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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx DEPA
COLÉGIO MILITAR DO RIO DE JANEIRO
(Casa de Thomaz Coelho / 1889)
MATEMÁTICA -2ª ANO – ENSINO MÉDIO

Princípio Fundamental da Contagem


Aprender a contar relacionando grupos;
grupos ou seja, conjuntos de certos objetos é a maneira como
as crianças iniciam sua aprendizagem; Morgado (1991) afirma que “contar”, desta forma, é a
primeira técnica matemática aprendida pelas crianças. Esse autor também pontua que enumerar
os elementos de um conjunto, de forma a determinar quantos são os seus elementos, é uma
fundamental técnica de “contar”, além do Princípio Multiplicativo e o Princípio Aditivo, que
juntos constituem uma ferramenta básica para resolver os problemas de contagem.

Estrutura de Conjuntos com Partições


Exemplo
- Numa pequena cidade brasileira, com apenas 1000 habitantes, observou-se
observou que não havia
mestiços, as quatro etnias distintas ( brancos, negros, índios e japoneses ), sabe se lá porque
motivo, não se misturaram ao longo dos anos. O Censo de hoje informa que 179 são negros,
350 é a quantidade total de quem não é branco assim como 932 é a quantidade total de quem
não é índio, qual a quantidade de japoneses desta
de cidade?
Temos que existem 1.000 habitantes e 932 não são índios, portanto 1.000 – 932 = 68 são
índios. Da mesma forma 350 não são brancos, logo 1.000 – 350 = 650 são brancos. Sendo
assim temos que: negros + brancos + índios são 179 + 650 + 68 = 897.
Como o temos 1.000 habitantes os japoneses são 1.000 – 897 = 103.
No caso de subconjuntos disjuntos; ou seja, subconjuntos distintos de um grande conjunto,
temos a mesma situação de uma partição de um conjunto, o que quer dizer subconjuntos com
conjunto, o total de elementos é a soma dos elementos
intersecções vazias cuja união é o grande conjunto,
de cada subconjunto.
Definição 1.1 Se P é uma partição do conjunto C, temos obrigatoriamente que
 n

P  pi  C /  pi  C  pi  p j   ; i, j  1...n com i  j
 i 1 
Total de Elementos = k1 + k2 + k3 + . . . + kn , onde ki é o número de elementos do subconjunto
de número “i” entre os “n” subconjuntos
sub considerados. (i =1, , nN*.
1, 2, 3, . . . ,n);
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 1
Estrutura de Conjuntos com Interseções

Exemplo
- Num grupo de 45 animais existem 32(trinta e
dois) que respiram na terra e 30(trinta) que
respiram na água, quantos destes animais são
anfíbios; ou seja, quantos respiram tanto na terra,
quanto na água?
É bem evidente que a conta 32+30 = 62 não bate
com o total de animais que é 45.
O que temos aqui é que a interseção dos dois
conjuntos está sendo contada duas vezes. O conjunto dos anfíbios, animais que respiram
tanto na terra quanto na água é contada no primeiro e segundo conjunto.
Este excesso de animais é exatamente o da quantidade da interseção e é o número que
responde nossa questão 62 – 45 = 17 anfíbios. Desta forma podemos calcular o quanto falta
para completar o conjunto de todos que respiram na terra 32 – 17 = 15, também calculando a
quantidade daqueles que respiram somente na terra;
assim como calculamos o quanto falta para completar
o conjunto de todos que respiram na água 30 – 17 =
13, analogamente a quantidade daqueles que respiram
somente na água. Podemos verificar assim os
subconjuntos disjuntos (sem interseções): os que
respiram somente na terra: 15, os que respiram tanto na
terra, quanto na água: 17 e os que respiram somente na
água: 13. Totalizando assim 15 +17 +13 = 45 animais.

No caso de A e B não disjuntos; ou seja, A  B   (interseção não é vazia), temos que (o


número de elementos de A  B)  nº(A  B) = nº(A) + nº(B) – nº(A  B).

Exemplo

- Numa entrevista com um grupo de 53 músicos, verificou-se


que existem 27 que cantam MPB, 25 que cantam músicas
Sertanejas, 23 que cantam Samba & Pagode e dentre estes
identificamos 10 que cantam tanto MPB quanto Sertanejas,
16 que cantam tanto MPB quanto Samba & Pagode, 8 que
cantam tanto Samba & Pagode quanto Sertanejas, além de
7 cantores que cantam as três categorias de música.
Quantos são os cantores deste grupo que não cantam
nenhuma destas três categorias?

Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 2


Num caso destes devemos entender que por se tratar de grupos, devemos nos referir a conjuntos
e que os elementos (no caso os músicos) podem pertencer a mais de um conjunto, propõem-se a
utilização de um diagrama de Venn para conjuntos.

- Devemos assim iniciar pela maior interseção


onde 7 cantores cantam as três categorias. O
enunciado diz que temos 8 cantores que cantam
tanto Samba & Pagode quanto Sertanejas,
deduzimos assim que, como nesta interseção, já
existem 7 nas três categorias, falta 1. Da mesma
forma como temos 16 tanto em MPB quanto em
Samba & Pagode e já existem 7 nas três
categorias, daí faltam 9; assim como pelo fato de
termos 10 tanto em MPB quanto em Sertanejas e
já existirem 7 nas três categorias, faltam 3.

Seguindo a mesma ótica, devemos completar os


quantitativos dos conjuntos, para que estejam
de acordo com os dados iniciais do problema.
Em M.P.B. temos 19, como são 27 faltam 8;
em Sertanejas temos 11, como são 25 faltam 14
e finalmente em Samba & Pagode temos 17,
como são 23 faltam 6.
A soma dos elementos é 8+3+14+9+7+1+6 =
48, como no início do problema foi dito que
eram 53 e faltam 5 que estão fora doas três
categorias.

O princípio Multiplicativo da contagem diz que se há n1 modos de se tomar uma decisão D1 e


tomada a decisão D1, há n2 modos de se tomar uma decisão D2, então o número de modos de
tomarmos sucessivamente as decisões D1 e D2 é n1  n2 .

Exemplo
- Com 3 pratos principais e 4 sobremesas, quantas refeições diferentes podemos ter?
4 escolhas de sobremesa

Escolhas de pratos = 3 4 escolhas de sobremesa  total de 12 escolhas para


uma refeição.
4 escolhas de sobremesa
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 3
Exemplo
- Um sistema antigo de emplacamento de veículos automotores terrestres dispunha de 2 letras
de um alfabeto de 26 letras, seguidas por uma sequência de 4 algarismos. O sistema posterior
de emplacamento para estes veículos, contava com 3 letras de um alfabeto de 26 letras,
seguidas pela mesma sequência de 4 algarismos. Quantas vezes mais veículos puderam ser
emplacados neste sistema em relação ao anterior?
Primeiro Sistema -
Para as letras temos 26 escolhas para cada e para os números temos 10 escolhas para cada.
Portanto um total de 26  26  10  10  10  10  262.104
Sistema Posterior -
Para as letras temos também 26 escolhas para cada e para os números temos igualmente 10
escolhas para cada.
Portanto temos um total de 26  26  26  10  10  10  10  263.104

Desta forma houve um emplacamento de 26 vezes o número anterior de veículos; ou seja, 25


vezes a mais que a quantidade anterior de veículos.

Exemplo
- Quantos são os números de 3 algarismos distintos?

