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25 DE ABRIL SER LIVRE CONCURSO

Dos dias de ditadura à Nos quatro cantos DE POESIA
vida em democracia do mundo E os vencedores são…

25 DE ABRIL
HÁ 48 ANOS EM LIBERDADE
A 25 de abril de 1974, Portugal mudou para sempre. A democracia chegou ao país
pela mão da Revolução dos Cravos. Quase meio século mais tarde, recordamos o
dia em que a liberdade foi devolvida ao povo português
N o dia 25 de abril, celebramos o
aniversário da Revolução dos Cravos,
que significou o ponto de viragem para
a democracia em Portugal. Foi nesta data que
civis e militares se juntaram nas ruas para exigir
uma vida melhor, com liberdade assegurada às
próximas gerações.
REGRESSO AO PASSADO
Depois da ditadura militar instaurada em 1926,
o país entrou no Estado Novo, um regime
político ditatorial, encabeçado por António de
Oliveira Salazar e, a partir de 1968, por Marcello
Caetano. Este Governo regia-se pela ideia de
um partido único, chamado União Nacional, e
não admitia oposições de qualquer tipo.
Além da censura de opiniões, grande parte dos
cidadãos vivia na pobreza extrema, com baixos
níveis de instrução e altas taxas de mortalidade
infantil. O Governo insistia ainda na Guerra
Colonial, impedindo a independência de Angola,
Guiné-Bissau e Moçambique.
UM MUNDO EM MUDANÇA
A 25 de abril de 1974 tudo mudou. Do
descontentamento sentido, nasciam planos
de revolução, traçados na clandestinidade.
Nessa madrugada, o Movimento das Forças
Armadas (MFA) ocupou os estúdios do Rádio
Clube Português, bem como vários pontos
estratégicos da capital. Falou-se ao povo
de um novo projeto para o país, focado
na liberdade e em eleições justas.
As músicas “E Depois do Adeus”,
de Paulo Carvalho, e “Grândola
Vila Morena”, de Zeca Afonso,
foram os sinais para avançar
com o golpe.
Uma coluna militar, comandada
pelo capitão Salgueiro Maia,
FICHA TÉCNICA:
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saiu da Escola Prática da Cavalaria em Santarém,
com o objetivo de tomar os principais ministérios.
Os militares cercaram o quartel da GNR do Carmo,
onde Marcello Caetano se tinha refugiado. Ao
longo do dia, a população portuguesa juntou-se
nas ruas, mostrando o seu apoio ao movimento,
através de cravos, que se tornaram símbolo deste
período histórico.
Caetano acabou por fugir para o exílio no Brasil
e o poder passou para as mãos do general
António de Spínola. A partir daí, deu-se início
ao plano dos três D’s, desenhado pelo MFA:
democratizar, descolonizar e desenvolver.
Formou-se a Junta de Salvação Nacional, um
Governo de transição composto por militares,
extinguiu-se a Polícia Política (PIDE), as antigas
colónias ganharam independência, legalizaram-se
partidos e libertaram-se presos políticos.
17.500 DIAS DE DEMOCRACIA
No 1.º de maio de 1974, a alegria invadiu, uma
vez mais, o país. Depois de quase cinco décadas,
