Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aqui estão os tópicos por slide da apresentação. Não anexei nenhuma imagem,
caso vcs achem interessante discuti-las, fique à vontade.
Também fiquem à vontade para modificar os tópicos.
Slide 01
1. INTRODUÇÃO
slide 02
slide 03
Alguns Psittacidae juvenis e não reprodutores continuam a usar poleiros
comunitários durante a época de não reprodução. Durante a época de reprodução,
pares reprodutores de algumas espécies podem permanecer em ninhos de
cavidades em árvores e ravinas.
slide 04
A arara-azul Anodorhynchus hyacinthi nus é a maior espécie de papagaio voador do
mundo, medindo até 1 m de envergadura, com peso médio de 1300 g (Forshaw
1978, Sick 1997, Guedes 2009).
slide 05
slide 06
Por suas características e comportamento, a arara-azul é uma espécie carismática e
icônica para a conservação da biodiversidade .
slide 07
Possui ampla distribuição geográfica, e mais de 95% da população ocorre no Brasil.
A população está distribuída em 3 áreas não contíguas:
(1) no Pantanal: Mato Grosso do Sul e Mato Grosso;
(2) na região nordeste: Maranhão, Bahia, Piauí, Goiás, e Tocantins;
(3) na região Amazônica, nos estados do Pará e Amapá.
slide 08
Devido às capturas em larga escala para o comércio de animais silvestres –
atraentes pelo tamanho, cor e tolerância à presença humana – e degradação do
habitat, incluindo desmatamento e fragmentação, a arara-azul foi incluída na
Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas e foi listada
como Vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza desde
1988.
slide 09
Em julho de 1999, o World Wildlife Fund of Brazil (WWF-Brasil) realizou um
workshop no Estado de Mato Grosso, focado exclusivamente em estratégias de
conservação da arara-azul, que incluiu uma visita à fazenda São Francisco do
Perigara, localizada no município de Barão de Sub-região de Melgaço, no norte do
Pantanal, Brasil.
slide 10
Foi escolhida por ser o local de um poleiro tradicional usado por araras-azuis há
mais de 50 anos e pela abundância da espécie na região. De acordo com censos
realizados pelo Instituto Arara Azul, cerca de 15% da população total e 20% da
população pantaneira frequentam a fazenda.
slide 11
A hipótese foi que o manejo sustentável da fazenda, que garante disponibilidade de
alimentos e proteção contra impactos antropogênicos, pode resultar no aumento do
número de araras-azuis.
slide 12
O objetivo foi quantificar e estudar flutuações temporais e mudanças sazonais por
meio do monitoramento de longo prazo do número de araras-azuis, a fim de
entender a dinâmica de uso dos abrigos pela espécie.
slide 13
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Área de estudo
side12
Na Fazenda São Francisco do Perigara, localizada na sudeste do estado do Mato
Grosso, a vegetação desta região é predominantemente de savana, cerradão
contendo diversos tipos de palmeiras.
Em resumo, cerca de 32% das área de estudo é composta por florestas (cerradão,
floresta estacional e mata de galeria), 35% da área é composta por savana aberta, e
o restante é composto por campos abertos (úmidos e secos) e cursos d'água.
slide 13
2.2. Poleiro
slide 14
Existem 2 áreas nesta paisagem que servem como abrigos para araras-azuis:
(1) um fragmento florestal de formato irregular, que é um remanescente composto
por 90% de palmeiras bocaiuva;
(2) Uma área com dezenas de palmeiras 'bocaiuva' encontradas a 5 m da casa da
fazenda, onde araras-azuis e outras espécies de psitacídeos se empoleiram.
slide 15
2.3. Método para estimar o número de araras azuis
slide 16
Assim, o número de araras na fazenda ('número total') foi calculado como o número
de araras no poleiro + o número de araras nas áreas de retiro + o número de araras
nos ninhos.
slide 17
2.4. Análise de dados
Os testes estatísticos foram usados para comparar os dados da estação reprodutiva
(agosto a janeiro) e da estação não reprodutiva (fevereiro-julho), bem como as
estações seca (maio-outubro) e chuvosa (novembro-março).