Temos 3 decisões sucessivas:


o primeiro algarismos só não pode ser “0”  9 escolhas;
o segundo pode ser qualquer um, inclusive o “0”, só não pode
repetir o 1º algarismo e o terceiro pode ser qualquer um que não
tenha sido usado no 1º ou 2º algarismos.

1º - Colocar-se no lugar daquele que deve executar as tarefas, que deve fazer as ações
propostas.
2º - Não fazer tudo de uma só vez, dividir em etapas a cada decisão;
3º - Não adiar dificuldades, (decisões mais difíceis devem ser tomadas em primeiro lugar;
ou seja, no caso de casas com restrições, as casas com mais restrições devem se
calculadas antes das que têm menos ou nenhuma restrição).
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 4
- Ao considerarmos o exercício anterior de traz para frente, temos obviamente:
10 escolhas para o último algarismo e 9 escolhas para o segundo, só
não podendo repetir o último algarismo, mas a partir daí não
conseguimos decidir sobre quantas escolhas temos para o primeiro
algarismo, pois se no último ou segundo tivermos usado o “0”
teremos 8 escolhas para o primeiro, porém se em nenhum dos dois
houve utilização do “0”, temos 7 opções para o primeiro.
Não há como contar, corretamente, com uma única multiplicação, nesta escolha de ordem.

Exemplo
- Quantos são os números de 3 algarismos formados por { 1, 2, 3, 4, 5 }?
Cinco escolhas para o primeiro, cinco para o segundo e cinco para o terceiro
5  5  5  53  125 .

Exemplo semelhante com uma pequena diferença


- Quantos são os números pares, de 3 algarismos, formados por { 1, 2, 3, 4, 5 }?
Duas escolhas para o terceiro, cinco para o primeiro e cinco para o segundo
5  5  2  50 .

Mesmo exemplo com mais uma pequena diferença


- Quantos são os números de 3 algarismos distintos, formados por { 1, 2, 3, 4, 5 }?
Cinco escolhas para o primeiro, quatro para o segundo e três para o terceiro
5  4  3  60 .

Mesmo exemplo com uma sutil diferença na forma de raciocínio


- Quantos são os números pares, de 3 algarismos distintos e formados por { 1, 2, 3, 4, 5 }?
Duas escolhas para o terceiro, quatro para o primeiro e três para o segundo e
4  3  2  24 .

Exemplo
- Quantos são os subconjuntos de { a1 , a2 , a3 , . . . , an }?
Há exatamente 2 escolhas para cada elemento. Estar, ou não, no subconjunto.
2  2  . . .  2  2n subconjuntos.

Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 5


Exemplo
- Quantos são os números ímpares de 3 algarismos?
O algarismo mais restrito é o último que só pode ser 1, 3, 5, 7
ou 9  5 escolhas; o primeiro também possui restrição, pois
não pode ser “0”  9 escolhas; para o segundo não há
restrição  10 escolhas.

Mesmo exemplo com uma pequena restrição


- Quantos são os números ímpares de 3 algarismos distintos?
O algarismo mais restrito é o último que só pode ser 1, 3, 5, 7 ou
9  5 escolhas;
o primeiro também possui 2 restrições, pois não pode ser “0” e
não pode repetir o último  8 escolhas;
para o segundo não podemos repetir os algarismos do último e
do primeiro dígito, mas podemos usar o “0”  8 escolhas.

Mesmo exemplo com uma variação sutil do enunciado


- Quantos são os números pares de 3 algarismos distintos?
Não é possível fazer esta contagem com uma única multiplicação como nos itens
anteriores. Vejamos: o algarismo mais restrito é o último que só
pode ser 0, 2, 4, 6 ou 8  5 escolhas; a quantidade de escolhas
para o primeiro dígito já não pode ser definida desta forma,
pois se o último for “0” temos 9 escolhas, se o último não tiver
sido “0” só temos 8 escolhas.
Não há como decidir nesta escolha de ordem.

Técnica – É uma boa idéia que resolve inúmeros problemas.


Truque – É a boa idéia que resolve um número muito restrito de problemas.

O princípio aditivo da contagem diz que se em uma tomada de uma decisão qualquer,
verificamos que existem n1 formas de escolha do elemento E1, assim como há n2 formas de
escolha do elemento E2 ou até mais formas de escolha de outros elementos que dependam
diretamente da decisão tomada, a contagem das opções de escolha não pode ser como fazemos
no Principio Multiplicativo.
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 6
Quando dependendo da decisão o número de formas de escolha varia, a contagem deve ser
separada, pois o acontecimento de uma impede o acontecimento de outra.
Pelo Princípio Aditivo devemos separar a contagem em tantas quantas forem as formas,
distintas, de se tomar a decisão. Dito de outra maneira, o Princípio Aditivo é a regra da soma e
nos diz que se um elemento pode ser escolhido de “n” formas e um outro pode ser escolhido de
“m” formas, então o total de escolhas é de n + m, desde que tais escolhas sejam independentes,
isto é, nenhuma das escolhas de um elemento pode coincidir com a escolha do outro.

O Princípio Aditivo, em geral, é aplicado nos casos em que as decisões são interligadas pelo
conectivo “OU”, característico de opções mutuamente excludentes; ou seja, uma opção exclui a
possibilidade da outra.

Exemplo
- Uma jovem está com um cartão de crédito para pagar quantos ingressos quiser em quaisquer
que sejam os preços dos teatros e cinemas de sua cidade; no entanto, ela só possui dinheiro
de passagem para uma ida e volta a uma das escolhas possíveis entre 4(quatro) cinemas e
5(cinco) teatros. Sabendo-se que está descartada a possibilidade de ida ou volta a pé e que
também não se pode percorrer a pé a distância entre os teatros ou cinemas de qualquer forma,
em quantas diferentes a jovem poderá se divertir?
Uma decisão – Ir ao cinema: 4 possibilidades.
Outra decisão – Ir ao teatro: 5 possibilidades.
Total de decisões 4 + 5 = 9 possibilidades diferentes de diversão.

Considerando ainda o problema de quantos são os números pares de 3 algarismos distintos


(uma variação sutil do exemplo 9), podemos usar uma Técnica 1. Contar separadamente dois
grupos como apresentado a seguir:

Números não terminados em zero Números terminados em zero


Se o último não for “0” temos 4 escolhas Se o último é “0” temos 1 escolha;
possíveis {2, 4, 6, 8}, para o primeiro para o primeiro sobram 9 escolhas e
sobram apenas 8 escolhas, pois não pode para o segundo 8.
ser “0” e no último foi escolhido um
algarismo diferente de “0”, logo para o
segundo existem 8 escolhas, pois o “0” Assim temos 256 + 72 = 328 números,
pode ser usado, mesmo resultado como da forma
anterior de contagem.

Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 7


Neste caso, em especial, podemos ainda usar uma Técnica 2. Abandonar a restrição do não
iniciado por “0” e depois corrigir a contagem.
Números pares de algarismos distintos Números pares iniciados por zero
iniciados ou não por zero Se o primeiro é “0” temos 1 escolha;
Temos 5 escolhas possíveis para o para o último temos somente 4
último, {0, 2, 4, 6, 8}; sobram 9 escolhas escolhas possíveis {2, 4, 6, 8}; para o
para o primeiro e 8 escolhas para o segundo sobram 8 escolhas.
segundo.

Assim temos 360 – 32 = 328 números.

