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O signo linguístico pode ser definido como uma entidade psíquica de duas faces,
representado pela imagem acústica e conceito, havendo um vínculo de associação no
nosso cérebro. O conceito se remete ao significado de algo, enquanto a imagem acústica
se refere ao significante, correlato psíquico desse som. Por exemplo, o signo cachorro,
não se refere à “cachorro” animal no mundo, mas resulta da união entre o significado (o
conceito) cachorro e o significante, isto é, a imagem acústica que evoca esse conceito.
O signo linguístico apresenta duas características fundamentais, o caráter arbitrário do
signo linguístico e a linearidade do significante. O caráter arbitrário está ligado ao fato
de que é uma convenção reconhecida pelos falantes de uma língua. Em outras línguas o
registro fonético é diferente para o mesmo significado. Já a linearidade é uma
característica das línguas que se desenvolve unicamente no tempo, por conta disso não
se pode produzir mais de um elemento linguístico de cada vez.
Lingua x fala: Para Saussure, a língua é sistemática homogênea e abstrata e dessa forma,
passível de análise. A língua constitui o conjunto de todas as regras que determinam o
emprego dos sons, das formas e das relações sintáticas necessárias para a produção dos
significados. É um bem coletivo de caráter social, por ser homogênea possibilita uma
abordagem científica. Já a fala é assistemática, heterogênea e é uma parcela individual e
concreta da língua que um falante põe em ação em cada uma de suas situações
comunicativas concretas. Pela sua natureza, não se presta a análise objetiva.
Já os parâmetros são regras específicas para cada língua em particular, por exemplo, a
frase “Tereza disse que ø vai dançar” é gramatical para a língua portuguesa, pois a
mesma admite sujeito nulo, ao contrário do inglês onde seria uma frase agramatical,
sendo assim, sujeito nulo é um parâmetro.