slide 18
Para analisar as tendências quanto ao número de araras azuis durante o período de
estudo, foi utilizado um modelo de regressão linear. A regressão foi realizada
utilizando a média do número total de indivíduos de anos com >2 visitas. Um modelo
de regressão linear foi executado usando os números totais obtidos nos meses em
que a fazenda foi mais visitada, abril (n = 7 visitas) e setembro (n = 6 visitas), e
esses meses representam períodos de reprodução e não reprodução, e estações
chuvosas e secas.
slide 19
3. RESULTADOS
3.1. Pesquisas de araras-azuis
slide 20
slide 22
Ao longo do intervalo de 15 anos, o número de araras azuis na fazenda mostrou
uma tendência crescente. O modelo revelou que o número total de araras-azuis na
fazenda aumentou em aproximadamente 37 ind., e o número médio de araras no
abrigo aumentou em aproximadamente 28 ind.
slide 23
3.2. Flutuações temporais e sazonais
Os dados pluviométricos mostraram que os meses mais secos são maio a agosto,,
e os meses mais úmidos, novembro a abril.
O número de araras azuis foi diferente entre a estação chuvosa (número médio de
araras azuis = 354,4) e a estação seca ( número médio de araras- azuis = 254,3).
slide 24
4. DISCUSSÃO
4.1. População de arara-azul na fazenda São Francisco do Perigara
slide 25
De acordo com nossos resultados, o número total de araras-azuis registradas no
São Francisco do Perigara foi de aproximadamente 1.000 em 2013 e 2015. Isso
corresponde a 15% da população de araras- azuis.
slide 26
Os resultados mostraram que as áreas protegidas e a degradação do habitat,
principalmente as conversões de floresta primária para habitat antropogênico, foram
associados positiva e negativamente, respectivamente, com mudanças na
abundância e densidade de psitacídeos.
slide 28
A época de reprodução da arara-azul ocorre predominantemente entre os meses de
agosto e janeiro, embora a reprodução possa ocorrer mais cedo ou mais tarde em
alguns anos.
slide 29
O baixo número de ninhos ativos provavelmente pode ser explicada pela escassez
de árvores de manduvi com cavidades de nidificação, que são usadas por
araras-azuis para reprodução, e onde 95% de seus ninhos são encontrados.
slide 30
slide 31
As palmeiras Acuri e bocaiuva são as mais comuns. Essas espécies arbóreas são
caracterizadas como árvores pioneiras da sucessão secundária, e beneficiam do
fogo e da degradação (Bicalho et al. 2016), que estimulam o seu crescimento e
produção de frutos. Os frutos das palmeiras acuri e bocaiuva são consumidos e
digeridos pelo gado, facilitando a alimentação da arara-azul.
slide 32
4.2. Manejo da área de estudo e conservação da arara-azul
A atual gestão da fazenda, com uma área muito grande destinada à recuperação da
vegetação, tem ajudado a manter os recursos alimentares das araras-azuis, que
têm utilizado a propriedade como local tradicional de alimentação e abrigo. Além
disso, com o apoio da Embrapa Pantanal e da Associação Brasileira da Pecuária
Orgânica (ABPO), a fazenda implantou o manejo tradicional de gado extensivo com
sistema de pastejo rotacionado em vários piquetes.
slide 33
A segurança foi provavelmente outro fator importante para esta escolha do local de
abrigo. As araras-azuis não foram incomodadas na fazenda porque havia poucos
funcionários e atividade limitada.
Não havia animais de estimação soltos, como gatos e cachorros, que poderiam
perturbar as araras quando pousavam para se alimentar das sementes.
slide 34
No Pantanal, é evidente a associação entre a conservação da vida selvagem e a
pecuária. As fazendas desempenham um papel fundamental na conservação da
biodiversidade, mantendo as áreas protegidas de caçadores ilegais.
slide 35
Há mais de 50 anos, a fazenda São Francisco do Perigara está protegida de
incêndios florestais e desmatamento, ajudando assim a manter recursos para as
araras-azuis, como alimentos e abrigos. Esses recursos são fatores importantes na
preservação das araras na região.
slide 35
O manejo tradicional praticado na fazenda leva em consideração o cuidado e a
conservação de áreas importantes para a fauna silvestre (por exemplo, a fazenda
inclui um fragmento florestal cercado que serviu de abrigo para araras-azuis há mais
de meio século), a protecção de espécies arbóreas específicas, bem como o
sistema de pastoreio rotativo sobre vários piquetes.