o sistema difícil de trabalhar e inviável. Atualmente, a
redução do custo de hardwares e componentes, o aumento da capacidade de
processamento e os avanços na tecnologia em geral fizeram com o resultado
esperado do sistema se tornasse mais efetivo e viável.

Um projeto domótico pode ser realizado simultaneamente ao projeto de


arquitetura (figura 5). Ou seja, desde a planta da residência já ser prevista a
infraestrutura, os equipamentos e dispositivos que serão utilizados de acordo com a
necessidade do futuro usuário. Há uma grande variedade no mercado de modelos de
equipamentos de automação residencial. Porém, é necessário um bom estudo da
integração dos sistemas envolvidos, por um projetista ou engenheiro. Visto que muitos
sistemas possuem a automação acoplada, mas muitas vezes independentes e sem
comunicação entre si, resultando no desperdício de materiais, dificuldade de operação
e duplicidade de operações.
Figura 5: Possibilidades da domótica

Fonte: OLIVEIRA NETO (2015)

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3. TIPOS DE AUTOMAÇÃO E COMO SÃO APLICADAS

A automação residencial é a união dos sistemas presentes nas residências,


com o fim de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes e com um único
comandar de iniciar ou finalizar uma ação deste programa, seja por controle, tablets ou
celulares.

O objetivo principal da automação residencial, após o conforto, é a economia


que será obtida com a redução de gastos e com o tempo que será disponibilizado com
a “eliminação” de algumas ações.

Para entender o funcionamento de uma automação residencial e seus


componentes que serão divididos em 5 tipos, sendo eles: Iluminação; Audiovisual;
Controle de Acesso; Controle de Jardim; Vigilância.

- Automatizar a iluminação se dá pelo controle total de luminosidade do ambiente,


através de sensores de presença e até no controle de teto solar, juntamente com
controle de persianas (figura 6). Alguns sensores disponibilizados pelo ambiente
poderão detectar a presença do idoso e informar a um sistema integrado.

Figura 6. Acionamento de persianas

Fonte: BRANDÃO NICHELE (2010)

- Atualmente a automação audiovisual está sendo bem difundida em aplicativos de


dispositivos móveis. Por um aparelho ou pela presença no ambiente irá disparar um
conjunto de eventos, para sonorizar o ambiente ou acioná-lo, conforme prévia
disposição e programação.

- O controle de acesso é feito através de sensores de presença ou autenticação, seja


para controlar acesso à ambientes (figura 7) ou contador de indivíduos em um local,
automatizando portas e portões. Este tipo de automação é bastante difundido na área
comercial e industrial, entretanto em uma área residencial controlará ambientes
impedindo acesso de estranhos ao seu interior além da necessidade de abertura de
portas mediante horários.

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Figura 7. Acesso por biometria

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/casas/9907-automacao-residencial-a-
tecnologia-invade-a-sua-casa.htm

- Automação do sistema de vigilância permite visualização de qualquer ambiente por


meio de acesso remoto (figura 8), que será concedido se o controle permitir. Câmeras
serão dispostas nos ambientes que forem necessários supervisão, ou monitoramento
da saúde dos idosos, assim como na parte externa, pode-se automatizar utilizando de
reconhecimento facial, para que, sempre que um “estranho” surgir, um alerta seja
emitido em conjunto.

Figura 8. Vigilância por câmeras

Fonte: AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL: UM GRANDE


AUXÍLIO PARA IDOSOS E DEFICIENTES

- O controle de jardim pode controlar a irrigação (figura 9). A economia ocorrerá


utilizando acionamento temporal para iniciar a irrigação mediante horário previamente
cadastrado, definido pelo usuário. O foco desta automação é reduzir o consumo de
água e o esforço utilizado.

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Figura 9. Irrigação por automação

Fonte: https://www.tecmundo.com.br/casas/9907-
automacao-residencial-a-tecnologia-invade-a-sua-
casa.htm

4. QUAIS OS MELHORES TIPOS DE AUTOMAÇÃO PARA IDOSOS?

A NBR 9050, sobre acessibilidade, infelizmente não aborda dados apenas para
a terceira idade, já que os idosos têm necessidades específicas que devem vir com
medidas construtivas também de acordo com suas particularidades. Ao analisar a
norma, percebe-se que foi generalizada erroneamente, unindo diferentes grupos que
necessitam de distintas acessibilidades.