Podemos usar também um Truque. No “Exemplo 2” calculamos quantos são os números de 3


algarismos distintos: 648, como pelo segundo item do “Exemplo 4” calculamos quantos são os
números ímpares de 3 algarismos distintos: 320. Sabemos que se tirarmos a quantidade de
ímpares do total de números de três algarismos distintos, teremos a quantidade de pares de
três algarismos distintos ; ou seja: 648 – 320 = 328. Mas este truque funcionou aqui por
existir somente uma dualidade numérica: PAR e ÍMPAR, se a questão estudada fosse relativa a
uma qualidade com quantidade superior a 2(dois); ou seja, se existissem mais grupos distintos,
além de pares ou ímpares, não poderíamos usar o truque.

Exemplo
- Quantas são as formas de colorir o trapézio ao
lado, com 5 cores distintas, de forma que os
setores que têm uma reta como fronteira não
possuam uma mesma cor?
Vamos a princípio considerar a mesma ordem dos
quadrantes do plano cartesiano.

Não é possível pensar em resolver com uma única


contagem, pois temos uma escolha de 5 cores para
o 1º quadrante, temos 4 cores para o 2º quadrante
e para o 3º quadrante também temos a opção de 4
cores (só não podemos repetir a cor da última
parte pintada) ; no entanto não podemos saber
quantas são as escolhas do último quadrante, pois se o 1º e o 3º tiverem cores iguais teremos
4 opções de cores e se o 1º e o 3º tiverem cores distintas só teremos 3 opções.

Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 8


Devemos dividir esta contagem em dois
casos: o 1º e o 3º quadrantes com cores iguais.
Temos 4 cores para o 2º quadrante e portanto
4 cores para o 4º quadrante.
Totalizando assim em 5  4  1  4  80 opções de coloração.
Considerando agora o outro caso:
1º e o 3º quadrantes com cores distintas.
Temos 4 cores para o 2º quadrante, portanto
somente 3 cores para o 4º quadrante (pois não
podemos repetir as cores dos 2 quadrantes
fronteiriços).
Totalizando assim em 5  4  3  3  180 opções de coloração.
Logo a quantidade de formas de se colorir o trapézio é 80 + 180 = 260.
Neste exemplo ainda podemos utilizar uma
outra técnica.
Podemos ignorar a contagem repetida de
cores no o 4º quadrante, admitindo que se
possa repetir, no 4º quadrante, a cor do 1º
quadrante; portanto 5  4  4  4  320 .
Corrigimos a contagem indevida fazendo a
contagem de quantas vezes acontece a
repetição de cores entre 1º e o 4º quadrantes.
Desta forma o 1º e o 2º quadrantes têm a
mesma contagem do item anterior, o 4º
quadrante agora tem uma única escolha,
repetir a cor do o 1º quadrante e o 3º quadrante passa a ter somente 3 opções pois não pode
repetir o 2º ou o 4º; portanto 5  4  3  1  60 . Assim o total de formas de se colorir o
trapézio é 320 – 60 = 260.

Como foi informado anteriormente, Técnica é aquela que resolve inúmeros exercícios e a
Técnica de contagem a mais com a devida correção da contagem é muito usual em
combinatória. Neste exercício não foi possível usar o Truque dos pares e ímpares que usamos
na variação sutil do exemplo 8. Isto não pôde ocorrer, pois não existem somente duas cores;
neste exercício são 5 opções de cores, lá o truque funcionou por existirem somente dois grupos
(pares e ímpares) e existir a facilidade de contar um deles.

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Bateria de Exercícios

1) Calcule corretamente as contagens:

a) Um supermercado realizou uma pesquisa sobre o consumo de três marcas: A, B e C de um


produto muito consumido naquele bairro. O resultado foi que 56 pessoas consumiam a marca
A, 48 consumiam a marca B, 38 consumiam a marca C, além de que 30 consumiam as
marcas A e B, 24 consumiam as marcas A e C, 20 consumiam as marcas B e C, 18
consumiam as marcas A, B e C e 14 não consumiam nenhuma destas marcas. Quantas foram
as pessoas entrevistadas na pesquisa?

b) Uma agência de viagens indica passagens para Rio – Los Angeles através de 4(quatro)
companhias: Gol, KLM, Azul e Lufthansa. O viajante pode escolher entre: 1ª Classe, Classe
Executiva e Econômica. De quantas maneiras diferentes um passageiro pode fazer uma
escolha?

c) Um Almoço terá três partes: entrada, prato principal e sobremesa. De quantas maneiras
diferentes ele poderá ser composto, se há 9(nove) tipos de entradas, 4(quatro) tipos de pratos
principais e 3(três) tipos de sobremesa?

d) Uma unidade de metrô possui 8(oito) portas, de quantas formas diferentes possíveis, um
passageiro pode entrar e sair de uma unidade:
I) por uma porta diferente daquela que entrou?
II) Podendo utilizar a mesma porta de entrada?

e) Deseja-se formar números de quatro algarismos divisíveis por 5(cinco). Quantos números
podemos formar, usando somente os algarismos 0, 1, 2 , 3, 4, 5, 6?

f) Uma prova tem 10(dez) questões de múltipla escolha, de quantas maneiras diferentes ela
pode ser respondida, se cada questão tem:
I) 4(quatro) alternativas, pois é de Ensino Fundamental?
II) 5(cinco) alternativas, pois é de Ensino Médio?

g) Quantas conjuntos diferentes de iniciais de nomes, podemos formar, se todos do cadastro


têm somente um sobrenome e:
I) um único nome?
II) dois nomes?

h) Um aluno está procurando soluções de equações da forma 2.x = a + b, que possuam soluções
inteiras. Sabendo-se que a{1, 2, 3, 4, 5} e b{1, 2, 3, 4, 5}, quantas equações diferentes o
estudante poderá escolher neste caso?
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 10
Fatorial
A análise combinatória é um ramo da Matemática que exige o conhecimento de uma operação
específica, o Fatorial de número natural maior ou igual a dois. Fatorial é uma operação indicada
pelo símbolo de exclamação “!” e calcular o Fatorial de um número natural é obter o produto
deste número por todos os seus antecessores não nulos; ou seja, é encontrar o produto deste
número por todos os seus antecessores até o 2(dois), uma vez que é irrelevante para o resultado
calcular o produto até o 1(um). O Fatorial é definido para “n” maior ou igual a “2”, pois
somente números maiores ou iguais a “2” tem antecessores não nulos.
Fatorial de um número natural “n” maior ou igual a 2 é indicado e calculado por:
n!= n  (n – 1)  (n – 2)  (n – 3)  . . .  3  2 1= n  (n – 1)  (n – 2)  (n – 3)  . . .  3  2.
Mais tarde podemos mostrar que para atender às condições lógicas da matemática, 0! = 1 assim
como 1! =1, uma vez que a definição não se aplica a estes números. Este fato é demonstrável,
pois do contrário teríamos inconsistências nos cálculos de agrupamentos que veremos
posteriormente.

Exemplo
- 6!  6  5  4  3  2  720 3!  4!  6  24  144

10! 10  9  8! 8! 8  7  6  5  4!
-   10  9  90   7  2  5  70
8! 8! 4!4! 4  3  2  4!

