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A Terceira Porta

Versão 0.2

O conceito foi criado e é divulgado por Alex Banayan autor do livro The
Third Door: The Wild Quest to Uncover How the World's Most Successful
People Launched Their Careers.

Ele o apresenta da seguinte forma:


“A vida, os negócios, o sucesso … são como uma discoteca
Existem sempre três modos de entrar.
Um modo é pela Primeira Porta: a entrade principal, da qual parte uma
fila que faz a volta do efídicio e diante da qual espera, pacientemente 99%
das pessoas.
Se for numa empresa, as pessoas estão diante da porta principal com o
curriculum na mão, esperando que o guarda as deixe entrar.
Depois existe a Segunda Porta: a entrada VIP, reservada aos bilionários, às
personagens famosas e a outros poucos privilegiados.
Mas aquilo que ninguém te diz é que existe sempre, sempre... a Terceira
Porta. Chega-se a esta porta saindo da fila, chegando a correr do fundo do
beco, batendo à porta centena de vezes, abrindo uma fresta na janela e
entrando sorrateiramente pela cozinha, pela porta dos fundos. Aquela
porta por onde passa o pessoal de serviço, ou por onde passam os
fornecedores. Escondida no fundo. Desconfortável. Mas existe. Deve-se
apenas querer realmente e saber como encontra-la. Um modo de entrar
existe sempre, sempre!
A escola e a sociedade fazem-te crer que existem apenas as duas primeiras
portas.
Mas a vida mostra que quer se trate de como Bill Gates conseguiu vender o
seu primeiro Software, ou de como Stevem Spierberg tornou-se no
realizador mais novo da história de Hollywood”, nos EUA;

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... ou como em Angola a Fernanda Reneé tornou-se no ícone da
preservação do meio ambiente; ou como a Sócia do Firmino tornou-se na
Startup mais promissora; ou como a Bantu Makers da Vanda de Oliveira
através da plataforma de Crowdfunding, Deya, conseguiu angariar 50.000
dálores; ou como a Lisa Videira com Academia Nzogi consegiu mudar a
vida de muitos estudantes e docentes; ou como a Helen Mendes com a
HellenResolve conseguiu trazer o conceito de moda sustentável com
artigos de luxos e dar a oportunidade de qualquer pessoa ter o prazer de
sonhar com uma chanel autêntica, por exemplo; ou como a Lisandra
Santos acreditando que cada ser é capaz de ter ideias fascinantes e realiza-
las tornando-se autor da sua própria história, mudou os conceitos de
Coaching e Mentoria e ajuda as pessoas a olharem para o mundo de forma
diferente fazendo com que as mesmas caminhem na direcção dos seus
objectivos bem como viver o seu próprio propósito; ou como a Kubinga do
Emerson Paim colocou-se como primeira Startup a revolucionar o conceito
de mobilidade em Angola; ou como o Seidou Ndolumingo largou tudo para
tornar o Portal de TI numa referencia quando o assunto são noticias sobre
tecnologias e inovação; ou como o Erickson Mvezi com a TUPUCA
revolucionou o mercado do "TAKE-AWAY" em Angola e tornou-se numa das
Startups mais promissoras de África... ou, ou...

... a lista poderia continuar. Citei ao acaso e sem um critério preciso...


Mas o certo é que eles e elas entraram ... pela Terceira Porta. Todos e
todas.
Entrar pela Terceira Porta, é a coisa que têm em comum as pessoas de
sucesso. Não existe uma receita para o sucesso, nem curso, nem
treinamento... Existe apenas um compromisso que cada um deve e pode
fazer.
O compromiso é o de tentar, amar os próprios erros, querer aprender e
querer crescer. Esta é a base do empreendedorismo de sucesso.
Todas as pessoas, nos seus contextos e circunstâncias, têm o poder de
fazer pequenas escolhas que podem mudar para sempre o rumo das suas
vidas.
Pode-se escolher ceder à inércia e ficar a espera na fila diante da Primeira
Porta, ou então pode-se escolher saltar a fila, precipitar-se para o fundo do
beco e entrar pela Terceira Porta. É uma escolha que todos podem fazer. A
convicção de que se pode fazer escolhas que a coragem mostra que são
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realizaveis é que pode mudar a vida de uma pessoa. Porque quando se
começa a pensar que aquilo em que se crê pode ser realizado, aquilo em
que se crê torna-se realizavel.
Não são as nossas capacidades que demostram quem somos de verdade,
mas as nossas escolhas.
Não importa o que aconteça e não importa o que te digam, tu és capaz de
realizar tudo o que acreditas ser possível. Então, persista!
Jack Kerouac dizia: “Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os
criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que
vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam
o status quo. Podes citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los.
Mas a única coisa que não podes fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as
coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem
como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o
bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.”
Quem sai da fila e vai a procura da Terceira porta, facilmente pode ser visto
ou vista como louco ou louca porque tenta desafiar a normalidade e mudar
o mundo procurando deixa-lo melhor do que o encontrou.