os direitos do trabalhador foram celebrados
abertamente por toda a população. Mário
Soares e Álvaro Cunhal, secretários-gerais
do Partido Socialista e do Partido Comunista,
conduziram as marchas que culminaram em
discursos emblemáticos.
48 anos mais tarde, a 24 de março de 2022,
Portugal alcançou 17.500 dias em liberdade,
a primeira vez em que se excederam os dias
passados em ditadura. Embora possa parecer
uma realidade distante, a Revolução dos Cravos
aconteceu há muito pouco tempo, graças à
luta de milhares de pessoas. Durante o mês de
abril, várias instituições comemoram este feito
histórico, com uma grande oferta de atividades
e cerimónias. Em casa, num museu ou ao ar
livre, não te esqueças de celebrar os direitos
conquistados neste dia!
SUGESTÕES PARA
CELEBRAR ABRIL
PARA VER
“A Alegre História de Portugal em 90 Minutos”
(Teatro Bocage, Lisboa, 25 abr.: 16h). Sabias que
toda a história do nosso país cabe em hora e meia?
Uma peça que fala de um povo que sempre lutou
pela sua liberdade.
“Memórias de uma Falsificadora” (São Luiz Teatro
Municipal, Lisboa, 23 a 30 abr.). Pela dramatização
da vida na clandestinidade, conta-se a história de
uma artista plástica, que falsificava documentos para
garantir trabalho aos opositores da ditadura.
“Salgueiro Maia: O Implicado” (nos cinemas).
Uma longa-metragem sobre a vida de um dos mais
emblemáticos Capitães de Abril, Salgueiro Maia.
PARA OUVIR
“A Liberdade passa por aqui!” (Museu do Aljube, 23 e
24 abr., a partir das 16h). O Museu do Aljube, em Lisboa,
abre a pista de dança com música de intervenção,
selecionada por Luís Varatojo, DIDI, Surma e Tó Trips.
25 de abril pela Orquestra Geração (Recreios
da Amadora, 25 abr.: 18h). De jovens para jovens,
faz-se uma homenagem às grandes melodias do
25 de abril, tocadas em orquestra.
“Pela Santa Liberdade” por Afonso Dias (Centro
Cultural de Lagos, 25 abr.: 16h). Neste concerto,
presta-se homenagem aos versos do Hino da
Maria da Fonte, um símbolo de resistência que
atravessou gerações.
PARA LER
“Avó, Onde é Que Estavas no
25 de Abril?”, de Ana Markl. Conta-se
como foi o 25 de Abril. Nesta obra, Manu
tenta desmistificar uma curiosa
frase repetida pela avó: “Não foi para
isto que se fez o 25 de Abril”.
“25 de Abril Contado às Crianças
e aos Outros”, de José Jorge Letria.
Nas páginas deste livro, escreve-se o
25 de abril com palavras à tua medida.
Das palavras proibidas ao ver o sol para além das
grades, está garantido o regresso ao passado.
PARA MIMAR A MÃE
No primeiro domingo de maio, assinala-se
o Dia da Mãe. A nossa sugestão de oferta
é um ramo de flores, que podes criar com o
acompanhamento da Joana Nobre, no dia
30 de abril, às 15h, na plataforma Zoom (ID
da reunião: 617 352 8829; senha de acesso:
122334). Vais precisar de: feltro colorido,
pau de espeto, papel de embrulho, cola
universal, tesoura e muita habilidade!