(n  3)! (n  3)  (n  4)  (n  5)!
-   (n  3)  (n  4)  n 2  7n  12
(n  5)! (n  5) !

n!(n  1)! n  (n  1)  (n  2)!(n  1)  (n  2)! n 2  n  n  1 n 2  1


-   
(n  1)!(n  2)! (n  1)  (n  2)!(n  2)! (n  1)  1 n2

- Resolva a equação:
(n  1)!  (n  1)! 55 (n  1)  n  (n  1)!(n  1)! 55
   
n! 7 n  (n  1)! 7
n2  n  1 55
  7(n 2  n  1)  55n  7n 2  7n  55n  7  0 
n 7

 
7n2  48n  7  0     482  4  7   7   22  24 2  22  7 2  22  24 2  7 2 
2 1
 
 
2
 ( 48)  50 48  50 14 7 ; logo n=7.
2 2  252  502 e n   
27 14 98
7
14
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 11
- Encontre a(s) raiz(es) da equação (5x – 7)!= 1.
Para atender às condições temos que:
5x – 7= 1 ou 5x – 7= 0
7 8
5x = 1+ 7  S , 
8 7 5 5
daí 5x  8 e x e 5x  7 e x
5 5
- Determine o algarismo das unidades da soma 1! + 2! +3! + 4! + 5!+.....+ 100!.
Temos 1!=1, 2!=2, 3!=6, 4!=24 e 5!=120. Como a partir de 5!, todos serão múltiplos de 10,
não existirá fatorial com algarismo da unidade diferente de “0”. Desta forma basta somarmos
1! + 2! +3! + 4!, que são os responsáveis pelo algarismo das unidades. 1+2+6+24=33; assim
o algarismo das unidades da soma acima é o “3”.

Bateria de Exercícios

2) Calcule os resultados das expressões com fatoriais.

a) 5!  4! b) 3  (0!)!2 0! 

c) 5!(2!)!  23!  d) (5 . 3! –4 . 4! )! =
501! 6!
e)  f) 
500 ! 2!3!
11! 7! 9!
g)  h) 
10!  9! 8!  6!
11! 7! 11! 13!
i) 2    j) 
12! 9! 12! 10!
1 1 (n  2)!
k)   l) 
(n  1)! n! (n  4)!

9! 9!
3) Quais dos valores e é maior?
6!7! 6!3!

8! 8!
4) Qual a soma das expressões e ?
4!4! 5!3!

(n  1)! 1
5) Determine o valor de “n” em 
(n  1)!  n! 81

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Agrupamentos
A análise combinatória é a área da Matemática que estuda a quantidade de agrupamentos que
podem ser formados a partir de um conjunto de valores. Ela tem o objetivo de estudar os
agrupamentos que são resolvidos pelo P. F. C. (Princípio Fundamental da Contagem) visto no
tópico 1.1 deste capítulo. É válido destacar que o cálculo dos agrupamentos é de grande
importância para a área de Probabilidade, o que torna a análise combinatória um pré-requisito
para estudá-la. Os agrupamentos são basicamente de três tipos: a Permutação, o Arranjo e a
Combinação.Cada um deles tem subdivisões e servem para resolver contagens específicas;
reconhecer no problema o tipo de agrupamento de que ele trata é o que torna a solução mais
rápida e fácil pelo cálculo com agrupamentos; do contrário quando analisamos e deduzimos a
solução pelo P.F.C., a objetividade do processo fica comprometida e pode acabar tornando-o
mais longo além de mais complicado de se entender. Vamos estudar agora técnicas de
contagem baseadas em agrupamentos que simplificarão a resolução de problemas.

Dado um conjunto de “n” elementos; chamamos de Permutação dos “n” elementos a toda
arrumação, disposição, ordem ou fila possível entre os “n” elementos do conjunto, de forma a
cada uma ser distinta uma das outras.
O que chamamos de permutação, que quer dizer troca é a contagem de todas as possíveis
ordens diferentes, que podemos apresentar “n” objetos de um conjunto.

Permutação Simples (Sem Repetições).


Inicialmente estudaremos a Permutação Simples, considerando um conjunto de “n” elementos
distintos, calculamos que temos “n” opções para o primeiro, “n–1” opções para o segundo, “n–
2” opções para o terceiro, até que só reste uma única opção para o último elemento.
O número total de permutações simples de “n” elementos é indicado por Pn e é calculado por:
Pn  n! n  (n  1)  (n  2)  . . .  2 .

Exemplo
- Em quantas ordens podemos arrumar os objetos { a1 , a 2 , a 3 , . . . , a n }?
Este problema é equivalente ao problema de se contar quantas filas distintas podem ser feitas
com “n” pessoas.
Temos “n” escolhas para o 1º lugar, “n–1” escolhas para o 2º lugar, “n–2” escolhas para o 3º
lugar e desta forma até que se tenha: 2 escolhas para o penúltimo lugar e 1 escolha para o
último lugar.
Desta forma a solução é o produto n  (n  1)  (n  2)  . . .  2  1, portanto temos uma
aplicação de permutação de “n” objetos Pn  n! .
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 13
Definição 1.2: ANAGRAMA – Chamamos de anagrama de uma palavra, uma troca ou
permutação qualquer de suas letras, independente da
palavra existir ou não no idioma.

Exemplos de Anagrama:
A palavra PORTA possui, pelo menos, oito anagramas que fazem sentido na língua.
PARTO PRATO TROPA OPTAR | TORAP OTPOR PTOAR . . .
POTRA TRAPO RAPTO TOPAR | APTOR RAPOT ORTAP . . .
De forma geral a maior parte dos anagramas, de uma palavra, não faz sentido na língua, neste
caso, inclusive, são P5  5!  5.4.3.2.1 120 no total.

É importante que fique claro que isto não configura em xenofobia e em nenhum tipo de
preconceito, até por tratar-se de uma inversão de letras que poderia significar também
inversão de significado da palavra. O uso deste exemplo só é significativo, por tratar-se de
uma palavra razoavelmente grande que possui um anagrama que tem significado na língua, o
que não é comum.

Exemplo
- Quantos são os anagramas da palavra CAPÍTULO?
Como são oito letras temos P8  8!  8  7  6  5  4  3  2  40.320 anagramas.

Exemplo semelhante com uma pequena diferença


- Quantos são os anagramas da palavra CAPÍTULO iniciados e terminados por consoante?
4 opções de iniciar com 3 opções para terminar e permutação de 6 letras no meio da palavra
independente da escolha de início e final. 4  6!  3  12  6!  8.640

Três casos de mesmo exemplo com pequena diferença


- Quantos são os anagramas da palavra CAPÍTULO iniciados por “C”?
1 opção de início portanto temos uma permutação de 7 letras no fim da palavra.
1  7!  7!  7  6  5  4  3  2  5.040
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 14
- Quantos são os anagramas da palavra CAPÍTULO terminados por “A”?
1 opção para o final portanto temos uma permutação de 7 letras no início da palavra.
7!  1  7!  7  6  5  4  3  2  5.040
- Quantos são os anagramas da palavra CAPÍTULO iniciados por “C” e terminados por “A”?
1 opção de início e uma opção de final, logo temos uma permutação de 6 letras no meio da
palavra. 1  6!  1  6! 6  5  4  3  2  720

Exemplo anterior com uma sutil diferença no enunciado


- Quantos são os anagramas da palavra CAPÍTULO iniciados por “C” ou terminados por “A”?
Para resolver este problema devemos lembrar
que: Nº (A  B)  Nº (A)  Nº (B)  Nº (A  B)
onde Nº(X) é o número de elementos do
conjunto “X”. Portanto a quantidade de
anagramas que iniciam por “C” ou terminam
em “A” é 7!6!6!7!6! 2  7!6! 2  7  6!6! (14  1)  6!  13  6!

