Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

ALUNA: FABIANA SANTOS PACHECO


PROFESSORA: KARINE CARVALHO
DISCIPLINA: ECOLOGIA

SEXO E EVOLUÇÃO

A reprodução sexual mistura o material genético de dois indivíduos de uma mesma


espécie, geralmente por meio da união de gametas, dando origem a indivíduos
semelhantes aos pais. Algumas espécies podem realizar tal modalidade e, também, a
reprodução assexuada.

Segundo a teoria da seleção natural características que são adaptativas, isto é, que
aumentam a chance de um organismo sobreviver e se reproduzir, tendem a ser
mantidas ao longo do processo evolutivo, enquanto as deletérias, que fazem o oposto,
tendem a ser eliminadas. Entretanto, existem vários casos na natureza de organismos
que possuem características para as quais seria razoável esperar que fossem
eliminadas pela seleção natural. Várias dessas características são encontradas com
frequência em apenas um dos sexos (mais comumente em machos) e Darwin as
chamou de caracteres sexuais secundários. Diferentemente dos caracteres sexuais
primários (como a genitália), os secundários não são essenciais para cruzar, mas
possuem alguma importância para a reprodução.

A reprodução sexuada tem custo, este custo é uma consequência do fato de que
somente metade do material genético de cada indivíduo produzido vem de cada um
dos pais. Um exemplo clássico é a cauda ornamentada do pavão, encontrada apenas
nos machos da espécie. Aparentemente ela é bastante custosa de ser mantida, pois
reduz a mobilidade e a capacidade de voar, torna a ave mais visível (e
consequentemente suscetível a predadores) e provavelmente deve ter um elevado
custo energético.Darwin explicou a evolução dessas características aparentemente
desvantajosas presentes em apenas um dos sexos pela teoria da seleção sexual: nestes
casos a sobrevivência reduzida seria compensada por fornecer uma maior vantagem
reprodutiva. No caso do pavão, apesar de a cauda oferecer desvantagens à
sobrevivência do macho, as fêmeas preferem os machos com caudas longas e vistosas.

0 sexo é mantido pelas vantagens de produzir filhotes geneticamente variados, é um


dos fatores responsáveis pela variabilidade genética entre indivíduos de uma mesma
população, propiciando uma melhor resistência a alterações ambientais já que, neste
caso, dentre um mesmo grupo, alguns podem se apresentar suscetíveis e outros não;
fazendo com que a probabilidade de se ter sobreviventes seja bem maior e as chances
de extinção, menores.

A razão sexual dos filhotes é modificada pela seleção natural, onde o dimorfismo
sexual (diferenças entre machos e fêmeas) pode ser mais ou menos acentuado
dependendo do sistema de acasalamento da espécie, o que sugere a importância da
seleção sexual. Em espécies poligâmicas, em que indivíduos de um dos sexos cruzam
com vários parceiros do sexo oposto, as diferenças entre os sexos tendem a ser mais
marcantes. Nas espécies poligínicas (em que um mesmo macho cruza com várias
fêmeas) a seleção atua a favor de características que favoreçam o acesso dos machos
às fêmeas. Já nas poliândricas, em que as fêmeas competem pelos machos, a seleção
sexual é invertida e as fêmeas tendem a ser mais chamativas, porém estes casos são
mais raros.

Com relação ao sistema de acasalamento de uma população, a poliginia pode exigir


que o macho defenda diversas fêmeas contra tentativas de acasalamento de outros
machos, ou defenda territórios ou sítios de ninhos aos quais as fêmeas são atraídas
para criar seus filhotes. Assim, a poliginia pode surgir devido a um macho querer
impedir acesso de outros machos a mais de uma fêmea, em cujo caso a sua
contribuição para sua progênie pode ser primordialmente genética, ou porque ele pode
controlar ou proporcionar recursos de que as fêmeas precisam para a reprodução.

Enquanto a monogamia é favorecida primordialmente quando os machos podem


contribuir substancialmente para o número e a sobrevivência de seus filhotes
proporcionando cuidado parental. Assim, é mais comum em espécies com filhotes
dependentes, que podem ser cuidados igualmente bem por ambos os sexos. A
monogamia não é comum em mamíferos, porque os machos nem carregam o embrião
em desenvolvimento nem produzem leite. Mas é comum entre as aves, especialmente
aquelas nas quais os pais alimentam seus filhotes. As aves macho e fêmea podem
incubar ovos e alimentar os jovens igualmente bem.

Quando os machos atraem ou competem por parceiras, as fêmeas podem escolher


entre eles. A escolha da fêmea leva à seleção sexual de atributos do macho que
indicam ajustamento. Por fim, a escolha da fêmea propriamente dita confere
ajustamento nos machos com atributos favorecidos. Quando as fêmeas escolhem os
machos comparando seus atributos, estes podem desenvolver atributos extremos
através da seleção sexual desenfreada.

Você também pode gostar