©Luis Lobo
ONDE ESTAVA ALICE VIEIRA NO 25 DE ABRIL?
Tem livros traduzidos em alemão, francês, italiano, espanhol, holandês, russo e chinês. O
seu primeiro livro ganhou o Prémio do Ano Internacional da Criança. E já lá vão mais de
80! Alice Vieira é escritora e jornalista, antes e depois do 25 de Abril
Expressinho (E) - “Rosa, minha irmã Rosa”
foi o seu primeiro livro e logo premiado…
Alice Vieira (AV) - Escrevi esse livro porque
os meus filhos pediram, mas nunca quis ser
escritora. O que eu sempre quis ser - e sou - é
jornalista. Mas o livro teve um prémio, vendeu-se
muito, o editor pediu que escrevesse outro e eu
escrevi. Já tinha cinco livros publicados quando
pensei em desistir, trabalho tinha eu de sobra no
jornal… Mas o editor voltou a pedir outro livro e
eu escrevi. Assim, cá estou hoje com mais de 80
livros publicados.
E - É uma das autoras portuguesas mais
traduzidas no estrangeiro. Qual a obra de que
mais se orgulha?
AV - Todos os meus livros são diferentes. Eu
nunca seria capaz de escrever aquelas séries que
nunca mais acabam. Por isso, gosto de todos por
diversos motivos, não tenho um de que goste
mais do que outro. Gosto muito que os meus
livros sejam publicados no estrangeiro.
E - Sobre o que mais gosta de escrever e o que
mais a inspira?
AV - Sou jornalista. Invento muito pouco. Prefiro
escrever sobre a realidade, sobre o que vejo e o
que oiço, ando sempre com um caderno no bolso
para tomar notas.
E - Como cresce (e vive da escrita) um bom
escritor?
AV - É muito complicado viver só da escrita. Eu
agora já vou conseguindo, mas é porque tenho
muitos livros publicados e todos com várias
reedições. Mas quem tem pouco livros não
consegue. Por isso é que a maioria dos escritores
têm outra profissão: professores, jornalistas,
médicos, etc.
E - Como era ser jornalista no tempo da
ditadura?
AV - Eu escrevi sempre com a censura. Era
terrível. Muitas vezes, nem entendíamos por que
a censura cortava. Quando o Papa Paulo VI veio
a Portugal, todas as notícias foram cortadas, até
uma fotografia do quarto onde ele ia descansar!
Tudo porque, antes de vir a Portugal, o Papa
tinha recebido os dirigentes dos movimentos de
libertação africanos…
E - Onde estava no 25 de Abril?
AV - A ouvir ópera no Coliseu! Saí e nem me
apercebi de nada. Só quando cheguei a casa é
que o meu marido me disse que tinha ouvido
falar num golpe militar. Fui logo para a rua – e,
para mim, do 25 de Abril até ao 1.º de Maio foi um
único dia. Nem me lembro de ter ido a casa.
E - Que memórias guarda da Revolução dos
Cravos?
AV - A saída dos presos de Peniche é das coisas
que nunca esquecerei… E muitas outras, claro… E
aquele polícia no 1.º de Maio a olhar para aquela
multidão toda e exclamar “isto nem na Senhora
de Fátima!”
E - Está a escrever algum livro?
AV - Publiquei há meses uma peça de teatro,
“Um Anjo de Barbas”, para crianças, e “Diário
de Uma Avó e um Neto, em Casa, Durante
o Confinamento”, juntamente com Nélson
Mateus. Por agora, ando mais ocupada com os
seis jornais e as duas revistas para onde escrevo.
Homenagem
Eu nasci e cresci em democracia,
mas os meus avós viveram na
ditadura e contam-me como se
vivia. Hoje, podemos expressar a
nossa opinião e escolher a nossa
religião, mas antes do 25 de Abril
não era assim.
Durante a ditadura, as pessoas não
podiam falar mal ou fazer maus
comentários sobre o Governo
português e, caso o fizessem, iriam
presos. Houve muita gente que
lutou pela liberdade de expressão
e acabou presa. Hoje, não faz
sentido as pessoas irem presas
por causa das suas opiniões. Uma
das maiores prisões políticas
durante a ditadura era a Fortaleza
de Peniche, que eu já fui visitar.
Este espaço vai ser um museu,
para lembrar aqueles que lutaram
pela liberdade e eu acho muito
bem que o tenham feito. Se hoje
vivemos em democracia, é por
causa deles.
Os meus dois avôs foram
para a guerra, na Guiné e em
Moçambique, no final dos anos
60. Eles foram obrigados a ir para
África para defender o território
português, mas os militares não
estavam contentes com a guerra,
pois achavam que os países
africanos também mereciam ser
independentes. Por isso, fizeram a
Revolução do 25 de Abril.
Antigamente, a vida era mais
difícil, hoje somos livres graças
aos que nos ajudaram. Espero que
continue assim!
Martim Agostinho, 11 anos,
Lisboa
Se achas que brincar é
o melhor do mundo,
envia-nos o teu texto
(1500 caracteres)
a explicar porquê
para expressinho@
estrelaseouricos.pt
SER LIVRE NOS QUATRO CANTOS DO MUNDO
No mês de abril, Portugal celebra 48 anos de democracia. Mas o que significa isto de viver em
liberdade? Embora muitos países possam tomá-la por garantida, outros continuam a lutar por um
dia a dia mais livre. Aprende tudo sobre este importante direito fundamental