Permutação com Repetições


Estudando a Permutação com Repetição em um conjunto de “n” elementos não todos distintos,
com quantidades ki de “i” objetos que estão repetidos; onde cada objeto indexado por “i” está
repetido na quantidade “ki”, observemos que o cálculo que temos de Pn  n! deve sofrer
desconto de todas as permutações entre os “i” elementos repetidos, pois a permutação deles não
faz diferença nas apresentações, uma vez que não há como perceber diferença na troca de
objetos iguais. Como o cálculo de objetos permutados é feito por multiplicações o desconto
deve ser feito pela divisão dos casos em que a troca não trará diferença na sequência.
n!
Pnk1 , k 2 ,.....,k i , 
k1!k1!. . . k i !

Exemplo
- Quantos são os anagramas da palavra “ARARAQUARA”, que não apresentam as três letras
“R” juntas?
Palavra de 10 letras com 5 letras “A”, 3 letras “R”, 1 letra “U” e 1 letra”Q”.
10! 10  9  8  7  6  5!
Total de anagramas é P 5,103    10  9  8  7  5.040
5!  3! 3  2  5!
Contemos agora aqueles que contêm as três letras “R” juntas, 10 letras menos 3 são 7, com
8! 8  7  6  5!
um único bloco de RRR: P 58    8  7  6  336 . Desta forma calculamos
5! 5!
então aqueles que não contém as três letras juntas: 5.040 – 336= 4.704.
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 15
Exemplo
- Quantas são as composições diferentes que se pode fazer a partir de 14 cerâmicas, dispostas
lado a lado, de mesmo formato e tamanho, mas sendo que 2(duas) amarelas, 3(três) verdes,
4(quatro) azuis e 5(cinco) vermelhas.
Queremos permutar 14 objetos; ou seja, 14 cerâmicas; no entanto cada vez que fizermos uma
permutação entre cerâmicas de mesma cor não teremos uma nova composição, daí devemos
descontar as permutações possíveis entre os objetos repetidos e neste caso descontar as
permutações entre os objetos repetidos, pois a contagem de permutação parte do princípio
14!
multiplicativo. Sendo assim temos P142, 3, 4, 5 
2!3!4!5!

Exemplo
- Considerando todos os anagramas da palavra “MATEMATICA”, quantos deles são
terminados por vogal?
Palavra de 10 letras, com 3 letras A, 2 letras M, 2 letras T, 1 letra C, 1 E e 1 I.
Temos três vogais distintas: A, E e I.
9!
Devemos contar inicialmente as terminadas em “A” daí P2,92, 2   45.360
2!2!2!
9!
Agora as terminadas em “E” ou “I” 2  P3,92, 2   2  30.240 .
3!2!2!
Daí temos o total 45.360 + 30.240 = 75.600.

Mesmo exemplo com uma pequena diferença


- Considerando ainda os anagramas da palavra “MATEMATICA”, quantos deles se iniciam
por consoantes?
Temos três consoantes distintas: M, T e C.
9!
Devemos contar inicialmente as iniciadas por “C”  1  P3,92, 2   15.120
3!2!2!
9!
Agora as iniciadas por “M” ou “T”  2  P3,92  2   60.480
3!2!
Daí temos o total 15.120 + 60.480 = 75.600.

Mesmo exemplo com uma pequena variação de enunciado


- Quantos destes anagramas têm como letra inicial “M” e terminam com a letra “A”?
8!
1  P 2,8 2  1   10.080
2!2!

Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 16


Mesmo exemplo com outra variação sutil do enunciado
- Quantos destes anagramas têm como letra inicial “T” ou terminam com a letra “E”?
9!
Neste caso devemos contar primeiramente os que iniciam por “T”. 1  P3,92   30.240
3!2!
9!
Depois os que terminam em “E”. P3,92, 2  1   15.120 e ainda os que iniciam em
3!2!2!
8!
“T” e terminam em “E”. 1  P3,82  1   3.360
3!2!

Logo os iniciados em “T” ou terminados em “E” são 30.240+15.120–3.360 = 42.000.

Conforme a fórmula dada no exemplo 2 do princípio enumerativo.

Dado um conjunto de “n” elementos distintos, chamamos de Arranjo de “n” elementos tomados
“p” a “p” a uma sequência de “p” elementos escolhidos entre os “n” existentes e representamos
por A n , p . Da mesma forma que fazemos no P.F.C. ao escolher apenas alguns elementos entre
todos os existentes a expressão do cálculo do número de “p” elementos escolhidos entre “n”
n!
possíveis é A n , p  , já que temos a escolha de “p” em “n” X1 X2 X3 . . . Xp  Xp+1
(n  p)!
Xp+2 . . . . Xn-2 Xn-1 Xn , descontamos n–p.

A fórmula é explicada pelas escolhas restritivas.


n! (n  p)  (n  p  1)  ...  3  2  1
An , p   n  (n  1)  (n  2)  ...  (n  p  1) 
(n  p)! (n  p)  (n  p  1)  ...  3  2  1

Também podemos entender Arranjo de “n”, “p” a “p” como a quantidade de arrumações de “n”
objetos, que podemos fazer em “p” posições.
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 17
Exemplo
- Quantas são as possíveis escolhas de uma chapa para presidente e vice-presidente entre
quatro pessoas candidatas?
Sejam A, B, C e D temos: AB, BA,..., CA,... DA, portanto 4 escolhas para a presidente e
sobram 3 para a o vice, pelo P.F.C. temos 4  3  12 .
AB AD BC CA CD DB
AC BA BD CB DA DC 12 Chapas diferentes.
Utilizando o agrupamento trata-se de um Arranjo de quatro dois a dois, pois devemos
escolher duas posições possíveis para quatro pessoas.
4! 4! 4  3  2!
A4 , 2     4  3  12
(4  2)! 2! 2!

Exemplo
- De quantos modos podemos formar senhas de 3 letras entre os elementos do conjunto { A, B,
C, D, E }?
Pelo P.F.C. utilizamos a organização de filas, contando todas as filas possíveis de 3 letras,
5! 5! 5  4  3  2!
entre as cinco disponíveis:    5  4  3  60 ; ao selecionarmos três
(5  3)! 2! 2!
letras dentre cinco temos A5 , 3 .

Mesmo exemplo com uma pequena alteração de enunciado


- Quantos são os resultados possíveis, para os três primeiros lugares, de uma prova de natação
realizada entre cinco concorrentes: Ana, Bob, Clo, Del e Ely?
Da mesma forma pelo P.F.C., organizando filas, contamos todas as filas possíveis de 3
pessoas dentre cinco escolhas possíveis: 5  4  3  60 .
5! 5! 5  4  3  2!
Por agrupamento devemos ter: A5 , 3     5  4  3  60
(5  3)! 2! 2!
Exemplo
- Quantas são as possíveis configurações de presidente e vice-presidente, escolhidas dentre duas
chapas: uma com 4 pessoas e outra com 5 pessoas, onde cada uma das pessoas pode assumir
qualquer um dos cargos, mas candidatos de chapas diferentes não podem compor uma
configuração; ou seja, só podem ser presidente e vice-presidente, candidatos de uma mesma
chapa?