Aprenda a amar os teus erros

Muitas vezes o que parece mais estranho e mais errado, é o que de facto
pode mudar o mundo.
Durante a viagem da vida pode-se chegar a pensar que a caminhada seja
apenas uma longa e patêtica sequência de erros. Nestas circunstancias, o
que devemos aprender é aprender a amar os nossos erros. Devemos amar
os nossos erros. Cada um de nós deve amar os seus erros e só assim
aprenderá deles alguma coisa.
Devemos levantar-nos, não importa quantas vezes caiamos. “O segredo é
cair seis vezes e levantar-se sete vezes”(Paulo Coelho).

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Pessoas há que depois de uma derrota renunciam, tornam-se cautelosas e
temerosas, dão mais ouvidos ao mendo que à paixão, e isso não é bom.
O que parece complicado, mas é relativamente simples, é: Ajuda-te que
Deus te vai ajudar.
Não podes tirar 20 valores numa prova se tens medo de tirar um 7.
É fantástico como funciona a psicologia humana, quando queres crescer no
teu campo, independemente do que fazes, saiba que se cresce cometendo
erros e deve-es aprender a amar os teus erros para poderes aprender com
deles.
Os teus erros são a mais linda dádiva que a vida pôde oferecer-te.
Ame os teus erros e aprenda com eles.
A vida é um ciclo. Foca-te naquilo que é importante, guarde os bons
momentos, aprenda com os negativos e siga para a próxima etapa.

Uma oportunidade é como um autocarro

Uma oportunidade é semelhante, de alguma forma, a um autocarro. Não é


um problema se perdes um, passarão outros. Mas, quer tenhas conseguido
subir num autocarro ou não, existem detalhes que não mudam: é
necessario ter o bilhete de passagem...É necessário saber onde é a
paragem, o horário previsto de partida, deve-se essencialmente, ter uma
preparação ampla e específica....E nada pode dar, de forma melhor, esta
preparação senão o estudo. Dedique tempo ao estudo e à aprendizagem.
As oportunidades são como o pôr-do-sol. Se esperares demais, acabas por
perde-lo.
Segundo um antigo provérbio, “há três coisas na vida que nunca voltam
atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e oportunidade perdida.”
Em todo caso, nada de desânimos. As oportunidades perdidas são
experiências numa próxima oportunidade e continue a sonhar e a acreditar
nos teus sonhos

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Steve Jobs disse uma vez que “cada sonho que você deixa pra trás, é um
pedaço do seu futuro que deixa de existir”.

Lembre-se! ... eles e elas todas entraram ... pela Terceira Porta
Não perca tempo na Primeira Porta onde todo mundo está a espera de uma
oportunidade... A Segunda Porta é para a gente VIP. Procure a Terceira
Porta... ela existe sempre, sempre.
Muita gente considera o sucesso e o fracasso como dois conceitos opostos.
Não é bem assim. São apenas dois resultados diferentes da mesma acção:
Tentar.
Ou seja, o contrário do sucesso não é o fracasso, porque ambas as coisas
fazem parte do mesmo processo: Tentar. O contrário do sucesso é,
portanto, não tentar.
Devemos colocar o foco em tentar aprender, amar os nossos erros, querer
crescer e fazer diferente saindo da filia e buscar a Terceira Porta. Ela existe
sempre, sempre.
Entre pela Terceira Porta saindo da fila e subir saltando degraus, leve
uma via exponêncial e quebre o mito de uma vida linear que segue etapas
preestabelecidas.

Escolha uma vida exponencial


A maior parte das pessoas vive e aprende a ter uma vida linear. Entram
para a Universidade, fazem um estágio, concluem a licenciatura, obtêm
uma promoção a cada ano; colocam de parte o dinheiro para as férias;
trabalham para obter uma outra promoção, e não fazem outra coisa por
toda a vida.
As suas vidas procedem um passo de cada vez, de maneira lenta e
previsível. Linear.
As pessoas de sucesso não se contentam com este modelo de vida.
Escolhem uma vida exponencial. Em vez de proceder por degraus, saltam
etapas. Sobem as escadas, saltando degraus dois a dois ou três a três. Com
esforço e dedicação, tentam subir o mais rapido possivel. Por vezes pisam

