1. Durante as 3 curtas-metragens podemos verificar a presença de ações humanas,
ações que são intencionalmente provocaras pela vontade do Homem. No primeiro vídeo podemos comprovar essa presença quando o homem da bicicleta decide levar a mulher ao topo da montanha, quando podia simplesmente ter recusado ou ter sugerido que apanha-se outra boleia; ou até quando o homem do transporte mais desenvolvido demonstra arrogância ao tomar a decisão de se rir do homem humilde, por este ganhar menos dinheiro. Quando podia apenas ajudá-lo consolando-o ou seguir o seu caminho. Na segunda curta surgem também ações humanas como observamos na cena em que a rapariga escolhe ajudar o rapaz a chegar ao seu destino, arranjando o seu avião, em vez de ignorá-lo. Numa outra cena constata-se o mesmo, porque depois de passar algum tempo com a menina e embora o rapaz tenha opção de ficar com ela, ele persiste em querer continuar a sua viajem. Já no terceiro vídeo o mesmo acontece, quando apesar de o homem poder viver de outra maneira, ele escolhe ter uma rotina muito rigorosa. A ação humana é também retratada quando o homem se torna um fantasma, em que em vez de baixar os braços e contentar-se com o seu destino, ele opta por tentar impedir o acidente. Já no terceiro vídeo o mesmo acontece, quando apesar de o homem poder viver de outra maneira, ele escolhe ter uma rotina muito rigorosa. A ação humana é também retratada quando o homem se torna um fantasma, em que em vez de baixar os braços e contentar-se com o seu destino, ele opta por tentar impedir o acidente. Por outro lado podemos também comprovar a existência de acontecimentos, situações que não foram provocadas pelo indivíduo que afetam, sendo ,este, apenas um recetor dos seus efeitos. Como podemos verificar na primeira curta-metragem, onde o homem modesto não decide quanto dinheiro irá receber pelo seu trabalho, sendo apenas afetado pelo pagamento realizado pelos seus clientes. Temos ainda, como exemplo, o facto de que o motorista não tem qualquer opinião sobre o destino dos seus passageiros, sendo apenas sujeito a deslocar-se ao destino que lhe é pedido. Já no segundo vídeo isto é demonstrado quando o avião do rapaz se despenha afetando inoportunamente a viajem do jovem. Surge também outro exemplo quando a pequena mala cai na cabeça da rapariga, sendo que ela não teve qualquer tipo de ligação com esta cena, é apenas alvo dos seus efeitos. No terceiro vídeo podemos encontrar sinais da presença destes acontecimentos quando o homem sofre o acidente, ele não provocou o atropelamento, foi apenas uma vítima sem qualquer ligação com a carrinha que o atropelou. Ainda na terceira curta-metragem podemos confirmar a existência de um acontecimento quando a porta do armário do homem se abre sem que ele tenha qualquer interação com o mesmo 2. A liberdade é um tema muito controverso nos dias de hoje. Todos já nos questionamos em algum momento das nossas vidas “Eu sou livre, mas até que ponto?”. Eventualmente, depois de nos fazermos esta mesma pergunta diríamos “Eu sou livre, porque eu tenho direito de decidir”, no entanto, ao dizermos isto estaríamos a enganar-nos a nós mesmos. Tudo tem um fim, um limite, com a liberdade não é diferente, afinal de contas digam-me não somos todos controlados por algo? Seja pela sociedade, pelas leis, … Mas estas não são genuinamente as coisas que nos dominam, aquilo que nos limita verdadeiramente de atingir a liberdade “absoluta” é a própria consciência do ser humano. O ser humano é prisioneiro da sua própria consciência e os seus limites são estabelecidos por ela e pela culpa que ela pode carregar. O problema é que cada ser humano pensa de forma diferente, tem uma consciência única, o que pode ser um ato impensável para o individuo A pode ser o passatempo do indivíduo B, pois estes pensam de forma distinta, têm diferentes “limites”. Com isto, chegamos á conclusão que a pergunta que devemos fazer não é “Eu sou livre, mas até que ponto?” mas sim “O quão capaz sou eu de me libertar da minha própria consciência?”, não acredito que a resposta a esta última pergunta seja positiva, mas quem sabe alguém possa vir algum dia a provar o contrário.