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A Revolução Científica promoveu o acesso à tecnologia e proporcionou

contato com uma farta veiculação de informações, que são constantemente


manipuladas. A verdade é que por mais que a tecnologia tenha sido um grande
avanço para sociedade, ela traz uma série de problemas para as pessoas, sendo
um deles exposição a conteúdos inadequados. Os indivíduos estão cada vez mais
vulneráveis para receber e propagar esse tipo de notícia. Desse modo, para
minimizar esse problema, surge um projeto de lei que tem como objetivo tornar
crime a disseminação de notícias falsas.
Não há dúvida de que a comunicação avança cada dia mais, atualmente a
informação está ao alcance da maioria das pessoas, e com o desenvolvimento das
redes sociais isso foi ainda mais impulsionado. No entanto, com esse crescimento,
houve uma perda na qualidade desse conteúdo, pois com diferentes ferramentas
tecnológicas, qualquer pessoa pode produzir informação e compartilhá-la, sem, ao
menos, se preocupar com a veracidade dela, contribuindo para a propagação de
fake news.
Para iniciar o debate sobre a criminalização das fake news é indispensável
falar sobre sua influência no período eleitoral. No ano de 2018, no Brasil, Jair
Bolsonaro, utilizou a propagação de notícias falsas para interferir no resultado das
eleições, uma vez que essas mudavam o pensamento dos eleitores. Essa mesma
prática foi utilizada por Donald Trump no ano de 2016 nos Estados Unidos.
Além de sua influência na política, as mentiras contadas nos meios de
comunicação, podem também afetar a saúde pública, prova disso foi que no período
da pandemia, o atual presidente do Brasil divulgou que a vacina era ineficaz e
incentivou seus seguidores a não tomarem, como consequência disso muitos
morreram. Esse argumento contribuiu também para a proliferação do vírus.
Hodiernamente, segundo o Instituto Butantan, pessoas não vacinadas representam
cerca de 75% das mortes por COVID-19. Nitidamente, analisando nessa perspectiva
é válido pensar em algum tipo de legislação para proibir tais acontecimentos.
No entanto, uma lei que criminaliza a divulgação de notícias falsas mostra ser
uma tarefa extremamente difícil. Primeiramente, porque será muito trabalhoso
encontrar o usuário que começou tal propagação, visto que é incontrolável o número
de compartilhamentos na internet; segundo, porque incrimina o cidadão que
simplesmente compartilhou uma informação inverídica, que por vezes também é
vítima desta desinformação.
Portanto, para combater as fakes news, é imprescindível que, antes de tudo,
eduque a população quanto aos cuidados com a internet. Isso pode ser feito por
meio de uma mudança na BNCC (base nacional comum curricular) que inclua a
educação digital, para ter, assim, uma sociedade de cidadãos alfabetizados
digitalmente. Além disso, as redes sociais devem mostrar quando a notícia tiver
procedência duvidosa ou informação enganosa para não ser compartilhada.

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