UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ISMAEL FERREIRA DA SILVA

JARILSON CRUZ DOS SANTOS

Resenha do vídeo da palestra de Augusto de Franco na TEDxSP-2009

PALMAS-TO
2020
 ISMAEL FERREIRA DA SILVA
JARILSON CRUZ DOS SANTOS

Resenha do vídeo da palestra de Augusto de Franco na TEDxSP-2009

Trabalho apresentado como requisito parcial de

avaliação da matéria de Tecnologia da Informação e
Comunicação para obtenção do bacharelado de
Administração.
Professor: André Pugliese

PALMAS - TO
2020
Essa resenha é referente ao vídeo da palestra de Augusto de Franco na TEDxSP-
2009 que foi publicado no ‘Youtube’ em 15 de março de 2010.

Augusto de Franco é escritor, palestrante e consultor. É o criador e um dos

netweares da Escola das Redes: uma rede de pessoas dedicadas à investigação
sobre redes sociais e à criação e transferência de tecnologias de netwearing.

A palestra trata basicamente da dinâmica da sociedade em rede com ênfase nas redes
sociais, mas interpretável e adaptável a todos os tipos de organizações. O palestrante
introduz dizendo que “é preciso ver ‘Matrix’ pois ela existe”, afirmação que inicialmente
surpreendeu, pois ao analisar ao pé-da-letra o enredo da trilogia do filme (1999-2003)
diz que: “vivemos em uma realidade virtual-artificial criada pela ‘Matrix’, o
megacomputador incorporados em nossas mentes”, no entanto ao analisar esses
pontos no livro Hierarquia - A Matrix realmente existente de autoria do próprio Augusto
de Franco e suas colocações seguintes convencem de que a ‘Matrix’ existe como
aquilo que está interligando todos os coletivos humanos (social). Nesse momento o
palestrante apresenta o tema de sua palestra que ele define como: ‘Explorações
imaginativas no espaço-tempo dos fluxos” assunto que segundo ele até então estava
tratando nos últimos 10(dez) anos.

De acordo com Augusto de Franco tudo isso começou a partir do questionamento da

diferença do nível de desenvolvimento de diferentes localidades que tinham os
mesmos recursos e pessoas, iniciou essa investigação a partir de problemas práticos
no entanto segundo o apresentador apenas a observação da prática não era possível
chegar a conclusões satisfatórias, foi onde começou a buscar base teórica de diversos
estudiosos como:

Alexis de Tocqueville: foi um pensador político, historiador e escritor francês que no

período que esteve na América ficou impressionado com a capacidade de auto-
organização.

Jonh Dewey: filósofo norte-americano que percebeu que a democracia no fundo era
a vida comunitária.

Hannah Arendt: filósofa e teórica política contemporânea que percebeu que a

liberdade depende da forma como nos organizamos.
Jane Jacobs: urbanista e ativista social que ficou conhecida por seu livro “Morte e
vida das grandes cidades” (1961) onde dá ênfase para a importância da humanização
da cidade.

Manuel Castells: cientista social, pesquisador de mídias digitais e autor do livro “A

sociedade em rede.”

Tomando como referência os estudos do cientista norte-americano Paul Baran o

palestrante Augusto de Franco aborda um assunto de suma importância, citando que
existe no momento 3 formas de padrões que podem minimizar o impacto na rede de
comunicação da organização casa venha ter alguma decadência em seu meio. Entre
elas temos o padrão centralizado: esse padrão é caracterizado por sua única fonte,
vamos chamá-la de servidor, que alimenta e distribui todas as informações para a rede
de comunicação. O segundo padrão é a descentralizada: que é quando não há um
ponto central e os dados são armazenados em vários servidores conectados entre si
que podem estar em um mesmo local físico ou disperso. Esse padrão é executado em
cerca 99% das organizações que há em nosso meio, segundo esse padrão funciona
os partidos, os sindicatos, os governos, as ONGs as igrejas, escolas e empresas que
nós participamos. A terceira é a Distribuída: onde se caracteriza pela sua vasta
distribuição de dados, tendo, portanto, igual importância a acesso às informações.

Augusto de Franco conclui falando sobre a nova ciência das redes onde tem como
principais referências os estudiosos do tema:

Barábási, Strogatz e Watts e discorre sobre o ‘clustering’ no qual ele define como a
tendência de formar aglomerados dentro da rede; o ‘suarming’ que nesse contexto
trata-se de um modelo de organização capaz de formar um grande número de
conexões; e o fenômeno do mundo pequeno que pode ser chamado de ‘crunching’
que quanto aumenta a conectividade e o grau de distribuição de uma rede social
menor o mundo vai ficando em termos sociais e mais empoderante ele se torna. O
fenômeno do mundo pequeno pode ser reforçado pela teoria dos seis graus de
separação comprovado em diversos experimentos como o de Stanley Milgram (1967)
e o experimento realizado por estudantes denominados: “seis graus de Kevin Bacon”
e acredita-se que com o advento das redes sociais essa distância é ainda menor.
Em linhas gerais essa foi uma excelente palestra e de grande importância para a
compreensão das redes presente na sociedade sobretudo as redes sociais mas
também adaptáveis as redes organizacionais.

Augusto de Franco pela sua vasta experiência no estudo do assunto consegue

apresentar ideais originais bem como os pontos de vista de diversos cientistas que
pesquisaram as bases desses temas, analisando suas referências percebe que trata-
se de estudiosos qualificados e que também tiveram uma grande contribuição para o
estudo das redes. Com uma linguagem clara e próxima do espectador o palestrante
conseguiu explicar muito bem os conceitos de redes centralizadas, descentralizadas
e distribuída.

Uma palestra no qual o palestrante usou um estilo simples e preciso e as ideias foram
dispostas de forma equilibradas e indicadas a todos os públicos que tenha interesse
em compreender a dinâmica das redes na sociedade.