A Teoria Funcionalista analisa globalmente os meios de comunicação destacando as funções que exercem na sociedade, ao invés dos efeitos. Ela surgiu na década de 1940 influenciada pelo positivismo e funcionalismo estrutural. Segundo autores como Lasswell, os meios desempenham funções como vigilância, relacionamento e transmissão cultural, promovendo o conformismo social.
A Teoria Funcionalista analisa globalmente os meios de comunicação destacando as funções que exercem na sociedade, ao invés dos efeitos. Ela surgiu na década de 1940 influenciada pelo positivismo e funcionalismo estrutural. Segundo autores como Lasswell, os meios desempenham funções como vigilância, relacionamento e transmissão cultural, promovendo o conformismo social.
A Teoria Funcionalista analisa globalmente os meios de comunicação destacando as funções que exercem na sociedade, ao invés dos efeitos. Ela surgiu na década de 1940 influenciada pelo positivismo e funcionalismo estrutural. Segundo autores como Lasswell, os meios desempenham funções como vigilância, relacionamento e transmissão cultural, promovendo o conformismo social.
TEORIA FUNCIONALISTA Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro no texto: “Teoria Funcionalista”, a Teoria Funcionalista tem por objeto de estudo o funcionamento dos meios de comunicação de massa (MCM) em sua relação com o conjunto da sociedade. Tal abordagem teórica é influenciada pelo positivismo e pelo paradigma estrutural-funcionalista. Ela surge como uma possibilidade de analisar globalmente os meios de comunicação. E faz isso destacando não os efeitos dos meios – que eram o enfoque das teorias anteriores da Mass Communication Research –, mas as funções que os veículos comunicativos exercem no sistema social. TEORIA FUNCIONALISTA Segundo Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro, a teoria sociológica do estrutural-funcionalismo dos meios de comunicação de massa também é conhecida como Teoria Funcionalista ou Sociologia Funcionalista da Mídia. Ela surge no momento em que se estabelece uma crise doutrinária sobre a pesquisa administrativa da Mass Communication Research. Acreditava-se que os estudos sobre os mass media pareciam pouco convincentes porque careciam de um modelo teórico geral. Assim, surge uma possibilidade teórica de “reverter” essa crise a partir da união entre teoria social geral e Mass Communication Research. TEORIA FUNCIONALISTA Em seu texto a autora faz menção a conceitos do pesquisador Mauro Wolf, estudioso do assunto. Vejamos: “ A Teoria Funcionalista apresenta a proposta de analisar globalmente os meios de comunicação. Ou seja, o seu objeto de estudo é o conjunto dos meios de comunicação de massa e a sua relação com a sociedade. Logo, nessa teoria, se busca explicar quais as funções exercidas pelos meios de massa (WOLF, 1999). “ Para Wolf (1999), a Teoria Funcionalista se distancia das teorias anteriores. Afinal, o que ela coloca em primeiro plano não são mais os efeitos, mas as funções exercidas pelo sistema dos meios de massa na sociedade. É importante notar que a abordagem estrutural-funcionalista completa, conforme Wolf, a trajetória da pesquisa sobre os meios de massa: no início, os estudos dos MCM se voltam para os problemas de manipulação; em seguida, passam a focar na persuasão; depois, na influência e, por fim, chegam às funções. Então, nessa perspectiva, há o abandono da ideia de um efeito intencional. Isto é, de um ato comunicativo que seria objetivamente realizado e subjetivamente “perseguido” para se chamar a atenção para as consequências verificáveis dos meios sobre a sociedade.” TEORIA FUNCIONALISTA Segundo Rafaela Queiroz Ferreira, há outro aspecto importante sobre a Teoria Funcionalista dos meios de comunicação: a partir dela, se aborda outro contexto comunicativo. Isso ocorre porque, não se voltando para questões do tipo político – tais como a campanha eleitoral –, por exemplo, nem para os efeitos provocados nos sujeitos, essa teoria sociológica investiga as situações comunicativas diárias e comuns. Portanto, uma vez centrada nas funções que o sistema comunicativo exerce na sociedade, busca compreender como se dão a produção e a veiculação diária das mensagens dos meios de massa. TEORIA FUNCIONALISTA Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro afirma que , a Teoria Funcionalista se encontra num espaço específico de estudo dos meios em relação ao seu contexto social e nunca desvinculada deste. Isso acontece porque essa teoria observa a comunicação a partir da sociedade e do seu equilíbrio. TEORIA FUNCIONALISTA Outra informação importante de Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro no texto: “Teoria Funcionalista”, é a de que a Teoria Funcionalista dos MCM sofreu influência principalmente de dois paradigmas filosóficos, a saber, o positivista e o estruturalista-funcionalista. O primeiro foi apresentado por Augusto Comte (1798- 1857). Ele defendia a necessidade de maior rigor científico na construção do conhecimento do campo das humanidades, propondo, para isso, o método da ciência natural (como o da física) para essa