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em falso e caem. Mas levantam-se e voltam a saltar degraus. Talvez já não
três de cada vez, mas dois. O que não fazem e ir degrau a degrau.
Diz-se que antes de mais é necessário “começar por baixa e ir subindo” e
ter anos de experiencia antes de poder caminhar pelas próprias pernas e
obter aquilo que realmente se quer. A sociedade nos pede para acreditar e
crer na mentira que diz que para se realizar um sonho são necessários X,
Y, Z e N coisas a fazer antes. São apenas mentiras. A única pessoa a quem
você deve pedir autorização para viver uma vida exponencial és tu.
Por vezes uma vida exponencial cai-te do céu, como no caso das crianças
prodígio. Mas na maior parte dos casos, para pessoas como eu e tu, é
necessário ganha-la. Se de verdade tu queres fazer a diferença, se queres
uma vida feita de inspiração, aventura e sucesso sem limites, deves
conquistar por ti e para ti esta vida exponencial e segura-la com todas as
forças…
A maior parte das pessoas, não para a perguntar-se por que motivo está a
fazer o que está a fazer. E muitas vezes quando o fazem, mentem a si
mesmos acreditando-se geniais e únicas.
A verdade é que mesmo quando se trata de ego e vaidade, quando se busca
o crescimento e o sucesso, o melhor é ser sincero ou sincera consigo.
O ego não faz muito bem, mais é uma pessoa pior te-lo e mentir a sim
mesma e dizer que não o tem.
Antes de pensar em estratégias de marketing, procure compreender quais
são as motivações profundas que te levam a fazer o que você faz. Não
discriminar as motivações em “boas” e/ou “más”. Interroga-te apenas sobre
o por quê estás a fazer o que estás a fazer. Escolher as estratégias certas,
torna-se facil se sabes quias são os teus objectivos, a tua finalidade; o teu
circulo dourado, segundo Simon Sinek.
Procure entrar pela Terceira Porta, leve uma vida exponencial e gui-se pelo
círculo dourado

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Seja antifrágil

Nassim Nicholas Taleb autor do Best-Seller The Black Swan: The Impact

of the Highly Improbable que livremente podemos traduzir para “O Cisne

Negro: O impacto do altamente improvável”, oficialmente traduzido como “A

lógica do cisne negro”, cunho o termo Antifrágil que também é o titulo do

seu segundo livro.

Acontece que a coisa mais certa na vida de uma pessoa é a incerteza, a

aleatoriedade e por vezes o caos. No entanto, não só não queremos apenas

sobreviver à incerteza, nem pura e simplesmente passar por elas.

Queremos sobreviver à incerteza e a aleatoriedade e, além disso, ter a

última palavra. O objectivo é saber domesticar, até mesmo dominar e

conquistar o invisível, o opaco, o inexplicável, etc. Consegue-se isso apenas

sendo antifrágil.

Na natureza, algumas coisas beneficiam-se dos impactos; elas prosperam e

crescem quando são expostas à volatilidade, ao acaso, à desordem e aos

agentes que provocam stress, e apreciam a aventura, o risco e a incerteza.

No entanto, apesar da omnipresença do fenómeno, não existia uma palavra

para designar exactamente o oposto do frágil e então Nassim Nicholas

Taleb criou a palavra “antifrágil”.

A antifragilidade não se resume à resiliênciaou à robustez. O resiliente

resiste aos impactos e permanece o mesmo; o antifrágil fica melhor. Essa

propriedade está por trás de tudo o que vem mudando com o tempo: a

evolução, a cultura, as ideias, as revoluções, os sistemas políticos,a

inovação tecnológica, o sucesso cultura e económico, a sobrevivência das


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empresas, as boas receitas, o surgimento de cidades e culturas, os

sistemas jurídicos, as florestas equatoriais, a resistência bacteriana... até

mesmo a nossa própria existência como espécia neste planeta. E a

antifragilidade determina o limite entre o que é vivo e orgânico(ou complexo),

como o corpo humano, e o que é inerte, digamos, um objecto físico como o

grampeador na nossa mesa.

O antifrágil aprecia a aleatoriedade e a incerteza, o que também significa –

acima de tudo – apreciar os erros, ou pelo menos certo tipo de erro. A

antifragilidade tem uma propriedade singular de nos capacitar a lidar com

o desconhecido, de fazer as coisas sem compreende-las – e faze-las bem.

Permita-me ser mais incisivo: somos muito melhores agindo do que

pensando, graças à antifragilidade. Eu preferiria ser ignorante e antifrágil a

extremamente inteligente e frágil, em qualquer ocasião. Afirma Nassim.

A antifragilidade nos faz entender melhor a fragilidade. Da mesma forma

que não podemos melhor a saúde sem reduzir a doença, ou aumentar a

riqueza sem, primeiro, diminuir os prejuízos, antifragilidade e fragilidade

são graus num espectro.

Seja antifrágil, busce sempre a terceira porta, tenha claro por quê fazes os

que fazes e aposte numa vida exponencial.

Frei Joaquim José Hangalo, OFMCap

joajoshang@gmail.com

05/08/2021

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