1ª Chapa 5  4  20 - A5 , 2 2ª Chapa 4  3  12 - A4 , 2
Temos assim 20 + 12 = 32 configurações distintas para a eleição.
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 18
Exemplo
- De um total de 10(dez) enxadristas que participam de um campeonato de xadrez, onde todos
jogam contra todos, um deles venceu todas as partidas, quantas possíveis classificações nós
teremos para os 3(três) primeiros colocados?

Aquele que venceu todas as partidas é o primeiro lugar por conclusão imediata. Nos resta
então decidir entre os nove que ficaram, qual deles vai ficar com o 2º e 3º lugar. Sendo assim
temos:
9! 9! 9  8  7!
A     9  8  72
9,2 (9  2)! 7! 7!

Exemplo
- Se um número de telefone é formado por 8 algarismos, quantos números de telefone podemos
formar com algarismos diferentes, que comecem com 2 e terminem com 8.

No formato , temos que o número 2 é fixado na 1ª posição e o


8 na última, restam então 6 posições para serem ocupadas por possíveis 8 algarismos e cada
um deles deve ser diferente. Sabendo-se que a ordem dos algarismos diferencia números de
telefone, devemos arranjar 8 algarismos 6 a 6.

8! 8! 8  7  6  5  4  3  2!
A8 , 6     8  7  6  5  4  3  20.160
(8  6)! 2! 2!

Dado um conjunto de “n” elementos distintos, chamamos de Combinação de “n” elementos


tomados “p” a “p” a qualquer subconjunto de A com de “p” elementos.
Observa-se agora que neste tipo de agrupamento a ordem que o objeto ocupa, não mais é
relevante, apenas a existência ou não do objeto no grupamento é que faz diferença.
De uma forma geral qualquer permutação de uma mesma determinada sequência ordenada, dá
origem a uma única combinação e representamos por C . Desta forma devemos
n,p

desconsiderar todas as permutações de um mesmo arranjo de “n” elementos tomados “p” a “p”;
portanto genericamente o número de combinações de “n” elementos distintos, tomados “p” a
“p” é dado por

A n!
n, p (n  p)! n!
C    .
n,p p! p! (n  p)!  p!
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 19
Exemplo
- De quantos modos podemos escolher uma comissão formada por 3 alunos numa turma que
contém 20 alunos?
Considerar que temos 20 escolhas para a 1ª pessoa, 19 para a 2ª e 18 para a 3ª pessoa é
simplesmente um arranjo A 20,3 , está impondo uma escolha de pessoas em uma determinada
ordem e numa comissão ou simplesmente num grupo de pessoas não tem que haver ordem,
desta forma temos que desconsiderar todas as permutações entre as três pessoas - P3 .
A escolha de uma comissão é uma combinação qualquer de 3 pessoas entre as 20 existentes;

20!
A (20 - 3)! 20! 20.19.18.17!
isto é: 20,3     20.19.3  1140
P3 3! 17!3! 3.2.17!

Observe que em uma combinação a troca de ordem dos seus elementos, não se configura
num grupo distinto, pois ainda está sendo contado como o mesmo conjunto; portanto a
mesma combinação.

Exemplo
- De quantos modos podemos selecionar 3 objetos dentre 8 objetos distintos?
Podemos pensar numa fila de 8 objetos. A B C | D E F G H , é claro
que 3 selecionados 5 descartados não é 8!.
Acontece que a apresentação desta mesma seleção pode ocorrer em todas as permutações dos
3 selecionados e nas permutações dos 5 descartados; ou seja, o conjunto selecionado é
contado 3! 5! vezes mais.
Devemos corrigir a contagem a mais dividindo o número de permutações possíveis pelas
que representam os mesmos grupos. Assim o número de seleções de 3 objetos de 8 é
8! 8.7.6
  56  C8,3 .
3!  5! 3.2
Generalizar para uma seleção de “p” objetos dentre “n” objetos distintos, como:
a1 a 2 a 3 . . . a p | a p 1 a p  2 . . . a n -1 a n num total de n! permutações
“p” objetos selecionados “(n –p)” objetos descartados.
Temos como a quantidade da seleções de “p” objetos dentre “n”
n!
Cn,p 
(n  p)!  p!

Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 20


Exemplo
- O mapa de uma cidade é formado por 6 bairros distintos. Deseja-se pintar este mapa com as
cores vermelha, azul e verde, do seguinte modo: um bairro deve ser vermelho, dois bairros
azuis e os demais verdes. De quantas maneiras distintas isso pode ser feito?
Não faz diferença por onde iniciar. Podemos iniciar pela menor quantidade de cor:
Primeira mente temos 6(seis) opções para o 1º bairro vermelho.
5! 5  4  3! 5  4
Após esta escolha temos C     5  2  10 , que são as
5, 2 (5  2)!2! 3!2! 2
combinações de possíveis duplas entre os cinco bairros restantes azuis.
Ficando somente três bairros para pintarmos de verde, portanto uma única escolha.

Assim temos 6  10  1  60 formas de pintar o mapa.


Ou ainda podemos iniciar pela maior quantidade de cor: temos 6 bairros para que 3 fiquem
6! 6  5  4  3! 6  5  4
com a cor verde C     5  4  20 .
6, 3 (6  3)!3! 3!3! 3 2
3! 3  2!
Após esta escolha temos 3 bairros para 2 cores azuis; portanto C    3.
3, 2 (3  2)!2! 1!2!
Ficando somente um bairro para pintarmos de vermelho. Da mesma forma 20  3  1  60
formas de pintar o mapa.

Exemplo
- Quantas saladas distintas, contendo 4 tipos de fruta, podemos fazer com 10 tipos de fruta?
10! 10  9  8  7  6! 10  9  7
Queremos exatamente C10 , 4     210
6!4! 4  3  2  6! 3
Exemplo
- Considerando um grupo de 5 homens e 4 mulheres, deseja-se formar uma comissão de 4
pessoas com exatamente 2 homens.
Temos duas decisões a tomar, escolher dois homens e duas mulheres.
5! 4! 5  4  3! 4  3  2! 5  4 4  3
C5,2  C4,2        10  6  60
(5  2)!2! ( 4  2)!2! 2  3! 2  2! 2 2
comissões. Um erro clássico seria escolher dois homens + duas mulheres assim:
5  4  4  3  240 , pois assim desta forma estaríamos contando uma mesma comissão várias
vezes, pois essa formulação é para agrupamento de arranjo e temos uma combinação.

Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 21


A maior parte dos erros de contagem, quando acontecem, são para mais do que o valor correto,
isto não quer dizer que as contagens a menor não ocorram, mas sim que é mais provável o erro
para um número muito maior que o correto do que para um número menor. A falta de análise
ou atenção faz com que contemos os grupamentos um número variado de vezes, que não é
necessariamente um número fixo para todos os grupamentos; num mesmo exercício, alguns
grupos podem ser contados um número “k” de vezes e para outros grupos similares
conseguimos contar um número “w” de vezes, por exemplo: consideremos o mesmo grupo
anterior de 5 homens e 4 mulheres para fazermos a seguinte contagem:
- Uma comissão de 4 pessoas com pelo menos 2 homens.
1ª Forma – Contamos todas as comissões de 4 pessoas que podemos formar com 9 pessoas e
descontamos as comissões com nenhum homem (ou só de mulheres) e as comissões
com 1 só homem.
9! 4! 4! 9.8.7.6 4!
C49  C44  5  C34    5    5  4  126  1  20  105
5!4! 4!0! 1!3! 4.3.2 4!
2ª Forma – Contamos todas as comissões possíveis: 4 homens, 3 homens e 1 mulher e 2
homens e 2 mulheres.
5! 4! 5! 4! 5! 4!
C54  C04  C53  C14  C52  C24       =
1!4! 4!0! 3!2! 3!1! 2!3! 2!2!
5.1  5.2.4  5.2.6  5  40  60  105

3ª Forma – Podemos escolher logo 2 homens e depois completamos o conjunto com qualquer
um dos sete restantes: C52  C72  10  21  210
Diante desta resposta chegamos a uma conclusão muito simples: a primeira e segunda podem
estar erradas, a terceira pode estar errada ou todas podem estar erradas, pois como as respostas
são distintas é óbvio não podem estar todas corretas.
Onde está o erro? Pelo fato de duas respostas serem “105” e só uma ser “210” significa que
“105” é correto?
Pela teoria do Erro para Mais a segunda deve estar errada? Não há uma situação para resposta
padrão, cada caso deve ser analisado.
Um fato que é importante no estudo de combinatória é que podemos aprender tanto no
acerto, quanto no erro, pois analisar o erro aperfeiçoa a nossa forma de calcular e nos deixa
mais críticos e atentos aos enunciados dos exercícios, minimizando nossos erros futuros.
A 3ª forma é outro erro clássico; fazendo este tipo de contagem, podemos contar uma mesma
comissão inúmeras vezes e não há uma forma de correção pois cada tipo de comissão é contada
de uma quantidade diferente de vezes.
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 22
Vejamos nos exemplos a seguir:
Contra exemplo de contagem fixa dos grupamentos. Consideremos os seguintes nomes para as
comissões:
João - Pedro - Carlos - José - André - Maria - Ana - Simone - Vera
Assim temos:
Tipo 1 João - Pedro | Ana - Maria Cada comissão de 2 homens e 2
mulheres é contada 1 única vez.
João - Pedro | Carlos - Maria

Tipo 2 João - Carlos | Pedro - Maria Cada comissão de 3 homens e 1


mulher é contada 3 vezes.
Carlos - Pedro | João - Maria

Tipo 3 João - Pedro | Carlos - José Cada comissão de 4 homens é


contada 6 vezes.
5! 4!
Comissões do Tipo 1 temos C52  C24    5.2.6  60
2!3! 2!2!
5! 4!
Comissões do Tipo 2 temos C53  C14    5.2.4  40
3!2! 3!1!
5!
Comissões do Tipo 3, temos C54  5
1!4!
Portanto temos 1  60  3  40  6  5  60  120  30  210 que é o valor incorreto da 3ª Forma.
Assim a 1ª e 2ª Forma exibiram maneiras corretas de cálculo.

Bateria de Exercícios

6) Embaralhando-se as letras da palavra CADERNO, quantas são as palavras que podemos


formar em que as consoantes não apareçam juntas?

7) Um Professor de inglês possui seis livros de inglês, cinco livros de Didática, quatro livros de
Pedagogia e três livros de português, todos absolutamente diferentes, para arrumá-los em
uma prateleira que cabem exatamente dezoito livros. De quantas formas distintas ele pode
fazer esta arrumação:
a) se livros da mesma matéria devem ficar juntos?
(Não é necessário fazer os cálculos apenas indique as contas)

b) Se os livros de inglês devem ficar juntos e os de didática também, não estando juntos entre
si? (Não é necessário fazer os cálculos apenas indique as contas)
Contagem - Combinatória 2ºAno – CMRJ Prof. Flávio Brito Prado 23
8) Considerando os anagramas da palavra BUTECO, responda.
a) Quantos se iniciam por vogal?
b) Quantos terminam em consoantes?
c) Quantos se iniciam por vogal e terminam em consoantes?

9) Quantos números de 4 algarismos podemos formar com um algarismo “3”, dois algarismos
“5” e três algarismos “7”?

10) Quantos anagramas de PIRATARIA apresentam:


a) as letras RAT juntas e nesta posição?
b) as letras IRI juntas em qualquer posição?

11) Na transmissão de código MORSE o receptor identifica uma seqüência de dados que
chega como ponto (  ) ou traço ( ), que traduz seu significado como em qualquer código
binário, como por exemplo: ( ;  ; ; ;  ; ; ). Considerando esta forma de
envio de dados, quantos símbolos diferentes podem ser representados ao utilizarmos
exatamente 3(três) pontos e 4(quatro) traços?

12) Uma linha ferroviária tem 14 estações. Quantos tipos de bilhetes devem ser impressos, se
cada bilhete deve registrar a estação de origem e a estação de destino?

13) No show de talentos, da escola, deste ano, 13(treze) alunos se apresentaram para compor a
grupo de “Os três Patetas”: Moe, Larry e Curly. O diretor do show irá escolher qual aluno
ficará com qual papel, quantas escolhas o diretor tem?

14) Uma cinemateca dispõe de 6(seis) filmes e oferece uma sessão dupla, na qual serão
exibidos 2(dois) destes filmes: o primeiro às 16 hs e o segundo às 18 hs, de quantas
maneiras distintas a sequência de filmes pode ser exibida?

15) Uma prova de matemática deve ter questões escolhidas entre 7 de álgebra, 6 de
geometria e 5 de trigonometria. O grupo de professores decidiu formar a prova com 4
questões de álgebra, 3 de geometria e 2 de trigonometria, quantas provas diferentes eles
podem formar?

16) Sejam as retas r e s, com {A}  r  s , {B, C, D}  r e


{E, F , G, H}  s . Considerando a disposição dos pontos A,
B, C, D, E, F, G e H, no desenho ao lado, calcule quantos
triângulos diferentes, com vértices nos pontos indicados
podemos formar, não contendo o ponto A como um dos
vértices.
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17) Dentre cinco pessoas, das quais uma é Paulo, serão sorteadas três pessoas para formar uma
comissão. Em quantas dessas diferentes comissões Paulo estará?

Gabarito das Baterias de Exercícios

1)
a) Usualmente iniciamos com a Interseção dos três 18,
daí a interseção de A e B tem 30, menos os 18 das três,
logo faltam 12.
Na interseção de A e C tem 24, menos os 18 das três,
faltam 6.
Na interseção de B e C tem 20, menos os 18 das três,
faltam 2.
Daí contamos que A está com 36 e para 56 faltam 20.
Contamos que B está com 32 para e 48 faltam 16.
Contamos que C está com 26 para e 38 faltam 12.
Sendo assim a soma 20+12+16+6+18+2+12= 86, com os 14 que não consomem nenhuma
das três marcas 86 +14 = 100 pessoas.

b) 1ª escolha 2ª escolha
4 opções  3 opções = total de 12 opções diferentes de viagens.

c) Entrada Prato principal Sobremesa


9 opções  4 opções  3 opções = total de 108 opções diferentes de refeições.

d)
I) Opções de entrada Opções de saída(por porta diferente)
8  7 = 56 formas distintas de entrar e sair por uma porta
diferente.
II) Opções de entrada Opções de saída(por qualquer porta)
8  8 = 64 formas distintas de entrar e sair.

e) Como todo números divisíveis por 5(cinco) termina em “0” ou “5”, iniciamos a contagem
pelo algarismo da unidade simples, que possui mais restrições, depois contamos o algarismo
da primeira casa, algarismo da unidade de milhar, pois tem uma restrição, não pode ser
0(zero). Sendo assim, das 7(sete) escolhas de algarismo que temos, vemos que:
Un.Mil Cent. Dez. Un.
Quantidade de escolhas 6 7 7 2 ; portanto 6  7  7  2  588 números.
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f)

I) 1ª questão 2ª questão 3ª questão 4ª questão . . . 10ª questão


4 opções  4 opções  4 opções  4 opções  . . .  4 opções;
ou seja: 4  4  4  4  4  4  4  4  4  4  410 .