Dessa forma, a utilização da automação unida à norma construtiva destinada a


idosos fica vaga por falta de conhecimento. É praticamente um enigma que o arquiteto
deve decifrar para construir uma residência automatizada, já que a tecnologia não
deverá aplicada sem seguir os dados inseridos na NBR.

Essa automação também deve servir inteiramente as precisões do idoso, como


tamanhos de portas, alturas de móveis e larguras de escadas, principalmente com a
aplicação da cadeira elevatória. Assim, o idealista do projeto terá dificuldade no
trabalho, que não deveria ser o caso, considerando que a NBR foi criada para ajudar.

Automatizar os ambientes destinados aos idosos pode fazer com que eles
vivam ainda mais, já que os cuidados serão extremamente maiores, como
monitoramento por câmeras, plataformas para idosos, painéis nas camas, e, ainda em
desenvolvimento, frascos de remédios que lembram o idoso de tomá-lo.

Apesar de serem tecnologias novas, devem começar a ser aplicadas agora,


enquanto a população idosa ainda tem muito a crescer, a estimativa é de que em 2060
um quarto da população brasileira seja composta de pessoas com mais de 60 anos.

As principais áreas de atuação do sistema de automação residencial são:

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 Segurança
Das aplicações da automação residencial, a segurança é a que mais se
destaca no mercado, devido ao grau de eficiência e confiabilidade apresentado
pelos sistemas automatizados. Dessa forma, para uma residência de idosos é
interessante focar em vigilância via câmeras (para socorrer de forma mais
rápida caso algum idoso passe mal ou se machuque), cartões de acesso e
biometria (principalmente nas áreas de medicamentos), sistemas de detecção
de fumaça se concentram melhor nas áreas de serviço, como cozinha.

 Comunicação
Dentro do sistema de comunicação, o acesso à internet é de extrema
importância, tanto para os outros sistemas de automação funcionarem, quanto
para o uso dos funcionários e idosos, nas salas de informática e para celular. A
comunicação também engloba em alguns casos a segurança, como o vídeo-
porteiro e CFTV.

 Entretenimento
O entretenimento é mais um resultado da automação residencial, sendo
utilizados o home theater na sala de cinema, transmissão digital de TV em
algumas salas de descanso e som na academia e salas de dança, além de
som ambiente.

 Funcionalidades auxiliares:

- Água
A preocupação ecológica é um dos fatores importantes e cada vez mais
crescentes no quadro atual. Para maior controle e menor desperdício
deve-se utilizar torneiras automáticas (figura 10) que facilita o manuseio
dos idosos, que, muitas vezes, sofrem com problemas nas mãos.

Figura 10. Torneira automática

Fonte:
http://pegadasustentavel8ano.blogspot.com.br/2014/08/
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- Iluminação
Sistemas integrados inteligentes de luz e energia podem proporcionar,
desde detalhes arquitetônicos de um ambiente, a uma economia
significante de todo o projeto em questão, sem contar na preocupação
ecológica.
Para isso, pode-se utilizar sensores de movimento, que ajudarão na
economia de energia, além das grandes janelas, que auxiliam na
entrada de luz solar. Para alguns locais, como a sala de cinema, deve-
se usar uma lâmpada que ilumine mais, para que os idosos não
tropecem e se machuquem. O sistema de iluminação deve ser usado
também em dias nublados e de chuva, utilizando também iluminação de
emergência, que deve ser colocada em grande quantidade para
iluminar melhor e evitar acidentes com os idosos.

5. PROJETO

A figura 11 apresenta o projeto residencial destinado a um casal, hoje, de


idosos. O local precisou ser adaptado ao longo dos anos em questões de
acessibilidades e automações, respeitando suas necessidades e seus cotidianos.

A partir daí, foram apresentadas algumas automações que são destinadas à


idosos e outras que podem facilitar a vida do casal, sendo citadas abaixo.
Figura 11. Projeto residencial

Fonte: Próprio autor


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Câmeras de vigilância: as câmeras darão mais segurança aos idosos e serão
posicionadas na entrada e na saída das portas de vidro (figura 12).

Figura 12. Câmera de vigilância

Fonte: Digital Security


Magazine

Acesso à residência por cartão ou chaveiro: o acesso ao interior da


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residência se dá através de cartões, facilitando e dando mais conforto aos idosos, já
que eles perdem um pouco do “movimento fácil” das mãos (figura 13).
Figura 13. Leitor e cartão.

Fonte: Digi Mania

Cadeira elevatória: será instalada na escada com o intuito de ajudá-los, seja


subir por ter se machucado ou até mesmo por dificuldades motoras adquiridas (figura
14).