construção (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2002). O segundo é representado, além de pelos estudos do sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), pelo sociólogo norte-americano Talcott Parsons (1902- 1979), que ficou conhecido por sua visão de cunho estrutural e funcionalista sobre o conjunto da sociedade TEORIA FUNCIONALISTA De acordo com Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro, para os pesquisadores funcionalistas, os meios de comunicação de massa não tinham o poder de modificar as atitudes, os comportamentos e/ou as opiniões do público, como teorias anteriores haviam defendido, a exemplo da Teoria Hipodérmica. O funcionalismo se tornou, assim, um influente paradigma investigativo dos meios de massa e acabou gerando, posteriormente, a Teoria das Múltiplas Mediações. TEORIA FUNCIONALISTA Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro no texto: “Teoria Funcionalista”, faz referência a Harold Lasswell, que na década de 40, criou o “Paradigma de Lasswell”. “Harold Lasswell é um dos principais teóricos funcionalistas dos MCM. Com a famosa fórmula de 1948 – Quem diz o que por que canal e com que efeito? –, Lasswell (1978) dotou a sociologia funcionalista da mídia de um quadro conceitual. Essa abordagem abarcava, até então, uma série de estudos esparsos. É a partir daí que surge uma diversidade de setores de pesquisa, tais como as de análise do controle, análise do conteúdo, análise das mídias, análise da audiência e análise dos efeitos. A análise dos efeitos e a análise do conteúdo foram os setores de mais destaque nos estudos que vieram a se desenvolver. É importante você saber, contudo, que a preocupação dos EUA com os efeitos vem da demanda por pesquisa social, na época anterior à I Guerra Mundial. Nesse período, começaram a se desenvolver investigações sobre a influência da mídia em crianças e jovens (MATTELART; MATTELART, 1997)”. TEORIA FUNCIONALISTA Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro no texto: “Teoria Funcionalista”, informa que para Lasswell (1948 apud MATTELART; MATTELART, 1997), a comunicação desempenha três funções fundamentais na sociedade: (a) a vigilância do meio, porque revela o que pode ameaçar ou afetar o sistema de valores de uma sociedade ou de uma de suas partes; (b) o estabelecimento de relações entre os elementos da sociedade; e (c) a transmissão da herança social. TEORIA FUNCIONALISTA Pesquisadores como Paul Lazarsfeld,Robert Merton e Charles R. Wright, também são destacados por Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro no texto: “Teoria Funcionalista”. Ela explica que Paul F. Lazarsfeld e Robert K. Merton foram dois sociólogos importantes para os estudos funcionalistas dos MCM. Eles acrescentaram às três funções de Lasswell, uma quarta. Esta seria relativa à diversão ou entretenimento. Eles ainda apresentaram a ideia da atuação de um sistema funcional de comunicação mais complexo. TEORIA FUNCIONALISTA Já ao se referir a Charles R. Wright: “É um pesquisador que se dedica à análise sociológica da comunicação e aos estudos sociológicos dos meios de comunicação de massa. Além disso, investiga o comportamento dos meios de massa e a estrutura social (ANNENBERG SCHOOL FOR COMMUNICATION, c2017)”. TEORIA FUNCIONALISTA Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro afirma que para o paradigma funcionalista, as funções atribuídas aos subsistemas sociais – ou aos “pequenos” sistemas que fazem parte do todo da sociedade/ do sistema social, como os MCM – fazem referência também à ação que poderá ser realizada conforme essas mesmas funções. TEORIA FUNCIONALISTA Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro afirma que Merton e Lazarsfeld (1948 apud WOLF, 1999) também discutem a noção de disfunção. Esta pode se manifestar, no tocante do conjunto do sistema, em virtude da informação circular livremente, o que pode ameaçar a estrutura da própria sociedade. Outra disfunção de destaque é a que se associa ao excesso de informação veiculada pelos mass media. Esse excesso pode conduzir a um efeito de reclusão do indivíduo no seu mundo particular. Com o fechamento do sujeito na sua esfera subjetiva das experiências, se torna difícil de exercer qualquer tipo de controle sobre ele. Além desse efeito, há o da disfunção narcotizante como outra possibilidade diante do excesso de informação. Aqui, esse excesso é comparado ao uso de um “narcótico”, caracterizado como função e disfunção. TEORIA FUNCIONALISTA Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro afirma que outra função fundamental defendida por Merton e Lazarsfeld é quanto ao conformismo social: “[...] como os mass media são sustentados pelos interesses das grandes firmas que se engrenam no presente sistema econômico e social, os media contribuem para a manutenção desse sistema.” (MERTON; LAZARSFELD, 2011, p. 120). Dito de outro modo, os acontecimentos noticiados pelos veículos de comunicação continuam a apoiar o status quo do sistema social. FONTE: Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro no texto “Teoria Funcionalista” (Catálogo SAGAH).