Liberdade de expressão princípio de igualdade

A liberdade traduz-se na capacidade que um
indivíduo tem de fazer escolhas autónomas, tendo,
para isso, vontade própria.
O sistema político que mais procura garantir a
liberdade dos seus cidadãos é a democracia. Esta é
uma forma governamental em que o povo tende a ter
a última palavra, podendo escolher quem representa
a vontade da maioria, através de eleições. Pelo
contrário, numa ditadura, o poder de decisão está
totalmente concentrado num indivíduo ou grupo de
indivíduos que não admite oposição às suas ideias.
Segundo o medidor de liberdade Freedom Index
de 2021, a Suíça, a Nova Zelândia e a Dinamarca
são considerados os países com mais qualidade
de vida a nível de liberdade. Portugal ocupa a 18.ª
posição neste ranking.
Já conheces as liberdades e os direitos que os países
democráticos devem garantir? Lembra-te: apenas
seremos totalmente livres quando todos formos livres.
Direitos básicos
Qualquer ser humano tem direito a ser
tratado com dignidade, condições básicas de
alimentação, segurança, saúde, habitação, entre
outros. Atualmente, vivemos num planeta com
profundas desigualdades. 1% da população tem
duas vezes mais riqueza do que 6,9 mil milhões
de pessoas. Enquanto este paradigma não for
invertido, é impossível alcançar a liberdade total.
A liberdade de expressão consagra o direito que os
cidadãos têm de expressar a sua opinião. Ter uma
imprensa livre é uma das condições essenciais para
o funcionamento dos países democráticos.
Desde os anos 2000, o aprisionamento de
jornalistas tem vindo a aumentar, nomeadamente
em países como a Turquia, a China e o Egipto.
Direito à manifestação
As manifestações são uma demonstração clara do
descontentamento de um povo face a algo. Se o
direito à manifestação não existir, as exigências do
povo são silenciadas, criando uma falsa harmonia.
Só depois do 25 de Abril de 1974 é que a liberdade
de manifestação foi consagrada na Constituição
da República Portuguesa. Hoje, a Rússia é um dos
exemplos mais falados relativamente à violação
deste direito. Milhares de manifestantes russos
contra a guerra na Ucrânia são presos diariamente.
Liberdade religiosa
A liberdade religiosa está ligada ao facto de
qualquer cidadão poder ter as suas próprias
crenças. Desde os primórdios da história, a
intolerância religiosa tem gerado guerras.
A Arábia Saudita, o Irão, o Egipto, a Indonésia e o
Paquistão são apenas alguns dos principais países
onde este direito não está garantido, de acordo
com o Pew Research Center.
Igualdade para todos
Uma sociedade livre garante igualdade de direitos e
oportunidades. É urgente construir um caminho em
direção à igualdade, em particular nos direitos das
mulheres, de minorias étnicas e de minorias sexuais.
Apesar de algumas nações estarem mais avançadas
neste processo do que outras, as violações do
continuam a suceder.
Martin Luther King foi
um conhecido ativista
pelos direitos das
comunidades afro-americanas nos Estados Unidos.
No Paquistão, Malala Yousafzai dedicou a sua vida
à luta por uma educação igualitária para todas as
raparigas.
Há muitas formas de lutar pela igualdade. Também
podes contribuir para a mudança, ao respeitar a
diferença no teu dia a dia.
As crianças também têm as suas liberdades.
Toma nota dos princípios gerais da Convenção
Internacional Sobre os Direitos da Criança,
elaborada pelas Nações Unidas.
Não-discriminação Qualquer criança pode
gozar dos seus direitos, sem ser discriminada pela
sua cor, sexo, língua, religião, entre outros.
Interesse superior da criança Todas as decisões
tomadas relativamente à criança devem ter em
vista o que é melhor para ela.
Vida, sobrevivência e desenvolvimento A criança
tem direito não só à sua própria vida mas também
aos seus direitos económicos e sociais.
Inclusão e participação
As crianças têm direito a
expressar os seus próprios
pontos de vista e
opiniões.

Entre revoluções e símbolos nacionais, existem muitas formas de passar a mensagem de liberdade.

Cravo – O cravo é um símbolo ligado à luta pela liberdade em Portugal. No 25 de Abril

de 1974, militares e civis exibiram cravos para celebrar a liberdade, justiça e democracia.
Pomba – A pomba branca está bastante ligada à paz e à liberdade. É um símbolo universal da
harmonia entre nações.
Águia – A postura dominante da águia tornou-a num símbolo de liberdade em diversos
países. É o animal nacional dos Estados Unidos e do México, ao transmitir força e poder.

Marianne – Em França, a deusa Marianne é a personificação do mote “igualdade, liberdade

e fraternidade”. A figura foi eternizada pelo artista Eugène Delacroix.
Punho erguido – O punho erguido é um sinal de unidade, força e resistência.
Movimentos políticos, raciais e feministas utilizam este símbolo.