Figura 14. Leitor e cartão.

Fonte: SSC

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Vídeo porteiro: trabalha juntamente com as câmeras de vigilância, permitindo
a entrada apenas de pessoas autorizadas, será instalado na porta de entrada e na
cozinha (figura 15). Figura 15. Vídeo porteiro

Fonte: Construindo Decor

Interruptor de iluminação por toque: facilita e ajuda os idosos,


principalmente para quando as dificuldades nas mãos os afligirem. Os interruptores
serão instalados nas entradas de cômodos e próximos a móveis, para que não
precisem se levantar (figura 16).
Figura 16. Interruptor por toque

Fonte: Chinavasion

Torneira de sensor: facilita e ajuda os idosos, principalmente para quando as


dificuldades nas mãos os afligirem, além de economizar água (figura 17).

Figura 17. Torneira de sensor

Fonte: Cultura Mix

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Sensor de fumaça: localiza acima do fogão, alertando sempre quando os
idosos esqueceram algum alimento no fogo assim que começar a ter o mínimo de
fumaça (figura 18).
Figura 18. Sensor de fumaça

Fonte: Imóveis e dicas para sua


casa!

Sistema de irrigação temporizado: localizado no jardim, ajuda tanto a


economizar água quanto a comodidade dos idosos, que não tem o compromisso de
aguar as plantas todos os dias (figura 19).

Figura 19. Sistema de irrigação

Fonte: Gardena

Climatização de ambiente: localizado no centro da sala, entre a sala de jantar


e de estar, a saída de ar tem a intenção de deixar o clima mais confortável sendo no
verão ou no inverno.

As automações apresentadas e adaptadas ao projeto já existente ajudarão no


dia-a-dia do casal e possibilitando que permaneçam por mais tempo agora com o
projeto de automação criado pensando no que é melhor para eles.

CONCLUSÃO

A partir deste trabalho pôde-se observar a falha na NBR 9050, que não é feita
para atender as necessidades do idoso; em contrapartida, há um extenso conteúdo
em cima da automação residencial destinada a esse público alvo, apresentando quais
são as melhores para ele.

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Essas automações, que estão sendo inseridas no cotidiano pouco a pouco, irão
ajudar as futuras gerações tanto na comodidade quanto na segurança, e, acima de
tudo, na acessibilidade daqueles que tanto precisam. Por ora, a quantidade de
facilitadores para a terceira idade ainda é muito pouco utilizada, tanto pelo custo, que
pode ser um pouco acima do esperado, quanto pela falta dos produtos no mercado.

Quanto à acessibilidade, o projeto residencial automatizado destinado a um


idoso mostra o que pode ser feito juntamente com o arquiteto da habitação a ser
construída ou atualizando o que já existe, de acordo com as necessidades e
particularidades de cada um.

É importante perceber que o idoso agora possui um grande arsenal de


produtos que buscam melhorar sua qualidade de vida e fazer com que esse período,
tão cheio de limitações, possa ser mais agradável e, até mesmo, mais divertido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOLZANI, Caio. Domótica, a nova ciência do século. FONTE, 2013

BRANDÃO NICHELE, Daniel. Automação Residencial: Um Grande Auxílio para Idosos


e Deficientes. Universidade São Francisco, Itatiba, 2010.

http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1897.pdf - Acessado em 12 de
outubro de 2017.

MASCHIO, Adriana. O benefício da Arte na Terceira Idade. UNESP, Bauru, 2012.

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119878/maschio_a_tcc_bauru.pdf?
sequence=1 – Acessado em 25 de fevereiro de 2017.

OLIVEIRA NETO, Francisco André de. A Domótica Como Meio de Maximizar a


Qualidade de Vida de Idosos e Portadores de Necessidades Especiais. UFERSA,
2015.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgrQEAI/a-domotica-como-meio-maximizar-a-
qualidade-vida-idosos-portadores-necessidades-especiais - Acessado em 15 de
agosto de 2017.

RODRIGUES DE ABREU, Eduardo; OLIVEIRA VALIM, Paulo Roberto. Domótica:


Controle de Automação Residencial Utilizando Celulares com Bluetooth. UNIVALI.

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https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos11/16014124.pdf - Acessado em 11 de
novembro de 2017.

TERUEL, E. C. Uma proposta de framework para sistemas de automação residencial


com interface para WEB. 2008. 158 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia: Gestão,
Desenvolvimento e Formação) – Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula
Souza, São Paulo, 2008.

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