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AGATHA CAMARGO
LUIZA SALLES
PEDRO SERVELO
CURITIBA
2021
A comunicação está presente no nosso cotidiano desde dos primórdios, mas
só a partir de 1900 que iniciaram-se os estudos e pesquisas. Esse mergulho em
nosso dia a dia, a partir do recorte da comunicação, resultou no que chamamos de
Teorias da Comunicação, pois apenas a prática é fundadora. Segundo Vera França
e Paula Simões (2016, p.24), “o ser humano teoriza não apenas porque pensa, mas
porque sente, age, se relaciona.”.
Pertencente à corrente sociológica do positivismo, a teoria funcionalista busca
entender a sociedade por um viés baseado em estrutura e função. França e Simões
(2016) citam que esse pensamento teve muita influência do positivismo evolucionista
do sociólogo Herbert Spencer, pensando nos seres humanos como parte de um
corpo social, o qual possui uma estrutura e deve desempenhar determinadas
funções a fim de se manter vivo. Esse organismo compreende órgãos, ou
instituições que são incubidas em desenvolver suas funções vitais.
O estudo através da experiência associada às estruturas biológicas, porém,
não considera a complexidade das ciências sociais. Conforme o antropólogo
Roberto Da Matta (1981), as ciências sociais possuem planos de causalidade e
determinação que não podem ser reproduzidos em situações controladas, pois as
condições de percepção e classificação são individuais. Enquanto que nas ciências
naturais, os objetos de pesquisa são reproduzíveis em laboratórios. Logo, analisar a
comunicação pelo viés funcionalista significa rejeitar causas e motivações exclusivas
e padronizar reações e circunstâncias.
Junto a essa rejeição, há a consideração da ideia de cultura de massa, ou
seja, de que a mídia afeta a população através dos conteúdos que dissemina, uma
vez que apesar de parecer um público heterogêneo, a sua identidade de consumo é
semelhante.
“O funcionalismo acreditava que o desenvolvimento dos meios de
comunicação fizesse surgir “novas necessidades sociais”. Por isso, esses
meios deveriam proporcionar a satisfação do público que se encontra
exposto à ação destes veículos [...].” (Costa & Mendes, 2012)