CONCURSO DE POESIA: E OS VENCEDORES SÃO...
Para celebrar o Dia Mundial da Poesia
e o Dia Internacional do Livro Infantil,
convidámos os nossos leitores a compor
um poema criativo. Sobre a Terra, o
Livro e a Liberdade, recebemos muitos
arranjos poéticos. A escolha foi renhida,
mas conseguimos apurar os três poetas
vencedores de 1 pack Cultiva a Diferença
FNAC com 10 livros: Maria Vitória Costa,
Carolina Cabaud e Gustavo Alexandre
Neves. Muitos parabéns!
Liberdade:
um direito!
Quem a alguém nega a liberdade
Não tem maturidade,
Há países com pessoas assim
Presidentes, primeiros-ministros, enfim…
Rússia, Coreia do Norte, Afeganistão
Esses países estão em ditadura
Não pode haver contestação.
Temos sorte em poder dizer
O que estamos a pensar
Ao contrário dos meus avós
Que passaram a infância quase sem poder
falar.
Em Portugal, já houve situações assim
Foi um horror, sabemos que sim!
Podemos ajudar
As pessoas libertar
A escola e a educação vão ajudar
Para o mundo poder mudar.
Também há outros problemas
Como a violência e a poluição
As alterações climáticas
Podem criar destruição.
Mas ainda vamos a tempo
De muita coisa mudar
E para o nosso lar salvar
Só tens de ajudar!
Ler também ajuda
As coisas entender
Estes problemas todos
A internet não vai saber responder.
Para muitos, ler um livro é aborrecido
Mas ajuda a ficar crescido
Para crescer todos temos de ler
E todos os problemas se vão resolver
Maria Vitória Costa, 10 anos,
Lisboa
Liberdade é…
A liberdade é como uma flor,
Não importa se é cravo, rosa, jasmim ou girassol,
O que importa é que são todas flores,
Cada uma tem o seu espaço,
Cada uma tem a sua forma de falar,
Cada uma tem o seu aspeto,
E ninguém os pode tirar,
A liberdade é como um livro,
Tem palavras, todas diferentes,
Umas grandes outras pequenas,
Mas isso não importa,
O que importa é que são todas palavras,
Cada uma tem o seu significado,
Cada uma tem as suas próprias letras,
Cada uma tem o seu tamanho,
E, por isso, ninguém as pode discriminar,
A liberdade é como tu,
Não importa se és chinês, francês, português ou
ucraniano,
O que importa é que és humano,
Cada humano tem a sua língua,
Cada humano tem o seu corpo,
Cada humano tem a sua cultura,
E ninguém isso pode mudar,
A liberdade está em tudo,
Tudo o que puderes imaginar,
É um bem precioso,
Pelo qual temos de lutar,
Se não tivermos liberdade,
Não vamos poder falar,
E libertar a nossa voz poderosa,
Que o mundo pode mudar.
Carolina Cabaud, 12 anos, Porto
Abril águas mil
Assim diziam os antepassados
Mas vemos os campos sequinhos
Em vez de estarem bem molhados.
O mundo está a mudar
A natureza já o sente
Gostava de ajudar o meu Mundo
Pois já começa a ser deprimente.
A poluição, guerras e pandemia
O mundo em sofrimento
Temos que o salvar
E chegou agora esse momento.
É abril, a primavera chegou
A natureza está a florir
Hora de ajudar o planeta
Saber que o melhor
Ainda está por vir.
Gustavo Alexandre Neves , 9 anos, Santarém
LIVROS E LEITURAS
"Os Melhores Poemas para
Crescer", de Rosa Lobato de Faria.
Oficina do Livro. Textos poéticos
escritos por autores intemporais. São
alguns dos poetas que figuram nestas
páginas: Camões,
Almeida Garrett, João
de Deus, Júlio Dinis,
Guerra Junqueiro,
Cesário Verde e
António Nobre.
“Poesia para todo o ano", de
Luísa Ducla Soares. Bertrand
Editora. Antologia que te vai
ajudar na iniciação à poesia,
com poemas de livros do Plano
Nacional de Leitura. Através dos
mais reconhecidos poetas, vais
aprender sobre uma série de
temáticas interessantes.
"Caderno (da Natureza)
do Bicho do Mato", de Diana
de Oliveira. Booksmile.
Consegues distinguir uma
oliveira de um eucalipto?
E uma pegada de lobo
da de um javali? Neste livro, vais
encontrar informações sobre animais,
plantas e formações naturais. Podes
também aprender técnicas de
grandes exploradores, como construir
um abrigo ou decifrar códigos.
"O Livro do Clima", de Greta
Thunberg. Editora Objetiva.
Por todo o mundo, geofísicos e
matemáticos, oceanógrafos e
meteorologistas, engenheiros,
economistas, psicólogos e filósofos
estudam a crise das alterações
climáticas. Esta obra reúne o
pensamento de mais de cem, para te
ajudar a perceber o tema.
"A Frederica Vai ao Dentista", de
Dr.ª Catarina Magalhães. Bertrand
Editora. Neste livro, a Dr.ª Catarina
Magalhães desconstrói
o medo que pode pairar
numa ida ao dentista,
através da história da
Frederica. Assim que
chega ao consultório,
esta menina descobre
que não há motivos
para receios!
As Orelhas Voadoras, de
José Fanha. Paulinas Editora.
Estas 48 páginas de ilustrações
são acompanhadas por um texto
animado acerca do valor do silêncio
e da aprendizagem da auscultação
dos acordes da natureza, sem ruídos!