II) 1ª questão 2ª questão 3ª questão 4ª questão . . . 10ª questão


5 opções  5 opções  5 opções  5 opções  . . .  5 opções;
ou seja: 5  5  5  5  5  5  5  5  5  5  510

g) Nosso alfabeto possui 26 letras, sendo assim:

I) 1ª escolha 2ª escolha
26 opções  26 opções = 676 grupos de iniciais diferentes com duas letras.

II) 1ª escolha 2ª escolha 3ª escolha


26 opções  26 opções  26 opções = 17.576 grupos de iniciais diferentes com três letras.

h)
Só existe solução inteira se a soma a + b for par, pois terá que ser igual a 2.x. Sendo assim
só podemos produzir soma par, se “a” e “b” forem ambas pares ou se “a” e “b” forem ambas
ímpares; portanto 2  2 + 3  3 = 4 + 9 = 13.

2)

a) 120  24  96 b) 3  1!21  3  1  2  3  2  1
c) 120  2!  2 6  120  2  64  240  64  176 d) (5 . 3! –4 . 4! )! =
501  500! 6  5  4  3!
e)  501 f)  6  5  2  60
500 ! 2  3!
11  10  9! 11  10 11  10 7  6!  9  8!
g)    10 h)  7  9  63
10  9!  9! 10  1 11 8!  6!
11! 7! 2 1 12 1 13
i) 2       
12  11! 9  8  7! 12 72 72 72 72
11  10! 13  12!
j)  11  13  143
12! 10!

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n! (n  1)! n  (n  1)! (n  1)! n 1
k)  
(n  1)!n! (n  1)!n! n!

(n  2)  (n  3)  (n  4)!
l)  (n  2)  (n  3)  n 2  5n  6
(n  4)!

3)

9  8  7  6! 987 987
   9  7  63 e
6!7  6! 1 7 8

9  8  7  6! 98 7 8!
  3  4  7  84 , logo é maior.
6!3  2 3 2 5!3!

4)

8  7  6  5  4! 8765 8765
   4  7  6  5  840 e
4!4! 11 2

8  7  6  5! 876
  8  7  56 , logo a soma é 840 + 56 = 896.
5!3! 3 2

5)

(n  1)! 1 1 1
  
(n  1)  n  (n  1)!  n  (n  1)! 81 2
n nn 81

1 1  81
2
  n 2  81  n
n 81 81  9

6)
O único modo de formar palavras sem consoantes juntas é colocar as três vogais nos três
espaços entre as consoantes. C__D __ R __ N
Calculamos as permutações das consoantes C D R N  4!
Calculamos as permutações das vogais A E O  3!
Assim temos 4!  3!  24  6  144 palavras com consoantes não juntas.

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7)
a) Dentro de cada disciplina podemos permutar a vontade os livros, desta forma temos
4(quatro) blocos de disciplinas para permutar: 6!  5!  4!  3!  4!
b) A diferença para o item anterior é que só dois blocos não serão desfeitos; ou seja, os 6(seis)
livros de inglês serão visto como um único bloco, assim como os 5(cinco) de didática. Estes
dois blocos serão permutados junto com os 7(sete) livros de pedagogia e português.
6!  5!  9!

8)
a) Palavra de 6(seis) letras sem nenhuma repetida, com 3(três) vogais. Sendo assim temos
3(três) opções para a letra inicial da palavra, seguida de qualquer permutação das 5(cinco)
letras seguintes que sobram. 3  P  3  5!  3  5  4  3  2  360 .
5

b) A exemplo do raciocínio anterior, temos 3(três) opções de consoantes para terminar a palavra
e 5(cinco) letras que sobram para permutarem no seu início. Sendo assim iniciamos com
qualquer permutação das 5(cinco) letras, que sobrarem da escolha de 3(três) consoantes para
a letra final da palavra. P  3  5!  3  5  4  3  2  3  360 .
5
c) Sem nenhuma novidade dos raciocínios anteriores existem 3(três) escolhas de letras para
iniciar a palavra e 3(três) escolhas de letras para terminar, ficando assim a permutação de
4(quatro) letras, entras as que sobram, para permutarem no meio da palavra.
3  P  3  3  4!  3  3  4  3  2  3  216 .
4

9)
Consideremos inicialmente não haver o “3”. Calculamos assim todas as permutações de cada
grupo.
4! 4  3  2!
Com dois “5” e dois “7” temos P 24, 2    3 2  6;
2!  2! 22
4! 4  3!
Com um “5” e três “7” temos P 43    4;
3! 3!
4! 4  3  2!
Agora com um “3”, dois “5” e um “7” temos P 24    4  3  12 ;
2! 2!
4! 4  3  2!
Com um “3, um “5” e dois “7” temos P 24    4  3  12 ;
2! 2!
4! 4  3!
Com um “3, e três “7” temos; P 43   4
3! 3!
Sendo assim temos 6 + 4 + 12 + 12 + 4 = 38 números diferentes.
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10)

Palavra de 9 letras com 3 letras “A”, 2 letras “R”, 2 letras “I”, 1 letra”T” e 1 letra”P”.

a) Consideremos o bloco como uma única letra, sendo assim calculamos os


7! 7  6  5  4  3  2!
anagramas P 27, 2    7  6  5  3  2  1.260
2!  2! 22
b) Também consideremos o bloco como uma única letra, mas não devemos
esquecer que essas letras podem estar em qualquer posição, daí temos
3! 3  2!
P 23 =   3 ; sendo assim calculamos os anagramas
2! 2!
7! 7  6  5  4  3!
P 73    7  6  5  4  840 . Portanto temos 3  840  2.520
3! 3!

11)
7! 7  6  5  4!
Temos P 47, 3 =   7  5  35
4!  3! 3  2  4!

12)

Como podemos ir da estação “A” para “B” ou de “B” para “A” devemos considerar o
arranjo de 14 dois a dois.
14! 14  13  12!
A14 , 2    14  13  182
(14  2)! 12!

13)

13! 13! 13  12  11  10!


A13 , 3     13  12  11  1.716
(13  3)! 10! 10!

14)
6! 6  5  4!
A6,2    6  5  30
(6  2)! 4!

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15)
Total de Provas
7! 6! 5! 7  6  5  4! 6  5  4  3! 5  4  3!
C7 , 4  C6 , 3  C5 , 2 
     
4!  3! 3!  3! 2!  3! 4!  3! 3!  3! 2!  3!
7 65  65 4  5 4
 7  5  5  4  5  2  7.000
3 2  3 2  2

16)
Base em cada reta com vértice na outra.
3! 4! 4  3  2! 3  4  3  2!
C3,2  4  3  C4,2  4   3   
(3  2)!2! (4  2)!2! 1!2! 2!  2!
 4  3  3  2  3  12  18  30

17)

2 4! 4  3  2! 43
Paulo + Qualquer conjunto de duas pessoas 1  C4  ( 4  2)!2!  2!2  2  6

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