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Aspectos introdutórios
Questões epistemológicas
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Com René Descartes (1596-1650), o método empirista foi
contestado na tentativa de restaurar o papel da razão e da
reflexão.
“A razão precede a convivência dos sentidos com o dado
empírico uma vez que o homem foi agraciado por Deus com
um aparato que lhe confere o poder de ter ideias a priori, ou
seja, prescindindo de contatos diretos com o real através dos
sentidos”.
A crença neste pressuposto levou Descartes a desenvolver as
técnicas de reflexão. Desse modo, a maneira apropriada de
fazer generalizações sobre a realidade seria pelo método
dedutivo. Essa visão passou a se chamar de racionalismo.
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Immanuel Kant (1724-1804) em oposição as ideias
anteriores, compreende que a possibilidade de
conhecimento do real limita-se à observação do seu
comportamento e de suas relações, ou seja, do objeto
fenomenal.
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Enquanto o materialismo histórico representa o veio teórico
que explica o andamento do real, ou da sociedade, a
dialética representa o método de abordagem deste real
esforçando-se por compreender o fato da historicidade
humana, por analisar a prática efetiva do homem empírico e
por fazer a crítica das ideologias.
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O positivismo, ao se distanciar das questões metafísicas,
debruçou-se sobre o método de conhecer, concebendo o
fato como autônomo e verdadeiro levando a um
parcelamento do real nas investigações de problemas
passíveis de serem percebidos e constatados.
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O século XX presenciou um brutal desenvolvimento das
chamadas metodologias de pesquisa, partindo sempre do
pressuposto de que o real é cognoscível. Aspecto que tanto o
marxismo quanto o positivismo são acordes.
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O forte componente humanista da teoria marxista – além de seu
poder explicativo – atraiu os cientistas sociais comprometidos
com a justiça e equidade.
O método positivista se adaptou como uma luva à análise das
sociedades opulentas mascarando conflitos e enfatizando o
consenso como cimento entre as micro e as macroestruturas
sociais.
Ao expor em toda a sua crueza os mecanismos de funcionamento
do sistema capitalista, Marx desnudou as imagens
“modernizantes” de seu percurso de exploração e miséria,
apontando para as determinações inevitáveis da pobreza e da
dominação.
Ao positivismo restou o apego à quantidade, sempre mais
facilmente obtida.
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O apelo marxista tem levado quase sempre ao compromisso
político enquanto o apelo positivista se restringe aos
aspectos aparentemente neutros da objetividade no ato de
conhecer.
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As questões epistemológicas e metodológicas nas ciências
sociais estão subordinadas às teorias explicativas que o
pesquisador elege como responsáveis pelo funcionamento
da sociedade. Por trás dela situa-se sua visão de mundo, sua
ideologia, que fornecerá o substrato da sua crença na forma
como a sociedade se mantém – na inevitabilidade dessa
manutenção ou na possibilidade e necessidade de uma
transformação.
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Essas teorias devem ser avaliadas em termos de seu poder
explicativo sobre alguns aspectos da realidade. E diante
disso, focaliza-se aquilo que, para as ciências sociais, mais
interessa:
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Na pesquisa social as técnicas são secundárias. A questão
que se coloca para o cientista social, não é o domínio dos
métodos e técnicas de pesquisa social, mas suas escolhas
que de modo direto definem sua própria visão de mundo.
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As metodologias qualitativas são exemplos de reação contra
o paradigma estrutural, quase sempre associados a modelos
quantitativos de análise.
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Referências bibliográficas
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